O presente pedido de privilégio de invenção é voltado ao setor da construção civil e refere-se à tecnologia desenvolvida com a finalidade de eliminar a utilização do utensílio denominado colher de pedreiro e facilitar a aplicação de argamassa empregada no assentamento de tijolos, blocos estruturais ou congéneres.

Atualmente, o setor da construção civil tem crescido consideravelmente e com isso o aparecimento de novas tecnologias é imprescindível. Entretanto, no que diz respeito ao assentamento de tijolos ou blocos nota-se a existência de poucos aparatos voltados a essa prática visando facilitar o trabalho ao operador e reduzir o desperdício de material.

% ^' Do estado da técnica, podemos citar os documentos PI9101454 e

MU8801892-0 destinados ao assentamento de tijolos ou blocos estruturais em construções.

O registro PI9101454 descreve uma peça alongada com configuração de canaleta invertida acoplada sobre as faces superiores dos blocos prontos para receber a argamassa. Sua função é impedir a queda de argamassa e manter a uniformidade na espessura da junta, atuando como um gabarito.

O documento MU8801892-0 demonstra um gabarito propriamente dito compreendido por moldura, núcleo, distanciador, bastão para compactação e pá de aplicação. O referido gabarito garante reduzir a zero o desperdício de argamassa além de proporcionar bom alinhamento dos blocos e redução no custo da mão-de-obra.

Apesar de aparentemente funcionais, ambos os gabaritos descritos acima dependem excepcionalmente do emprego da colher de pedreiro ou pá de aplicação para atuarem segundo suas descrições, o que vem agregar pouca vantagem em relação à velocidade de assentamento e exige certa prática do operário na manipulação dos utensílios, mesmo que este não seja especializado. No caso áo MU8801892-0, este aponta diversos componentes a serem aplicados para efetuar o assentamento dos blocos, como a inserção e retirada de núcleos na parte superior do gabarito e inclusão do objeto aparador entre os blocos, tornando o processo de certa forma demorado e dificultoso invés de prático.

Percebendo as deficiências atuais e ausência de um equipamento o qual objetive facilitar e tornar o assentamento de tijolos ou blocos estruturais genuinamente rápido e simplificado, foi desenvolvido o aparelho intitulado aplicador de argamassa, dispondo de características e vantagens que serão abordadas a seguir.

A descrição a seguir busca destacar a proposta em nível de seu princípio, sem limitar-se aos desenhos ou modelos dos componentes, tendo como referência as seguintes ilustrações abaixo listadas:

Figura 1 , vista isométrica do aparelho aplicador ilustrando sua disposição fixa preferencial e componentes externos;

Figuras 2, 3 e 4, vistas frontal, superior e inferior do elemento fixo do aparelho salientando seus componentes internos;

Figura 5, vista explodida em perspectiva ilustrando a parte móvel do aparelho e seus componentes;

Figuras 6, 7 e 8, vistas isométricas e superior demonstrando a montagem do aplicador de argamassa;

Figura 9, vista em perspectiva representando o posicionamento e utilização do aplicador;

Figuras 10 e 11 , vistas laterais demonstrando o acionamento dos gatilhos;

Figuras 12 e 13, vistas isométricas ilustrando o movimento do elemento móvel e ativação do equipamento de vibração,

p Em conformidade com as figuras 1 e 2, o referido aplicador de

'argamassa (1) é definido por estrutura fixa (2) em formato preferencia! paralelepipedal composta externamente por pegadores frontais (3) dotados de orifícios inferiores (4) (detalhe A), equipamento de vibração (5) acionado por interruptor (6), conjunto de orifícios laterais (7) e flancos inferiores (8) (detalhe B) posicionados em ambas as laterais transversais originando espaçamentos (8.1). Na parte interna da estrutura (figuras 1 , 2, 3 e 4) são abrigados simetricamente corpos deslizantes (9) em formato preferencial de pirâmide e grade fixa (10) abaixo dos ditos corpos (9).

A divisão móvel (11) do aplicador de argamassa (ilustrada na figura 5) é determinada por grade movimentável (12) constituída de perfis transversais (12.1) providos de gatilhos intercambiáveis (13) fixados por parafusos (15). No ponto inferior dos gatilhos intercambiáveis existem canais cegos (14) instituídos com o propósito de vincular molas (16) as quais se ajustam da mesma forma aos orifícios inferiores (4) pertencentes aos pegadores frontais (3) (melhor visto no detalhe D da figura 7). O aparelho dispõe ainda (figuras 6 e 7) de apoios frontais (17) e apoios posteriores (18) fixados através de parafusos (19) em um dos conjuntos de orifícios laterais (7) produzidos na estrutura fixa (2) do aparelho, sendo que os apoios posteriores (18) dispõem de formato em "L" (melhor visualizado no detalhe F da figura 8).

O procedimento de junção da estrutura fixa com a divisão móvel (figuras 6 e 7) é cumprido através do ajustamento da grade movimentável (12) nos espaçamentos (8.1) oriundos dos flancos inferiores (8) (detalhe C) até o limite instituído pelos apoios posteriores (18) (detalhes E e F das figuras 7 e 8). Em seguida, as molas (16) são inseridas entre os orifícios inferiores (4) dos pegadores frontais (3) e canais cegos (14) dos gatilhos intercambiáveis (13) (detalhe D), finalizando com a fixação dos referidos gatilhos (13) no plano dos perfis transversais (12.1) por meio dos parafusos (15). A inserção da grade móvel (12) encarrega-se de preencher automaticamente os espaços da grade fixa (10) pertencente à estrutura (2) (figura 7), completando a formação da base a qual vai suportar a argamassa armazenada no compartimento interno do aparelho. 0 método de atuação na prática (figura 9) do aplicador consiste em inserir a argamassa no interior da estrutura (indicado nas setas) e posicionar o aparelho (1) sobre o bloco estrutural (20) ou tijolo. Em seguida, o operador, com as mãos nos pegadores (3) (figuras 10 e 11), deve puxar os gatilhos intercambiáveis (13) simultaneamente a fim de deslocar a grade móvel (12) (figura 12) até esta equiparar-se com a grade fixa (10) de modo a liberar a argamassa por entre os espaços resultantes (figura 13). Visando acelerar o escoamento da argamassa e uniformizar a camada liberada sobre o bloco estrutural, o operador deve sequencialmente acionar, através do interruptor (6), o equipamento de vibração (5). Finalizada a aplicação, o operador pode retirar o aparelho e assentar o próximo bloco estrutural sobre a camada de argamassa inserida, repetindo o processo quantas vezes forem necessárias até concluir a edificação.

A espessura da camada de argamassa a ser depositada sobre os blocos estruturais ou tijolos pode ser alterada retirando-se os apoios (17) e (18) dos orifícios laterais atuais e inserindo-os nos orifícios adjacentes, seja o conjunto de orifícios superiores ou inferiores. A fonte de alimentação do equipamento de vibração (5) pode partir de baterias, pilhas, corrente elétrica procedente de tomadas ou qualquer meio que possibilite seu funcionamento. Por fim, a confecção do aparelho provém de metais, polímeros ou materiais similares, variando conforme a necessidade do processo ou viabilidade comercial.

O emprego do aplicador de argamassa na construção civil pode ser realizado até mesmo por indivíduos com pouca experiência na área, pois seu manuseio é prático pelo fato do aparelho dispor de configuração simplificada e não depender de ferramentas auxiliares, como a colher de pedreiro. Da mesma forma, o posicionamento de cada componente no aparelho é precisamente calculado, tendo em vista facilitar sua desmontagem para eventuais limpezas. Vale destacar que a proposta não se limita à disposição apresentada, podendo haver variações nas dimensões e nos padrões do equipamento, contudo mantendo inalterado seu princípio inventivo. Por apresentar vantagens evidentemente eficientes e elevada notoriedade ao segmento relacionado à construção civil, o aplicador de argamassa certamente deve ser merecedor da atividade inventiva pleiteada.