JPS6121252 | APPARATUS FOR PRODUCING PRESTRESSED CONCRETE |
WO/1998/033993 | POST-TENSIONING APPARATUS AND METHOD |
US20020007604A1 | 2002-01-24 | |||
US5755065A | 1998-05-26 | |||
US5271199A | 1993-12-21 | |||
US4773198A | 1988-09-27 | |||
US3685934A | 1972-08-22 | |||
US6023894A | 2000-02-15 | |||
EP3222793A1 | 2017-09-27 |
REIVINDICAÇÕES 1) Sistema de ancoragem com ancoragem encapsulada para cordoalha caracterizado por compreender um conjunto de peças que interagem entre si e promove a retenção da cordoalha (1) para protensão, dito conjunto sendo composto por um tirante (2), uma porca (3) para travamento do tirante (2), uma forma lateral (4) onde se apoia o conjunto, um nicho plástico para protensão (5), uma ancoragem encapsulada (6), um anel de fixação (11) e uma trombeta plástica (7), sendo que o dito tirante (2) se fixa à dita porca (3) por meio de uma sobressaliência (13), dito tirante (2) se fixa ao anel de fixação (11), preso à ancoragem (6), por meio de roscas coincidentes (14 e 11A, respectivamente), dito nicho plástico para protensão (5) alocado entre a parede da forma (4) e a ancoragem encapsulada (6), dita trombeta plástica (7) se fixa à ancoragem encapsulada (6) por meio de roscas coincidentes (17 e 12, respectivamente), dita ancoragem encapsulada (6) dotada de um conjunto de lâminas (19) localizadas internamente à rosca cónica (12) e acionadas pela fixação da trombeta (7) na dita ancoragem encapsulada (6). |
SISTEMA DE ANCORAGEM ENCAPSULADA PARA CORDOALHA, DOTADA DE
SISTEMA DE CORTE PARA O REVESTIMENTO DA CORDOALHA
Campo da inovação
[001] A presente inovação trata de um sistema de ancoragem encapsulado para uso em construção civil, mais especificamente um sistema de ancoragem para cordoalhas de protensão, dotada de um sistema de engates e encaixes e de dispositivo de corte para facilitar a montagem da armadura de fretagem e a remoção da bainha plástica da cordoalha para uso na construção civil.
Histórico da inovação
[002] A protensão é uma tecnologia que confere ao concreto maior resistência por meio de sua compressão, sendo bastante utilizado em diversos tipos de estruturas. Trata-se de tecnologia capaz de oferecer soluções estruturais com ótimas relações custo-benefício. A protensão pode resultar, em muitos casos, em estruturas com baixa ou nenhuma necessidade de manutenção ao longo de sua vida útil, além de permitir outras características como o uso em grandes vãos, o controle e a redução de deformações e da fissuração, a possibilidade de uso em ambientes agressivos, a realização de projetos arquitetônicos ousados, a aplicação em peças pré-fabricadas, a recuperação e o reforço de estruturas.
[003] Em síntese, a protensão permite lajes mais esbeltas do que as equivalentes em concreto armado, reduzindo tanto a altura total de um edifício, como o seu peso e, consequentemente, o carregamento das fundações.
[004] Protender um elemento de concreto significa esticar um cabo de aço por meio de equipamentos apoiados na ancoragem. Ao tensionar o elemento de concreto dessa maneira, ele é comprimido e ganha resistência. Assim, é possível obter vãos maiores de lajes e vigas.
[005] A ancoragem é o elemento utilizado na fixação do cabo, assim ele pode manter-se tensionado após o alongamento do cabo efetuado pelo equipamento. Há três tipos de ancoragem: ativa, na extremidade do cabo onde é posicionado o equipamento para tensionar; intermediária, localizada em uma parte intermediária do comprimento do cabo onde também será posicionado o equipamento para tensionamento; e passiva, na extremidade oposta ao tensionamento, que já foi previamente tensionada e fixada antes da instalação da cordoalha.
[006] Nos pontos de ancoragem de protensão utilizam-se armaduras de reforço chamadas fretagem.
[007] A proteção que a ancoragem encapsulada recebe para evitar a corrosão, traz alguns problemas devido ao tempo de execução durante a montagem.
[008] Assim, propõe-se a presente inovação, em que a ancoragem, além de ser encapsulada com um filme plástico, é dotada de um sistema de engates e encaixes com a armadura de fretagem e de corte do revestimento da cordoalha por meio do acionamento de uma rosca cónica no adaptador de ancoragem. Análise do estado da técnica
[009] O documento US4896470 mostra uma ancoragem para cordoalha dotada de uma seção tubular que se estende a partir dela e um encapsulamento plástico.
[010] O documento US5072558 mostra uma ancoragem para cordoalha dotada de um encapsulamento plástico.
[011] O documento US5745996 mostra uma combinação de uma ancoragem para cordoalha e um dispositivo para corte do revestimento da cordoalha que funciona mediante a rotação do dispositivo sobre a cordoalha.
[012] O documento US6883280 mostra uma armadura para cordoalha provida de um encapsulamento e uma extensão cilíndrica a partir da base.
[013] O documento US7174685 mostra uma ancoragem para cordoalha provida de um encapsulamento e uma extensão cilíndrica a partir da base.
[014] O documento US8443520 mostra um dispositivo para cortar, de modo helicoidal, e automaticamente remover o revestimento de uma cordoalha.
[015] Apesar de abordar conceitos aproximados às características do objeto de análise, nenhuma referência antecipa o conjunto das características da inovação proposta, notadamente a previsão de um sistema de engates e encaixes e um dispositivo de corte integrado à ancoragem de cordoalha.
Descrição das figuras
[016] A figura 1 ilustra uma vista lateral do sistema desta inovação, onde se percebe a cordoalha (1), o tirante (2), a porca do tirante (3), as paredes da forma (4), o nicho plástico de protensão (5), a ancoragem encapsulada (6), o anel de fixação (11), a trombeta plástica (7) e a bainha (8) da cordoalha (1).
[017] A figura 2 mostra uma vista lateral (A) e superior (B) da ancoragem sem o encapsulamento, onde se percebem o furo central (9) para a passagem da cordoalha, e os furos laterais (10), para uma possível fixação na forma.
[018] A figura 3 ilustra vistas laterais (C) e (D) e em corte laterais (A) e (B), da ancoragem encapsulada, onde se percebem o anel de fixação (11) para engate com a porca do tirante, a rosca (12) para engate com a trombeta, a lâmina (19) para corte do revestimento da cordoalha e os sulcos (20) para deformação.
[019] A figura 4 traz uma vista do tirante, onde se percebem a saliência lateral (13) para auxiliar o travamento com a porca do tirante e a rosca (14cd) para rosqueamento com o anel de travamento localizado na ancoragem.
[020] A figura 5 detalha a porca de travamento do tirante em uma vista em corte (B) e em uma vista frontal (A), onde se percebe a rosca interna (15A) para interação com a rosca externa (15B) do tirante.
[021] A figura 6 traz duas vistas do nicho plástico, uma em corte lateral (A) e outra frontal (B). [022] A figura 7 representa a trombeta plástica em uma vista lateral (A), uma vista em corte (B) e uma vista frontal (C), onde se percebem as ranhuras (16) para facilitar o deslocamento manual durante o rosqueamento, a rosca interna (17) da trombeta para o rosqueamento da trombeta na ancoragem e os engates (18) para o encaixe das armaduras de fretagem.
[023] A figura 8 traz o anel de fixação (11) em vista frontal (A) e superior em corte (B), onde se percebe a rosca interna (11A) para interação com o tirante.
[024] A figura 9 ilustra o sistema de ancoragem montado, em corte, onde se percebe a interação entre as peças: a cordoalha (1), o tirante (2), a porca de travamento (3) do tirante (2), a ancoragem encapsulada (6), o anel de fixação (11), a forma lateral (4), o nicho plástico de protensão (5), a trombeta plástica
(7) e a bainha (8) da cordoalha (1).
Descrição detalhada da inovação
[025] A presente inovação trata de um sistema de ancoragem para cordoalha (1), onde um conjunto de peças se associa e promove a fixação e proteção da cordoalha (1) de protensão. Adicionalmente, o sistema é dotado de um conjunto de lâminas (19) e de encaixes e engates que promove o corte do revestimento
(8) da cordoalha (1), e engate (18) da armadura de fretagem respectivamente, facilitando os serviços de protensão.
[026] Como se pode ver nas figuras 1 e 9, o sistema de ancoragem permite que a cordoalha (1) passe pelo conjunto, onde, em uma extremidade, o tirante (2), fixado à ancoragem encapsulada (6) pela porca de travamento (3), promove a vedação e a fixação da ancoragem encapsulada (6) e do nicho plástico (5) junto à forma (4).
[027] Na outra extremidade da ancoragem encapsulada (6), fixa-se a trombeta plástica (7), pela qual passa a cordoalha (1), por meio da interação entre a rosca externa (12) da ancoragem (6) e a rosca interna (17) da trombeta (7). [028] Para a realização da ancoragem ativa, realiza-se a furação na forma lateral (4), fixa-se o nicho plástico de protensão (5) e a ancoragem encapsulada (6) e realiza-se o travamento utilizando-se a porca de travamento (3) e o tirante (2). Em seguida, passa-se a cordoalha (1) pelo interior do conjunto, transpassando-a para fora da laje, onde, posteriormente, executa-se a protensão.
[029] Para a remoção da bainha (8) da cordoalha (1), basta-se rosquear a trombeta plástica (7) sobre a ancoragem encapsulada (6). O corte é realizado automaticamente pela ação mecânica das lâminas (19) presentes na rosca (12) da ancoragem encapsulada (6), à medida que os sulcos (20) são pressionados pela trombeta (7).
[030] Após a montagem de todo o conjunto, encaixam-se as armaduras de fretagem nos engates (18) da trombeta plástica (7).
[031] Depois da cura do concreto, o nicho plástico (5) é retirado, deixando uma concavidade na laje com a angulação adequada para o encaixe do bico do macaco hidráulico para a protensão do cabo (1).
[032] Para a montagem da ancoragem passiva, corta-se a bainha (8) da cordoalha (1) por meio de ferramenta cortante, puxa-se a cordoalha (1) contra uma mesa de aço, utilizando-se um macaco hidráulico, forçando-se a entrada da cunha para travamento da cordoalha (1). Em seguida, fixa-se um protetor na extremidade com graxa e ata-se uma trombeta (7) com tubo mais comprido, por meio da interação de sua rosca interna (17) com a rosca externa (12) da ancoragem encapsulada (6). Após a instalação da cordoalha (1) na obra, colocam-se as fretagens nos encaixes (18) apropriados do adaptador (7).
[033] A ancoragem passiva pode ser pré-blocada também com macaco tipo "push seatter", que empurra a cunha contra a ancoragem. Dessa forma, a bainha (8) pode ser cortada com ferramenta apropriada ou pela própria lâmina (19) alocada na rosca (12) da ancoragem encapsulada (6).
[034] A ancoragem (6), ilustrada na Figura 2 sem o encapsulamento, é tradicionalmente feita de ferro fundido dúctil e possui um furo central (9) tronco-cônico que serve para o alojamento das cunhas, totalmente revestida por plástico resistente. Seu formato retangular é projetado para transferência da força de protensão para o concreto, como representado na mesma figura.
[035] Atrás da ancoragem (6), há uma projeção dotada de uma rosca cónica (12), constituída pelo mesmo material polimérico do revestimento da ancoragem metálica, sendo que esta projeção é dotada de sulcos (20) que se deformam à medida que a trombeta plástica (7) é encaixada e pressionada, como pode ser visto na Figura 3. Estes sulcos (20) servem para o acionamento da navalha (19), à medida em que se dá o rosqueamento da trombeta (7), pressionando a rosca (12) e, consequentemente, os sulcos (20), fazendo com que a lâmina (19) corte a bainha (8) plástica da cordoalha (1). Este procedimento traz mais agilidade e praticidade in loco, facilitando sobremaneira a operação.
[036] O tirante (2) serve para fixação do conjunto na forma lateral (4), dotado de formato essencialmente cilíndrico, como representado na Figura 4, e um furo central para passagem da cordoalha (1). Esta peça é rosqueada na porca (3) de travamento.
[037] Durante a montagem, o tirante (2) deve sobressair à forma lateral (4), proporcionando encaixe com a porca de travamento (3) do tirante (2), que serve para fazer o aperto do conjunto contra a forma lateral (4). Esta pequena peça (3) possui uma rosca interna (15) que, conforme vai sendo rosqueada, puxa o conjunto ancoragem (6) e nicho plástico (5) contra a forma (4) previamente travada.
[038] A trombeta plástica (7) é a peça que veda a cordoalha (1) que fica aparente após o corte da bainha plástica para introdução no sistema de ancoragem, como pode ser visto na ilustração da Figura 9. Seu comprimento varia de acordo com a altura da laje e com o tipo de ancoragem - passiva ou ativa, todos com encaixes para as armaduras de fretagem.
[039] O anel de fixação (11) é uma peça metálica inserida na parte superior da ancoragem encapsulada (6), dotada de rosca interna (11A) onde se encaixa o tirante (2), como pode ser visualizada na Figura 8. Desse modo, possibilita a interação com a rosca (14) do tirante (2).
[040] Esta inovação não se limita às representações aqui comentadas ou ilustradas, devendo ser compreendida em seu amplo escopo. Muitas modificações e outras representações do invento virão à mente daquele versado na técnica à qual essa inovação pertence, tendo o benefício do ensinamento apresentado nas descrições anteriores e desenhos anexos. Além disso, é para ser entendido que o invento não está limitado à forma específica revelada, e que modificações e outras formas são entendidas como inclusas dentro do escopo das reivindicações anexas. Embora termos específicos sejam empregados aqui, eles são usados somente de forma genérica e descritiva e não como propósito de limitação.
Next Patent: VENTILATION DEVICE FOR MOTORCYCLISTS