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Title:
FIRE-PROOF BARRIER POLE, CORRESPONDING ENCLOSURE, STRUCTURE COMPRISING SUCH ENCLOSURE AND POLE, AND TACTICAL FIRE-PROOF BARRIER
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2019/150272
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to the field of firefighting means, specifically barriers for controlling fires, typically forest fires. One subject of the present invention is a pole (1) for a fire proof barrier, and a corresponding enclosure (2), which enables a solution that is only activated in the event of necessity in order to aid firefighting; since the enclosure (2) is capable of being buried in the ground, and since the pole (1) is suitable for being housed inside the enclosure, there is no element above the ground when there is no need for firefighting. Additionally, another subject of the present invention is a structure comprising said pole (1) and enclosure, and a tactical fire-proof barrier which comprises a plurality of structures. The present invention provides, in relation to prior art, a tactical fire-proof barrier solution which can be erected in a swift and effective way.

Inventors:
XAVIER VIEGAS DOMINGOS (PT)
XAVIER PAIS VIEGAS CARLOS (PT)
SALGUEIRO ALVES JORGE FILIPE (PT)
Application Number:
PCT/IB2019/050740
Publication Date:
August 08, 2019
Filing Date:
January 30, 2019
Export Citation:
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Assignee:
UNIV DE COIMBRA (PT)
ADAI ASSOCIACAO PARA O DESENVOLVIMENTO DA AERODINAMICA IND (PT)
International Classes:
A62C3/02
Foreign References:
US5944114A1999-08-31
US20100294520A12010-11-25
Attorney, Agent or Firm:
PEREIRA DA CRUZ, João (PT)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. Poste (1) de barreira anti-fogo caracterizado por compreender um varão oco (20) que compreende uma ranhura que se prolonga longitudinalmente, contendo no seu interior uma tela ignífuga (3) enrolada e extraível para o exterior do varão oco (20) através da dita ranhura, e compreendendo adicionalmente uma pluralidade de meios de fixação (18) dispostos longitudinalmente numa superfície exterior do varão oco (20), adequados para fixação em meios de recepção (10) correspondentes de um invólucro.

2. Poste (1) de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por a tela ignífuga (3) compreender:

- um lado de fixação disposto de tal forma que - ao desenrolar a tela, o lado de fixação se prolonga paralelamente ao varão central -, esse lado de fixação compreendendo uma pluralidade de meios de acoplamento para segundo poste (16), adequados para fixar a tela a um segundo poste (D, e

o varão oco (20) compreendendo:

- na sua superfície exterior uma pluralidade de meios de recepção (10) de meios de acoplamento para tela de segundo poste (17)poste (1) dispostos longitudinalmente e diametralmente opostos à dita ranhura, adequados para fixar o varão oco (20) a uma tela de um segundo poste (D, e

os meios de acoplamento para segundo poste (16) e os meios de recepção (10) de meios de acoplamento para tela de segundo poste (17)poste (1) sendo preferencialmente magnéticos.

3. Poste (1) de acordo com a reivindicação anterior caracterizado por compreender adicionalmente um rebordo rígido (14), preferencialmente uma barra metálica, fixo e prolongando-se ao longo de todo o lado de fixação da tela ignífuga (3), e que compreende os referidos meios de acoplamento para segundo poste (16), o rebordo rígido (14) compreendendo pelo menos um recorte formando uma pega (15), qualquer um desses recortes estando disposto junto a um dos meios de acoplamento para segundo poste (16).

4. Poste (1) de acordo qualquer uma das reivindicações anteriores caracterizado por o dito varão oco (20) compreender, num seu primeiro topo, uma secção de maior diâmetro, adequada para acoplamento numa secção de maior diâmetro de um invólucro (2) correspondente.

5. Poste (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 2-3 caracterizado por compreender um compartimento (6) na referida secção de maior diâmetro, esse compartimento (6) tendo transparência e compreendendo no seu interior electrónica de controlo e:

- meios de iluminação e/ou

- meios sonoros e

a electrónica de controlo estando configurada para accionar durante um período de tempo pré-definido os meios de iluminação e/ou os meios sonoros sob acoplamento do poste (1) a um segundo poste (1) por intermédio de:

- os meios de acoplamento para segundo poste (16) ou

- os meios de recepção (10) de meios de acoplamento para tela de segundo poste (17).

6. Poste (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores caracterizado por compreender adicionalmente meios de pega (4) dispostos sobre o dito varão oco (20), e ainda:

- uma secção protuberante para trancamento (5) do poste (1) em meios correspondentes de um invólucro, disposta entre o primeiro topo do varão oco (20) e os meios de pega (4) e

os meios de pega (4) sendo rotativos sobre o varão oco (20) entre uma primeira e uma segunda posição, e sendo a secção protuberante para trancamento (5) solidária com os meios de pega (4).

7. Poste (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores caracterizado por compreender adicionalmente pelo menos dois orifícios igualmente espaçados (19) dispostos na superfície exterior do seu segundo topo projectando-se radialmente para o centro do poste (1), cada um adequado para recepção de um elemento macho (11) correspondente de um invólucro, o poste (1) compreendendo preferencialmente quatro orifícios igualmente espaçados (19).

8. Poste (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores caracterizado por compreender meios de fixação (18) ao solo, preferencialmente elementos protuberantes adaptados para fixação em solo térreo, opcionalmente em estaca.

9. Invólucro (2) tubular para recepção de poste (1) de barreira anti- fogo caracterizado por ter uma secção de maior diâmetro e uma secção de menor diâmetro e:

- a secção de maior diâmetro estar disposta num primeiro topo do invólucro, sendo adequada para recepção e acoplamento de uma secção de maior diâmetro de um poste (1) de barreira anti-fogo;

- pelo menos dois meios de recepção (10) dispostos no interior da secção de maior diâmetro do primeiro topo, projectando-se radialmente para o interior do invólucro, e adequados para recepção de meios de fixação (18) correspondentes de um poste (1) de barreira anti-fogo.

10. Invólucro (2) de acordo com a reivindicação anterior caracterizado por compreender adicionalmente pelo menos dois elementos macho (11) igualmente espaçados dispostos na superfície interior do seu segundo topo e projectando-se radialmente, sendo cada um resiliente e adequado para acoplamento num orifício de um poste (1) de barreira anti-fogo, o invólucro (2) compreendendo preferencialmente quatro elementos macho (11) igualmente espaçados.

11. Invólucro (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 9- 10 caracterizado por compreender adicionalmente i) uma pluralidade de elementos resilientes de elevação (12) que se encontram acomodados no interior da secção de maior diâmetro do primeiro topo e que se prolongam longitudinalmente e ii) compreendendo preferencialmente uma pluralidade de rolamentos (7) dispostos longitudinalmente e ao longo da superfície interior do invólucro, preferencialmente em pares.

12. Invólucro (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 9- 11 caracterizado por compreender adicionalmente uma primeira câmara que envolve a secção de maior diâmetro, essa primeira câmara compreendendo no seu interior pelo menos uma tubagem (8) disposta entre dois orifícios adequados para fixação de tubagem (8) da primeira câmara e, preferencialmente:

- a primeira câmara compreendendo duas tubagens e dois pares de orifícios adequados para fixação de tubagem (8);

- os meios de recepção (10) sendo constituídos por uma tranca e uma mola, a mola estando fixada na referida primeira câmara e os meios de recepção (10) prolongando-se para o interior da primeira câmara e preferencialmente, as duas tubagens estando sequencialmente ligadas.

13. Invólucro (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 9- 12 caracterizado por compreender adicionalmente em torno da sua secção de menor diâmetro uma segunda câmara compreendendo no seu interior um sistema de contrapesos (13) com meios adequados para ligação a um poste (1) de barreira anti- fogo.

14. Invólucro (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 9- 13 caracterizado por compreender uma placa disposta em torno da secção de maior diâmetro.

15. Estrutura em poste para barreira anti-fogo caracterizada por compreender o poste (1) de qualquer uma das reivindicações 1-8 e o invólucro (2) de qualquer uma das reivindicações 9-14, o poste (1) estando disposto no interior do invólucro, e nele sendo retráctil através do acoplamento dos meios de fixação (18) aos meios de recepção (10).

16. Estrutura de acordo com a reivindicação anterior caracterizada por a referida electrónica de controlo do poste (1) estar configurada para activar os meios de iluminação e/ou os meios sonoros durante um período de tempo pré-definido sob a condição adicional de os meios de pega (4) do poste (1) serem rodados e os pelo menos dois orifícios igualmente espaçados (19) encaixarem nos elementos macho (11) do invólucro.

17. Estrutura em poste para barreira anti-fogo caracterizada por compreender: o poste (1) de qualquer uma das reivindicações 1-7 e um veículo robotizado (21) móvel sobre o solo, sobre o qual o referido poste (1) está montado, o veículo robotizado (21) contendo meios de travamento adaptados para bloquear a sua movimentação e preferencialmente quatro rodas, ou

o poste (1) da reivindicação 8.

18. Barreira táctica anti-fogo caracterizada por compreender pelo menos duas:

- das estruturas em poste de qualquer uma das reivindicações 15-16 ou

- das estruturas em poste da reivindicação 17,

- ou suas combinações,

cada uma das estruturas em poste encontrando-se a uma distância máxima de pelo menos uma outra estrutura em poste tal que essa distância máxima corresponde à extensão máxima da tela ignífuga (3) de pelo menos uma dessas estruturas em poste, e cada um dos invólucros (2) das estruturas encontrando-se enterrado no solo, de tal forma que o respectivo poste (1) é extraível projectando-se acima do solo.

Description:
DESCRIÇÃO

POSTE DE BARREIRA ANTI-FOGO, RESPECTIVO INVÓLUCRO, ESTRUTURA QUE OS

COMPREENDE E BARREIRA TÁCTICA ANTI-FOGO

CAMPO DA INVENÇÃO

A presente invenção enquadra-se na área de meios de combate a fogos, especificamente de barreiras de controlo de fogos, tipicamente fogos florestais.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

A presente invenção encontra antecedentes mais próximos em barreiras de combate a fogos florestais, que se encontram dispostas de forma fixa em zonas onde é expectável que o fogo ocorra.

O pedido de patente com número de publicação US2010294520A1 é disso exemplo.

Os fogos florestais constituem um problema cada vez mais sério, e à medida que os efeitos do aquecimento global se agravam, um crescente número de países

As formas convencionais de combate ao fogo florestal utilizam diferentes técnicas, incluindo-se o recurso a aviões e helicópteros que despejam água e retardantes químicos sobre a frente de fogo, sendo que outras técnicas habituais incluem o recurso a contrafogos controlados e ainda a colocação em zonas estratégicas junto das frentes de fogo de bombeiros equipados com extintores de dióxido de carbono e mangueiras de água proveniente dos carros-tanque. Os bombeiros recorrem também a ferramentas de mão, machados, moto-serras, etc, incluindo ainda a utilização de bulldozers e escavadoras para procederem à escavação de buracos visando formar clareiras numa tentativa de constituir linhas de proteção, na maior pare das vezes ao longo das clareiras ou das estradas, na esperança de que o fogo não as atravesse.

A presente invenção vem proporcionar, em relação às soluções do estado da técnica, uma solução de barreira táctica anti-fogo que é erigível de forma muito rápida e eficaz.

É assim objecto da presente invenção um poste (1) de barreira anti-fogo que compreende um varão oco (20) que compreende uma ranhura que se prolonga longitudinalmente, contendo no seu interior uma tela ignífuga (3) enrolada e extraível para o exterior do varão oco (20) através da dita ranhura, e compreendendo adicionalmente uma pluralidade de meios de fixação (18) (preferencialmente consistindo numa cremalheira) dispostos longitudinalmente numa superfície exterior do varão oco (20), adequados para fixação em meios de recepção (10) correspondentes de um invólucro.

Num modo preferencial quando associado a um invólucro, o referido varão oco (20) compreende, num seu primeiro topo, uma secção de maior diâmetro, adequada para acoplamento numa secção de maior diâmetro de um invólucro (2) correspondente.

É igualmente objecto da presente invenção um elemento correspondente ao poste (1) descrito, correspondente a uma concretização possível associada ao referido poste (1), concretamente um invólucro (2) tubular para recepção de poste (1) de barreira anti-fogo que tem uma secção de maior diâmetro e uma secção de menor diâmetro e:

• a secção de maior diâmetro estar disposta num primeiro topo do invólucro, sendo adequada para recepção e acoplamento de uma secção de maior diâmetro de um poste (1) de barreira anti-fogo;

• pelo menos dois meios de recepção (10) (que consistem preferencialmente em linguetas) dispostos no interior da secção de maior diâmetro do primeiro topo, projectando-se radialmente para o interior do invólucro, e adequados para recepção de meios de fixação (18) correspondentes de um poste (1) de barreira anti-fogo.

O poste (1) e o invólucro (2) acima descritos são elementos complementares que, quando combinados e por acção de elementos presentes no poste (1) (meios de fixação (18)) e elementos presentes no invólucro (2) (meios de recepção (10)), bem como através da configuração de ambos, possibilitam a criação de uma solução altamente simples de activar, sendo mesmo possível de instalar manualmente por um único operador, e de forma bastante eficaz. Com o presente esquema de poste (1) e invólucro (2) complementar, a presente invenção possibilita uma solução que apenas é activada, tendo efeito no combate contra o fogo, quando existe necessidade para tal, uma vez que o invólucro (2) é passível de ser enterrado no solo, e uma vez que o poste (1) é adequado para ser colocado no interior do invólucro, não existe qualquer elemento acima do solo quando não existe necessidade de combate ao fogo.

Adicionalmente, os meios de pega (4) são preferencialmente rebatíveis sobre a secção de maior diâmetro do varão oco (20), para possibilitar a melhor acomodação do poste (1) sobre o solo.

Num modo vantajoso do poste (1) da presente invenção, este compreende adicionalmente pelo menos dois orifícios igualmente espaçados (19) dispostos na superfície exterior do seu segundo topo projectando-se radialmente para o centro do poste (1), cada um adequado para recepção de um elemento macho (11) correspondente de um invólucro, o poste (1) compreendendo preferencialmente quatro orifícios igualmente espaçados (19).

Correspondentemente, o invólucro (2) da presente invenção compreende adicionalmente pelo menos dois elementos macho (11) igualmente espaçados dispostos na superfície interior do seu segundo topo e projectando-se radialmente, sendo cada um resiliente e adequado para acoplamento num orifício de um poste (1) de barreira anti-fogo, o invólucro (2) compreendendo preferencialmente quatro elementos macho (11) igualmente espaçados. Os elementos macho (11) consistem preferencialmente em barras estabilizadoras com molas.

Tal possibilita uma fixação adequada do poste (1) no invólucro, aquando da colocação do poste (1) numa posição dita activa, projectada para o exterior do invólucro (2) e, por conseguinte, do solo - quando o invólucro (2) se encontra instalado no solo.

Num modo de realização alternativo do poste (1) objecto da presente invenção, este compreende meios de fixação (18) ao solo, preferencialmente elementos protuberantes adaptados para fixação em solo térreo, opcionalmente em estaca. Neste modo de realização, o poste (1) não concretiza uma solução em que está associado a um invólucro (2) enterrável, sendo directamente fixável ao solo.

É igualmente objecto da presente invenção uma estrutura em poste para barreira anti-fogo que compreende o poste (1) e o invólucro (2) presentemente descritos, o poste (1) estando disposto no interior do invólucro, e nele sendo retráctil através do acoplamento dos meios de fixação (18) aos meios de recepção (10).

É ainda objecto da presente invenção uma estrutura em poste para barreira anti-fogo que compreende:

• o poste (1) da presente invenção - excepto no modo de realização em que compreende meios de fixação (18) ao solo - e um veículo robotizado (21) móvel sobre o solo, sobre o qual o referido poste (1) está montado, o veículo robotizado (21) contendo meios de travamento adaptados para bloquear a sua movimentação e preferencialmente quatro rodas, ou

• o poste (1) o poste (1) da presente invenção modo de realização em que compreende meios de fixação (18) ao solo.

É ainda objecto da presente invenção uma barreira táctica anti-fogo que compreende pelo menos duas das estruturas em poste como aquelas acima descritas, cada uma das estruturas em poste encontrando-se a uma distância máxima de pelo menos uma outra estrutura em poste tal que essa distância máxima corresponde à extensão máxima da tela ignífuga (3) de pelo menos uma dessas estruturas em poste, e cada um dos invólucros (2) das estruturas encontrando-se enterrado no solo, de tal forma que o respectivo poste (1) é extraível projectando-se acima do solo.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

Figura 1 - representação de um modo de realização do poste (1) da presente invenção, adequado para acoplamento a um invólucro.

Figura 2 - representação um modo de realização do invólucro (2) da presente invenção. Figura 3 - representação um modo de realização da estrutura em poste para barreira anti-fogo da presente invenção, compreendendo um poste (1) e um invólucro (2) enterrado.

Figura 4 - representação de um pormenor de um modo de realização do poste (1) da presente invenção, detalhando um dos meios de fixação (18).

Figura 5 - representação de um pormenor de um modo de realização do poste (1) da presente invenção, adequado para acoplamento a um invólucro.

Figura 6 - representação de um outro modo de realização da estrutura da presente invenção, compreendendo um poste (1) e um veículo robotizado (21) móvel sobre o solo, sobre o qual o poste (1) está montado, o veículo robotizado (21) compreendendo quatro rodas,

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

As configurações mais gerais e vantajosas da presente invenção estão descritas no Sumário da invenção. Essas configurações são detalhadas de seguida, de acordo com outros modos vantajosos e/ou preferenciais de implementação da presente invenção.

Numa configuração do poste (1) da presente invenção, este compreende adicionalmente:

- uma secção protuberante para trancamento (5) do poste (1) em meios correspondentes de um invólucro, disposta entre o primeiro topo do varão oco (20) e os meios de pega (4) e

os meios de pega (4) sendo rotativos sobre o varão oco (20) entre uma primeira e uma segunda posição, e sendo a secção protuberante para trancamento (5) solidária com os meios de pega (4). Tal permite que o poste (1) seja trancado, quando na posição fechada - no interior do invólucro (2) - de tal forma que não saia facilmente para o exterior, sendo necessário um movimento de rotação por parte de um operador.

Correspondentemente, o invólucro (2) compreende adicionalmente i) uma pluralidade de elementos resilientes de elevação (12) que se encontram acomodados no interior da secção de maior diâmetro do primeiro topo e que se prolongam longitudinalmente e ii) compreende preferencialmente uma pluralidade de rolamentos (7) dispostos longitudinalmente e ao longo da superfície interior do invólucro, preferencialmente em pares. Tais elementos resilientes auxiliam a subida do topo do poste (1) no momento inicial após este ser destrancado, e consistem preferencialmente em quatro molas.

Num outro modo de realização do poste (1) da presente invenção, a tela ignífuga (3) compreende:

- um lado de fixação disposto de tal forma que - ao desenrolar a tela, o lado de fixação se prolonga paralelamente ao varão central -, esse lado de fixação compreendendo uma pluralidade de meios de acoplamento para segundo poste (16), adequados para fixar a tela a um segundo poste (D, e

o varão oco (20) compreendendo:

- na sua superfície exterior uma pluralidade de meios de recepção (10) de meios de acoplamento para tela de segundo poste (17)poste (1) dispostos longitudinalmente e diametralmente opostos à dita ranhura, adequados para fixar o varão oco (20) a uma tela de um segundo poste (D, e

os meios de acoplamento para segundo poste (16) e os meios de recepção (10) de meios de acoplamento para tela de segundo poste (17)poste (1) sendo preferencialmente magnéticos. Tal consiste numa forma altamente simples e eficaz de fixar um poste (1) a outro, assim construindo uma barreira táctica facilmente instalável.

Num modo preferencial daquele acima descrito, o poste (1) compreende adicionalmente um rebordo rígido (14), preferencialmente uma barra metálica, fixo e prolongando-se ao longo de todo o lado de fixação da tela ignífuga (3), e que compreende os referidos meios de acoplamento para segundo poste (16), o rebordo rígido (14) compreendendo pelo menos um recorte formando uma pega (15), qualquer um desses recortes estando disposto junto a um dos meios de acoplamento para segundo poste (16).

Em ainda outro modo preferencial do poste (1) da presente invenção, este compreende um compartimento (6) na referida secção de maior diâmetro, esse compartimento (6) tendo transparência e compreendendo no seu interior electrónica de controlo e: - meios de iluminação e/ou

- meios sonoros e

a electrónica de controlo estando configurada para accionar durante um período de tempo pré-definido os meios de iluminação e/ou os meios sonoros sob acoplamento do poste (1) a um segundo poste (1) por intermédio de:

- os meios de acoplamento para segundo poste (16) ou

- os meios de recepção (10) de meios de acoplamento para tela de segundo poste (17).

Num modo vantajoso do invólucro (2) da presente invenção, este compreende adicionalmente uma primeira câmara que envolve a secção de maior diâmetro, essa primeira câmara compreendendo no seu interior pelo menos uma tubagem (8) disposta entre dois orifícios adequados para fixação de tubagem (8) da primeira câmara e, preferencialmente:

- a primeira câmara compreendendo duas tubagens e dois pares de orifícios adequados para fixação de tubagem (8);

- os meios de recepção (10) sendo constituídos por uma tranca e uma mola, a mola estando fixada na referida primeira câmara e os meios de recepção (10) prolongando-se para o interior da primeira câmara e preferencialmente, as duas tubagens estando sequencialmente ligadas. Tal possibilita a disponibilização de meios de aspersão em cada invólucro, e portanto potencialmente em cada poste.

Num modo preferencial do invólucro (2) da presente invenção, este compreende adicionalmente, em torno da sua secção de menor diâmetro, uma segunda câmara compreendendo no seu interior um sistema de contrapesos (13) com meios adequados para ligação a um poste (1) de barreira anti-fogo. Tal possibilita facilitar a recolha do poste (1) que estará dentro do invólucro (2) da posição fechada - totalmente dentro do invólucro (2) - para a posição aberta, na extensão máxima possível fora do invólucro, por acção dos contrapesos, que adicionalmente ficam bem acomodados na referida segunda câmara, o que é importante, uma vez que se pretende que o invólucro (2) seja enterrado no solo.

Em ainda outro modo preferencial do invólucro (2) da presente invenção, este compreende uma placa disposta em torno da secção de maior diâmetro. Tal facilita o posicionamento adequado da barreira de uma forma vertical, perpendicularmente ao solo, e da sua manutenção nessa posição.

Num modo vantajoso da estrutura da presente invenção, a electrónica de controlo do poste (1) está configurada para activar os meios de iluminação e/ou os meios sonoros durante um período de tempo pré-definido sob a condição adicional de os meios de pega (4) do poste (1) serem rodados e os pelo menos dois orifícios igualmente espaçados (19) encaixarem nos elementos macho (11) do invólucro.

MODOS DE REALIZAÇÃO

O processo de passagem à posição activa de uma estrutura de acordo com a presente invenção é muito rápido, uma vez que a parte mais complicada, demorada e pesada do trabalho de montagem terá sido feita no decorrer do processo de pré-instalação dos postes e invólucros (2). Para a colocação subterrânea de cada poste (1) será necessário proceder à escavação, por meios mecânicos, de um buraco - nomeadamente com cerca de dois metros e meio de profundidade -, devendo ainda ser considerada a criação de uma vala por onde passará uma mangueira para ligação às tubagens de água, sendo que esta vala deverá ser integralmente coberta ao nível do solo de forma a repor, tanto quanto possível, a aparência e as funcionalidades do meio envolvente, tal como existiam antes da pré-instalação.

A barreira táctica será facilmente montada por um único operador, que de uma forma rápida e sem necessidade de recorrer a força física significativa, deverá rodar os meios de pega (4) circular superior para destrancar o poste (1), erguer completamente o poste (1) até acender a luz azul no topo. Repetir este processo para todos os postes. Após colocar o último poste (1), puxar a tela ignífuga (3) à medida que vai caminhando no sentido inverso ao que fez anteriormente, para depois a prender ao suporte apropriado do poste (1) seguinte. Ao ligar a tela ao poste (1) seguinte, deve observar que a luz no topo do poste (1) anterior muda para verde, indicando que o sistema foi bem montado e está totalmente funcional. Este processo deve ser repetido até concluir o fecho do perímetro. Pretende-se que qualquer adulto, independentemente da sua idade e condição física, consiga sem dificuldade e num espaço de tempo muito curto estabelecer o perímetro de segurança do espaço a proteger. No que respeita ao espaço onde a barreira se irá implementar, quer o mesmo seja usado para finalidades agrícolas, de pastorícia, de jardim, para efeitos cinegéticos ou para funcionar como pomar ou mesmo como parque de estacionamento, verifica-se que o espaço ocupado pelas tampas é mínimo e negligenciável, limitando-se assim os inconvenientes da existência desta proteção. Ou seja, as únicas partes visíveis serão as pequenas tampas, dispostas ao nível do solo com, por exemplo, cerca de 30 cm de diâmetro e separadas entre si a distâncias que poderão ir até os 50 metros, dependendo de diversos factores, a definir na altura da pré-instalação.

Os postes deverão ser instalados a distâncias intercaladas, com até 50 metros de distância entre dois postes consecutivos, assegurando-se desta forma a pré- definição do perímetro de proteção dos locais. No estado inactivo, os postes encontram- se totalmente abaixo do solo, limitando assim os inconvenientes da sua presença, ao nível do impacto visual e estético, mas também da sua susceptibilidade a roubo e vandalismo.

Num modo de realização, a estrutura da presente invenção compreende meios de detecção de fogo, especificamente sensores adequados para esse efeito.

Especificamente, neste modo de realização cada poste (1) compreende um conjunto de sensores de temperatura, humidade, velocidade do vento, aceleração gravítica, um sistema GPS e de telecomunicação 3G e um conjunto de mecanismos de aviso, incluindo uma sirene e um dispositivo de LEDs multicolor.

De acordo com os cálculos efetuados, estima-se que a montagem da barreira, para uma extensão de cerca de 100 metros demore no máximo 15 minutos a ser montada no local, tomando em consideração um único residente a levar a cabo este processo. Com uma equipa de 2 pessoas estima-se que se conseguiria constituir uma barreira de 300 metros em cerca de 15 minutos.

Este conceito insere-se no princípio estratégico de separar a massa combustível do fogo florestal, dando uma aplicação para os vários tipos de fibra ignífugas altamente resistentes que têm vindo a inundar o mercado. Descreve-se de seguida um modo de realização do método de instalação da barreira da presente invenção.

Após serem definidas as caraterísticas do projeto a realizar em cada cliente, será levada acabo a pré-instalação, mais precisamente a escavação de cada um dos buracos (25cm de diâmetro por 2m de profundidade), mediante forças mecânicas, destinados à inserção dos invólucros (2) dos postes. Estes invólucros (2) ficam colocados na vertical, para que depois os postes, quando erguidos, também fiquem direitos. A distância entre os postes deverá ter em conta a tipologia do terreno, mas não poderá ultrapassar os 50 metros.

Após a colocação dos invólucros (2), são escavados pequenos canais para passar a rede de água e electricidade. São posteriormente instaladas as mangueiras e todos os componentes electrónicos dos invólucros (2).

Em último lugar, são colocados os postes, com o rolo de tela já no seu interior.

No final da instalação apenas ficarão visíveis as tampas cimeiras, bem como as respetivas pegas vermelhas para a abertura dos postes.

Após a efetivação dos testes de desempenho, a pré-instalação da estrutura será dada como concluída e ficará operacional para poder um dia ser usada no caso de deflagração de incêndios florestais na zona.

Após uma correcta pré-instalação, todo o sistema está concebido para ser facilmente e rapidamente montado em caso de emergência, mesmo em condições de fraca visibilidade, durante o dia ou noite. Pode ser montado por qualquer pessoa, sem recurso a quaisquer ferramentas ou a força física considerável. De acordo com os cálculos efectuados, estima-se que a montagem da barreira, para uma extensão de cerca de 100 metros demore no máximo 10 minutos a ser montada no local, tomando em consideração um único residente a levar a cabo este processo; Com 2 pessoas estima- se que se conseguiria constituir uma barreira de 300 metros no prazo máximo de 15 minutos. Uma aplicação desenvolvida para computador ou smartphone, permitirá cruzar dados das autoridades, bombeiros, meteorologia e do terreno para automaticamente emitir um alerta para o utilizador. Sabendo a direção da frente de fogo, a intensidade do vento e configuração do terreno disponíveis por serviços online, esta aplicação permite aconselhar o utilizador acerca da barreira que deve erguer. O utilizador poderá assim optar por erguer todo o perímetro de proteção ou apenas uma secção desse perímetro que seja mais crítica, caso o tempo seja escasso. Após erguidos os postes, os sensores que estes possuem irão comunicar com a aplicação em tempo real e permitir ao utilizador acompanhar o desenrolar do incêndio e a eficácia e integridade das barreiras. No entanto, o utilizador pode actuar de forma totalmente independente da aplicação, sendo esta apenas uma ferramenta complementar e não indispensável.

Após a montagem do perímetro de protecção, o sistema funcionará de forma autónoma e o utilizador poderá recuar para um espaço de segurança, ou caso assim seja recomendado, inclusive abandonar o local. Os postes que estabelecem o perímetro deverão ter uma luz verde fixa, indicando que estão montados correctamente e o sistema está totalmente operacional.

Durante o incêndio, o funcionamento da barreira e os dados de todos os seus sensores (temperatura, integridade física) podem ser consultados à distância através da aplicação móvel ou na internet.

Quando o fogo se aproxima de uma secção das barreiras, os sensores de temperatura dão o alarme e é accionado o sistema de circulação de água nos postes e aspersão na tela e terreno dessa secção do perímetro. A luz no topo do poste (1) muda também de verde para laranja. O sistema conjunto de tela ignífuga (3) e aspersão de água foi testado para suster com sucesso uma frente de fogo considerável. Caso a intensidade da frente de fogo seja muito elevada e a tela seja destruída, os postes adjacentes a essa secção mudam a sua luz laranja para vermelho e accionam a buzina de alarme, acusando que o perímetro nesse ponto foi comprometido. Caso a barreira seja montada a proteger uma rota de fuga, o utilizador deve evitar aproximar-se de pontos dessa rota que tenham sido comprometidos. As luzes vermelhas e a buzina devem alertar o utilizador de zonas a evitar, caso as condições de visibilidade não permitam, devido a elevadas concentrações de fumo por exemplo, fazer de imediato essa avaliação da situação.

O equipamento proposto foi desenvolvido de forma a poder ser reutilizado, mesmo depois de ter sido exposto a um incêndio. Esta inspecção deverá ser sempre feita por técnicos especializados. Os postes, após serem erguidos, podem retornar aos invólucros (2) debaixo da terra. Este processo apesar de ser fácil de fazer deverá ser somente realizado por técnicos especializados, pois envolve o desmontar de componentes do invólucro (2) e o manuseamento de componentes pesados. Após esta inspeção é emitido um certificado em como o sistema está novamente apto para ser utilizado, e a sua eficácia igual à do sistema novo está assegurada.

Esta estrutura deverá ser feita em alumínio, sendo depois revestido com uma camada (verniz) resistente à humidade e corrosão. A resistência a altas temperaturas não é necessária uma vez que esta estrutura estará sempre no subsolo e não estará exposta directamente ao fogo. O método de fabrico envolverá estampagem e extrusão. A espessura da chapa deverá rondar os 2 ou 3 mm nas zonas mais críticas e o peso total da estrutura rondará os 80kg.

Este invólucro (2) possuirá no seu interior, para além do poste (1), baterias eléctricas, mangueiras onde circula a água para a aspersão na tela e ainda um sistema de contrapesos (13) de 70kg, para auxiliar o utilizador a erguer o poste. O sistema eléctrico e de aspersão de água percorre todos os invólucros (2) do perímetro, em serie.

O invólucro (2) dos postes é previamente colocado no terreno e mantém- se lá fixo. Para a sua instalação, deve ser feito um furo no solo com aproximadamente 25 cm de diâmetro e 2m de profundidade. Nesse furo é depois colocado o invólucro (2) do poste (1) e depois de serem feitas as ligações eléctricas e de água e a instalação dos componentes do invólucro, é instalado o poste. Postes

Cada poste (1) tem a forma aproximada de um cilindro oco, com um diâmetro de aproximadamente 20cm. É feito de alumínio, sendo depois revestido com uma camada que permita aguentar elevadas temperaturas e resistente à humidade e corrosão. O método de fabrico envolverá estampagem e extrusão. A espessura da chapa deverá rondar os 2 ou 3 mm nas zonas mais críticas e o peso total da estrutura rondará os 22kg. O poste (1) possuirá no seu interior o rolo da tela ignífuga (3). Cada rolo terá um peso aproximado de 50kg, resultando num peso total do poste (1) de aproximadamente 72kg. Este rolo rodará num varão central no interior do poste.

O poste (1) terá uma abertura lateral por onde sai a tela. Do lado oposto a essa abertura está uma reentrância onde é presa a tela do poste (1) anterior. Essa reentrância possui locais específicos e evidenciados por uma pintura que brilha no escuro e é refletora, onde os imanes da barra da tela são presos.

No topo do poste (1) existe uma secção dotada de um conjunto de sensores de temperatura, humidade, velocidade do vento, aceleração gravítica, GPS, 3GPRS, e um conjunto de mecanismos de aviso, incluindo uma sirene e dispositivo de LEDs de alto brilho multicolor.

O poste (1) não possui baterias mas é alimentado pelas baterias no interior do invólucro (2) dos postes. A ligação eléctrica é feita quando o poste (1) é totalmente erguido e as barras estabilizadoras são engatadas.

Tela ignífuga (3)

O material a usar nesta tela à prova de fogo será uma espécie de fibra de vidro, podendo ser usadas vários tipos de variantes, incluindo aquelas que se caraterizam por ser ricas em dióxido de silício.

O que é importante é que o seu ponto de fusão seja superior a 1700° Celsius, e que consiga aguentar temperaturas da ordem dos 900° durante muito tempo sem se deteriorar.

A tela deverá ainda apresentar as seguintes características: maleabilidade similar à de um vulgar oleado, capacidade de resistência a elevadas temperaturas, capacidade de resistência às chamas, capacidade de manter a integridade estrutural, baixa condutividade ao calor, capacidade de isolamento elétrico, e características antipoluentes.

Estes materiais são conhecidos do estado da técnica. Existem inúmeros materiais com características similares que podem ser usados no presente invento, alguns até com melhores desempenhos do que aqueles que foram acima referidos, devendo a vertente económica do projeto ser tomada em consideração na escolha das alternativas mais adequadas.

A tela possuirá ainda uma faixa de tecido condutor, que servirá para auferir a integridade desta durante o incêndio. Caso a tela seja destruída, a corrente deixa de ser conduzida através desta faixa, acusando nos sensores dos postes.

Esta tela é enrolada e colocada dentro dos postes para ser estendida. A tela terá 2m de altura, um comprimento de 50 metros e uma espessura de 0,5mm. Com um peso aproximado de 500g por metro quadrado, o rolo de tela no interior do poste (1) terá aproximadamente 50kg e um diâmetro de 180mm.

Uma extremidade da tela ficará presa ao varão central interior do poste. Este rodará e terá uma mola que puxará a tela, para a enrolar, ajudando a mantê-la esticada, quando estendida. Na outra extremidade, possuirá uma barra metálica com três pegas e imanes, para que o utilizador possa facilmente estender a tela e a possa prender ao poste (1) seguinte. O local onde os imanes devem prender está devidamente assinalado no poste (1), com uma pintura que brilha no escuro e é refletora. Ao prender os imanes é acionado um sensor no poste (1) que indica que a tela foi colocada com sucesso.