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Patent Searching and Data


Title:
GRAVITATIONAL MOTOR
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2014/197952
Kind Code:
A1
Abstract:
The present patent application aims at providing a motor powered by the force of gravity for rotating a shaft. The gravitational motor (1) uses water (as a mass) in order to apply pressure to air confined in the container (6) and to transfer water contained in the chamber provided in said container to the tank (2). Water will always flow towards the air-filled chamber, owing exclusively to the operation of the directional valve (3).

Inventors:
MILANEZ RAUL (BR)
Application Number:
PCT/BR2013/000487
Publication Date:
December 18, 2014
Filing Date:
November 11, 2013
Export Citation:
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Assignee:
MILANEZ RAUL (BR)
International Classes:
F03G7/10; F03B17/04
Domestic Patent References:
WO2006012721A12006-02-09
WO2005012724A22005-02-10
Foreign References:
FR2923870A12009-05-22
AU1443483A1984-11-15
Attorney, Agent or Firm:
NUNES, Marcos Antonio (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1- " OTOR GRAVITACIONAL", CARACTERIZADO por o referido motor (1) ser definido por reservatório (2), válvula dírecional (3), tubos de ligação (4 e 4.1) dotados de válvulas (5 e 5.1), recipiente ou caixa (6) dividida internamente em duas câmaras (7 e 7.1) e tubos de transferência (8 e 8.1) munidos de registros (9 e 9.1);

2- "MOTOR GRAVITACIONAL", de acordo com a reivindicação 1 , CARACTERIZADO por o recipiente (6) possuir um sistema de interligação das câmaras (10) formado por um tubo vinculado na parte superior, boia de nível (11), visor de nível (12), engaste frontal (14) e válvulas retentoras (13 e 13.1) dotadas de bloqueios (A, A1 , B e B1) no ponto de transição do recipiente (6) com os tubos de ligação (4 e 4.1) e tubos de transferência (8 e 8.1) respectivamente;

3- " OTOR GRAVITACIONAL", em conformidade com a reivindicação 2, CARACTERIZADO por os bloqueios (A e A1) das válvulas retentoras (13 e 13.1) serem projetados para atuarem como contrapesos no ponto de transição das câmaras (7 e 7.1) do recipiente (6) com os tubos de ligação (4 e 4.1).

Description:
"MOTOR GRAVITACIONAL"

O pedido de patente de privilégio de invenção BR 10 2012 015342 4 de 22/06/2012 será considerado como prioridade interna do relatório que prossegue, o qual tem por objetivo disponibilizar um motor alimentado pela força da gravidade. São por demais conhecidas as deficiências dos atuais processos energéticos; mencione-se o petróleo com seu índice de poluição tóxica e sua eminente escassez; a energia atómica, perigosa e ameaçadora em seus resíduos; a utilização dos ventos os quais nem sempre ocorrem onde e quando se fazem necessários; a energia hidráulica, que, além do elevado custo, é de utilidade restrita e de pouca ou, por vezes, nenhuma disponibilidade. É elevado o custo de tais processos e suas fontes nem sempre disponíveis.

Tais deficiências não ocorrem com a força gravitacional. Se for transformada em energia motriz pelo projeto que é objeto desse pedido de privilégio, obviaríamos uma série de revoluções de natureza económica, sanitária e social num curto lapso de tempo com total independência dos combustíveis fósseis.

Do estado da técnica, podemos citar o registro WO2005/012724 o qual demonstra um alternador gravitacional designado a cumprir a circulação de certo líquido no interior do dispositivo pela diferença de altura e a injeção de ar comprimido.

Apesar de teoricamente funcional, o equipamento utiliza duas torres individuais constituídas por moto geradores, tornando o alternador gravitacional volumoso em matéria de espaço, oneroso financeiramente e passível de falhas mecânicas devido à infinidade de componentes mecânicos e eletrônicos. Outra deficiência detectada no equipamento demonstra o emprego contínuo de ar comprimido como agente que promove o retorno do líquido para os reservatórios. Nesta ocasião, o alternador gravitacional deverá estar conectado a um aparelho encarregado de fornecer continuamente o ar comprimido, como um compressor, por exemplo, demonstrando total dependência de meio externo para operar plenamente. Em circunstância de o aparelho responsável pelo fornecimento de ar comprimido ser alimentado pelo próprio alternador gravítacional no período de atuação, uma parcela da energia efetiva gerada é consumida, reduzindo extremamente o rendimento do aparelho.

Percebendo o desejo remoto de disponibilizar aparelhos que forneçam energia elétrica de forma limpa e renovável, foi desenvolvido um sistema compacto, autónomo e totalmente funcional na geração de energia elétrica, utilizando como princípio fundamental a força da gravidade.

A presente invenção será descrita a seguir em maiores detalhes, a título de exemplo não limitativo, com referência à sua realização preferencial ilustrada nos desenhos abaixo, nas quais:

A figura 1 ilustra em perspectiva o equipamento em sua disposição preferencial;

A figura 2 demonstra em desenho esquemático os componentes e a atuação do motor gravítacional;

A figura 3 representa o funcionamento de modo inverso do motor gravítacional.

Em conformidade com as figuras 1 e 2, o motor gravítacional (1) é definido por reservatório (2), válvula direcional (3), tubos de ligação (4 e 4.1) dotados de válvulas (5 e 5.1), recipiente ou caixa (6) dividida internamente em duas câmaras (7 e 7.1) e tubos de transferência (8 e 8.1) munidos de registros (9 e 9.1). A válvula direcional (3) encontra-se instalada na parte inferior do reservatório (2) e está conectada em ambos os tubos de ligação (4 e 4.1) os quais, por conseguinte, são vinculados no ponto inferior do recipiente (6). Tratando-se dos tubos de transferência (8 e 8.1), estes apresentam as primeiras extremidades fixadas paralelamente aos tubos de ligação na parte inferior do recipiente (6) e as extremidades seguintes acopladas na parte superior do reservatório (2). O recipiente (6), além das câmaras internas (7 e 7.1), possui um sistema de interligação das câmaras (10) formado por um tubo vinculado na parte superior, boia de nível (11), visor de nível (12) e válvulas retentoras (13 e 13.1) dotadas de bloqueios (A, A1 , B e B1) no ponto de transição do recipiente (6) com os tubos de ligação (4 e 4.1) e tubos de transferência (8 e 8.1) respectivamente. Em uma das câmaras do recipiente será injetado ar natural e não comprimido enquanto na câmara subsequente será armazenada água.

Para alcançar a rotação de um eixo através da gravidade, o reservatório (2) deverá conter certa quantidade de água (massa) a qual vai escoar através de um dos tubos de ligação para a subsequente câmara do recipiente (6). O escoamento da água sempre ocorrerá à câmara preenchida com ar e este direcionamento é função exclusiva da válvula direcional (3).

Na descrição abaixo, o início do processo de trabalho do motor gravitacional será esclarecido partindo da esquerda para a direita, porém este conceito só deve ser adotado como regra no presente descritivo a fim de facilitar o entendimento do aparelho, ou seja, na prática a iniciação do motor gravitacional independe do sentido, podendo ser aleatória.

Detalhando o procedimento de desempenho do motor gravitacional, a água armazenada no reservatório (2) escoa pelo tubo de ligação (4) para a câmara (7) pertencente ao recipiente (6) através do processo de abertura da válvula direcional (3). No instante em que alcançar o ponto de transição do tubo de ligação (4) com a câmara (7), a água, devido à sua massa e pressão, vai elevar automaticamente o bloqueio (A) da válvula retentora (13) e encher a mencionada câmara (7). Como cada câmara dispõe de um tubo de ligação e um tubo de transferência atrelado, enquanto a pressão da água proveniente do tubo de ligação (4) eleva o bloqueio (A), o bloqueio (B) declina e impede a fuga desta mesma água no tubo de transferência adjacente (8.1) devido ao seu deslocamento semelhante a uma balança de pratos. Caso esta fuga ocorresse por ausência da válvula, o equipamento tornar-se-ia inútil, pois parte da água que desce do reservatório iria retornar a ele mesmo.

Durante o procedimento de enchimento da câmara (7) com a água oriunda do reservatório (2), o ar não comprimido armazenado anteriormente na dita câmara (7) é pressionado no sentido ascendente (indicado nas setas) e forçado a se deslocar à câmara vizinha (7.1) através do sistema de interligação (10). À medida que o ar é transferido, a água presente na câmara (7.1) sofre pressionamento e transmite a força para o bloqueio (A1) da válvula retentora (13.1) a fim de obstruir o tubo de ligação (4.1) e elevar o bloqueio (B1), liberando o escoamento tão somente ao tubo de transferência (8) o qual direciona a água para o reservatório (2). Como a câmara (7) é detentora da boia de nível (11), no momento em que a água procedente do reservatório (2) expulsar totalmente o ar para a câmara seguinte (7.1), a mencionada boia se eleva e fecha a passagem do sistema de interligação das câmaras (10). Esta informação referente ao fechamento da passagem do sistema de interligação (ou abertura da passagem no processo inverso) é enviada à válvula direcional (3) a qual interrompe o fluxo no tubo de ligação (4) e inicia imediatamente a liberação da água no tubo de ligação (4.1), originando um novo ciclo de maneira inversa (ilustrado na figura 3).

O trabalho sincronizado da válvula direcional (3) juntamente com as válvulas retentoras (13 e 13.1) é possível devido à disposição dos bloqueios (A e A1) em relação aos bloqueios secundários (B e B1) (melhores visualizados nas figuras 2 e 3). Os bloqueios (A e A1) são projetados para atuarem como contrapesos os quais tendem a manter o ponto de transição das câmaras (7 e 7.1) do recipiente (6) com os tubos de ligação (4 e 4.1) sempre fechado e elevar ao mesmo tempo os bloqueios secundários (B e B1) como forma de favorecer os tubos de transferência (8 e 8.1). Durante a evacuação e transporte da água acondicionada em uma das câmaras (7 ou 7.1) por meio do ar, o fluxo da água procedente dos tubos de ligação (4 e 4.1) apresenta pressão considerável capaz de vencer o peso dos bloqueios (A e A1) e cumprir a inversão das válvulas retentoras, elevando os referidos bloqueios (A e A1) ao mesmo tempo em que declina os bloqueios secundários (B e B1), fechando automaticamente o ponto de transição das câmaras (7 e 7.1) com os respectivos tubos de transferência (8 e 8.1).

Todo o sistema de abertura, fechamento, controle, monitoramento e inversão da válvula direcional (3) podem ser totalmente ou parcialmente automatizados, utilizando preferencialmente um solenóide.

Outra característica que deve ser levada em consideração está relacionada com o diâmetro dos tubos. Inicialmente, os tubos de ligação (4 e 4.1) apresentam um diâmetro maior se comparados aos tubos de transferência (8 e 8.1), entretanto, dependendo do desenvolvimento do projeto, esses diâmetros podem variar, tornando-se até mesmo equivalentes.

Vale lembrar que a disposição apresentada deve ser considerada como meramente ilustrativa, podendo sofrer variações no projeto e nas dimensões, porém sempre respeitando os princípios inventivos.

Tratando-se de vantagens, o motor gravitacional propõe uma configuração compacta, necessitando de pouco espaço por ser um artefato de volume reduzido, praticidade no manuseio, facilidade de manutenção, formato simplificado e desempenho eficiente. Somando as vantagens aos atributos, o motor gravitacional possibilita a geração de energia limpa, sustentável e constante, beneficiando a população sem qualquer tipo de agressão ao meio ambiente. Por estas características e o efeito causado, o motor gravitacional certamente deve ser merecedor da atividade inventiva pleiteada.