TRANSPORTE DE AUMENTOS PRONTOS PARA CONSUMO."

CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO

[001] A presente patente de invenção trata de aperfeiçoamentos em meio de aquecimento individualizado de alimentos, mais especificamente aquecimento por indução eletromagnética a ser aplicado nos 'Meios de Transporte' térmicos de alimentos quentes e/ou frios do tipo entregues pelo sistema 'delivery', tais como bolsa, mochila, caixa, baú, carrinhos de transporte de alimentos, veículos, 'pass through', entre outros, responsáveis por armazenar e transportar alimentos prontos para consumo como pizzas, salgados, esfihas, carnes, bolinhos, entre outros; o Meio de Aquecimento compreende uma estrutura térmica para aquecimento por indução eletromagnética instalada nas partes internas dos meios de Transporte e que é acionada por uma ou mais chapa(s) metálica(s) instalada(s) nas partes internas e/ou externas das embalagens dos alimentos, mais precisamente nos receptáculos das ditas embalagens do tipo papelão micro ondulado, papel cartão, fibra naturais ou sintéticas, polímeros, alumínio, entre outros; a justaposição ou aproximação das embalagens com a(s) chapa(s) metálica(s) no Meio de Aquecimento disposto no Meio de Transporte proporciona o pré-aquecimento e/ou aquecimento e/ou cocção do alimento disposto na dita embalagem por indução da mesma, possibilitando, assim, a manutenção da temperatura e qualidade dos alimentos e/ou a cocção parcial e/ou integral dos alimentos, quando do transporte até o trajeto final e/ou no local de produção de alimento, bem como no local onde será servido e consumido.

HISTÓRICO DA INVENÇÃO

[002] É de conhecimento que o sistema "delivery", mais recentemente, teve um acentuado aumento de demanda, especialmente devido não só à valorização e otimização do tempo, como, principalmente, em função dos novos hábitos dos consumidores através do uso dos dispositivos eletrónicos móveis (smartphones e outros) e variados aplicativos de entrega (APPs) que proporcionam diversificação na oferta de gastronomia com pronto atendimento. [003] Apesar da agilidade na solicitação e recebimento dos alimentos prontos que os 'APPs' proporcionam, ainda existe uma lacuna especialmente relacionada às diferenças de algumas características do alimento, tais como temperatura, crocância e outras, diferenças estas facilmente notadas quando o consumo dos alimentos é 'in-loco' fornecidos em restaurantes ou similares em relação aos alimentos prontos, fornecidos pelo sistema‘delivery’.

[004] Um dos principais inconvenientes relacionados à entrega de alimentos prontos consiste na ineficiência térmica das embalagens utilizadas para o transporte dos alimentos. De uma forma geral, as embalagens convencionais são formadas por recipientes com tampa, ambos confeccionados em papelão ondulado ou poliestireno (Isopor ^® ) ou outros materiais e apresentadas em formatos diversos como circular, octogonal, quadrangular, etc., e cuja parede perimetral tem altura adequada para a acomodação do alimento pronto. Uma vez colocado o alimento em seu interior a tampa é fechada e geralmente lacrada por fita adesiva ou pequena trava existente em relação ao recipiente.

[005] Da mesma forma, existem embalagens confeccionadas em polímero transparente (ou não), também formadas por receptáculo e tampa desprovidas de qualquer meio de retenção térmica dos alimentos prontos.

[006] Atualmente, os alimentos prontos reservados nestes e outros modelos de embalagens são entregues aos consumidores dentro de baús, mochilas e outros similares que, de uma forma geral, consistem caixas térmicas providas de alças a serem dispostas nas costas dos entregadores que, via de regra, utilizam de motocicletas, bicicletas e até veículos, visando entrega o produto o mais rápido possível.

[007] Pensando em proporcionar melhorias ao mercado consumidor, um dos requerentes da presente solicitação é titular do documento de n^. BR 10.2018.015412- 5 que trata de embalagem para acondicionamento de alimentos prontos do tipo pizza, salgados, esfihas, carnes, entre outros, especialmente utilizados no modo ' deliver ou 'pronta-entrega' e que, verificando a necessidade de otimizar todo o sistema, propõe inúmeros aperfeiçoamentos em relação ao pedido mencionado, uma vez que observou que, quando a entrega ocorre em local mais distante ou há um número maior de entregas no percurso, a caloria inicial não é mantida, recaindo no problema que se buscava resolver.

[008] Os atuais requerentes, em constantes estudos e pesquisas constataram que a temperatura do produto preparado, assim que sai do forno, fogão ou outro, é distinta da temperatura do alimento fornecido Ίh-loco' (mesa ou balcão próximo do preparo). Por exemplo, as pizzas que são preparadas no forno local e são consumidas no próprio local de preparo (restaurantes ou similares) chega ao consumidor a uma temperatura aproximada de 90 °C. Porém, o mesmo alimento, quando fornecido via 'delivery', através de caixas ou bolsas/mochilas térmicas ou ainda baús térmicos usuais, chega ao consumidor numa temperatura bem abaixo daquela de preparo, ou seja, aproximadamente de 35 a 40 °C, o que pode causar a modificação das características próprias dos alimentos prontos, tais como a crocância, a textura, e até mesmo o sabor. Por outro lado, como restará comprovado adiante, o alimento, por exemplo pizza, quando fornecida pelo 'Conjunto de aquecimento' por indução eletromagnética, após diversos testes, vai chegar ao consumidor numa temperatura próxima aos 80 °C, significando uma substancial otimização em relação ao "delivery".

[009] Para agravar ainda mais o inconveniente dos meios de entrega atualmente utilizados pelos“deliveries", é comum que estas malas térmicas sejam dotadas de uma tampa com fecho éclair e que, a cada entrega, a mesma é aberta, expondo os produtos à temperatura externa ambiente, cooperando para o resfriamento precoce dos alimentos prontos e transportados.

[010] A saber, estes baús, mochilas ou caixas térmicas utilizados para o transporte dos alimentos prontos são, geralmente, confeccionados com paredes laterais, tampa e base em placas de poliestireno (Isopor ^® ), as quais são forradas externamente por plástico ou lona e podem ter o seu interior compartimentado pela previsão de uma ou mais prateleiras encaixadas em recortes transversais praticados na face interna e laterais da dita caixa. O fato do Isopor ^® ser reconhecidamente um elemento com características que isolam a temperatura, é de suposição que ditas caixas ou baús térmicos, tal como se apresentam, são suficientes para manter a caloria do produto durante o transporte, porém, sabidamente, não é o que ocorre, pois a perda da caloria ocorre de forma muito rápida, principalmente se a caixa é aberta várias vezes durante o percurso de entrega.

[011] Atualmente, alguns modelos de caixas, mochilas ou baús no mercado, do tipo utilizados por entregadores, apresentam sua porção interna revestida por 'lona de alumínio'. Porém, apesar deste tipo de revestimento ser amplamente difundido, a função de abertura constante da tampa em relação à bolsa/caixa térmica ou baú permite que a troca térmica com o ambiente reduza, consideravelmente, a temperatura interna e, consequentemente, o arrefecimento dos alimentos prontos transportados. ANÁLISE DO ESTADO DA TÉCNICA

[012] Em pesquisa realizada em bancos de dados especializados foram encontrados documentos referentes à meio de aquecimento individualizado aplicado em caixa térmica para transporte de alimentos prontos, tal como, o documento de n^. BR20.2012.032105-5 que trata de baús adaptados e transportadoras por motocicletas para entrega de alimentos quentes nas residências de clientes, sendo aquecidos através de resistências elétricas que são conectadas às baterias. Os baús são desenvolvidos em fibra de vidro e instalados nas motos. Os baús podem ser de dois tipos. O primeiro possui dois compartimentos, o inferior, que tem toda a parte elétrica, uma bateria automotiva especialmente desenvolvida, conexão e duas tomadas (fêmeas) para receber a tomada (macho) dos aquecedores por resistência elétrica, e o superior, que é separado do inferior por uma divisória de fibra de vidro, possuindo o espaço para colocar os referidos aquecedores e os alimentos. O segundo tipo de baú é desenvolvido em fibra de vidro, de tamanho menor, construído com isolantes térmicos revestidos com plástico, com os mesmos aquecedores por resistência elétrica (internamente); este baú fica acoplado às costas dos motoqueiros e dele sai um fio como tomada (macho) para conectar na energia, que é gerada por uma bateria, a qual fica numa caixa de fibra que tem toda a fiação elétrica e duas tomadas (fêmeas); este bateria fica amarrada a moto e possibilita o acesso da energia para os aquecedores que ficam próximos ás costas dos motoqueiros.

[013] O documento de n^. PI 0804852-5 trata de conjunto formado por uma bolsa que pode ser usada individualmente e/ou conjunto com baú para transporte destinado ao acondicionamento de pizza e correlatos pré-embalados, com propriedade termo refratária cujo aquecimento é proporcionado pela existência de placas dispostas na própria bolsa com tomada que permite a conexão com o baú e sua ligação através de pontos conectores internos nele existentes em cuja base se encontra instalado um conversor, capaz de tornar aproveitável a energia proveniente do motor de uma moto, de modo a transportar alimentos na temperatura ideal para o consumo.

[014] O documento de n^. MU 9102586-9 trata de caixa aquecida/refrigerada por efeito 'Peltier' para Motocicletas, refere-se a acessório cuja estrutura é composta por caixa ou baú de plástico, fibra ou outro material qualquer, isolada termicamente por isopor, plástico, poliuretano, lã de vidro, lã de rocha ou outro material qualquer que possa ser utilizado com intuito de isolar o interior da caixa de modo a diminuir a troca térmica entre o interior e exterior da caixa, célula de 'Peltier', dissipadores de calor, coolers, circuito eletrónico, saídas de ar, chaves seletoras de temperatura (quente/frio), botões liga/desliga e alimentação 127/220 V ou 12V, sendo que a parte interna desta caixa ou baú de fibra poderá ser aquecida/refrigerada por condução, convecção e/ou radiação, através de uma chapa metálica condutora de calor ou mesmo através de ventilação forçada feita através do cooler. A caixa aquecida/refrigerada por efeito ‘Peltier’ para Motocicletas, conectado ao sistema elétrico (12V) da motocicleta, pode ter variação de modelo com bateria acoplada, selecionando a temperatura, quente ou fria, através das chaves seletoras de temperatura e acionarmos o sistema através dos botões liga/desliga, que se encontram na parte superior da caixa ou baú de fibra. Desta forma, será acionado um circuito eletrónico, e o dissipador de calor que irão manter a caixa na temperatura desejada, pois serão acionados a célula de 'Peltier' e o cooler conforme a opção desejada.

[015] Os documentos supracitados, apesar de pertencerem ao mesmo campo de aplicação diferenciam-se do presente invento em questão, como se verá adiante, garantindo, assim, que o mesmo atenda, plenamente, aos requisitos legais de patenteabilidade.

OBJETIVOS DA INVENÇÃO

[016] É objetivo da presente invenção apresentar um Meio de Aquecimento de Alimentos aplicado nos Meios de Transporte que utiliza o efeito da indução eletromagnética e pode ser aplicado em um ou todos os compartimentos dos ditos Meios de Transporte e, também nas embalagens dos alimentos. A proximidade de um em relação ao outro ativa o circuito do aquecimento da(s) chapa(s) metálica(s) instaladas no Meio de Transporte, elevando a temperatura do compartimento de maneira a manter aquecido e/ou efetuar a cocção parcial e/ou integral dos alimentos durante o tempo que o mesmo estiver acomodado no interior do Meio de Transporte.

[017] É outro objetivo desta invenção apresentar um Meio de aquecimento por indução eletromagnética visando entregar o alimento pronto em temperatura o mais próximo da temperatura que é oferecida quando do consumo 'in-loco' ou seja, por exemplo, uma pizza que seria oferecida na mesa ou balcão do local de preparo à temperatura de 90 °C, quando transportada via 'delivery' através do inovado Meio de Transporte, chegará ao consumidor final a uma temperatura próximo aos 80° C, além de manter preservadas das características essenciais do alimento pronto como crocância, umidade, textura, etc.

[018] É, ainda, objetivo desta invenção apresentar um Meio de aquecimento por indução eletromagnética instalado em um ou mais compartimentos dos Meios de Transporte que, quando da presença física da chapa(s) metálica(s) armazenada(s) nos próprios Meios de Transporte e/ou em embalagens de Alimentos serão aquecidos. Os compartimentos e/ou embalagens que não possuem o dispositivo de indução eletromagnética em questão, são mantidos em temperatura fria ou ambiente, permitindo, assim, o transporte de alimentos diversos em embalagens convencionais, tais como confeccionadas em papelão, isopor, plástico ou outro, que dispensam o aquecimento como, por exemplo, saladas,‘temakis’ , bebidas ou outros. O fato de cada compartimento ser individualizado permite que não ocorra a transferência de caloria de um para o outro.

[019] Outro objetivo desta invenção é apresentar um Meio de aquecimento por indução eletromagnética instalado em Meios de Transporte de alimentos, cujos elementos responsáveis pelo acionamento do sistema de indução eletromagnética, tais como bateria elétrica, placa de circuito lógico, conector(es), entre outros, são alocados nas paredes ou prateleiras dos meios de Transporte e receberão alimentação elétrica de outras baterias, tais como do veículo automotivo, do tipo motocicleta, bicicleta elétrica, patinete elétrico ou outra fonte externa de energia.

[020] É, ainda, objetivo da invenção apresentar um Meio de aquecimento por indução eletromagnética aplicado em compartimentos isotérmicos e impermeáveis, de forma que possíveis vazamentos fiquem isolados e não contaminem os outros alimentos prontos transportados no mesmo Meio de transporte.

[021] Da mesma forma, outro objetivo da invenção é apresentar uma variação construtiva que inclui a previsibilidade de embutir, totalmente, todo o dispositivo de aquecimento por indução eletromagnética em uma ou mais partes internas do Meio de Transporte, bem como associa-lo a um correspondente sensor de presença passível de acionar o meio de aquecimento automaticamente quando da presença da embalagem convencional com o alimento a ser transportado.

[022] Mais outro objetivo decorrente da supracitada variação construtiva é apresentar compartimento externo para a montagem de uma fonte de energia como baterias recarregáveis, circuitos de indução eletromagnética e ventoinha de ventilação para a alimentação das bobinas de indução eletromagnética.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[023] A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do presente invento e de acordo com uma preferencial realização prática do mesmo, acompanha a descrição, em anexo, um conjunto de desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou seu funcionamento:

[024] a figura 1 representa uma vista ilustrativa e em perspectiva, porém, sem ser restritiva, de um Meio de Transporte, por exemplo na forma de mochila térmica, a qual é ilustrada com a tampa aberta e provida de três compartimentos, cada qual dotado dos Meios de aquecimento por indução eletromagnética e alimentados por energia elétrica advinda de uma bateria externa (do veículo de transporte) ou de uma ou mais baterias elétricas recarregáveis, preferencialmente embutida(s) no(s) compartimento(s) do Meio de Transporte; para o acionamento do Meio de aquecimento de qualquer dos compartimentos do Meio de Transporte inovado é previsto que a embalagem do alimento (no presente exemplo uma caixa de pizza) seja dotada da placa de acionamento da indução, permitindo que o depósito da embalagem no compartimento acione o Meio de aquecimento e mantenha o alimento aquecido durante todo o período de transporte;

[025] a figura 2 revela uma vista esquemática do Meio de Transporte, na forma de mochila térmica, segundo corte longitudinal A.A ilustrado na figura anterior, ilustrando os componentes do Meio de aquecimento por indução eletromagnética aplicado nas prateleiras dos compartimentos;

[026] a figura 3 revela o mesmo corte longitudinal A.A ilustrando o acionamento do Meio de Aquecimento, previsto no Meio de Transporte, pela presença da embalagem de Alimento no qual está(m) contida(s) a(s) Placa(s) Metálica(s), bem como, ilustra um compartimento que, ainda que dotado do meio de Aquecimento, encontra-se arrefecido, uma vez que a embalagem de alimento não contempla a placa metálica, consequentemente, sem acionar o aquecimento, permitindo assim, que um mesmo meio de Transporte seja utilizável para o transporte de alimentos ou similares que dispensam o aquecimento; e

[027] a figura 4 representa outra vista em corte longitudinal A.A, tal como as Figuras 2 e 3, representando um Meio de Transporte na forma de mochila térmica com uma variação construtiva que, neste caso, apresenta os meios de aquecimento instalados nas paredes laterais do meio de Transporte de maneira a atender embalagens também alternativas com placas metálicas dispostas nas laterais;

[028] a figura 5 mostra uma vista posterior de um veículo de transporte de alimentos, ilustrando a disposição de prateleiras passíveis de receberem o Meio de Aquecimento que funcionará nos mesmos princípios descritos nos itens anteriores;

[029] a figura 6 representa uma variação do Meio de aquecimento ilustrando o meio de transporte de alimentos prontos e/ou não, onde a justaposição da(s) chapa(s) metálica(s) é realizada sobre as bobinas de indução eletromagnética e, respectivo, compartimento para baterias;

[030] a figura 6A ilustra uma vista em perspectiva posterior do meio de transporte de alimentos prontos e/ou não, ilustrando uma variação da disposição do compartimento para baterias, circuitos de indução eletromagnética, sistemas de controles, entre outros componentes; e

[031] a figura 7 revela um corte longitudinal A.A indicado na figura 1 ilustrando o meio de aquecimento individualizado ora aperfeiçoado.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[032] Com referência aos desenhos ilustrados, a presente patente de invenção se refere à "APERFEIÇOAMENTOS EM MEIO DE AQUECIMENTO INDIVIDUALIZADO APLICADO EM CAIXA, BAÚ, MOCHILA, BAG, FRASQUEIRA TÉRMICA E/OU BAÚ TÉRMICO PARA TRANSPORTE DE AUMENTOS PRONTOS PARA CONSUMO", mais precisamente trata-se de Meio de aquecimento (10) aplicado em Meio de Transporte (20), tal como mochila ou caixa térmica e/ou baú térmico ou outro do tipo utilizado para o transporte de alimentos (Al), especialmente do tipo para "entrega", conhecido como "delivery" que, geralmente inclui uma embalagem (30) com recipiente e tampa. Dito Meio de Transporte (20), em sua versão construtiva preferencial na forma de mochila ou caixa térmica, pode ser confeccionado em poliestireno ou outro material adequado, revestido ou não por lona de alumínio ou outro material adequado, e sendo formada por um receptáculo oco (20a), de forma a compor uma abertura principal para a montagem de uma tampa articulável (20b). Em pelo menos duas faces internas do receptáculo (20a) podem ser praticados rebaixos (20c) que compõe trilhos para a montagem de correspondentes prateleiras (21) configurando compartimentos para a acomodação das embalagens (30) ou outras, bem como, vasilhames de bebidas diversas.

[033] Segundo a presente invenção, as prateleiras (21) e/ou paredes laterais (20e) ou de fundo do receptáculo (20a) do Meio de Transporte (20) possui a instalação de ao menos um Meio de aquecimento (10) por indução eletromagnética, o qual permanece embutido nas citadas partes internas do Meio de Transporte (20) e que aquece a(s) chapa(s) metálica(s) (CP) embutida(s) no receptáculo da embalagem (30), seja na base inferior (31) e/ou nas faces laterais (32) do dito receptáculo de transporte do alimento quente (Al). Assim que a embalagem (30) com a(s) chapa(s) metálica(s) (CP) for apoiada ou aproximada dos Meios de Aquecimento (10) no interior do Meio de Transporte (20) a indução eletromagnética ativa o aquecimento da(s) referida(s) chapa(s) metálica(s) (CP) da embalagem (30) passando a aquecer, imediatamente, o alimento (Al) que, por sua vez, é mantido aquecido durante todo o tempo em que o mesmo estiver acomodado no interior do Meio de Transporte (20).

[034] Dito Meio de Aquecimento (10), numa versão construtiva preferencial, é compreendido por circuito de indução magnética (11a) com controle ajustado dentro de um range da temperatura (Tl), fornecendo padrões uniformes para a manutenção do aquecimento do alimento (Al); dito circuito (11a) é acoplado a uma espira (11), ambos, alimentados por bateria elétrica (12) através de conector(es) (12a) instalados junto de cada prateleira (21) e/ou paredes laterais ou de fundo do receptáculo (20a), sendo que ditos conector(es) (12a) são expostos na parte externa da caixa (20) para acoplamento de cabos alimentadores (CB), por sua vez, conectados em veículos de transporte (VT) como bicicleta elétrica, motocicleta, patinete elétrico ou outro tipo de alimentação elétrica adequada.

[035] O acionamento individualizado de cada embalagem (30) com uma ou mais Chapa(s) Metálica(s) (CP) em relação ao Meio de aquecimento (10) por indução eletromagnética, instalado em uma ou mais partes internas do Meio de transporte (20) é passível de manter o aquecimento os alimentos (Al) durante o período em que a(s) Chapa(s) Metálica(s) (CP) da(s) embalagens (30) se mantiverem justapostas e/ou aproximadas ao(s) referido(s) Meios de aquecimento (10) dos Meios de transporte (20), viabilizando o transporte de alimentos (Al) em situação de aquecimento. Caso o controle de temperatura (Tl) do circuito (11a) permita ser ajustado, o Meio de Aquecimento (10) pode atuar como conclusão do cozimento/cocção do alimento (Al) até que o mesmo seja entregue ao consumidor.

[036] Numa opção construtiva (ver figuras 3 e 4), o Meio de transporte (20) é dotado do(s) Meio(s) de aquecimento (10) nas partes internas do receptáculo (20a) e uma ou mais embalagens (30) possuem a base do receptáculo dotada de chapa(s) metálica(s) (CP) que mantém os Meios de Aquecimento (10) acionados em temperatura pré- determinada. Uma ou mais embalagens (30'), porém, são destituídas de chapa(s) metálica(s) (CP) em seus receptáculos, não ativando, assim, a indução eletromagnética do(s) Meio(s) de Aquecimento (10) da prateleira (21) ou base do Meio de Transporte (20), mantendo o alimento (AI') frio ou na temperatura ambiente.

[037] Numa segunda versão construtiva (ver figura 4), as paredes laterais (20e) de cada Meio de Transporte (20), além das prateleiras, receberem Meios de aquecimento (10) acionados por chapa(s) metálica(s) (CP) instalada(s) na(s) parede(s) periférica(s) da embalagem (30'), de forma a configurar um aquecimento perimetral para aquecimento de porções diversas como bolinhos, pedaços de frango, etc.

[038] Numa terceira versão construtiva (ver figura 5), veículos de transporte (VT1) podem ser dotados de um ou mais compartimentos cujas prateleiras (PR) e/ou paredes laterais podem recebem Meio de Aquecimento (10) por ativação de Chapa(s) Metálica(s) (CP) instaladas em embalagens (30)/(30') ou (30”) para o aquecimento (ou não) de alimentos diversos (Al) como, por exemplo, refeições diárias. No caso de dos Meios de aquecimento (10) estarem distribuídos nas prateleiras do veículo (VT1), haverá uma chave de liga/deslia para ativação dos mesmos.

[039] Numa quarta variação construtiva (ver figuras 6 a 7), dito Meio de aquecimento (10') é formado por chapa metálica com capacidade indutiva (CP') justaposta à uma bobina de indução eletromagnética (11') e um cabo de conexão (11a') ligado ao circuito de indução eletromagnética (23'). Dito meio de aquecimento (10) prevê que a bobina de indução eletromagnética (11') e o cabo de conexão do circuito eletromagnético (11a') permaneçam embutidos em pelo menos uma prateleira, enquanto que a chapa com capacidade indutiva (CP') é disposta de forma coplanar à face superior da referida prateleira (21'). Esta aplicação pode ser reproduzida na base inferior interna (BI') do meio de transporte (20') ou, ainda em pelo menos uma face lateral interna do referido meio de transporte (20').

[040] Sobre a chapa com capacidade indutiva (CP') ou justaposta a esta, é posicionada a embalagem convencional (30') contendo alimento pronto, semi-pronto ou natural (AI') de maneira que o mesmo possa ser pré-aquecido e/ou aquecido e/ou cozido durante o período em que a citada embalagem convencional (30') se mantiver acomodada no interior do Meio de Transporte (20') e em contato com o meio de aquecimento (10'). [041] O controle de liga-desliga do circuito de indução eletromagnética (23') é comandado por pelo menos um sensor de presença (sl') instalado no interior de pelo menos um compartimento (Cl') do meio de transporte (20'), sensor (sl') este que detecta quando a embalagem convencional (30') é posicionada em pelo menos um dos citados compartimentos (Cl').

[042] Referido meio de transporte (20') inclui um compartimento suplementar externo (22') conformado tal como uma caixa (22a') com tampa (22b') que pode estar disposto na porção superior (21a') ou parede posterior (21b') do citado meio de transporte (20'). Neste compartimento suplementar externo (22') é acomodada uma ou mais fontes de energia (12') na forma de baterias elétricas ou eletrónicas, um conjunto de circuitos eletromagnéticos (23') de controle da(s) bobina(s) de indução eletromagnética (11'), e pelo menos um meio de ventilação (24'). A caixa inclui um ou mais orifícios (22c') para montagem de conectores (12a') e cabos de conexão (11a'), entre o circuito de indução eletromagnética (23) e as bobinas de indução eletromagnética (11'), além do orifício do conector para carregamento das fontes de energia.

[043] É certo que quando o presente invento for colocado em prática, poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais que estão claramente substanciados no quadro reivindicatório, ficando assim entendido que a terminologia empregada não teve a finalidade de limitação.