LÍQUIDOS

[001] Refere-se o presente relatório descritivo, ao pedido de patente de modelo de utilidade para uma melhoria efetuada em tampa de rosqueamento em garrafas contendo bebidas para serem gaseificadas ou já gaseificadas, o que ocorre através de um dispositivo gaseificador específico.

[002] A tampa, injetada em plástico, além das roscas internas de sua saia para o rosqueamento no bocal padrão da garrafa, possui também na sua saia, roscas externas para receber o rosqueamento do dispositivo gaseificador.

[003] Como novidade para o projeto, a tampa é injetada com a face interna de seu topo conformando um ponto central de enfraquecimento. Além disso, recebe, em uma versão, um alojamento cilíndrico para o encaixe da ponta do pescador e, em outra versão recebe um batoque também para encaixe da ponta do pescador.

[004] A tampa, com essas adaptações simplifica e torna ainda mais abrangente o seu uso pois pode ser rosqueada tanto em garrafas cujas tampas originais já contenham o tubo pescador ou para garrafas cujas tampas originais não contenham o tubo pescador, abrangendo e flexibilizando, portanto, o uso do dispositivo gaseificador para a carbonatação de bebidas já envasadas ou que estejam em consumo e que se deseja carbonatar.

Comentários da técnica

[005] Como é de conhecimento, atualmente as bebidas são praticamente todas gaseificadas, tais como refrigerantes, vinhos, águas, enfim, incontáveis tipos de líquidos excetuando-se, por exemplo, alguns tipos de sucos naturais (armazenados em embalagens longa vida). Um problema decorrente, porém, é a perda da carbonatação da bebida armazenada na garrafa. Por isso, variados dispositivos vêm sendo criados para essa reposição de gás tal como ensina o documento de patente de 2005, PI 0501913-3, de título “GASEIFICADOR DE BEBIDAS PORTÁTIL”, o qual, apesar do título não é exatamente portátil, sendo dotado de compartimento/reservatório receptor de uma bebida a ser gaseificada, ligado por tubo ao cilindro de C02, com torneira para que, após gaseificada a bebida seja servida por uma torneira do próprio recipiente.

[006] Um dispositivo realmente portátil foi criado pelo mesmo inventor do pedido a ser descrito mais adiante. Trata-se do documento BR 102014025747-0 de título “DISPOSITIVO PARA SERVIR LÍQUIDO GASEIFICADO COM VÁLVULA PARA INTRODUÇÃO DE C02”, depositado em 2014. Imagens desse dispositivo são inseridas também a título exemplificativo, como figura 1 para o novo pedido a ser descrito mais adiante. Como se observa pela imagem à esquerda dessa figura 1 , a tampa (9) (de substituição da tampa original da garrafajtem um furo central (8) ao qual alinha-se uma válvula retentora (13) alojada em caneca interna (14), ambas montadas internamente na saia dessa tampa (9), sendo que a referida caneca interna (14), por um pescoço recebe o acoplamento da ponta do tubo pescador (15). Após substituição da tampa original essa tampa (9) é rosqueada no bocal da garrafa, como se observa pela imagem à direita e, em seguida, pelas roscas externas de sua saia recebe o rosqueamento do dispositivo gaseificador (1). Este último, pelo seu pino rompedor (12) afasta a válvula retentora (13) liberando o furo central (8) para que o gás provindo do conjunto injetor (não mostrado), passe pela caneca interna (14) e seja dirigido pelo tubo pescador (15) garrafa adentro. [007] Apesar de ser um conjunto portátil e de grande eficácia, a tampa (9) desse pedido BR 102014025747-0 deve receber o furo central(8), em etapa distinta da injeção e também recebe os elementos adicionais como a válvula (13) e caneca de retenção (14), exigindo montagem e trazendo custos relativamente maiores.

Objeto do pedido

[008] O mesmo autor do projeto acima citado vem trazer uma evolução para essa tampa que substitui a tampa original de garrafas contendo bebidas já carbonatadas ou que devam ser carbonatadas. Por essa tampa, motivo desse pedido de patente, é eliminada a feitura de furo no topo e o emprego da válvula retentora com sua caneca interna da tampa do pedido anterior, BR 102014025747-0.

[009] Isso deve-se à construtividade proposta, pela qual, pelo projeto de molde, é obtido um ponto de enfraquecimento na face interna do topo da tampa, em volta do qual é incorporado um alojamento cilíndrico para engate da ponta do pescador. Em uma outra opção construtiva, também na face interna do topo e igualmente em volta do ponto de enfraquecimento é incorporado um friso circundante com maior diâmetro, para travamento com um sulco circundante correspondente da borda superior de um batoque, o qual é, ainda, vazado por um pescoço tubular inferior para engate da ponta do pescador.

[010] Após retirada a tampa convencional, a tampa em questão é rosqueada por suas roscas internas no bocal padrão da garrafa e, em seguida, ao receber por suas roscas externas o rosqueamento do dispositivo gaseificador, simultaneamente o perfurador desse último perfura a tampa pelo ponto de enfraquecimento do seu topo, mantendo-se alinhado tanto pelo alojamento cilíndrico (em umas das versões propostas) ou pelo batoque (na outra versão proposta), à ponta engatada do pescador. Dessa forma, após o acionamento de um conjunto injetor de gás acoplado no dispositivo gaseificador, o fluido passa pelo seu perfurador penetrando pelo alojamento cilíndrico ou pelo batoque diretamente no pescador e deste para dentro da garrafa contendo a bebida a ser gaseificada.

[011] As duas imagens da figura 1 , como já explicado, mostram a tampa do pedido anterior, do estado da técnica, BR 102014025747-0. As imagens das figuras 2 e 3 também se referem ao estado da técnica, mostrando um dispositivo gaseificador, com vista em corte.

[012] As figuras abaixo relacionadas, 4 e 5, referem-se à tampa, motivo do pedido de patente:

Figura 4 - mostra a tampa, em uma das versões com alojamento cilíndrico. A tampa é mostrada em perspectiva superior a partir do topo, ao lado é mostrada em perspectiva inferior e, embaixo, mostrada em corte A-A, com a ponta do pescador alinhada ao alojamento cilíndrico;

Figura 5 - mostra a tampa, na outra versão, com batoque. A tampa é mostrada em perspectiva superior a partir do topo, ao lado é mostrada em perspectiva inferior alinhada ao batoque e, embaixo e ao lado, mostrada em corte B-B alinhada ao batoque, em corte C-C, cujo pescoço tubular inferior está alinhado à ponta do pescador.

[013] As figuras a seguir relacionadas, 6 e 7, referem-se à montagem da tampa:

Figura 6 - mostra, em cima, a retirada da tampa convencional, da garrafa. Feito isso, a tampa na versão com o alojamento cilíndrico (já engatado com a ponta do pescador) é rosqueada na garrafa e, por fim, a própria tampa assim montada é posicionada para receber o rosqueamento do dispositivo gaseificador específico;

Figura 7 - mostra, em cima, a retirada da tampa convencional da garrafa. Feito isso, a tampa na versão com o batoque (já com seu pescoço inferior tubular engatado com a ponta do pescador) , recebe o travamento com o referido batoque, sendo, em seguida, a tampa assim montada rosqueada no bocal padrão da garrafa e, por fim, a própria tampa assim montada é posicionada para receber o rosqueamento do dispositivo gaseificador específico . [014] As figuras a seguir relacionadas, 8, 9 e 10, referem-se ao rosqueamento pelo dispositivo gaseificador, na tampa com a versão de alojamento cilíndrico:

Figura 8 - mostra o gaseificador sendo alinhado, por suas roscas internas, às roscas externas da tampa;

Figura 9 - mostra o rosqueamento simultaneamente à perfuração do ponto de enfraquecimento do topo da tampa pelo perfurador do dispositivo gaseificador;

Figura 10 - mostra o funcionamento, quando um conjunto injetor é acoplado no dispositivo gaseificador para a carbonatação, com a passagem do fluido pelo seu perfurador que, por estar alinhado ao alojamento cilíndrico com a ponta do pescador engatada, injeta o fluido no interior da garrafa.

[015] As figuras a seguir relacionadas, 11 , 12 e 13, referem-se ao rosqueamento pelo dispositivo gaseificador, na tampa com a versão dotada de batoque:

Figura 11 - mostra o gaseificador sendo alinhado, por suas roscas internas, às roscas externas da tampa;

Figura 12 - mostra o rosqueamento simultaneamente à perfuração do ponto de enfraquecimento do topo da tampa, pelo perfurador do dispositivo gaseificador;

Figura 13 - mostra o funcionamento, quando o conjunto injetor é acoplado no dispositivo gaseificador para a cabonatação, com a passagem do fluido pelo seu perfurador que, por estar alinhado ao batoque com o seu pescoço tubular inferior engatado à ponta do pescador, injeta o fluido no interior da garrafa.

[016] Em conformidade com os desenhos anexos, a “TAMPA ADAPTÁVEL A BOCAIS DE GARRAFAS, COM ELEMENTO DIRECIONADOR DE FLUIDO ATRAVÉS DE DISPOSITIVO GASEIFICADOR, PARA A CARBONATAÇÃO DE LÍQUIDOS”, objeto desse presente pedido de patente de modelo de utilidade, constitui-se a partir de uma tampa ( 1 ) já usada para substituir a tampa convencional (O) de garrafas (GF) contendo bebida já carbonatada ou bebida para ser carbonatada, sendo uma tampa (1 ) normalmente dotada de roscas internas (2) na sua saia (3), bem como dotada de roscas externas (4) .

[017] A tampa ( 1) possui duas variações construtivas (l a) , Fig. 4 e (lb), Fig. 5, tendo como novidade, a conformação pelo projeto de molde, na face interna (5) de seu topo (6), de um ponto de enfraquecimento central (7).

[018] Além disso, em uma das variações construtivas (l a), mostrada pela figura 4, em torno desse ponto de enfraquecimento (7), na mesma face interna (5) é incorporado um alojamento cilíndrico (8) em volta do qual é conformado um anel de vedação. Em uma outra variação construtiva ( lb) para a tampa (1 ), mostrada pela figura 5, em torno do referido ponto de enfraquecimento (7), na mesma face interna (5) é incorporado um friso anelar (9) para travamento de um batoque ( 10), cuja borda saliente ( 11 ) é dotada de sulco anelar ( 12) e que, após redução de diâmetro de seu corpo (13) , que incorpora nervuras radiais de reforço, tem o fundo rebaixado( 14) aberto por furo central ( 15) e delimitado por apoios (16), dos quais estende-se um pescoço tubular inferior (17).

[019] Assim formada a tampa ( 1), na versão construtiva (l a), como mostra a figura 6, após retirada a tampa convencional (O) da garrafa (GF) contendo líquido carbonatado ou para ser carbonatado, a ponta do pescador (P) é engatada no alojamento cilíndrico (8). Em seguida, a tampa (la) assim montada, pelas suas roscas internas (2) é rosqueada ao gargalo padrão da garrafa (GF), estando o pescador (P) engatado no alojamento cilíndrico (8) e mergulhado no líquido no interior da garrafa (GF). Para a carbonatação, as roscas externas (4) da tampa (la) recebem o rosqueamento do dispositivo gaseificador (D) que, durante essa etapa, simultaneamente faz o seu perfurador (PE) ultrapassar o ponto de enfraquecimento central (7) do topo (6) e alinhá-lo estrategicamente ao alojamento cilíndrico (8). Ao ser acionado um conjunto injetor de gás (C) acoplado ao dispositivo gaseificador (D), o fluido é liberado por abertura de válvulas passando pelo perfurador (PE) e sendo injetado a partir do alojamento cilíndrico(8), forçado pelo pescador (P) para atingir o líquido no interior da garrafa (GF).

[020] Na versão construtiva (lb) para a tampa (1), como mostra a figura 7, após retirada a tampa original (O) da garrafa (GF) contendo líquido carbonatado ou para ser carbonatado, a ponta do pescador (P) é engatada no pescoço tubular inferior (17) do batoque (10). Em seguida, o batoque (10) é inserido e travado pelo acoplamento de seu sulco anelar (12) no friso anelar (9) correspondente da face interna (5) do topo (6) da tampa (lb). Assim montada, a tampa (lb), pelas suas roscas internas (2) é rosqueada ao gargalo padrão da garrafa (GF), contra o qual, nessa etapa, simultaneamente é pressionada a borda saliente (11) do batoque (10), travando-o fortemente, quando então, a partir do pescoço tubular inferior ( 17) o pescador (P) é estendido e mergulhado no líquido no interior da garrafa (GF). Para a carbonatação, as roscas externas (4) da tampa (l b) recebem o rosqueamento do dispositivo gaseificador (D) que, durante essa etapa, simultaneamente faz o seu perfurador (PE) ultrapassar o ponto de enfraquecimento (7) do topo (6) e alinhá-lo estrategicamente ao furo central (15) do pescoço (17) do batoque (10), engatado com a ponta do pescador (P).

[021] Ao ser acionado o conjunto injetor de gás (C) acoplado ao dispositivo gaseificador (D), o fluido é liberado por abertura de válvulas passando pelo perfurador (PE) e injetado a partir do furo central (15) do batoque ( 10), forçado pelo pescoço (17) para o pescador (P), atingindo o líquido no interior da garrafa (GA).

[022] Para servir a bebida (essa etapa é apenas para ilustrar o funcionamento da carbonatação), enquanto o líquido está gaseificado ou após a injeção de gás, tanto para a tampa (la) quanto para a tampa (lb), mantém-se o dispositivo gaseificador (D) rosqueado, removendo-se o bico do conjunto injetor (C) do orifício da sua válvula (V), quando então a mesma fecha. Para servir a bebida, pressiona-se o acionador (AC) do dispositivo gaseificador (D) cujo líquido é retirado da garrafa a partir do pescador (P) passando pelo alojamento (8)da tampa (la) ou pelo pescoço (17) do batoque ( 10) da tampa (lb), escapando pelo perfurador (PE), seguindo pelo duto horizontal (DH) do dispositivo gaseificador (D), e saindo pelo bico.

REIVINDICAÇÕES

1 - “TAMPA ADAPTÁVEL A BOCAIS DE GARRAFAS, COM ELEMENTO DIRECIONADOR DE FLUIDO ATRAVÉS DE DISPOSITIVO GASEIFICADOR, PARA A CARBONATAÇÃO DE LÍQUIDOS”, constituída a partir de uma tampa ( 1) normalmente usada para substituir a tampa convencional (O) de garrafas (GF) contendo bebida já carbonatada ou para ser carbonatada, trabalhando com um dispositivo gaseificador (D) alimentado por um conjunto injetor de gás (C), sendo uma tampa (1 ) normalmente dotada de roscas internas (2) na sua saia (3), bem como roscas externas (4), dita tampa (1) caracterizada por conformar, em uma variação construtiva (l a), na face interna (5) de seu topo (6), um ponto de enfraquecimento central (7) em torno do qual, a partir dessa mesma face interna (5) é incorporado um alojamento cilíndrico (8) .

2 - “TAMPA ADAPTÁVEL A BOCAIS DE GARRAFAS, COM ELEMENTO DIRECIONADOR DE FLUIDO ATRAVÉS DE DISPOSITIVO GASEIFICADOR, PARA A CARBONATAÇÃO DE LÍQUIDOS”, de acordo com a reivindicação 1 , a tampa (1 ) ser caracterizada por, opcionalmente, em outra variação construtiva (lb), conformar, em torno do referido ponto de enfraquecimento (7), na mesma face interna (5), um friso anelar (9) de acoplamento de um sulco anelar ( 12) correspondente da borda saliente ( 1 1) de um batoque (10), com corpo (13) em redução de diâmetro e parede rebaixada (14), aberta por furo central (15) delimitado por apoios (16), a partir dos quais estende-se um pescoço tubular inferior (17). RESUMO

“TAMPA ADAPTÁVEL A BOCAIS DE GARRAFAS, COM ELEMENTO DIRECIONADOR DE FLUIDO ATRAVÉS DE DISPOSITIVO GASEIFICADOR, PARA A CARBONATAÇÃO DE

LÍQUIDOS”

Para substituição das tampas convencionais (O) de garrafas (GF) contendo líquidos carbonatados ou para serem carbonatados, pela tampa (1 ) em suas duas variações (l a) e (lb) construtivas. A tampa ( 1), nas versões construtivas (la) e (lb) possui, na face interna (5) de seu topo (6), um ponto de enfraquecimento central (7). A tampa ( l a), em torno desse ponto de enfraquecimento central (7), na mesma face interna (5) incorpora um alojamento cilíndrico (8). A tampa (lb), em torno do referido ponto de enfraquecimento central (7), na mesma face interna (5) incorpora um friso anelar (9) para acoplamento do sulco anelar ( 12) correspondente da borda saliente ( 1 1) de um batoque (10), com corpo ( 13) em redução de diâmetro e parede rebaixada ( 14), aberta por furo central (15) e delimitado por apoios (16), a partir dos quais estende-se um pescoço tubular inferior (17). Em ambas as versões ( la) e (lb), após o rosqueamento à garrafa (GF) e durante o rosqueamento de um dispositivo gaseificador (D), o perfurador (PE) deste último penetra, a partir do ponto de enfraquecimento (7) sendo alinhado ao alojamento cilíndrico (8) ou ao batoque ( 10), em comunicação direta com o pescador (P). O fluido provindo de um conjunto injetor de gás (C), passa pelo dispositivo gaseificador (D) e pelo seu perfurador (PE), sendo direcionado a partir do alojamento cilíndrico (8) ou do batoque (10), injetado na garrafa (GF) para carbonatar o líquido nela contido.