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Title:
METHOD FOR NANOENCAPSULATING HIGH CONCENTRATIONS OF ACTIVE INGREDIENTS AND RESULTING PRODUCTS
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2015/089609
Kind Code:
A1
Abstract:
The method for nanoencapsulating high concentrations of active ingredients and resulting products relates to a method for producing nanocapsules containing high concentrations of active ingredients, which are produced in the form of a dispersion in aqueous medium by means of a process of emulsification and diffusion of a modified solvent. The differentiating feature of said method is the use of a water-miscible cosolvent which, when added to the organic phase of the nanocapsule-generating process, modifies the mechanism of diffusion of the solvent mixture in the aqueous medium, forming nanocapsules in a quick and efficient manner and containing high concentrations of active ingredient, maintaining particle size on a scale of less than 1000 nm. The method comprises carrying out four consecutive processing steps that enable the generation of nanocapsules, said steps being: step a) solubilization of the active ingredients that will be nanoencapsulated in a mixture of solvent and cosolvent, called the organic phase; step b) pre-emulsification of the organic phase in a solution of water and emulsifiers; step c) diffusion of said pre-emulsion in an aqueous phase containing emulsifiers, and, finally, step d) distillation of the solvents. The present application therefore provides a method for nanoencapsulating high concentrations of active ingredients, which is based on a modification of the method of emulsification and diffusion of solvents, wherein said method includes the use of miscible and partially miscible solvents in a single formulation, and the product thereby produced. The products generated by said method can be in the form of a colloid dispersion in aqueous medium when the aqueous nanocapsule dispersion is subjected to a drying process, such as spray-drying, drying using a fluidized bed, filtering or centrifuging, wherein said capsules can be incorporated in gels, creams, liquid soaps, bars of soap and foams.

Inventors:
OLIVEIRA ADRIANO MARIM DE (BR)
CERIZE NATÁLIA NETO PEREIRA (BR)
GUIMARÃES KLEBER LANIGRA (BR)
GAVIOLI RENATO ROSAFA (BR)
PAIVA LUCILENE BETEGA DE (BR)
SCAVARELLI ROSA MARIA (BR)
Application Number:
PCT/BR2014/000449
Publication Date:
June 25, 2015
Filing Date:
December 19, 2014
Export Citation:
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Assignee:
INST PESQUISAS TECH (BR)
THERASKIN FARMACÊUTICA LTDA (BR)
International Classes:
B29B9/00; A23C9/123; A23L1/00; A61K9/14; A61P43/00; B01J13/02; B32B3/00; B32B27/00; B32B37/00; B82B3/00; C07F9/38; C07K14/62
Foreign References:
US20060093808A12006-05-04
KR20070099767A2007-10-10
KR20070003247A2007-01-05
US20090214633A12009-08-27
US20090214655A12009-08-27
US20100303913A12010-12-02
US20030146529A12003-08-07
US6716450B12004-04-06
US20100290982A12010-11-18
KR20090124337A2009-12-03
US20090104275A12009-04-23
GB2311991A1997-10-15
US20090311329A12009-12-17
Attorney, Agent or Firm:
OLIVEIRA, Nereide de (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1 . "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", caracterizado por geração de nanoencapsulados por emulsificação e difusão de solvente modificado com a incorporação de um cossolvente miscível em água, de modo a produzir formulações com altos teores de nanoencapsulado sem nenhuma etapa de física de concentração do produto, por meio de quatro etapas de processamento consecutivas, sendo etapa a) solubilização dos ativos a serem nanoencapsulados em uma mistura de solvente e cossolvente, denominada de fase orgânica; etapa b) pré- emulsificação da fase orgânica em uma solução de água e emulsificantes; etapa c) difusão desta pré-emulsão em uma fase aquosa contendo emulsificantes e, finalmente, etapa d) remoção dos solventes, onde:

• a preparação da etapa a), ou fase orgânica (FO), é realizada por meio da agitação mecânica ou magnética do solvente, do ativo a ser encapsulado, de um óleo, do material encapsulante e do cossolvente;

• a etapa b) consiste na pré-emulsificação por agitação da fase orgânica (FO) na fase aquosa, sendo a relação entre as fases orgânica e aquosa de 8 a 0,2;

• etapa c) consiste na diluição da pré-emulsão gerada na etapa b), viabilizando a difusão dos solventes na água;

• etapa d) remoção do solvente; e,

• etapa e) caracterização do produto gerado;

2. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa a) ser realizada sob agitação em velocidade de 10 a 1.000 rpm e temperatura de 5 a 90 °C pelo tempo necessário até a completa solubilização dos componentes sólidos da formulação; o solvente utilizado apresentar solubilidade parcial em água de até 20% em massa, ponto de ebulição inferior ao da água e ser da família dos acetatos; os ativos serem de caráter lipofílico; o material encapsulante ser material polimérico; o cossolvente, da família dos álcoois, ser completamente miscível em água em temperaturas superiores a 10 °C; e o óleo atuante como agente hidrofóbico ser óleo insolúvel em água, ter alta solubilidade em solventes polares e ponto de fusão inferior 25°C;

3. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa a) ser realizada sob agitação em velocidade de 400 rpm e temperatura de 50 °C; o solvente utilizado ser acetato de etila; o material encapsulante ser poliésteres; e, o óleo atuante com agente hidrofóbico ser ésteres de cadeia longa;

4. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o material encapsulante ser policaprolactona; e, o cossolvente ser etanol;

5. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa a) ser realizada sob agitação em velocidade de 400 rpm e temperatura de 50 °C

6. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa b) ser realizada por meio da agitação da fase orgânica (FO) na fase aquosa (FA-1) numa velocidade de 100 a 30.000 rpm, pelo tempo necessário até completa emulsificação em temperatura variando de 10 a 80 °C; e, os emulsificantes serem do tipo aniônico, catiônico, não-iônico ou anfifílicos.

7. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por a velocidade de agitação da fase orgânica (FO) na fase aquosa (FA-1) ser 7.000 rpm em temperatura ambiente; o emulsificante ser uma blenda de não-iônicos e aniônicos, sendo os aniônicos compostos orgânicos sulfatados e os não-iônicos os derivados de poli(óxido de etileno); e, a relação entre as fases orgânica e aquosa ser 4.

8. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa c) ser realizada com a adição de uma nova fase aquosa (FA-2) contendo emulsificantes que podem ser aniônico, catíônico, não iônico ou anfifílicos, sob agitação de 100 a 30.000 rpm, por tempo necessário até completa diluição, e a razão de diluição da pré-emulsão com água ser de 2 a 0,5.

9. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por os emulsificantes serem uma mistura de emulsificantes aniônico e não-iônico; em velocidade de 7.000 rpm e a razão de diluição da pré-emulsão com água ser 2.

10. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa d) remoção do solvente por destilação ou filtração, mantendo a dispersão aquosa para se obter um produto na forma de uma dispersão coloidal em meio aquoso.

11. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a etapa e) caracterização do produto quanto ao tamanho médio de partícula, potencial zeta, morfologia, pH, estabilidade física coloidal, teor de sólidos totais e teor de ativo total.

12. "PRODUTO", de acordo com as reivindicações 1 a 11 , caracterizado por se apresentar na forma de uma dispersão coloidal em meio aquoso; ter forma física nanoestruturada, do tipo casca-núcleo, contendo ativos em um núcleo oleoso e uma casca polimérica semipermeável, permitindo a liberação do ativo do seu interior por difusão ou liberação rápida por meio do rompimento da casca pela ação de esforço mecânico; e, a concentração de ativo na fase orgânica variar de 2,5 a 30% m/m;

13. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por a concentração de ativo na fase orgânica ser 17% m/m;

14. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 12 caracterizado por ter forma física nanoestruturada do tipo casca-núcleo, os ativos serem peróxido de benzoíla ou tretinoína, a casca polimérica semipermeável ser policaprolactona, o núcleo oleoso ser éster de cadeia longa, e o tamanho variar de 50 a 800 nm.

15. "PRODUTO", de acordo com a reivindicação 12 caracterizado por os encapsulados serem incorporados em géis, cremes, sabonetes líquidos, sabonetes em barra e espumas.

Description:
"MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E PRODUTOS RESULTANTES"

CAMPO DE ATUAÇÃO

01. A invenção pertence ao setor de preparações medicinais e cosméticas contendo ingredientes ativos orgânicos, referindo-se a um método de geração de nanoencapsulados por emulsificação e difusão de solvente modificado, com a incorporação de um cossolvente miscível em água, capaz de produzir formulações com altos teores de nanoencapsulado sem nenhuma etapa de física de concentração do produto, seja por filtração, destilação, centrifugação, dentre outras. Este método é capaz de gerar formas físicas especiais nanoestruturadas (nanopartículas), do tipo casca-núcleo, contendo um núcleo oleoso e uma casca polimérica semipermeável, permitindo a liberação do ativo do seu interior por difusão ou liberar rapidamente por meio do rompimento da casca pela ação de esforço mecânico. Com este método é possível desenvolver diferentes composições de nanoencapsulados que podem ser aplicados em diferentes áreas da indústria, como a farmacêutica, cosmética, veterinária, alimentos, agroquímicos, papel, tintas, adesivos, petróleo e gás, construção civil e têxtil.

ESTADO DA TÉCNICA

02. A técnica de nanoencapsulação de ativos vem sendo aplicada à proteção de diferentes sistemas para aplicações farmacêuticas ou cosméticas, visando a criação de produtos inteligentes, capazes de proporcionar uma melhor estabilidade dos ativos, minimizando fatores como a degradação dos ativos por temperatura, variação de pH, efeito da radiação ultravioleta e oxidação em presença de água. O recurso da nanoencapsulação vem sendo aplicado na produção de nanocarreadores para liberação controlada de ativos, na encapsulação de ativos com alta toxicidade ou irritabilidade, proporcionando a diminuição dos efeitos colaterais provocados por eles na sua forma livre, dentre outros.

03. Para a produção dos nanoencapsulados existem alguns métodos que podem ser utilizados, como os métodos de evaporação do solvente, emulsificaçâo e difusão em solvente, "Salting out", fluídos supercríticos, dispersão de polímero pré-formado, polimerização de monômeros, além dos métodos de produção de nanocápsulas a partir da gelificação de polímeros iónicos.

04. O método de preparação das nanocápsulas baseado em emulsificaçâo de solvente é um dos métodos mais comumente utilizados para preparação da nanoencapsulados poliméricos (Mishra B., Bhavesh Patel B., Tiwari S., "Colloidal nanocarriers: a review on formulation technology, types and applications toward targeted drug delivery", Nanomedicine: Nanotechnology, Biology, and Medicine, vol. 6, p. 9-24, 2010). O processo de nanoencapsulação através do método de emulsificaçâo e difusão de solvente permite a obtenção de altos rendimentos de encapsulamento, alta reprodutibilidade, melhor controle de tamanho de partícula, além de ser considerado um sistema de fácil escalonamento.

05. O método tem como principio o uso de um solvente orgânico miscível ou parcialmente miscível na fase aquosa, que após a emulsificaçâo sofre um processo de difusão na água formando os nanoencapsulados. Os solventes mais citados nos trabalhos que empregam este método de nanoencapsulação são o acetato de etila e acetona, no entanto, todos os trabalhos que empregam este método para nanoencapsular uma substância ativa utilizam-se de concentrações muito baixas, na sua maioria menor que 1% em massa, para facilitar o controle do tamanho de partícula, isto é, mantê-lo na escala nanométrica, e a estabilidade coloidal da dispersão de nanoencapsulados (Souguir H., Salaun F., Douillet P., Vroman I., Chatterjee S., "Nanoencapsulation of curcumin in polyurethane and polyurea shells by an emulsion diffusion method", Chemical Engineering Journal, vol. 221 , p.133-145, 2013; Saiam M. Habib, Ayed S. Amr, Imad M. Hamadneh, "Nanoencapsulation of Alpha-linolenic Acid with Modified Emulsion Diffusion Method", J Am Oil Chem Soe, v. 89, p.695-703, 2012). Por outro lado, o setor industrial demanda produtos contendo ativos em concentrações muito maiores que aquelas apresentadas pela maioria dos trabalhos de nanoencapsulação por esse método, e este fato torna essa tecnologia completamente inviável para o setor industrial e o consumidor final. 06. Dois documentos de patentes retratam o uso do método de emulsificação e difusão de solvente para a produção de nanoencapsulados: o documento US 2010/0290982 (US 2010/0290982 A1 "Solid in oil/water emulsion- diffusion-evaporation formulation for preparing curcumin-loaded PLGA nanoparticles", Amalendu Prakash Ranjan [US]; Anindita Mukerjee [US]; Jamboor K. Vishwanatha [US], 2010) descreve o método de produção de nanopartículas de PLGA pelo método de emulsão e difusão de solvente para encapsulaçâo de ativos, porém a baixas concentrações, e o documento KR 2009/0124337 (KR 2009/0124337 A "Manufacturing method for a novel nanocapsule formulation by emulsion-diffusion combined with high hydrostatic pressure and thereof itself" , Min Sang Ki [KR]; Choi Mi Jung [KR]; Hong Geun Pyo [KR], 2009) descreve o método de emulsificação e difusão em solvente para a preparação de nanopartículas a partir do PCL e miglyol dissolvidos na fase orgânica de acetato de etila emulsionada em solução aquosa com Poloxamer e saturada com acetato de etila, formando uma emulsão óleo-água que foi submetida ao processo de destilação. No entanto, apesar de apresentarem a produção de nanocápsulas pela rota de emulsificação e difusão de solvente, os dois documentados citados aqui não conceberam um método capaz de produzir nanoencapsulados com alto teor de ativos, mantendo o sistema em escala nanométrica e coloidalmente estável, usando como diferencial uma mistura de solventes miscíveis e parcialmente miscíveis no meio aquoso como apresentado pelo "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E PRODUTOS RESULTANTES".

RESUMO DA INVENÇÃO

07. O emprego de substâncias encapsuladas vem se tornando uma alternativa cada vez mais viável para obtenção de produtos "inteligentes", com elevada complexidade em sua composição química, grande especificidade na sua aplicação e de alto valor agregado. Com o advento da nanotecnologia, a área de encapsulaçâo de substâncias ativas recebeu um incremento de sofisticação gerada pela possibilidade de construção, de forma "engenheirada", de estruturas em escala nanométrica que permite maior controle nos mecanismo de liberação e ação dos ativos que são apresentados na forma de nanoencapsulados. No entanto, quando se trata de produtos em que sua composição requer altas concentrações de ativos para cumprir a função a que se destinam, a obtenção dos nanoencapsulados, tanto na forma dispersa quanto na forma de pó, se torna um grande limitante.

08. Como alternativa para solução desta limitação, o "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E PRODUTOS RESULTANTES" um método de obtenção de ativos nanoencapsulados em altas concentrações gerados na forma de uma dispersão em meio aquoso por meio de um processo de emulsificaçâo e difusão de solvente modificado. Este método apresenta como diferencial o uso de um cossolvente miscível em água que, adicionado à fase orgânica do processo de geração dos nanoencapsulados, confere uma modificação no mecanismo de difusão da mistura de solventes no meio aquoso, formando os nanoencapsulados de forma rápida, eficiente e com altas concentrações de ativo, mantendo-se o tamanho de partícula em escala inferior a 1.000 nm.

09. "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E PRODUTOS RESULTANTES" compreende a execução de quatro fases de processamento consecutivas que permitem a geração dos nanoencapsulados, sendo etapa a) solubilização dos ativos a serem nanoencapsulados em uma mistura de solvente e cossolvente, denominada de fase orgânica; etapa b) pré-emulsificação da fase orgânica em uma solução de água e emulsificantes; etapa c) difusão desta pré-emulsão em uma fase aquosa contendo emulsificantes; etapa d) destilação dos solventes ou filtração; e, finalmente, etapa e) caracterização do produto obtido. Assim, o "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E PRODUTOS RESULTANTES" apresenta um método de nanoencapsulação de ativos em altas concentrações baseado numa modificação do método de emulsificaçâo e difusão de solvente, que inclui o uso de solventes miscível e parcialmente miscível numa única formulação, e também o produto assim obtido, consistindo em sua novidade e atividade inventiva.

010. Os produtos gerados pelo método pode se apresentar na forma de uma dispersão coloidal em meio aquoso, podendo a dispersão aquosa dos nanoencapsulados ser submetida a algum processo de secagem, como spray- drying (secagem por aspersão), secagem em leito fluidizado, filtração, destilação ou centrifugação, dentre outros, sendo incorporados em géis, cremes, sabonetes líquidos, sabonetes em barra e espumas;

011. Devido a sua versatilidade, este método de produção de nanoencapsulados em altas concentrações permite a obtenção de diferentes tipos de nanoencapsulados e em teores que podem passar de 20% em massa no produto final, permitindo uma gama de aplicações em diversos setores da indústria, como farmacêutico, cosmético, veterinária, alimentos, agroquímicos, papel, tintas, adesivos, petróleo e gás, construção civil, têxtil, entre outros.

012. DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

013. Figura 1 apresenta gráfico de curvas de turbidimetria da amostra com 2,5% de ativo em função da posição da amostra no porta-amostra

014. Figura 2 apresenta fotomicrografia dos nanoencapsulados com 2,5% de ativo, na ordem nanométrica

015. Figura 3 apresenta gráfico de curvas de turbidimetria da amostra com 5% de ativo em função da posição da amostra no porta-amostra

016. Figura 4 apresenta fotomicrografia dos nanoencapsulados com 5% de ativo, na ordem nanométrica

017. Figura 5 apresenta gráfico de curvas de turbidimetria da amostra com 10% de ativo em função da posição da amostra no porta-amostra

018. Figura 6 apresenta fotomicrografia dos nanoencapsulados com 10% de ativo, na ordem nanométrica

019. Figura 7 apresenta gráfico de curvas de turbidimetria da amostra com 2,5% de ativo em função da posição da amostra no porta-amostra

020. Figura 8 apresenta fotomicrografia dos nanoencapsulados com 2,5% de ativo, na ordem nanométrica

021. Figura 9 apresenta gráfico de curvas de turbidimetria da amostra com 5% de ativo em função da posição da amostra no porta-amostra

022. Figura 10 apresenta fotomicrografia dos nanoencapsulados com 5% de ativo, na ordem nanométrica 023. Figura 11 apresenta gráfico de curvas de turbidimetria da amostra com 10% de ativo em função da posição da amostra no porta-amostra

024. Figura 12 apresenta fotomicrografia dos nanoencapsulados com 10% de ativo, na ordem nanométrica.

DETALHAM ENTO DA INVENÇÃO

025. O "MÉTODO DE NANOENCAPSULAÇÃO DE ATIVOS EM ALTAS CONCENTRAÇÕES E PRODUTOS RESULTANTES" é uma forma de obtenção de nanoencapsulados de forma eficiente, rápida e versátil mediante a emulsificação, difusão e evaporação de uma mistura de solvente e cossolvente em meio aquoso.

026. O método compreende a execução de cinco etapas de processamento consecutivas que permitem a geração dos nanoencapsulados, sendo etapa a) solubilização dos ativos a serem nanoencapsulados em uma mistura de solvente e cossolvente, denominada de fase orgânica; etapa b) pré- emulsificação da fase orgânica em uma solução de água e emulsificantes; etapa c) difusão desta pré-emulsão em uma fase aquosa contendo emulsificantes e, finalmente, etapa d) de remoção do solvente por destilação ou filtração, mantendo a dispersão aquosa para se obter um produto na forma de uma dispersão coloidal em meio aquoso; e, etapa e) caracterização do produto.

027. A preparação da fase orgânica (FO), etapa a), é realizada por meio da agitação mecânica ou magnética, preferencialmente mecânica, do solvente, do ativo a ser encapsulado, de um óleo, do material encapsulante e do cossolvente.

028. A agitação, em velocidade de 10 a 1.000 rpm, preferencialmente 400 rpm, e temperatura de 5 a 90°C, preferencialmente 50 °C, é realizada pelo tempo necessário até a completa solubilização dos componentes sólidos da formulação.

029. O solvente utilizado pode ser qualquer que apresente solubilidade parcial em água atingindo valores de até 20% em massa e ponto de ebulição inferior ao da água, podendo ser da família dos acetatos, preferencialmente acetato de etila. 030. Os ativos podem ser de caráter lipofílico, preferencialmente peróxido de benzoíla e tretinoína, e o material encapsulante materiais poliméricos preferencialmente os poliésteres como a policaprolactona; o cossolvente da família dos álcoois, preferencialmente etanol; e, o óleo que compõe a formulação, atuando como agente hidrofóbico para aumentar a eficiência da nanoencapsulação, deve ser qualquer óleo que seja insolúvel em água, alta solubilidade em solventes polares e ponto de fusão inferior 25°C, preferencialmente os ésteres de cadeia longa. A concentração de ativo na fase orgânica pode variar de 2,5 a 30% m/m, preferencialmente 17% m/m.

031. A segunda etapa, etapa b), que compõe o método, consiste na pré- emulsificação da etapa a) em uma fase aquosa (FA-1) contendo emulsificantes. Os emulsificantes devem ser do tipo aniônico, catiônico, não iônico ou anfifílicos, preferencialmente uma blenda de não iónicos e aniônicos, sendo os aniônicos compostos orgânicos sulfatados e os não iónicos os derivados de poli(óxido de etileno). A pré-emulsificação é realizada por meio da agitação, preferencialmente mecânica, da fase orgânica na fase aquosa numa velocidade de 100 a 30.000 rpm, preferencialmente 7.000 rpm, pelo tempo necessário até completa emulsificação em temperatura variando de 10 a 80 °C, preferencialmente em temperatura ambiente, sendo a relação entre as fases orgânica e aquosa de 8 a 0,2, preferencialmente 4.

032. A terceira etapa, etapa c), é realizada pela diluição da pré-emulsão gerada (FA-1), viabilizando a difusão dos solventes na água. Esta diluição é realizada com a adição de uma nova fase aquosa (FA-2) contendo emulsificantes que podem ser aniônico, catiônico, não iônico ou anfifílicos, preferencialmente uma mistura de emulsificantes aniônico e não-iônico, sob agitação que pode variar de 100 a 30.000 rpm, mas preferencialmente numa velocidade de 7.000 rpm, por tempo necessário até completa diluição. A razão de diluição da pré- emulsão com água pode ser de 2 a 0,5, preferencialmente 2.

033. Finalmente, após a diluição o método prevê uma etapa, etapa d), de remoção do solvente por destilação ou filtração, mantendo a dispersão aquosa para se obter um produto na forma de uma dispersão coloidal em meio aquoso e em seguida, uma etapa e) onde os produtos gerados são caracterizados quanto ao tamanho médio de partícula, geralmente na faixa 50 a 800 nm, potencial zeta, morfologia, pH, estabilidade física coloidal, teor de sólidos totais e teor de ativo total, visando confirmação da formação dos nanoencapsulados com alto teor de ativo.

EXEMPLOS

034. EXEMPLO 1 : Nanoencapsulação do ativo modelo peróxido de benzoíla na concentração de 2,50% m/m no produto final

035. Em um reator de vidro encamisado e saída de fundo foram adicionados 22,88 g de acetato de etila, 3,0 g de policaprolactona (PCL), 0,55 g de Pluronic® F127 (copolímero tribloco de poli (óxido de etileno) - poli (óxido de propileno) - poli (óxido de etileno)), 4,11 g de peróxido de benzoíla, 15,5 g de Dhaytan® IDB (benzoato de isobutila) e 11 ,2 g de etanol. O sistema ficou sob agitação por 10 minutos na temperatura de 50 °C, dando origem à fase orgânica. Em paralelo, foram preparadas duas fases aquosas para realização da pré- emulsificação e diluição da pré-emulsão formada. A fase aquosa utilizada na pré- emulsificação (FA-1) foi preparada com 16,2 g de água destilada, 0,75 g de Rhodapex® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 1 ,65 g de acetato de etila; e a segunda fase aquosa a ser utilizada na diluição da pré-emulsão (FA-2) foi preparada com 50,8 g de água, 2,61 de Rhodapex ESD® 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 2,58 g de Tween® 327 (monolaurato de sorbitan etoxilado 80 EO água). Estas fases aquosas foram agitadas mecanicamente por 20 minutos em velocidade de 200 rpm na temperatura ambiente.

036. A pré-emulsão foi preparada com a adição lenta da fase orgânica na FA-1 sob agitação mecânica de 7.000 rpm e temperatura ambiente, com tempo aproximado de 10 minutos e finalmente a diluição da pré-emulsão foi realizada em um reator de vidro encamisado e equipado com condensador de destilação, banho termostatado, agitação mecânica, bomba de vácuo e balão de coleta de destilado.

037. O procedimento de destilação foi realizado com a adição da FA-2 sobre a pré-emulsão formada na etapa anterior e em seguida iniciou-se a etapa de destilação do solvente e cossolvente, na temperatura de 50 °C e pressão negativa de 550 mmHg. 038. Após a destilação, o nanoencapsulado foi submetido às caracterizações quanto ao tamanho de partícula pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, potencial zeta pela técnica de espectroscopia de efeito Doppler, pH por potenciometria, morfologia pela técnica de microscopia eletrônica de varredura, estabilidade física coloidal pela técnica de turbidimetria de varredura dinâmica e o teor de sólidos totais pela técnica de termogravimetria e teor de ativos totais pela técnica de cromatografia líquida de alto desempenho.

039. A Tabela 1 apresenta os resultados de tamanho médio de partícula, potencial zeta, pH, teor de sólidos totais e teor de ativo total. Como pode ser observado, o teor de ativo foi da ordem de 2,6 % em massa e o tamanho médio de partícula de 267,2 nm.

040. Tabela 1 : Resultados obtidos com o produto produzido de acordo com as condições experimentais do Exemplo 1.

041. A Figura 1 apresenta as curvas de turbidimetria em função da posição da amostra no porta-amostra, observando-se que quanto menor a separação entre as curvas ao longo do tempo de analise, que neste caso foi de 24 horas, maior a estabilidade física coloidal dos nanoencapsulados no meio aquoso. Para este exemplo o produto apresentou alta estabilidade física no prazo de tempo analisado.

042. A Figura 2 apresenta urria fotomicrografia dos nanoencapsulados e, como pode ser observado, o tamanho de partícula ficou na ordem nanométrica e sem cristais de ativos exposto no meio, indicando alta eficiência de encapsulação.

043. EXEMPLO 2: Nanoencapsulação do ativo modelo peróxido de benzoíla na concentração de 5,00% m/m no produto final

044. Em um reator de vidro encamisado e saída de fundo foram adicionados 22,7 g de acetato de etila, 3,0 g de policaprolactona (PCL), 0,5 g de Pluronic ® F127 (copolímero tribloco de poli (óxido de etileno) - poli (óxido de propileno) - poli (óxido de etileno)), 7,1 1 g de peróxido de benzoíla , 15,5 g de Dhaytan® IDB (benzoato de isobutila) e 11 ,5 g de etanol. O sistema ficou sob agitação por 10 minutos na temperatura de 50 °C, dando origem a fase orgânica (FO). Em paralelo foram preparadas duas fases aquosas para realização da pré- emulsificação e diluição da pré-emulsão formada. A fase aquosa utilizada na pré- emulsificação (FA-1) foi preparada pesando-se 15,5 g de água destilada, 0,75 g de Rhodapex® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 1 ,7 g de acetato de etila;e a segunda fase aquosa a ser utilizada na diluição da pré-emulsão (FA-2) foi preparada pesando-se 50,7 g de água, 2,5 de Rhodapex® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 2,5 g de Tween® 327 (monolaurato de sorbitan etoxilado 80 EO água). Estas fases aquosas foram agitadas mecanicamente por 20 minutos em velocidade de 200 rpm na temperatura ambiente.

045. A pré-emulsão foi preparada com a adição lenta da FO na FA-1 sob agitação mecânica na velocidade de 7.000 rpm e temperatura ambiente. Este preparo levou um tempo aproximado de 10 minutos e finalmente a diluição da pré- emulsão foi realizada em um reator de vidro encamisado e equipado com: condensador de destilação, banho termostatado, agitação mecânica, bomba de vácuo e balão de coleta de destilado. O procedimento de destilação foi realizado com a adição da FA-2 sobre a pré-emulsão formada na etapa anterior e em seguida iniciou-se a etapa de destilação do solvente e cossolvente. Esta etapa de destilação ocorreu na temperatura de 50 °C e pressão negativa de 550 mmHg.

046. Após a etapa de destilação, o nanoencapsulado foi submetido às caracterizações quanto ao seu tamanho de partícula pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, potencial zeta pela técnica de espectroscopia de efeito Doppler, pH por potenciometria, morfologia pela técnica de microscopia eletrônica de varredura, estabilidade física coloidal pela técnica de turbidimetria de varredura dinâmica, o teor de sólidos totais pela técnica de termogravimetria e teor de ativos totais pela técnica de cromatografia líquida de alto desempenho.

047. A Tabela 2 apresenta os resultados de tamanho médio de partícula, potencial zeta, pH, teor de sólidos totais e teor de ativo total. Como pode ser observado, o teor de ativo foi da ordem de 5,9 % em massa e o tamanho médio de partícula de 233,6 nm.

048. Tabela 2: Resultados obtidos com o produto produzido de acordo com as condições experimentais do Exemplo 2.

049. A Figura 3 apresenta as curvas de turbidimetria em função da posição da amostra no porta-amostra. Quanto menor a separação entre as curvas ao longo do tempo de analise, que neste caso foi de 24 horas, maior a estabilidade física coloidal dos nanoencapsulados no meio aquoso, sendo que para este exemplo o produto apresentou alta estabilidade física no prazo de tempo analisado.

050. A Figura 4 apresenta uma fotomicrografia dos nanoencapsulados e, como pode ser observado, o tamanho de partícula ficou na ordem nanométrica e sem cristais de ativos exposto no meio, indicando alta eficiência de encapsulação.

051 . EXEMPLO 3: Nanoencapsulação do ativo modelo peróxido de benzoíla na concentração de 10,00% m/m no produto final

052. Em um reator de vidro encamisado e saída de fundo foram adicionados 28,2 g de acetato de etila, 3,0 g de policaprolactona (PCL), 0,5 g de Pluronic® F 27 (copolímero tribloco de poli (óxido de etileno) - poli (óxido de propileno) - poli (óxido de etileno)), 14,5 g de peróxido de benzoíla, 15,2 g de Dhaytan® IDB (benzoato de isobutila) e 13,6 g de etanol. O sistema ficou sob agitação por 10 minutos na temperatura de 50 °C, dando origem a fase orgânica (FO). Em paralelo, foram preparadas duas fases aquosas para realização da pré- emulsificação e diluição da pré-emulsão formada. A fase aquosa utilizada na pré- emulsificação (FA-1) foi preparada pesando-se 15,0 g de água destilada, 0,77 g de Rhodapex® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 1 ,7 g de acetato de etila, e a segunda fase aquosa a ser utilizada na diluição da pré-emulsão (FA-2) foi preparada pesando-se 50,1 g de água, 2,7 de Rhodapex® ESD (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 2,8 g de Tween® 327 (monolaurato de sorbitan etoxilado 80 EO água). Estas fases aquosas foram agitadas mecanicamente por 20 minutos em velocidade de 200 rpm na temperatura ambiente.

053. A pré-emulsão foi preparada com a adição lenta da FO na FA-1 sob agitação mecânica na velocidade de 7.000 rpm e temperatura ambiente. Este preparo levou um tempo aproximado de 10 minutos e finalmente a diluição da pré- emulsão foi realizada em um reator de vidro, encamisado e equipado com condensador de destilação, banho termostatado, agitação mecânica, bomba de vácuo e balão de coleta de destilado. O procedimento de destilação foi realizado com a adição da FA-2 sobre a pré-emulsão formada na etapa anterior e em seguida iniciou-se a etapa de destilação do solvente e cossolvente. Esta etapa de destilação ocorreu na temperatura de 50 °C e pressão negativa de 550 mmHg.

054. Após a etapa de destilação, o nanoencapsulado foi submetido às caracterizações quanto ao seu tamanho de partícula pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, potencial zeta pela técnica de espectroscopia de efeito Doppler, pH por potenciometria, morfologia pela técnica de microscopia eletrônica de varredura, estabilidade física coloidal pela técnica de turbidimetria de varredura dinâmica, o teor de sólidos totais pela técnica de termogravimetria e teor de ativos totais pela técnica de cromatografia líquida de alto desempenho.

055. A Tabela 3 apresenta os resultados de tamanho médio de partícula, potencial zeta, pH, teor de sólidos totais e teor de ativo total. Como pode ser observado, o teor de ativo foi da ordem de 11 ,3 % e o tamanho médio de partícula de 273,9 nm.

056. Tabela 3: Resultados obtidos com o produto produzido de acordo com as condições experimentais do Exemplo 3.

057. A Figura 5 apresenta as curvas de turbidimetria em função da posição da amostra no porta-amostra. Quanto menor a separação entre as curvas ao longo do tempo de analise, que neste caso foi de 24 horas, maior a estabilidade física coloidal dos nanoencapsulados no meio aquoso. Para este exemplo, o produto apresentou alta estabilidade física no prazo de tempo analisado.

058. A Figura 6 apresenta uma fotomicrografia dos nanoencapsulados e, como pode ser observado, o tamanho de partícula ficou na ordem nanométrica e sem cristais de ativos exposto no meio, indicando alta eficiência de encapsulação.

059. EXEMPLO 4: Nanoencapsulação do ativo modelo peróxido de benzoíla na concentração de 2,50% m/m no produto final

060. Em um reator de vidro encamisado e saída de fundo foram adicionados 22,8 g de acetato de etila, 3,0 g de policaprolactona (PCL), 0,5 g de Pluronic® F127 (copolímero tribloco de poli (óxido de etileno) - poli (óxido de propileno) - poli (óxido de etileno)), 4,1 g de peróxido de benzoíla, 15,0 g de Mygliol® 802 (triglicerídeos dos ácidos cáprico e caprílico) e 11 ,2 g de etanol. O sistema ficou sob agitação por 10 minutos na temperatura de 50 °C, dando origem à fase orgânica (FO). Em paralelo, foram preparadas duas fases aquosas para realização da pré-emulsificação e diluição da pré-emulsão formada. A fase aquosa utilizada na pré-emulsificação (FA-1) foi preparada pesando-se 15,3 g de água destilada, 0,75 g de Rhodapex® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 1 ,8 g de acetato de etila, e a segunda fase aquosa a ser utilizada na diluição da pré-emulsão (FA-2) foi preparada com pesando-se 50,5 g de água, 2,5 de Rhodapex® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 2,5 g de Tween® 327 (monolaurato de sorbitan etoxilado 80 EO água). Estas fases aquosas foram agitadas mecanicamente por 20 minutos em velocidade de 200 rpm na temperatura ambiente.

061. A pré-emulsão foi preparada com a adição lenta da FO na FA-1 sob agitação mecânica na velocidade de 7.000 rpm e temperatura ambiente. Este preparo levou um tempo aproximado de 10 minutos e finalmente a diluição da pré- emulsão foi realizada em um reator de vidro, encamisado e equipado com condensador de destilação, banho termostatado, agitação mecânica, bomba de vácuo e balão de coleta de destilado. O procedimento de destilação foi realizado com a adição da FA-2 sobre a pré-emulsão formada na etapa anterior e em seguida iniciou-se a etapa de destilação do solvente e cossolvente. Esta etapa de destilação ocorreu na temperatura de 50 °C e pressão negativa de 550 mmHg.

062. Após a etapa de destilação o nanoencapsulado foi submetido ás caracterizações quanto ao seu tamanho de partícula pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, potencial zeta pela técnica de espectroscopia de efeito Doppler, pH por potenciometria, morfologia pela técnica de microscopia eletrônica de varredura, estabilidade física coloidal pela técnica de turbidimetria de varredura dinâmica, o teor de sólidos totais pela técnica de termogravimetria e teor de ativos totais pela técnica de cromatografia líquida de alto desempenho.

063. A Tabela 4 apresenta os resultados de tamanho médio de partícula, potencial zeta, pH, teor de sólidos totais e teor de ativo total. Como pode ser observado, o teor de ativo foi da ordem de 3,7 % em massa e o tamanho médio de partícula foi de 576,5 nm.

064. Tabela 4: Resultados obtidos com o produto produzido de acordo com as condições experimentais do Exemplo 4.

065. A Figura 7 apresenta as curvas de turbidimetria em função da posição da amostra no porta-amostra. Quanto menor a separação entre as curvas ao longo do tempo de analise, que neste caso foi de 24 horas, maior a estabilidade física coloidal dos nanoencapsulados no meio aquoso. Para este exemplo, o produto apresentou alta estabilidade física no prazo de tempo analisado.

066. A Figura 8 apresenta uma fotomicrografia dos nanoencapsulados e, como pode ser observado, o tamanho de partícula ficou na ordem nanométrica e sem cristais de ativos exposto no meio, indicando alta eficiência de encapsulação.

067. EXEMPLO 5: Nanoencapsulação do ativo modelo peróxido de benzoíla na concentração de 5,00% m/m no produto final 068. Em um reator de vidro encamisado e saída de fundo foram adicionados 22,7 g de acetato de etila, 3,0 g de policaprolactona (PCL), 0,5 g de Pluronic ® F127 (copolímero tribloco de poli (óxido de etileno) - poli (óxido de propileno) - poli (óxido de etileno)), 7,1 g de peróxido de benzoíla, 15,0 g de Mygliol ® 802 (triglicerídeos dos ácidos cáprico e caprílico) e 11 ,5 g de etanol. O sistema ficou sob agitação por 10 minutos na temperatura de 50 °C, dando origem a fase orgânica (FO). Em paralelo, foram preparadas duas fases aquosas para realização da pré-emulsificação e diluição da pré-emulsão formada. A fase aquosa utilizada na pré-emulsificação (FA-1) foi preparada pesando-se 15,6 g de água destilada, 0,75 g de Rhodapex ® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 1 ,6 g de acetato de etila, e a segunda fase aquosa a ser utilizada na diluição da pré-emulsão (FA-2) foi preparada pesando-se 50,1 g de água, 2,5 de Rhodapex ® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 2,6 g de Tween ® 327 (monolaurato de sorbitan etoxilado 80 EO água). Estas fases aquosas foram agitadas mecanicamente por 20 minutos em velocidade de 200 rpm na temperatura ambiente.

069. A pré-emulsão foi preparada com a adição lenta da FO na FA-1 sob agitação mecânica na velocidade de 7.000 rpm e temperatura ambiente. Este preparo levou um tempo aproximado de 10 minutos e finalmente a diluição da pré- emulsão foi realizada em um reator de vidro encamisado e equipado com condensador de destilação, banho termostatado, agitação mecânica, bomba de vácuo e balão de coleta de destilado. O procedimento de destilação foi realizado com a adição da FA-2 sobre a pré-emulsão formada na etapa anterior e em seguida iniciou-se a etapa de destilação do solvente e cossolvente. Esta etapa de destilação ocorreu na temperatura de 50 °C e pressão negativa de 550 mmHg.

070. Após a etapa de destilação o nanoencapsulado foi submetido às caracterizações quanto ao tamanho de partícula pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, potencial zeta pela técnica de espectroscopia de efeito Doppler, pH por potenciometria, morfologia pela técnica de microscopia eletrônica de varredura, estabilidade física coloidal pela técnica de turbidimetria de varredura dinâmica e o teor de sólidos totais pela técnica de termogravimetria e teor de ativos totais pela técnica de cromatografia líquida de alto desempenho. 071. A Tabela 5 apresenta os resultados de tamanho médio de partícula, potencial zeta, pH, teor de sólidos totais e teor de ativo total. Como pode ser observado nesta tabela o teor de ativo é da ordem de 4,8 % em massa e o tamanho médio de partícula é de 356,6 nm.

072. Tabela 5: Resultados obtidos com o produto produzido de acordo com as condições experimentais do Exemplo 5.

073. A Figura 9 apresenta as curvas de turbidimetria em função da posição da amostra no porta-amostra. Quanto menor a separação entre as curvas ao longo do tempo de analise, que neste caso foi de 24 horas, maior a estabilidade física coloidal dos nanoencapsuiados no meio aquoso. Para este exemplo o produto apresentou alta estabilidade física no prazo de tempo analisado.

074. A Figura 10 apresenta uma fotomicrografia dos nanoencapsuiados e, como pode ser observado, o tamanho de partícula ficou na ordem nanométrica e sem cristais de ativos exposto no meio, indicando alta eficiência de encapsulação.

075. EXEMPLO 6: Nanoencapsulação do ativo modelo peróxido de benzoíla na concentração de 10,00% m/m no produto final

076. Em um reator de vidro encamisado e saída de fundo foram adicionados 22,8 g de acetato de etila, 3,0 g de policaprolactona (PCL), 0,5 g de Pluronic ® F127 (copolímero tribloco de poli (óxido de etileno) - poli (óxido de propileno) - poli (óxido de etileno)), 14,56 g de peróxido de benzoíla, 15,2 g de Mygliol ® 802 (triglicerídeos dos ácidos cáprico e caprílico) e 13,7 g de etanol. O sistema ficou sob agitação por 10 minutos na temperatura de 50 °C, dando origem a fase orgânica (FO). Em paralelo, foram preparadas duas fases aquosas para realização da pré-emulsificação e diluição da pré-emulsão formada. A fase aquosa utilizada na pré-emulsificação (FA-1) foi preparada pesando-se 15,4 g de água destilada, 0,75 g de Rhodapex ® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 1 ,6 g de acetato de etila, e a segunda fase aquosa a ser utilizada na diluição da pré-emulsão (FA-2) foi preparada com pesando-se 50,6 g de água, 2,6 de Rhodapex ® ESD 70 (lauril éter sulfato de sódio (LESS)) e 2,6 g de Tween ® 327 (monolaurato de sorbitan etoxilado 80 EO água). Estas fases aquosas foram agitadas mecanicamente por 20 minutos em velocidade de 200 rpm na temperatura ambiente. A pré-emulsão foi preparada com a adição lenta da FO na FA-1 sob agitação mecânica na velocidade de 7.000 rpm e temperatura ambiente. Este preparo levou um tempo aproximado de 10 minutos e finalmente a diluição da pré-emulsão foi realizada em um reator de vidro encamisado e equipado com condensador de destilação, banho termostatado, agitação mecânica, bomba de vácuo e balão de coleta de destilado. O procedimento de destilação foi realizado com a adição da FA-2 sobre a pré-emulsão formada na etapa anterior e em seguida iniciou-se a etapa de destilação do solvente e cossolvente. Esta etapa de destilação ocorreu na temperatura de 50 °C e pressão negativa de 550 mmHg.

077. Após a etapa de destilação, o nanoencapsulado foi submetido às caracterizações quanto ao tamanho de partícula pela técnica de espalhamento de luz dinâmico, potencial zeta pela técnica de espectroscopia de efeito Doppler, pH por potenciometria, morfologia pela técnica de microscopia eletrônica de varredura, estabilidade física coloidal pela técnica de turbidimetria de varredura dinâmica, o teor de sólidos totais pela técnica de termogravimetria e teor de ativos totais pela técnica de cromatografia líquida de alto desempenho.

078. A Tabela 6 apresenta os resultados de tamanho médio de partícula, potencial zeta, pH, teor de sólidos totais e teor de ativo total. Como pode ser observado, o teor de ativo foi da ordem de 10,8 % em massa e o tamanho médio de partícula foi de 358,1 nm.

079. Tabela 4: Resultados obtidos com o produto produzido de acordo com as condições experimentais do Exemplo 4. Teor de Tamanho

Teor de Ativos Potencial Zeta

Sólidos Totais PH médio de (% m/m) (mV)

(% m/m) Partículas (nm)

10,8 24,9 2,8 - 16,3 358,1

080. A Figura 11 apresenta as curvas de turbidimetria em função da posição da amostra no porta-amostra. Quanto menor a separação entre as curvas ao longo do tempo de analise, que neste caso foi de 24 horas, maior a estabilidade física coloidal dos nanoencapsulados no meio aquoso. Para este exemplo o produto apresentou alta estabilidade física no prazo de tempo analisado.

081. A Figura 12 apresenta uma fotomicrografia dos nanoencapsulados e, como pode ser observado, o tamanho de partícula ficou na ordem nanométrica e sem cristais de ativos exposto no meio, indicando alta eficiência de encapsulação.