(01) Processo de padronização de grãos com vapor, onde injeta-se vapor com a finalidade de homogeneização da umidade deste grão para obter-se maior lucro em sua comercialização.

(02) Os grãos, quando armazenados por algum tempo, vão perdendo umidade o que acarreta prejuízo ao vendedor, pois o mercado paga pelo grão com percentagem de umidade de 14%, se estiver mais seco, este grão fica mais leve e resulta maior volume de grão pelo mesmo peso e não há compensação no preço pago. Uma carga de grãos, por exemplo, a cada 100.000 ton. de soja, armazenada com 14% b.u., a 30°C por 365 dias terá uma perda pela umidade de 1.882,31ton. Se estiver mais úmido é pago valor menor ao vendedor.

(03) Para não haver prejuízo ao vendedor, a solução é padronizar o grão em 14 % de umidade. Alguns tentaram jogar água na massa de grãos, com a finalidade de molhar, mas esta água não integra intrinsecamente o grão, causando variação na qualidade, desvalorizando-o.

(04) Para solucionar este problema foi desenvolvida uma solução por hora não conhecida, que consiste em um processo de injeção de vapor, fazendo com que seja promovido o aquecimento do grão, para que este abra os poros e absorva naturalmente a umidade deste vapor de água, pois o grão, devido às suas característica fisiológicas, aumenta a capacidade de absorção com o aumento de temperatura, havendo uma umidificação homogénea, sem prejudicar a qualidade do grão.

(05) A umidificação poderá ser feita com o uso de vapor, podendo ser gerado na própria caldeira usada na unidade, ou qualquer outro meio que gere vapor, como em tinas, evaporadores ou sistemas de vácuo, por exemplo, com pressão de lkgf/cm ² , ou 10kgf/cm ² , com temperaturas de 20°C a 180°C, vapor este que será injetado em um sistema que efetue a circulação do ar com vapor, podendo ser em secadores de soja ou qualquer outro equipamento tipo circuladores rotativos ou similares com volume de vapor, pressão e temperatura controlada manual, ou com automação, com a finalidade de proporcionar a passagem de grãos em um ambiente com a umidade relativa de 10% a 100% do ar e temperaturas internas de até 100°C , para atingir a umidade intrínseca no grão, passivo de testes sem a modificação do padrão de qualidade, com o objetivo de elevar a umidade do grão para 8% a 16%, atendendo o mercado internacional, podendo as variáveis iniciais ser de 8% a 16%.

(06) Para a descrição do processo ora descrito, será utilizado o secador de grãos de alta performance, objeto do pedido de PI0802885-0, como exemplo, mas não se restringindo o presente processo ao uso deste equipamento.

(07) Para melhor compreensão do ora exposto, o objeto da presente patente está representado nas figuras: FIGURA 1 - Representação esquemática da entrada do vapor no secador;

FIGURA 2 - Representação esquemática do processo de padronização de grãos com vapor.

(08) Um equipamento para realização do processo é, por exemplo um secador de grãos (01) de alta performance, onde na sua coluna de secagem, na coluna de entrada de ar (02), é instalada uma, ou mais, entrada de vapor (03) na pressão de 0,5 kgf/cm ^z a 10kgf/cm ^z . No centro tem a torre de secagem (04), por onde cai o grão a ser secado, no caso do objeto da presente patente, do grão a ter aumentado seu grau de umidade, sendo que no lado de saída do ar (05), da torre de secagem (04), há uma pluralidade de separadores de partículas (06), que tem a dupla função de gerar fluxo de ar e separar as partículas em suspensão.

(09) A umidade dos grãos é controlada constantemente em amostras, até ser alcançado os padrões desejados, momento em que é interrompido o processo e, se desejado, resfriada a massa de grãos, através de um chiller (07), uma torre de refrigeração de grãos (08) e armazenada em um silo (09).

(10) Pode-se gerar vapor por diversos outros processos conhecidos e também pode-se utilizar qualquer outro tipo de secadores rotativos, ou similares, com volume de vapor, pressão e temperatura controlados manual ou automaticamente, com a finalidade de proporcionar sistema de passagem de grãos e gerando um ambiente com umidade relativa do ar de 10% a 100% e temperaturas internas de até 100°C, para atingir a umidade intrínseca no grão passivo de testes sem a modificação do padrão de qualidade.

(11) Por fazer parte de uma unidade de tratamento de grãos, onde é feita a secagem e separação de impurezas e normalmente haver uma caldeira de vapor (10), como parte do processo, aproveita-se o vapor desta para acionar uma turbina de vapor (A), e o vapor é após utilizado em um gerador de vapor (11), convencional, que recebe o vapor oriundo da caldeira, o qual é injetado no evaporador na pressão de 0,5kgf/cm ² a 10 kgf/cm ² , o que recebe água nas partes laterais da serpentina do evaporador, gerando vapor na pressão de Okgf/cm ² a 5kgf/cm ² . Todo o sistema é comandado através de válvulas de controle, com a finalidade de estabilizar a pressão de injeção e a temperatura no sistema, vapor este que é inserido no secador (01) na entrada de vapor (03).