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Title:
MINING SIFTER, SCREEN MOUNTED ON A MINING SIFTER, MINING SYSTEM AND METHOD FOR CONTROLLING A MINING SIFTER
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2019/183697
Kind Code:
A2
Abstract:
A mining sifter (100) is described, comprising at least one propulsion element (140) associated with a sifting structure (165), wherein the mining sifter (100) can implement (develop) at least one vibration mode of operation in which the sifting of a material moving on the sifter (100) is increased, the sifter (100) being so designed that at least either the propulsion element (140) or the sifting structure (165) is produced from a first material, the first material being a composite material (composite). Also described is a screen (156) mounted on a mining sifter (100), a method for controlling a mining sifter and a mining system.

Inventors:
FERREIRA DOS SANTOS EDUARDO (BR)
DEMÉTRIO LEAL EDUARDO (BR)
Application Number:
PCT/BR2019/050101
Publication Date:
October 03, 2019
Filing Date:
March 26, 2019
Export Citation:
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Assignee:
BLUE OCEAN ENGENHARIA LTDA (BR)
International Classes:
B07B1/42; B07B1/46
Other References:
None
Attorney, Agent or Firm:
DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & IPANEMA MOREIRA (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. Peneira para mineração (100) compreendendo ao menos um elemento de propulsão (140) associado a ao menos uma estrutura de peneiramento (165), em que a peneira para mineração (100) é apta a realizar ao menos um regime de vibração, promovendo assim o penei ramento de um material que se desloca pela peneira (100), em que a peneira é caracterizada pelo fato de que ao menos um entre o ele mento de propulsão (140) e a estrutura de peneiramento (165) são fa bricados a partir de um primeiro material, o primeiro material configurado como um material composto.

2. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

1 , caracterizado pelo fato de que a estrutura de peneiramento (165) compreende ao menos uma estrutura de suporte (195) associada a ao menos uma tela (156), em que a estrutura de suporte (195) é associada ao elemento de propulsão (140) e a tela (156) é dotada de uma plurali dade de aberturas (156’) aptas a realizar o peneiramento do material que se desloca pela peneira (100).

3. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

2, caracterizado pelo fato de que o primeiro material refere-se a ao menos um entre os seguintes materiais: fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar, grafeno, rohacell e fibra de alumínio.

4. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

3, caracterizado pelo fato de que o elemento de propulsão (140) e a estrutura de suporte (195) da tela (156) são fabricados a partir de uma composição formada pelo primeiro material e por um segundo material, em que o segundo material refere-se a uma composição formada por ao menos um entre os seguintes materiais: fibra de vidro, kevlar, gra feno, rohacell, fibra de carbono e fibra de alumínio.

5. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que ao menos 90% do elemento de pro pulsão (140) e/ou da estrutura de suporte (195) da tela (156) são fabri cados a partir do primeiro material.

6. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

5, caracterizado pelo fato de que a tela (156) é formada ao menos pelo primeiro material e por um material polimérico, de modo que o pri meiro material atue como um inserto para um revestimento de material polimérico, em que pelo menos 80% da tela (156) é fabricada a partir do material polimérico.

7. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

6, caracterizado pelo fato de que as aberturas (156’) da tela (156) possuem dimensão variável, de modo que a variação da dimensão das aberturas (156’) da tela (156) ocorre através da emissão de um sinal de excitação, o sinal de excitação configurado como ao menos um entre um sinal elétrico, um sinal piezoelétrico e um sinal de temperatura.

8. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

7, caracterizado pelo fato de que o sinal de excitação é enviado para uma liga de memória de forma, a liga de memória de forma associada ao primeiro material da tela (156).

9. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

8, caracterizada pelo fato de que a dimensão das aberturas (156’) da tela (156) variam de 0,050mm a 100mm.

10. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que o elemento de propulsão (140) com preende um par de barras de propulsão (140,140’), em que as barras de propulsão (140,140’) são aptas a acomodar um meio de excitação (150), em que o meio de excitação (150) é configurado como ao menos um entre: um sistema hidráulico, eletromecânicos, pneumáticos e de propulsão magnética.

1 1. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que o meio de excitação (150) é confi gurado como um sistema hidráulico (200), em que as barras de propul são (140, 140’) compreendem porções de acomodação (200A, 200B, 200C e 200D) de cilindros hidráulicos (210A, 210B, 210C e 210D), em que cada porção de acomodação (200A, 200B, 200C e 200D) compre ende um cilindro hidráulico (210A, 210B, 210C e 210D).

12. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

1 1 , caracterizada pelo fato de que as porções de acomodação (200A, 200B, 200C e 200D) configuram uma porção de acomodação traseira (200A, 200B) e uma porção de acomodação dianteira (200C, 200D), em que a porção de acomodação traseira (200A, 200B) possui uma altura superior a altura da porção de acomodação dianteira (200C, 200D).

13. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação

12, caracterizada pelo fato de que os cilindro hidráulicos (210A, 210B, 210C e 210D) são agrupados em cilindros posteriores (210A, 210B) e cilindros dianteiros (210C, 210D), em que o acionamento dos cilindros posteriores (210A, 210B) ocorre de forma independente ao aciona mento dos cilindros dianteiros (210C, 210D).

14. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindica ção 13, caracterizada pelo fato de que a estrutura de peneiramento (165) compreende ainda uma cobertura (157) associada a tela (156), em que a tela (156) é disposta entre a cobertura (157) e as travessas (180) da estrutura de suporte (195), em que extensões (157A e 157B) da cobertura (157) pressionam as porções de suporte (156A e 156B) da tela (156) bem como os prolongamentos (185A e 185B) das porções laterais (185’ e 185).

15. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação 1 ou 14, caracterizada pelo fato de que o regime de vibração da pe neira (100) representa a realização de um movimento vibratório da es- trutura de peneiramento (165), em que a realização do movimento vi bratório estabelece ao menos um entre os seguintes parâmetros: uma amplitude posterior (b), uma amplitude dianteira (bi), uma frequência de operação (fop) da peneira (100) e um dimensionamento das aberturas (156’).

16. Peneira para mineração (100) de acordo com a reivindicação 15, caracterizada pelo fato de compreender ainda um módulo de moni- toramento (190) configurado para aquisitar ao menos um dado real de peneiramento (DR), de modo que a partir do dado real de peneiramento (DR) captado a peneira para mineração (100) é apta a alterar o seu re gime de vibração.

17. Tela (156) aplicada em peneira para mineração (100), em que a tela (156) é apta a realizar ao menos um regime de vibração pro movendo assim o peneiramento de um material através de uma plurali dade de aberturas (156’) dispostas na tela (156), em que a tela (156) é caracterizada pelo fato de que as aberturas (156’) possuem dimensão variável.

18. Tela (156) aplicada em peneira para mineração (100), em que a tela (156) é apta a realizar ao menos um regime de vibração pro movendo assim o peneiramento de um material através de uma plurali dade de aberturas (156’) dispostas na tela (156), em que a tela (156) é caracterizada pelo fato de ser formada por ao menos um primeiro ma terial e por um material polimérico, em que o primeiro material refere-se a ao menos um entre: fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar, grafeno, rohacell e fibra de alumínio.

19. Método de controle de uma peneira para mineração, em que a peneira para mineração (100) é apta a realizar um regime de vibração, promovendo assim o peneiramento de um material que se desloca pela peneira (100), em que o método de controle é caracterizado pelo fato de compreender as etapas de:

avaliar uma eficiência do peneiramento do material, interpretar a eficiência do peneiramento avaliada, resultando em um peneiramento eficiente ou em um peneiramento ineficiente, caso um peneiramento ineficiente tenha sido detectado, realizar a etapa de alterar o regime de vibração da peneira (100).

20. Método de controle de acordo com a reivindicação 19, carac- terizado pelo fato de que ainda compreende as seguintes etapas:

caso um peneiramento eficiente tenha sido detectado, realizar a etapa de detectar e armazenar ao menos um dado ideal (Di) de uso do material em peneiramento,

caso um peneiramento ineficiente tenha sido detectado, rea lizar a etapa de detectar e armazenar ao menos um dado real (DR) de peneiramento do material,

de modo que, caso um peneiramento ineficiente tenha sido detectado, realizar ainda a etapa de comparar o dado ideal de uso (Di) do material com o dado real (DR) de peneiramento, de modo que dita etapa de comparação ainda compreende a etapa de detectar uma variação entre os dados ideais de uso (Di) e os dados reais de peneiramento (DR).

21. Método de controle de acordo com a reivindicação 20, carac- terizado pelo fato de que o dado ideal de uso (Di) do material em peneiramento é associado a um regime de vibração ideal da peneira (100), de modo que caso uma variação entre os dados ideais (Di) de uso e os dados reais (DR) de peneiramento tenha sido detectada, realizar a etapa de armazenar uma primeira instrução de aprendizagem, a primeira instrução de aprendizagem compreendendo um primeiro dado de informação referente a variação detectada entre os dados ideais (Di) de uso e os dados reais de peneiramento (DR), sendo que a primeira instrução de aprendizagem é ainda configurada para aplicar na peneira (100) o regime de vibração tido como ideal.

22. Método de controle de acordo com a reivindicação 21 , carac- terizado pelo fato de ainda compreender a etapa de, caso um peneira- mento ineficiente tenha sido detectado, avaliar se a variação entre os dados ideais (Di) de uso e os dados reais (DR) de peneiramento corres ponde com a variação previamente detectada e armazenada na primeira instrução de aprendizagem, de modo que, caso afirmativo, realizar a etapa de aplicar à peneira (100) o regime de vibração tido como ideal, caso negativo, realizar a etapa de armazenar uma segunda instrução de aprendizagem.

23. Sistema de mineração caracterizado pelo fato de compre ender uma peneira para mineração (100) conforme definida nas reivin dicações 1 a 16 e/ou um método de controle conforme definido nas rei vindicações 19 a 22.

24. Sistema de mineração caracterizado pelo fato de compre ender uma tela (156) conforme definida nas reivindicações 17 e/ou 18.

25. Elemento de propulsão (140) de uma peneira para minera ção (100), o elemento de propulsão (140) associado a ao menos uma estrutura de peneiramento (165), em que a peneira para mineração (100) é apta a realizar ao menos um regime de vibração, promovendo assim o peneiramento de um material que se desloca pela peneira (100), em que o elemento de propulsão (140) é caracterizado pelo fato de ser fabricado a partir de um primeiro material, o primeiro material configurado como um material composto.

26. Estrutura de peneiramento (165) de uma peneira para mine ração (100), a estrutura de peneiramento (165) associada a um ele mento de propulsão (140), em que a peneira para mineração (100) é apta a realizar ao menos um regime de vibração, promovendo assim o peneiramento de um material que se desloca pela estrutura de peneira mento (165), em que a estrutura de peneiramento (165) é caracterizada pelo fato de ser fabricada a partir de um primeiro material, o primeiro material configurado como um material composto.

Description:
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PENEIRA PARA MINERAÇÃO, TELA APLICADA EM PENEIRA PARA MINERAÇÃO, SISTEMA DE MINERAÇÃO E MÉTODO DE CONTROLE DE UMA PENEIRA PARA MINERAÇÃO".

[001 ] A presente invenção refere-se a um equipamento apto a re alizar a separação e classificação de diversos materiais e elementos. Mais especificamente, a uma peneira dotada de componentes configu rados para prover diferentes tipos de movimentos em diferentes posi ções, tal como um movimento vibratório para separação de materiais através de uma superfície com orifícios que possibilitam que a presente invenção realize, por exemplo, processos de estratificação, separação por classificação, escalpe e desaguamento de materiais diversos.

DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA

[002] Um processo de separação é um processo que permite se parar componentes de uma mistura, seja em pequena escala como nos laboratórios seja em grandes escalas como na mineração.

[003] A catação por exemplo, é um tipo de separação de misturas feito manualmente do tipo sólido/sólido. As substâncias são separadas manualmente, com uma pinça, colher, ou outro objeto auxiliador. É uti lizada, por exemplo, na separação de grãos bons de feijão dos grãos ruins, com carunchos e pedras. Também é utilizada na reciclagem de lixo, com a separação dos diferentes tipos de materiais que o compõem, como vidro, metais, borrachas, papeis, plásticos, para serem destinados a diferentes usinas de reciclagem.

[004] O processamento mineral consiste em uma série de proces sos que têm em vista a separação física dos minerais úteis do rejeito, (rejeito este que deve ser entendido como a parte do minério que não tem interesse económico) até a obtenção final de um concentrado com um teor elevado de minerais úteis. [005] Os métodos utilizados podem ser físicos ou químicos e po dem ser divididos de forma aproximadamente sequencial em:

1- Fragmentação primária;

2- Granulação;

3- Moagem;

4-Classificação (pode estar incluída dentre os vários tipos de fragmentação e concentração); e

5-Concentração.

[006] O produto obtido na fase final de concentração é o produto final da atividade de uma mina, sendo vendido por um preço estabele cido de acordo com o teor de metal que o contém.

[007] Existem diferentes tipos de separadores, classificadores e peneiras, sendo eles estáticos ou por vibrações. Os tipos mais usuais neste meio têm como atividades principais a realização de pré-classifi- cação, classificação, rejeito, lavagem e desaguamento, sendo de movi mento linear, circular ou elíptico.

[008] Este tipo de maquinário apresenta uma série de deficiências, dentre as quais pode-se destacar, dentre outras, as que seguem.

[009] Inicialmente, destaca-se que a composição dos elementos das máquinas é predominantemente metálica, apresentando, conse quentemente, altíssimos números de soldas.

[0010] Para uma máquina com este funcionamento e com as apli cações já mencionadas, ou seja, com vibrações de operações em altas frequências para separações de materiais brutos provenientes de ativi dades de mineração, se mostra bastante ineficaz e com baixa segu rança a presença de soldas conforme apresentam as máquinas hoje conhecidas no estado da técnica.

[001 1 ] Além das soldas, são utilizados amplamente rebites, parafu sos e porcas que, devido à vibração da peneira, se afrouxam rapida mente afetando toda a estrutura da peneira e alterando, portanto, suas características mecânicas e físicas ao longo do tempo em que são pos tas em funcionamento, entrando assim nas faixas de ressonância da própria estrutura por estas ocasiões de perda tanto de massa quanto da sua rigidez.

[0012] Além disso, estas máquinas operam sobre molas, compor- tando-se, portanto, como um sistema massa-mola e que, neste caso, apresentam altos índices de fadiga também devido à natureza de ope ração e ambiente hostil nos quais atuam.

[0013] Ademais, as máquinas conhecidas são de difícil reconfigura ção em caso de diferentes cenários de funcionamento, levando dias para serem reconfiguradas, caso necessário.

[0014] Assim, nas configurações nas quais se apresentam as má quinas conhecidas no estado da técnica, é alto o índice de colapsos por ressonância em diversas partes de suas estruturas, devido às caracte rísticas estruturais das mesmas.

[0015] Mais especificamente, tem-se que a tecnologia atual refe rente a configuração de peneiras de mineração chegou muito perto, se não na totalidade dos seus limites produtivos e sustentáveis quando se trata de quesitos estruturais.

[0016] Mais especificamente, tem-se que durante o funcionamento em regime de uma peneira conhecida no estado da técnica, é possível observar que a máquina apresenta comportamentos aleatórios durante o peneiramento, o que conota características de equipamentos traba lhando em ressonância, ou frequências naturais, provocadas ou por fa digas prematuras, ou limitações estruturais. Estas ocorrências, podem facilmente ocasionar danos ainda maiores, como o colapso total do equipamento em questão.

[0017] Assim, tem-se que o equipamento apresenta instabilidade de peneiramento, descrevendo ainda formas aleatórias no trânsito do ma terial sobre o deck de peneiramento, estas características fatalmente causarão o desbalanceamento vibracional do conjunto, causando so brecarga somente em um dos lados do equipamento e aumentando a altura de camada de material de forma não esperada, o que obviamente tende a ser prejudicial ao funcionamento da peneira.

[0018] Estes fenômenos fatalmente são provocados por frequên cias naturais no conjunto, onde as forças e as magnitudes se potencia lizarão por virtude da frequência de trabalho estar coincidente com as frequências críticas da estrutura, causando assim quebras prematuras do equipamento, vibração excessiva e podendo ocasionar até colapsos totais e acidentes de grande magnitude.

[0019] Neste cenário, os equipamentos conhecidos no estado da técnica quebram com muita frequência por trabalharem muito perto ou nas frequências de ressonância das estruturas, tal fato acaba por gerar muita indisponibilidade física para as plantas nas quais operam, ge rando ainda a necessidade de realização de frequentes manutenções bem como ocasionando constantes pausas na produção e acarretando assim em prejuízos de grandes proporções.

[0020] Em síntese, verificou-se que a fabricação das peneiras atu almente conhecidas no estado da técnica em um material metálico acar reta na existência de frequências de ressonâncias em faixas extrema mente baixas, tal como de 5 a 30 Hz, de modo que a frequência de operação da peneira tende a coincidir com tais frequências de resso nância.

[0021 ] Em outras palavras, os equipamentos atualmente conheci dos operam justamente na faixa de frequência crítica, ou seja, a chance da ocorrência de acidentes devido a operação na ressonância é imensa, sendo que a ocorrência de graves acidentes pode ser considerada como questão de tempo.

[0022] Assim, e a partir da alteração no material de fabricação da peneira, a presente invenção elevou a faixa de frequências estruturais da peneira para além da frequência de operação desta.

[0023] A partir dos ensinamentos da presente invenção, a faixa de frequências estruturais da peneira foi elevada para níveis distantes da frequência de operação desta.

[0024] Em síntese, tem-se que os principais fatores limitantes nos equipamentos conhecidos seriam suas características construtivas de materiais, equipamentos com alto índice de soldas e elementos de fixa ção, seus pesos e suas frequências naturais versus frequências de tra balho ideal. Tal como já comentado, tais características tendem a pre judicar a correta operação do equipamento.

[0025] A presente invenção visa superar os problemas conhecidos no estado da técnica através da proposta de uma peneira para minera ção que seja fabricada em material compósito (composto), garantindo assim maior resistência mecânica e peso reduzido.

[0026] Ademais, com a peneira proposta na presente invenção, as frequências naturais das faixas de ressonância foram eliminadas, o que permite maior flexibilidade e condições construtivas, permitindo ainda o uso de propulsores de movimentos (vibração) diferenciados dos concei tos atuais.

[0027] Adicionalmente, e devido as alterações drásticas nas formas construtivas e no que se refere ao material de fabricação das peneiras, possibilitou-se à aplicação de propulsores de movimentações/vibrações diferenciados dos conceitos atuais pela sua redução significativa na massa (peso), tornando-as estruturas totalmente inteligentes e passí veis de serem acionadas por sistemas hidráulicos, eletromecânicos, pneumáticos e/ou via propulsão magnética, os quais não eram viáveis ou possíveis nos conceitos conhecidos no estado da técnica.

[0028] Mais especificamente, não são conhecidas no estado da téc nica peneiras para mineração confeccionadas em materiais compósitos (compostos), que apresentem frequências de ressonância bastante dis tintas à frequência de vibração as quais operam e que permitam flexibi lidade nas condições de operação, de tal forma que possam ser facil mente adaptadas com novas características e que possuam também estruturas inteligentes que monitorem parâmetros da máquina.

OBJETIVOS DA INVENÇÃO

[0029] Um primeiro objetivo da presente invenção é prover uma pe neira para mineração.

[0030] Um segundo objetivo da presente invenção é prover uma pe neira para mineração confeccionada a partir de um primeiro material, em que o primeiro material é configurado como um material composto (compósito).

[0031 ] Um terceiro objetivo da presente invenção é prover uma pe neira para mineração fabricada a partir de ao menos um entre os se guintes materiais: fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar, grafeno, roha- cell e fibra de alumínio.

[0032] Um quarto objetivo da presente invenção é prover uma pe neira para mineração dotada de uma tela, em que a referida tela com preenda aberturas de dimensões variáveis.

[0033] Um objetivo adicional da presente invenção consiste na pro visão de uma peneira para mineração dotada de um sistema hidráulico, em que o sistema hidráulico compreenda cilindros acionados de forma independente.

[0034] A presente invenção tem ainda como objetivo a provisão de uma tela utilizada em uma peneira para mineração, em que a referida tela seja dotada de aberturas de dimensões variáveis.

[0035] Um objetivo adicional da presente invenção reside na provi são de uma tela utilizada em uma peneira para mineração, em que a referida tela seja formada por ao menos um primeiro material e por um material polimérico, em que o primeiro material refere-se a ao menos um entre fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar, grafeno, rohacell e fibra de alumínio.

[0036] A presente invenção tem ainda como objetivo a provisão de um método de controle de uma peneira para mineração.

[0037] A presente invenção também tem como objetivo a provisão de um sistema de mineração que faça uso da peneira e/ou da tela pro postas na presente invenção.

BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[0038] Os objetivos da presente invenção são alcançados através de uma peneira para mineração compreendendo ao menos um ele mento de propulsão associado a uma estrutura de peneiramento, em que a peneira para mineração é apta a realizar (desenvolver) ao menos um regime de vibração, promovendo assim o peneiramento de um ma terial que se desloca pela peneira, em que a peneira é configurada de modo que ao menos um entre o elemento de propulsão e a estrutura de peneiramento são fabricados a partir de um primeiro material, o primeiro material configurado como um material composto (compósito).

[0039] Propõe-se ainda uma tela aplicada em peneira para minera ção, em que a tela é apta a realizar ao menos um regime de vibração promovendo assim o peneiramento de um material através de uma plu ralidade de aberturas dispostas na tela, em que a tela é configurada de modo que suas aberturas possuam dimensão variável.

[0040] Descreve-se ainda uma tela aplicada em peneira para mine ração, em que a tela é apta a realizar (desenvolver) ao menos um re gime de vibração promovendo assim o peneiramento de um material através de uma pluralidade de aberturas dispostas na tela, em que a tela é formada por ao menos um primeiro material e por um material polimérico, em que o primeiro material refere-se a ao menos um entre: fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar, grafeno, rohacell e fibra de alu mínio. [0041 ] Os objetivos da presente invenção são ainda alcançados através de uma metodologia de controle de uma peneira para minera ção. Em uma modalidade, dita metodologia de controle compreende as etapas de: avaliar uma eficiência do peneiramento do material, interpre tar a eficiência do peneiramento avaliada, resultando em um peneira mento eficiente ou em um peneiramento ineficiente, de modo que, caso um peneiramento ineficiente tenha sido detectado, realizar a etapa de alterar o regime de vibração da peneira.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS

[0042] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos de senhos. As figuras mostram:

Figura 1 - é uma vista em perspectiva de uma modalidade da peneira para mineração proposta considerando os ensinamentos da presente invenção;

Figura 2 - é uma vista em perspectiva da peneira para mine ração representada na figura 1 , ilustrando a referida peneira sem uma cobertura superior;

Figura 3 - é uma vista em perspectiva adicional de uma mo dalidade da peneira para mineração proposta na presente invenção;

Figura 4 - é uma vista em perspectiva do elemento de pro pulsão que integra a peneira para mineração proposta na presente in venção;

Figura 5 - é uma vista adicional em perspectiva do elemento de propulsão que integra a peneira para mineração proposta na pre sente invenção, exibindo ainda os cilindros hidráulicos;

Figura 6 - é uma vista em perspectiva de uma base de apoio apta a ser utilizada na peneira proposta na presente invenção;

Figura 7 - é uma vista em destaque da base de apoio apta a ser utilizada na peneira proposta na presente invenção; Figura 8 - é uma vista em perspectiva de uma modalidade da estrutura de suporte apta a ser utilizada na peneira proposta na pre sente invenção;

Figura 9 - é uma vista em perspectiva das travessas ilustra das na figura 8;

Figura 10 - é uma vista em perspectiva de uma cobertura superior apta a ser utilizada na peneira proposta na presente invenção;

Figura 1 1 - é uma vista em perspectiva de uma tela apta a ser utilizada na peneira proposta na presente invenção;

Figura 12 - é uma vista lateral de uma modalidade da pe neira para mineração proposta na presente invenção;

Figura 13 - é uma vista em perspectiva destacando a forma de fixação de alguns componentes da peneira para mineração proposta na presente invenção;

Figura 14 - ilustra uma vista lateral da peneira para minera ção proposta na presente invenção, indicando possíveis amplitudes para a peneira, em que a figura 14(a) representa o cenário de aciona mento dos cilindros posteriores, a figura 14(b) representa o cenário em que os cilindros dianteiros e posteriores encontram-se retraídos, e a fi gura 14 (c) representa o cenário em que os cilindros dianteiros estão acionados;

Figura 15 - é uma representação em destaque de alguns dos componentes que integram a peneira proposta na presente invenção, destacando os elementos de propulsão e a estrutura de peneiramento;

Figura 16 - ilustra uma representação em blocos do módulo de monitoramento utilizado na peneira proposta na presente invenção;

Figura 17 - ilustra um diagrama em blocos referentes a pos síveis classificações de materiais compostos (compósitos) que estariam aptos a absorver os ensinamentos da presente invenção;

DESCRIÇÃO DETALHADA DAS FIGURAS [0043] Em referência as figuras 1 a 17, a presente invenção refere- se a uma peneira para mineração 100, ora nomeada apenas peneira 100. Mais especificamente, a uma peneira 100 para separação de po pulações de materiais particulados, fracionados, coesos e não coesos, de diferentes classes de tamanhos.

[0044] Preferencialmente, estes materiais devem ser entendidos como materiais sólidos oriundos de processos e atividades de extração e exploração mineral, tais como rochas e minérios em geral. Todavia, os materiais podem alternativamente ser entendidos como outros ele mentos sólidos, tais como frutas, verduras, grãos, partículas granulares em geral, etc.

[0045] Uma representação de uma modalidade válida da peneira para mineração 1 proposta na presente invenção é ilustrada na figura 1.

[0046] Os ensinamentos aqui propostos referem-se a uma peneira para mineração 100 composta basicamente por ao menos um elemen tos de propulsão 140 associado a uma estrutura de peneiramento 165.

[0047] A figura 4 permite uma melhor visualização do elemento de propulsão 140 da peneira 100 objeto da presente invenção, de modo que dito elemento de propulsão pode ser entendido como um par de barras 140 e 140’ aptas a receberem a estrutura de peneiramento 165.

[0048] A estrutura de peneiramento 165 da peneira 100 deve ser entendida como a estrutura vibratória da peneira 100, dita estrutura 165 apta a descrever um movimento vibratório e realizando assim o penei ramento do material que se desloca pela peneira 100.

[0049] De modo mais específico, a estrutura de peneiramento 165 basicamente compreende uma estrutura de suporte 195 apta a receber uma tela 156, de modo que a referida tela 156 é dotada de uma plurali dade de aberturas 156’ aptas a realizar o peneiramento do material que se desloca pela peneira 100. A figura 2 permite uma visualização da estrutura de peneiramento 165, esta formada pela estrutura de suporte 195 (ilustrada na figura 8) e pela tela 156 (ilustrada na figura 1 1 ).

[0050] Em síntese, e tal como será melhor descrito adiante, o movi mento vibratório da peneira 100 é realizado a partir de um meio de ex citação 150, permitindo assim o peneiramento dos materiais oriundos de processos de mineração.

[0051 ] Um dos diferenciais da peneira 100 proposta na presente in venção reside no seu material de fabricação, de modo que, nesta mo dalidade, propõe-se a fabricação do elemento de propulsão 140 e da estrutura de peneiramento 165 a partir de um primeiro material, em que dito primeiro material deve ser entendido como um material composto (compósito).

[0052] Destaca-se que por material composto (ou compósito) deve- se entender como a junção de dois ou mais materiais de diferentes na turezas que se complementam e permitem a obtenção de um novo ma terial, formando estruturas anisotrópicas / politrópicas, cujas caracterís- ticas e desempenho são melhores do que os constituintes considerados em separado.

[0053] Em uma modalidade plenamente válida da presente inven ção, o primeiro material pode ser entendido como fibra de carbono.

[0054] Em modalidades igualmente válidas, o primeiro material pode representar ao menos um entre os seguintes materiais bem como as suas possíveis combinações: fibra de carbono, fibra de vidro, roha- cell, kevlar, grafeno, fibra de alumínio ou fibras plásticas.

[0055] De modo mais específico, propõe-se que o elemento de pro pulsão 140 e a estrutura de suporte 195 da tela sejam fabricados a partir de uma composição formada pelo primeiro material e por um segundo material, de modo que o segundo material pode ser entendido como uma composição formada por ao menos um entre os seguintes materi ais: fibra de vidro, kevlar, grafeno, fibra de carbono, fibra de alumínio ou fibras plásticas. [0056] Em um modo válido porém não limitativo, propõe-se que o primeiro material represente pelo menos 85% do material de fabricação do elemento de propulsão 140 e/ou da estrutura de suporte 195, de modo que os 15% restantes representem o segundo material (material compósito).

[0057] De modo ainda mais específico, a presente invenção propõe que ao menos 90% do elemento de propulsão 140 e/ou da estrutura de suporte 195 da tela 156 sejam fabricados a partir do primeiro material.

[0058] A fabricação da peneira 1 tal como proposto permite que o equipamento seja extremamente leve, dotado ainda de elevada resis tência mecânica, fatores estes somente alcançados devido a fabricação da peneira 1 a partir do primeiro material, tal como ensinado acima.

[0059] Em relação às aplicações práticas da peneira 100, em uma configuração preferencial tem-se que a separação de populações de materiais tal como descrito acima se dá por meio da realização de um movimento vibratório, movimento este que permite a passagem do ma terial a ser peneirado através das aberturas 156’ dispostas na peneira.

[0060] O referido movimento vibratório é ocasionado a partir do aci onamento de meios de excitação 150, de modo que, na peneira 100 objeto da presente invenção os referidos meios de excitação 150 devem ser armazenados no interior das barras de propulsão 140 e 140’.

[0061 ] Assim, ao ser excitado, o meio de excitação 150 permitirá que a estrutura de peneiramento 165 realize um movimento vibratório, permitindo assim que a tela 156, dotada de uma pluralidade de abertu ras 156’, seja apta realizar a classificação do material a ser peneirado. A referida tela 156 bem como suas aberturas 156’ podem ser visualiza das a partir das figuras 2 e 1 1.

[0062] Uma característica adicional da peneira 1 proposta na pre sente invenção está atrelada às aberturas 156’ da referida tela 156. Em uma modalidade válida da presente invenção, propõe-se que a dimen são das aberturas 156’ seja variável, permitindo assim que a peneira 1 possa ser adaptada de acordo com a necessidade de cada processo de mineração. Por aberturas 156’ da tela 156 deve-se entender como as áreas vazadas (orifícios) da tela, de modo que um material seria apto a passar pelo interior da referida abertura 156’.

[0063] Em síntese, e dependendo do material a ser peneirado, a presente invenção propõe que as aberturas 156’ podem ter sua dimen são alterada, de modo que, por dimensão alterada, entende-se que as áreas da abertura 156’ podem variar e/ou a forma geométrica das refe ridas aberturas 156’ podem ser alteradas.

[0064] Isto porque verificou-se que as peneiras para mineração atu almente conhecidas no estado da técnica são dotadas de aberturas de dimensionamento fixo, porém, a necessidade em campo revela que, de pendendo da aplicação da peneira, uma determinada forma e dimensi onamento das aberturas 156’ torna-se mais vantajosa e eficiente.

[0065] Em exemplificações não limitativas, tem-se a necessidade de utilização de aberturas 156’ de 400 mesh de dimensionamento, po rém, determinadas aplicações necessitam de aberturas 156’ quadráti cas, por exemplo, de 20 milímetros x 20 milímetros ou ainda 500 mm x 500 mm. Ainda, outras aplicações podem exigir a utilização de aberturas 156’ retangulares, por exemplo, de 30 mm x 20 mm ou ainda de abertu ras ovaladas, de comprimento máximo de 35 mm e largura máxima 15 mm. Destaca-se que as dimensões comentadas acima não devem ser consideradas como uma característica limitativa da presente invenção.

[0066] Considerando o acima exposto, a presente invenção 1 pro põe que a tela 156 e suas aberturas 156’ tenham dimensionamento va riável, de modo que, para que tal característica seja viável, a tela 156 deve preferencialmente ser fabricada a partir do primeiro material (tal como fibra de carbono, fibra de vidro, fibra de kevlar, alumínio, e suas possíveis combinações) de modo que o primeiro material atue como um inserto para um revestimento de material polimérico (tal como borracha e/ou poliuretano). Em uma modalidade, propõe-se que o material poli mérico esteja presente em maior proporção se comparado ao primeiro material, de modo que uma proporção de 80% (material polimérico) e 20% (primeiro material) é tida como válida e uma proporção de 90% e 10% é considerada como preferencial.

[0067] Ademais, os ensinamentos da presente invenção propõem que o inserto de primeiro material utilizado na tela 156 seja ainda asso ciado às chamadas ligas de memória de forma (também conhecidas como smart materiais), mais especificamente, propõe-se a utilização das ligas de memória de forma capazes de alterar (aumentar ou dimi nuir) o seu dimensionamento através de um sinal de excitação.

[0068] Mais especificamente, as ligas de memória de forma podem ser entendidas como materiais previamente treinados para alterarem o seu dimensionamento a partir do recebimento de um sinal de excitação, de modo que dito sinal de excitação pode ser configurado como ao me nos um entre um sinal elétrico, um sinal piezoelétrico e um sinal de tem peratura.

[0069] Assim, as ligas de memória de forma podem ser treinadas para aumentar ou diminuir seu dimensionamento quando um sinal elé trico for enviado a tais ligas. Similarmente, um sinal piezoelétrico pode ser enviado indicando a necessidade de alteração do dimensionamento de tais materiais.

[0070] Similarmente, o sinal de excitação pode ser configurado como uma temperatura específica, de modo que, caso um determinado valor de temperatura seja atingido em um determinado ponto da tela 156, dito valor pode acarretar na emissão de um sinal de excitação para a liga de memória de forma, fazendo com que esta altere (aumente ou diminua) o seu dimensionamento. [0071 ] Assim, e caso durante o processo de mineração se verifique a necessidade de alteração do dimensionamento das aberturas 156’, dito sinal de excitação deve ser enviado as ligas de memória de forma, fazendo com que estas aumentem ou diminuam o seu dimensiona mento, ou seja, alterando a área das aberturas 156’ e/ou a forma geo métrica da referida abertura 156.

[0072] Basicamente, e para que a alteração do dimensionamento das aberturas 156’ seja possível, deve-se associar as ligas de memória de forma ( shape memory alloy) a um sensor apto a detectar um sinal de entrada (tal como o sinal de excitação) e um atuador apto a mudar a forma, posição, frequência natural ou as características mecânicas em resposta ao sinal de excitação.

[0073] Ainda, uma liga com efeito de memória de forma é uma liga apta a“lembrar” a sua forma original, de modo que, após deformada, esta é capaz de retornar ao formato anterior através, por exemplo, do aumento de temperatura ou pressão da liga.

[0074] Uma exemplificação não limitativa de ligas aptas a absorve rem os ensinamentos da presente invenção são: ligas de cobre-alumí- nio-níquel, ligas de níquel-titânio (NiTi) bem como ligas formadas a partir de zinco, cobre, ouro e ferro.

[0075] Adicionalmente, é válido destacar o fato de que um processo de mineração é configurado como um processo extremamente intenso e de vibrações excessivas, assim, durante o peneiramento de um certo material (tal como minério de ferro), dita intensidade pode ser tamanha de modo a, com o passar do tempo, ocasionar o aumento das aberturas 156’ das telas devido ao desgaste por atrito e microdanos durante a passagem da partícula pelas aberturas 156’.

[0076] Assim, utilizando-se as ligas de memória de forma, tal como proposto na presente invenção, ao ser detectado que a eficiência na classificação (peneiramento) do material está comprometida (devido ao aumento das aberturas 156’), dito sinal de excitação pode ser enviado às ligas de memória de forma, fazendo com que estas tenham o seu dimensionamento alterado. Tal proposta, além de melhorar a eficiência no processo de peneiramento, acaba por aumentar a longevidade da tela 156 bem como da peneira 100.

[0077] Em linhas gerais, propõe-se que o dimensionamento das aberturas 156’ possam variar de 0,050 mm a 100 mm (qualquer valor entre tal faixa é aceitável, incluindo seus limites inferior e superior). Ainda, ditas aberturas 156’ podem compreender as seguintes formas: redondas, retangulares, quadradas, triangulares, ovaladas, bem como qualquer outra forma geométrica conhecida no estado da técnica. Em resumo, não se deve considerar a forma das aberturas 156’ como uma característica essencial da presente invenção, de modo que qualquer forma conhecida seria apta a absorver os ensinamentos aqui propostos.

[0078] Visando uma eficiente operação da peneira 100, esta deve preferencialmente ser disposta sobre ao menos uma base de apoio 170, tal como melhor ilustrado nas figuras 1 e 6. Nesta configuração, propõe- se a utilização de seis bases de apoio 170, ou seja, três bases de apoio 170 em cada lado da peneira 100.

[0079] De modo mais específico, deve-se dispor as barras de pro pulsão 140 e 140’ da peneira 100 sobre as bases de apoio 170, con forme ilustração das figuras 1 , 4 e 5. Em uma modalidade, ditas bases de apoio 170 podem ser dispostas sobre uma base de concreto.

[0080] Mais especificamente, a base de apoio 170 é configurada como um sistema de ISO-amortecimento para eliminar vibrações resi duais provenientes principalmente dos meios de excitação 150 quando do funcionamento da peneira 100, tal como será melhor descrito poste- riormente.

[0081 ] Em referência específica a figura 7, cada base de apoio 170 compreende ao menos um conjunto amortecedor 175, de modo que cada conjunto amortecedor 175 é formado respectivamente por uma porção de suporte superior e inferior 176 e 177, ditas porções associa das através de ao menos um elemento elástico 178.

[0082] De modo não limitativo, tais sistemas de ISO-amortecimento referem-se ao mesmo sistema utilizado no amortecimento de pontes, viadutos, estádios, entre outros.

[0083] A utilização das bases de apoio 170 (sistemas de ISO- amortecimento) se mostra muito eficiente na eliminação de vibrações oriundas de sistemas extremamente agressivos (tal como peneiras 100 de mineração), descartando ainda a necessidade de construção de grandes edificações civis (prédios) que atuam como ambientes de ins talação aptos a suportar o peso, vibração e agressividade das peneiras 100.

[0084] Conforme previamente mencionado, as bases de apoio 170 têm como função absorver as vibrações ocasionadas pelos meios de excitação 150. Entende-se assim que os meios de excitação 150 podem ser entendidos como os elementos aptos a gerar/ocasionar um movi mento vibratório à peneira 100.

[0085] Em uma modalidade válida da presente invenção, tem-se que os meios de excitação 150 são dispostos nos elementos de propul são 140 e 140’ da peneira 100, tal como exemplifica principalmente a figura 5.

[0086] Em relação aos elementos de propulsão, este é formado por barras independentes de propulsão 140 e 140’ configuradas para aco modar um sistema de atuação hidráulico 200, protegendo dito sistema hidráulico 200 contra as agressividades das atividades realizadas pela peneira 100. Assim, e considerando esta modalidade da presente inven ção, o meio de excitação 150 pode ser entendido como um sistema hi dráulico 200. [0087] Especificamente, o sistema hidráulico 200 é disposto no in terior das barras de propulsão 140 e 140’, de modo que, tomando a fi gura 4 como referência, deve-se dispor o sistema hidráulico nas porções de acomodação 200A, 200B, 200C e 200D das barras de propulsão 140 e 140’.

[0088] Para que o movimento possa ser transmitido do sistema hi dráulico 200 para a estrutura de peneiramento 165, propõe-se que as barras de propulsão 140 e 140’ compreendam meios (tais como orifí cios) aptos a permitir a passagem das hastes dos cilindros hidráulicos, de modo que os demais componentes que integram o sistema hidráulico devam ser dispostos no interior das barras 140 e 140’.

[0089] Assim, a movimentação dos cilindros hidráulicos acarreta na movimentação estrutura de peneiramento 165, permitindo assim que a classificação (peneiramento) do material seja realizada. Entende-se as sim que as hastes dos cilindros hidráulicos devam estar em contato com a estrutura de peneiramento 165.

[0090] Por porções de acomodação 200A, 200B, 200C e 200D, pode-se entender como as áreas trapezoidais das barras de propulsão 140 e 140’, sendo que as porções 200A e 200B possuem uma altura superior em relação as porções 200C e 200D, permitindo assim a dis posição da tela 156 de modo inclinado, tal como mostra, por exemplo, as figuras 1 , 4, 5 e 12. Destaca-se que a característica comentada e referente a uma maior altura da porção traseira (200A e 200B) em rela ção a porção dianteira (200C e 200D) não deve ser considerada como uma limitação da presente invenção. Em modalidades válidas, as por ções traseira 200A e 200B e dianteira 200C e 200D poderiam ter a mesma altura, ainda, a porção traseira 200A e 200B poderia ter altura inferior a porção dianteira 200C e 200D.

[0091 ] Com a disposição do sistema hidráulico 200 no interior das barras de propulsão 140 e 140’, tem-se o chamado enclausuramento do sistema hidráulico 200, permitindo assim a proteção do sistema 200 contra as hostilidades existentes em um ambiente de mineração.

[0092] Em uma modalidade, propõe-se a utilização de quatro cilin dros hidráulicos 210A, 210B, 210C e 210D, estes respectivamente dis postos nas porções de acomodação 200A, 200B, 200C e 200D. En- tende-se assim que os cilindros hidráulicos 210A e 210B são dispostos em uma porção traseira da peneira 100 e os cilindros hidráulicos 210C e 210D são dispostos em uma porção frontal da peneira 100. Ainda, os cilindros frontais 210C e 210D devem possuir altura inferior aos cilindros posteriores 210A, 210B, configurando assim uma rampa para disposi ção da peneira 100.

[0093] A figura 5 ilustra uma forma não limitativa referente à dispo sição dos cilindros hidráulicos 210A, 210B, 210C e 210D nas barras de propulsão 140 e 140’. Deve-se destacar que os ensinamentos da pre sente invenção propõem que os cilindros hidráulicos 210A, 210B, 210C e 210D devam ser dispostos dentro das barras e propulsão 140 e 140’, de modo que tais barras 140 e 140’ não devem se movimentar devido a atuação dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D.

[0094] Assim, as barras 140 e 140’ abrigam os componentes do sis tema hidráulico 200, de modo que o movimento de deslocamento das hastes dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D é transmitido para a es trutura de peneiramento 165. Entende-se assim que as barras 140 e 140’ devem compreender meios (tais como aberturas ou qualquer ele mento equivalente) para permitir o contato das hastes dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D com a estrutura de peneiramento 165.

[0095] A presente invenção propõe ainda que o acionamento dos cilindros hidráulicos 210A, 210B, 210C e 210D seja realizado de modo independente, sendo que, por modo independente deve-se entender como a possibilidade de movimentação de ao menos um dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D. [0096] Entende-se assim que, caso seja de interesse do usuário da peneira 100, este pode emitir um sinal de acionamento somente para o cilindro hidráulico dianteiro esquerdo 210D. O mesmo seria válido para os demais cilindros 210A, 210B e 210C.

[0097] Ainda, e caso desejável, o acionamento independente dos cilindros hidráulicos poderia ocorrer aos pares, permitindo assim, por exemplo, o controle dos cilindros posteriores 210A e 210B de modo in dependente ao controle dos cilindros dianteiros 210C e 210D.

[0098] Similarmente, seria possível controlar os cilindros 210A e 210D de modo independente aos cilindros 210B e 210C. Ainda, seria possível emitir um primeiro sinal de acionamento para apenas três dos cilindros hidráulicos, de modo que o cilindro restante receberia um se gundo sinal de acionamento.

[0099] Em uma modalidade, tem-se que o primeiro sinal de aciona mento poderia indicar a necessidade de redução (retração) em 3 cm e o segundo sinal de acionamento poderia indicar a necessidade de ele vação em 1 cm.

[00100] Obviamente, pode-se ainda controlar cada um dos quatro ci lindros hidráulicos de maneira independente.

[00101 ] Entende-se assim que a presente invenção proporciona o controle independente de ao menos um dos cilindros hidráulicos 210A, 210B, 210C e 210D, de qualquer modo, uma configuração válida e ex tremamente aceita em campo mostra que o controle dos cilindros pos teriores (210A e 210B) de modo independente ao controle dos cilindros dianteiros (210C e 210D) pode ser entendida como uma configuração preferencial dos ensinamentos aqui propostos.

[00102] Assim, um primeiro sinal de acionamento pode ser emitido para os cilindros 210A e 210B e um segundo sinal de acionamento pode ser emitido para os cilindros 210C e 210D. Similarmente, um único sinal de acionamento pode ser emitido para os cilindros posteriores (210A e 210B) enquanto os cilindros dianteiros (210C e 210D) devam permane cer imóveis. Obviamente, a situação inversa também é plenamente aceitável.

[00103] Ou seja, o usuário da peneira 100 tem a possibilidade de re alizar qualquer tipo de movimentação dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D.

[00104] As vantagens referentes à disposição do sistema hidráulico 200 nas barras de propulsão 140 e 140’ são inúmeras, desde o seu completo enclausuramento para proteção contra a hostilidade de miné rios e partículas em suspensão, até a flexibilidade para desmontagens rápidas e práticas da estrutura de peneiramento 165 e possibilidade para espaçar as barras 140 e 140’, aumentando/diminuindo as distân cias entre elas para absorver peneiras mais largas ou mais estreitas, atingindo assim um conceito de equipamento único e versátil para pro cessos distintos.

[00105] Permite-se assim que as barras de propulsão 140 e 140’ es tejam posicionadas nas posições ideais para maquinas distintas e dife rentes, possibilitando desta maneira absorver vários tipos e larguras de máquinas.

[00106] Em síntese, os elementos que integram o sistema hidráulico 200 são: Unidade Hidráulica de comando, Cilindros Hidráulicos, Bom- bas Hidráulicas, Válvulas, Mangueiras e tubulações, sistemas de con trole e automação para demandar o funcionamento dos cilindros, (CLPs IHM, Computadores especiais).

[00107] Descreve-se a seguir a forma proposta para que a movimen tação do sistema hidráulico 200 seja transmitida para a tela 156 da pe neira 100. Mais especificamente, descreve-se uma forma válida para associação da tela 156 à peneira de mineração 100.

[00108] Em relação à estrutura de peneiramento 165, esta pode ser compreendida como a estrutura vibrante 165 da peneira 100. Conforme representado especialmente nas figuras 2, 8 e 1 1 , a estrutura de penei- ramento 165 é formada basicamente por uma estrutura de suporte 195 e por uma tela 156.

[00109] A estrutura de suporte 195 é melhor ilustrada na figura 8, de modo que, a partir de tal representação, nota-se que a estrutura 195 é formada por ao menos uma travessa 180 associada às porções laterais 185 e 185’. Destaca-se que a associação entre a estrutura de suporte 195 e o elemento de propulsão 140 ocorre através de um link de cone xão, link este que deve ser entendido como qualquer elemento apto apli car à estrutura de suporte 195 a excitação originada do meio de excita ção 150. Em uma modalidade não limitativa, o link de conexão pode ser entendido como um prolongamento de ao menos uma das travessas 180 para além das porções laterais 185 e 185’.

[001 10] Seguindo os ensinamentos da presente invenção, propõe-se que as travessas 180 e as porções laterais 185 e 185’ sejam fabricadas a partir do primeiro material, o primeiro material configurado como um material composto (compósito). Em uma modalidade válida, o primeiro material pode representar ao menos um entre os seguintes materiais bem como as suas possíveis combinações: fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar, grafeno, rohacell, e fibra de alumínio.

[001 1 1 ] De modo mais específico, a presente invenção ensina que a estrutura de suporte 195 (travessas 180 e porções laterais 185 e 185’) sejam fabricadas a partir de uma composição formada pelo primeiro ma terial e por um segundo material, de modo que o segundo material pode ser entendido como uma composição formada por ao menos um entre os seguintes materiais: fibra de vidro, kevlar, grafeno, rohacell, fibra de carbono e fibra de alumínio.

[001 12] Destaca-se ainda que a quantidade total de travessas 180 utilizadas na peneira 100 está atrelada ao tipo de peneira 100 desejado, de modo que, em referência a figura 8, observa-se que esta modalidade da presente invenção propõe a utilização de seis travessas 180. Obvia- mente, tal quantidade não deve ser considerada como uma limitação da presente invenção, de modo que uma quantidade inferior ou superior de travessas 180 poderia ser utilizada.

[001 13] Ainda em relação a figura 8, propõe-se que as travessas 180 sejam associadas as porções laterais 185 e 185’, de modo que a fixação das travessas 180 às porções laterais 185 e 185’ ocorra preferencial mente por pressão, de modo que as referidas porções 185 e 185’ devem compreender orifícios para a disposição das travessas 180. Ademais, propõe-se que tais travessas 180 compreendam secções sextavadas, redondas, quadradas, retangulares ou qualquer outra secção apta a ser obtida através da fabricação das travessas 180 considerando os mate riais citados.

[001 14] A fixação das travessas 180 às porções laterais 185 e 185’ pode ser realizada ainda através da utilização de elementos de fixação convencionais, tal como a partir da utilização de resinas e colas de as sociação para materiais compósitos. Ainda, a fixação das travessas 180 poderia ocorrer através de técnicas específicas de fixação de materiais compósitos, tal como a técnica de one shot, tape, entre outras.

[001 15] As figuras 2 e 13 permitem a visualização de uma forma de associação válida entre a tela 156 e a estrutura de suporte 195 da pe neira 100. De tais figuras, nota-se que porções de suporte 156A e 156B da tela 156 são respectivamente dispostas sobre prolongamentos 185A e 185B das porções laterais 185’ e 185.

[001 16] As porções de suporte 156A e 156B da tela 156 podem ser entendidas como uma leve elevação do plano base da tela 156, plano base este que deve ser entendido como o plano da tela 156 em que as aberturas 156’ estão dispostas.

[001 17] Já os prolongamentos 185A e 185B das porções laterais 185’ e 185 podem ser entendidos como estruturas de apoio para as porções de suporte 156A e 156B da tela 156, de modo que, nesta modalidade, tais prolongamentos 185A e 185B são configurados como prolongamen tos ortogonais dispostos a partir do plano principal das porções laterais 185’ e 185, plano principal este que pode ser entendido como o plano das porções laterais 185’ e 185 que recebe as travessas 180.

[001 18] Nota-se assim que nesta configuração da invenção, cada um dos prolongamentos 185A e 185B se inicia a partir dos lados de maior comprimento das porções laterais 185’ e 185, mais especificamente, o lado superior das referidas porções 185’ e 185. Ainda em referência a figura 13, nota-se ainda a existência dos prolongamentos 185C e 185D, estes ortogonalmente dispostos a partir dos lados inferiores das porções laterais 185’ e 185.

[001 19] A partir da figura 13 nota-se ainda a disposição de uma co bertura superior 157, elemento este que atua como uma proteção para a tela 156 da peneira 100. Em uma modalidade válida, as extensões 157A e 157B da cobertura superior 157 devem ser respectivamente dis postas sobre as porções de suporte 156A e 156B da tela 156.

[00120] Desta maneira, tais extensões 157A e 157B pressionam não somente as porções de suporte 156A e 156B mas também os prolonga mentos 185A e 185B.

[00121 ] Desta forma, a disposição e fixação da tela 156, da cobertura superior 157 e da estrutura de suporte 195 ocorre tal como um efeito sanduíche, em que a cobertura 157 pressiona a tela 156 e as porções laterais 185’ e 185, conforme mostra a figura 13. Esta configuração ocorre de tal forma que a interação entre a cobertura superior 157 e a estrutura de suporte 195 se dá por meio de uma força, gerando a fixação adequada para a estrutura de peneiramento 165 bem como para a co bertura superior 157 da peneira 100. Visando potencializar a fixação de tais elementos, pode-se ainda utilizar grampos de fixação industriais de alta performance. [00122] A associação das travessas 180 às porções laterais 185 e 185’ permite a conformação de uma estrutura sólida, de modo que, após a disposição da tela 156 sobre as travessas 180 bem como da cobertura superior 157 sobre a tela 156, garante-se que, a partir do acionamento dos cilindros do sistema hidráulico 200, todo este conjunto (travessas 180, porções laterais 185 e 185’, tela 156 e cobertura superior 157), re ferenciado como estrutura de peneiramento 165, será apto a realizar um regime de vibração, permitindo assim que ocorra o peneiramento do material que se desloca sobre a tela 156.

[00123] Ademais, deve-se entender a estrutura de peneiramento 165 como uma estrutura rígida apta a suportar as agressividades do movi mento vibratório causado pelo sistema hidráulico 200, e mais especifi- camente do movimento proporcionado pelos cilindros hidráulicos 210A, 210B e 210C e 210D.

[00124] A figura 14 ilustra possíveis regimes de vibração que podem ser realizados pela peneira 100, em que a figura 14 (a) ilustra, de modo não limitativo, um cenário de prolongamento dos cilindros 210A e 210B e retração dos cilindros 210C e 210D. Já a figura 14 (b) ilustra um ce nário em que os cilindros 210A, 210B, 210C e 210D estão retraídos e a figura 14 (c) ilustra um cenário de prolongamento dos cilindros dianteiros 210C e 210D e retração dos cilindros 210A, 210B.

[00125] A partir da movimentação (superior/inferior) dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D pode-se então alterar a amplitude posterior b e/ou a amplitude dianteira bi da peneira 100 em relação ao plano ho rizontal de apoio da peneira 100 (solo).

[00126] Assim, a movimentação (superior/inferior) dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D acaba evidentemente alterando a amplitude posterior b e dianteira bi da peneira 100 bem como permite também a variação de sua amplitude frontal/posterior, em outras palavras, vari- ando-se a posição dos cilindros para cima e para baixo, acaba-se indi retamente também permitindo que a peneira 100 seja movimentada (in clinada) para frente e para trás.

[00127] Assim, elevando-se os cilindros 210A, 210B e reduzindo ao máximo os cilindros 210C e 210D, o material a ser peneirado será des locado para frente (peneira é inclinada para frente), já realizando a mo vimentação oposta, o material será deslocado para trás (peneira é incli nada para trás). Pode-se assim controlar a velocidade de transporte do material em peneiramento.

[00128] Entende-se assim que o sistema hidráulico 200 permite a al teração de ao menos uma dentre uma amplitude, uma inclinação e uma aceleração relacionada ao movimento vibratório da peneira 100. Espe- cificamente, por amplitude entende-se como o deslocamento dimensio nal da peneira 100 em um sentido específico, tal como para cima e para baixo e a sua decomposição em movimentação para frente e para trás, permitindo assim o controle da velocidade de transporte da partícula a ser peneirada.

[00129] Já por aceleração da peneira 100 deve-se entender como a força com que o sistema hidráulico 200 movimenta a peneira para cima e para baixo, de modo que, combinando dita força a uma frequência e amplitude ao longo do tempo, tem-se a aceleração da peneira 100 em função da gravidade.

[00130] O movimento vibratório da estrutura de peneiramento 165 é realizado em uma frequência de operação f op , em que, devido a fabrica ção da peneira 100 nos materiais previamente comentados, torna-se possível que a referida frequência de operação f op esteja situada em faixas de frequência distantes da frequência de ressonância da peneira 100.

[00131 ] De modo exemplificativo, tem-se que a frequência de opera ção fop esteja situada em uma faixa que acarrete em uma aceleração da máquina de 0 a 100 vezes a aceleração da gravidade. Em síntese, com- binando-se a frequência de operação da máquina f op (em Hertz) com a variação da posição dos cilindros hidráulicos 210A, 210B, 210C e 210D pode-se atingir uma aceleração da máquina de 0 a 100 vezes a acele ração da gravidade.

[00132] Por fim, e como uma característica adicional da presente in venção, tem-se que a peneira 100 é dotada ainda de um módulo de monitoramento 190 configurado para aquisitar dados relacionados à pe neira para mineração 100. Mais especificamente, o módulo 190 é confi gurado para captar ao menos um dado real de peneiramento DRP e, a partir de tal dado captado, torna-se possível manejar, por exemplo, a frequência de operação f op da peneira. Assim, e partir do módulo de mo nitoramento 190, a presente invenção propõe uma metodologia de con trole de uma peneira para mineração.

[00133] Uma ilustração em blocos da metodologia de controle pro posta é ilustrada na figura 16.

[00134] Em uma exemplificação, sabe-se que durante o processo de peneiramento um determinado material pode ter as suas propriedades alteradas (tal como peso, densidade, umidade, temperatura, entre ou tras), entende-se assim que o processo de classificação (peneiramento) de um material refere-se a um processo extremamente dinâmico.

[00135] Ocorre que as peneiras atualmente conhecidas no estado da técnica não absorvem em sua operação tal dinamicidade, ou seja, no estado da técnica, por mais alterações que ocorram nas propriedades do material em classificação, o regime de vibração da peneira não será alterado.

[00136] Assim, e visando uma constante performance do processo de peneiramento, a peneira 100 objeto da presente invenção é capaz de alterar ao menos uma entre a sua frequência de operação f op , a po sição dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D do sistema hidráulico 200, o dimensionamento das aberturas 156’ e as amplitudes b e bi a partir dos dados reais DRP captados e que indiquem possíveis alterações nas propriedades do material que está sendo classificado.

[00137] Em outras palavras, a peneira 100 objeto da presente inven ção é apta a alterar o seu regime de vibração a partir de dados reais de peneiramento DRP captados do material em classificação.

[00138] Assim, a peneira 100 aqui proposta absorve a dinamicidade existente em um processo de peneiramento, de modo que qualquer al teração nas propriedades do material poderá acarretar em uma altera ção no regime de vibração da peneira 100.

[00139] Uma vantagem adicional atrelada a utilização do módulo de monitoramento 190 refere-se à possibilidade de avaliar-se a qualidade (eficiência) do peneiramento que está em curso, por exemplo, monito rando a quantidade de material que deveria ter sido peneirado mas que na verdade ainda encontra-se disposto sobre a tela 156.

[00140] Assim, em um peneiramento eficiente, o regime de vibração da máquina é mantido e dados ideais de uso Di atrelados ao material em questão são armazenados. Ou seja, deve-se armazenar informa ções (tal como peso, densidade, umidade, temperatura, granulometria, entre outras) referentes as propriedades do material e que remetem a um peneiramento eficiente, dito peneiramento eficiente atrelado a um regime de operação da máquina, regime de operação este que pode ser entendido como um regime de operação ideal.

[00141 ] Porém em um peneiramento inadequado, tem-se a possibili dade de alteração do regime de vibração, por exemplo, atuando sobre os cilindros 210A, 210B, 210C e 210D ou ainda alterando a amplitude e velocidade de atuação destes.

[00142] Desta maneira, o referido módulo 190 é capaz de avaliar as razões pelas quais o peneiramento em curso está ocorrendo de forma ineficiente. Em outras palavras, deve-se comparar os dados ideais de uso Di com os dados reais de peneiramento D R , avaliando assim se há uma variação entre as propriedades tidas como ideais Di e as proprie dades efetivamente medidas D R do material.

[00143] Em uma exemplificação não limitativa, o peneiramento ineficiente pode ocorrer devido ao aumento na umidade do material em classificação, assim, módulo de monitoramento 190 é configurado de modo a armazenar tal instrução (primeira instrução de aprendizagem), ou seja, quando a umidade do material ultrapassar um determinado limite tido como ideal, deve-se automaticamente alterar o regime de vibração da máquina para a condição salva e tida como ideal. Desta maneira, en- tende-se que a primeira instrução de aprendizagem compreende um primeiro dado de informação que indica a variação detectada entre os dados ideais Di e reais DR. Neste caso, o primeiro dado de informação indica que caso o valor de umidade ultrapasse um limite, deve-se aplicar a primeira instrução de aprendizagem.

[00144] Assim, o módulo de monitoramento 190 permite uma auto adaptação no regime de vibração da peneira 100 a partir de dados reais de peneiramento D R captados pelo material em classificação. Desta maneira, em um novo ciclo de peneiramento do material, ao ser detectada uma variação entre o dado ideal Di e dado real D R que corresponda a primeira instrução de aprendizagem, a máquina terá o seu regime de vibração automaticamente alterado.

[00145] Caso tal variação não corresponda a primeira instrução de aprendizagem, uma nova instrução de aprendizagem deve ser armazenada.

[00146] A partir de tais características, pode-se criar uma base de dados compreendendo determinados regimes de vibração para materiais específicos bem como para dados ideais Di específicos.

[00147] Similarmente, diversas instruções de aprendizagem podem ser armazenadas, de modo que, caso uma variação nas propriedades reais do material D R seja detectada e refira-se a uma instrução previa- mente armazenada, o regime de vibração da máquina é automatica mente alterado.

[00148] Em uma modalidade plenamente válida, os seguintes parâ metros (dados reais de uso D R ) de um material poderiam ser monitora dos para assim avaliar a necessidade de alteração do regime de vibra ção da peneira 100: densidade do material, umidade do material (seja umidade relativa ou aparente, granulometria do material, eficiência de peneiramento, taxa de alimentação do material, temperatura do mate rial, peso do material, bem como a combinação de ao menos um dos parâmetros citados. Similarmente, estes mesmos parâmetros podem ser armazenados como dados ideais de uso Di.

[00149] Ainda, meios de captação de dados (tal como sensores) po dem ser dispostos tanto no ponto de entrada A da peneira quanto em seu ponto de saída B para assim avaliar os dados reais de uso D R pre- viamente descritos bem como a eficiência do peneiramento. Similar mente, pode-se dispor tais meios de captação na porção inferior da tela 156, avaliando assim os dados do material que já foi peneirado. A figura 14 (b) ilustra os pontos de entrada A e saída B previamente descritos.

[00150] Em uma modalidade, sabe-se que um determinado material ao ser peneirado deve prover unicamente partículas com um diâmetro inferior a 10 mm, ou seja, devem passar pelas aberturas 156’ da peneira 156 partículas que tenham diâmetro inferior a 10 mm.

[00151 ] Entende-se assim que qualquer partícula que tenha diâmetro superior a 10 mm não deva ser peneirada, ou seja, deva se deslocar pela tela 156, desde o seu ponto inicial A até o seu ponto final B.

[00152] No entanto, verifica-se no ponto de saída B da peneira 100 a existência de material com um diâmetro inferior a 10 mm, ou seja, material que deveria ter sido peneirado, exigindo assim a necessidade de alteração do regime de vibração da peneira 100 devido a detecção de um peneiramento ineficiente.

[00153] Uma possibilidade válida para a melhoria do processo de peneiramento seria a atuação sobre os cilindros dianteiros 210C e 210D, reduzindo assim a velocidade de deslocamento do material e aumentando assim a probabilidade de peneiramento.

[00154] De modo exemplificativo, uma forma de se avaliar a eficiência do peneiramento acima comentada seria através da avaliação do balanço de massa relacionado a quantidade de material que entra na peneira 100 em seu ponto inicial A, frente a quantidade de material que é efetivamente peneirado e a quantidade de material não peneirado e presente no ponto final B da tela 156.

[00155] Por exemplo, sabe-se que para um determinado material em classificação que, ao entrar 1 tonelada do referido material no ponto inicial A, 900 kg devem ser peneirados e 100 kg devem estar presentes no ponto final B. No entanto, ao se avaliar a quantidade de material presente no ponto B, nota-se a existência de 1 10 kg de material, ou seja, 10 kg de contaminação (material que deveria ter sido peneirado e não foi).

[00156] De modo não limitativo, e tal como já comentado anterior- mente, os meios de captação de dados podem ser configurados como sensores, câmeras, elementos de espectrometria, bem como qualquer outro elemento apto a captar os dados reais de uso DR do material em peneiramento.

[00157] Ademais, e de modo não limitativo, propõe-se que os meios de captação de dados sejam dispostos tanto no ponto inicial A quanto no ponto final B, mas também abaixo da peneira 156, permitindo assim a captação dos dados do material que foi efetivamente peneirado.

[00158] Descreve-se assim uma peneira para mineração 100 dotada das vantagens previamente comentadas, podendo ainda ser conside- rada como uma peneira modular no que se refere à disposição da es trutura de propulsão 140 bem como da estrutura de peneiramento 165, conforme ilustração da figura 15.

[00159] Por fim, destaca-se que os ensinamentos da presente inven ção são aptos a absorver a utilização de materiais compostos (compó sitos) de qualquer classificação, sejam estes reforçados com fibras ou reforçados com partículas bem como as suas especificações. Nesse sentido, a figura 17 exibe um diagrama em blocos referente a classifica ção dos materiais compostos (ou compósitos) que seriam aptos a ab sorver os ensinamentos da presente invenção.

[00160] Similarmente, os ensinamentos da presente invenção podem considerar a aplicação de compostos (compósitos) laminados, ou seja, aqueles que compreendem duas ou mais camadas de diferentes mate riais (tal como o primeiro material e o segundo material) solidárias entre si. A presente invenção permite a produção de laminados constituídos por camadas com fibras unidirecionais, entrelaçadas, bem como a com binação destas.

[00161 ] Ainda, os ensinamentos aqui propostos podem considerar os chamados compósitos sanduíche, estes compreendendo uma camada de núcleo envolvida por camadas externas laminadas. Destaca-se que a presente invenção é apta a utilizar qualquer tipo de compósito sanduí che já conhecido na técnica, tal como aquele dotado de núcleo em ninho de abelha, núcleo canelado, núcleo sólido, entre outros.

[00162] Adicionalmente, o movimento vibratório apto a ser realizado pela peneira 100 pode ser entendido como ao menos um dentre um movimento linear, circular e elíptico, podendo ser ainda uma combina ção destes movimentos.

[00163] Ademais, a referência ao meio de excitação 150 configurado como um sistema hidráulico 200 não deve representar uma limitação da presente invenção, de modo que em modalidades plenamente válidas o meio de excitação 150 poderia ser configurado como um meio de exci tação pneumático, eletropneumático, magnético bem como um meio de excitação a combustão.

[00164] A presente invenção descreve ainda uma tela 156 para mi neração, de modo que a referida tela é dotada das características pre- viamente descritas.

[00165] Similarmente, descreve-se um sistema de mineração que faça uso da peneira objeto da presente invenção, bem como um sistema de mineração que compreenda uma tela tal como descrita.

[00166] Ainda, a referência ao regime de vibração da peneira repre senta a realização de um movimento vibratório da estrutura de peneira- mento 165, em que a realização do movimento vibratório estabelece ao menos um entre os seguintes parâmetros de vibração: uma amplitude posterior (b) e dianteira (bi) controlada através da atuação dos cilindros 210A, 210B, 210C e 210D , uma frequência de operação (f op ) da peneira (100), um dimensionamento das aberturas (156’), uma inclinação da pe neira, uma velocidade de deslocamento do material em classificação e uma aceleração relacionada a atuação dos 210A, 210B, 210C e 210D.

[00167] Por fim, não se deve considerar a peneira 100 ilustrada na figura 1 como uma modalidade limitativa dos ensinamentos da presente invenção, de modo que, uma pluralidade de peneiras poderiam ser for madas considerando o escopo de proteção das reivindicações aqui de finidas. Em uma exemplificação, tem-se que a presente invenção per mite a conformação de uma peneira 100 que compreenda duas ou mais estruturas de suporte 195, de modo que, uma possibilidade válida seria a disposição de tais estruturas 195 uma sobre a outra e utilizando-se, por exemplo, apenas uma cobertura 157.

[00168] Desta maneira, tendo sido descrito um exemplo de concreti zação preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão-somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.