Refere-se o presente pedido de patente de modelo de utilidade a uma "DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO MANUAL DE CAPOTA MARÍTIMA APLICADA EM VEÍCULOS AUTOMOTORES", que foi desenvolvida com a finalidade de proporcionar um equipamento mecânico de acionamento manual que permite a abertura e o fechamento de capotas marítimas aplicada em veículos utilitários, através do acionamento de cabo e corrente que deslocam~se em roldanas conduzindo travessas, através de trilhos guias, sendo dita capota passível de ser utilizada em diferentes modelos e fabricantes de veículos.

Estado Técnica

Conforme é do conhecimento da técnica, estas capotas convencionais são constituídas por uma moldura composta por módulos de perfil metálico convenientemente fixados nas bordas laterais e frontal da carroceria ou caçamba do veiculo, e por uma cobertura flexível e impermeável, a qual é fixada de forma tencionada na dita moldura através de diversos dispositivos de fechamento, tais como correias, fechos em velcro, botões., etc.

Entretanto, apesar de eficiente, o principal inconveniente apresentado por qualquer uma destas formas usuais de fixação da cobertura na moldura consiste dificuldade de fechamento da cobertura e, mais ainda, no tempo gasto pelo usuário para tal operação, uma vez que o mesmo tem que engatar, apertar e fechar todas as correias, velcros ou os botões etc, o que consome um tempo considerável. Em alguns casos, o proprietário pode fixar na caçamba do veículo uma capota alta, nivelada com a cabina, para proteger a carga que está sendo transportada. Entretanto, em algumas situações especiais pode ser de interesse do motorista retirar a capota, a fim de permitir o transporte de um volume maior.

Os proprietários dos veículos utilitários podem ainda empregar uma lona plana, ou tampão rígido, que é disposto diretamente sobre o topo das paredes laterais da caçamba com a finalidade estética, de proteção contra a intempérie e/ou para evitar o efeito de arrasto aerodinâmico.

A colocação ou retirada da capota ou do tampão rígido é um serviço especializado que exige ferramentas, esforço físico e conhecimento técnico específico, necessitando tempo e recursos para a sua realização. Já a colocação ou retirada da lona plana exige habilidade para não danificá-la, o que ocorre com frequência.

Como dito anteriormente as capotas, mais utilizadas atualmente, compreendem a cobertura propriamente dita confeccionada em lona ou outro material impermeável, sendo que as bordas, através de correias com fivelas, são retidas em garras laterais previstas junto às bordas das laterais e parte posterior de carroceria e que conformam a caçamba de carga.

Todavia tal construção merece diversos reparos, uma vez que a capota ficando sujeita a diferentes trações nas correias com fivelas, acaba por apresentar ondulações, rompimento das correias, além das fivelas utilizadas serem dotadas de dentes que pressionam as correias, esse tencionamento não e efetuado com uma força constante em cada ponto ocasionando diversos ondulações na capota.

Mais ainda, dada a área de cobertura, mormente quando da ocorrência de chuvas, a tendência da capota é de acumular a água, sendo que o empoçamento, pelo peso, tem como consequência a deformação da cobertura de lona flexível, causando indesejáveis problemas, de natureza estética, de peso e de durabilidade da mencionada capota.

A patente PI 0702993-4 trata a capota marítima inclui barras (1) dispostas nas laterais do veículo (não mostrado), sendo que um dos extremos (2) da barra possui meios adequados de fixação da capota flexível (3) e a outro extremo (4) possui meios de esticamento e travamento traseiro (5) constituindo a novidade propriamente dito no fato de serem previstos na face superior das barras (1) dispositivos de recepção (6) e em correspondência a estas, nas bordas do corpo flexível (3) pinos de travamento (7).

O dispositivo de recepção inclui na barra (1) furos oblongos (8), dotados na região mais próxima à cabine do veículo de uma abertura maior (9) e o restante de seu comprimento com abertura de menor largura (1 0), podendo o furo (8) ser definido por uma moldura (1 1) ou realizado na própria barra (1).

O pino de travamento (7) possui meios de fixação à capota (3), como por exemplo sua aplicação em furo da capota, possuindo um corpo preferencialmente cilíndrico (12) cujo topo recebe uma cobertura (13), seu extremo inferior (14) possui formato tronco cónico invertido, ou seja com a secção de menor diâmetro voltada para baixo e na região intermediária é previsto um anel (15), de forma a definir no corpo (12) um trecho (16) de menor diâmetro.

Por fim um elemento elástico ( 17) é fixado por um lado na capota (3) junto ao pino de travamento (7) e por outro lado a uma adequada distância da mesma capota (3), de forma que sem tensão o elemento elástico (17) faz formar uma onda (18) na região de sua aplicação na capota (3) e quando esticado o dito elemento elástico, a capota (3) permanece totalmente lisa.

Com esta construção a capota (3) antes de ser travada é colocada em posição de forma que o pino (12) fica alinhado com o furo (9), ao abaixar a capota e após o travamento pelos meios de esticamento (5) o pino se desloca ao longo do furo oblongo (8) de forma que o diâmetro maior da região inferior (14) do fica preso no furo oblongo (8).

Quando da abertura da capota (3), ao ser liberado o meio de esticamento (5), o meio elástico (17) puxa o pino (12) para trás de forma a permitir sua liberação pela passagem (9).

A Patente PI 9303638-8 trata de uma disposição construtiva introduzida em capotas para veiculas utilitários que compreende a provisão de uma moldura composta por módulos com perfil transversal em forma de "U" invertido, sendo que cada módulo apresenta ao longo de sua borda livre posterior uma série de abas projetantes coplanarmente voltadas para baixo e providas de furos passantes, que se alinham com correspondentes furos passantes já existentes na face interna das laterais da carroceria, possibilitando que cada módulo seja retido à respectiva borda extrema da carroceria por parafusos de fixação atuantes junto à furação da própria carroceria; e apresenta sobre e ao longo de sua parede vertical anterior uma série de fivelas em forma de grampos de retenção elástica, que são dispostos de forma espaçada entre si e com seu plano de transpasse da cinta verticalmente voltado para baixo, possibilitando o transpasse de cima para baixo da cinta de amarração incorporada junto à borda contornante da capota; sendo que ao longo de dita borda contornante da capota é internamente provida uma alma rígida descontinua que garante o encaixe e esticamento da capota em relação às bordas da carroceria, sendo que imediatamente após o extremo fixo de cada cinta de amarração é definido sobre e junto à borda da capota, através de solda eletrônica e/ou costura reforçada, um alojamento de guarda do extremo livre da cinta de amarração, após sua passagem pela fivela de retenção em forma de grampo elástico .

A patente PI 0800507-9 trata de um painel vertical dianteiro (1), que é apoiado na caçamba e contornado por uma aba (2), um teto da capota formado por dois painéis estreitos (4) que ladeiam um painel central (3), por um painel basculante que forma a porta traseira (5) e por laterais (6) basculantes na caçamba.

O movimento de elevação do teto (3 e 4) e do basculamento da porta traseira (5) da capota é obtido através do giro dos fusos verticais (7), que são dotados de mancais nas suas extremidades. Uma manivela (8) é prevista para o giro de um dos fusos (7).

Os dois fusos verticais (7) são sincronizados através de um eixo horizontal transversal (9), posicionado pelo lado interno da base da capota. Um eixo vertical central (10) é também animado pelo eixo transversal (9) e transmite a rotação para um fuso longitudinal (1 1) posicionado sob o painel central (3) do teto que é responsável pelo basculamento da porta traseira (5) da capota. Esse fuso (1 1) faz a travessa superior (12) deslocar- se para frente e para trás, provocando o basculamento da tampa traseira.

Um fuso horizontal (13), paralelo ao eixo transversal (9) e acionado pela manivela (8), desloca os mancais dos braços pi votantes (14) fazendo bascular as laterais da capota (6). Guias transversais (15), posicionados sob as porções anterior e posterior do teto, controlam o movimento de aproximação e afastamento dos dois painéis estreitos (4) do teto da capota em conjunto com as hastes inclinadas (37). Este movimento destina-se a adaptar a largura do teto da capota que é menor que a largura da caçamba. Trilhos arqueados (16), solidários a superfície inferior do teto da capota, controlam o deslocamento dos painéis estreitos (4), na medida em que a travessa superior (12) se desloca para o basculamento da porta traseira (5), animada pelo fuso longitudinal (1 1).

É objetivo do presente pedido prover um equipamento que permiti a abertura e fechamento de capotas de forma manual porem rápida e de forma deslizante, assim após longo período de teste e estudos o inventor desenvolveu a "DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO MANUAL DE CAPOTA MARÍTIMA APLICADA EM VEÍCULOS AUTOMOTORES", compreendido por um corpo principal formado a partir de um quadro formado por perfis guias fixos laterais e anterior e hastes transversais, caracterizado pelos perfis laterais e anterior acondicionar um cabo que desliza em roldanas primárias e secundarias dispostas no vértices dianteiro do quadro, fixadas em suportes mancais alinhadores, sendo os extremos traseiros do cabo inseridos nos suportes guias corrediços onde são fixados por pressão dos parafusos, seguindo para roldanas de retorno disposta na seção traseira das guias laterais, que recebem em seus extremos traseiros tampas providas nas faces internas de canais oblongos que fíndam-se em furos cegos para acoplamento de pinos de travamentos, dotados de molas de compressão dispostos em suportes e ligados através de cabo, acondicionado no interior do perfil guia motriz deslizante e acionado através de alavanca dotada de roldanas retração, sendo os suportes acoplados nos extremos do perfil guia motriz deslizante e ligados a braços articuláveis fixados aos suportes guias corrediços, sendo que na secção inferior dos perfis guias fixos laterais verificam-se mancais que promovem a fixação do quadro na estrutura da cabine, enquanto as hastes transversais, são dotadas em seus extremos de guias providas internamente de batoques acoplados nos canais dos perfis guias fixos laterais.

Para que se possa obter uma perfeita compreensão do que fora desenvolvido, são apensos desenhos ilustrativos aos quais fazem-se referências numéricas em conjunto com uma descrição pormenorizada que se segue, onde a:

A Figura l mostra uma vista em perspectiva do mecanismo completo.

A Figura 2 mostra uma vista em perspectiva do mecanismo sem as guias laterais e anterior.

A Figura 3 mostra uma vista em perspectiva do mecanismo com a capota recolhida.

A Figura 4 mostra uma vista em perspectiva do perfil guia fixo anterior.

A Figura 5 mostra uma vista em perspectiva do perfil guia fixo lateral.

A Figura 6 mostra uma vista em perspectiva do perfil guia motriz deslizante.

A Figura 7 mostra uma vista em perspectiva do suporte mancai alinhador.

A Figura 8 mostra uma vista em perspectiva do suporte mancai de fixação.

A Figura 9 mostra uma vista em perspectiva do detalhe da alavanca acionamento.

A Figura 10 mostra uma vista em perspectiva do detalhe interno do suporte guia corrediço. A Figura 11 mostra uma vista em perspectiva do detalhe em corte do pino de travamento.

Como ilustram as figuras e em seus pormenores a "DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO MANUAL DE CAPOTA MARÍTIMA APLICADA EM VEÍCULOS AUTOMOTORES", compreendido por um corpo principal (1) formado a partir de um quadro (2) formado por perfis guias fixos laterais (3) e anterior (4) e hastes transversais (P), caracterizado pelos perfis laterais (3) e anterior (4) acondicionar um cabo (21) que desliza em roldanas primárias (22) e secundarias (23) dispostas no vértices dianteiro (24) do quadro (2), fixadas em suportes mancais alinhadores (25), sendo os extremos traseiros (26) do cabo (21) inseridos nos suportes guias corrediços (27) onde são fixados por pressão dos parafusos (28), seguindo para roldanas de retorno (29) disposta na seção traseira (30) das guias laterais (3), que recebem em seus extremos traseiros (31) tampas (32) providas nas faces internas (33) de canais oblongos (34) que findam-se em furos cegos (35) para acoplamento de pinos de travamentos (35'), dotados de molas de compressão (36) dispostos em suportes (37) e ligados através de cabo (38), acondicionado no interior do perfil guia motriz deslizante (39) e acionado através de alavanca (40) dotada de roldanas retração (41), sendo os suportes (37) acoplados nos extremos (42) do perfil guia motriz deslizante (39) e ligados a braços articuláveis (43) fixados aos suportes guias corrediços (27), sendo que na secção inferior (44) dos perfis guias fixos laterais (3) verificam-se mancais (45) que promovem a fixação do quadro (2) na estrutura da cabine, enquanto as hastes transversais (P), são dotadas em seus extremos (46) de guias (47) providas internamente de batoques (48) acoplados nos canais (49) dos perfis guias fixos laterais (3). Diante do descrito é dado a perceber que a "MECANISMO PARA ACIONAMENTO REMOTO DE CAPOTA MARÍTIMA APLICADA EM VEÍCULOS AUTOMOTORES" traz enormes vantagens, pois a base estrutural do conjunto é formada por uma guia frontal, guias laterais e guia motriz (posterior), as guias são fixadas a carroceria do veículo por meio de suportes de fixação, sem a necessidade de furação da lataria do veículo, a guia frontal é seccionado nas extremidades para a fixação dos conjuntos de transição e para fixação das guias laterais, no espaço entre as abas do perfil passa o cabo, responsável pela transmissão de movimento do operador a guia motriz.

Para a mudança de sentindo do cabo de aço nas guias laterais verifica-se em cada extremidade suportes mancais alinhadores, fixada em um eixo onde é posicionado um conjunto de roldanas, esse mancai também serve para mudar o sentido de operação do cabo de aço, para que os mesmos deslizem pelas guias laterais, a fixação dessas cantoneiras mancai é por rebites a frio.

O movimento retilíneo do operador com a guia motriz na parte lateral do conjunto, transfere através do cabo o movimento para o outro lado da guia motriz, passando pelos conjuntos de roldanas e pelos extremos das guias posterior, sofrendo uma transição de sentido. Esta transição de sentido ocorre de forma sincronizada de movimento, pois o cabo é ligado na extremidade passando por um parafuso fixado em uma guia corrediça, causando uma interferência por pressão do cabo, esse sistema corrediço unido ao cabo de aço é o que garante a transferência de movimento para a guia motriz, outro parafuso é utilizado para prender a união na guia corrediça, unindo a guia motriz por rebite a frio e encaixe na união, essa guia motriz é responsável pelo recolhimento da lona. Na parte posterior das guias laterais está fixada uma roldana de retorno, limitando a transição do cabo de aço e fazendo com que o cabo de aço retome para a guia frontal, sincronizando o acionamento.

Uma vez acionado o sistema exercendo no perfil guia motriz um pequeno movimento contrário à guia anterior e com um ângulo de desprendimento para desengatar a união do eixo de retorno, a guia motriz será recolhida ao longo das guias laterais empurrando em sentido da guia anterior, onde estão localizadas hastes transversais que suportam e sustentam a lona flexível e impermeável, ao se deslizar ao longo das guias laterais, a guia motriz carrega as hastes transversais em seu percurso, resultando na abertura da lona. No sentido contrário para o fechamento a guia motriz deslizante ao ser puxada se desloca sobre as guias laterais para a traseira da caçamba e pelo estiramento da capota desloca as hastes, fechando a capota de forma impermeável e travando no eixo retorno.

Por motivo de segurança só é possível a abertura da capota com a tampa traseira aberta, pois para destravar o sistema é preciso posicionar as mãos por baixo do perfil guia motriz e puxar com um determinado ângulo de desprendimento.

As guias laterais em sua face externa detém uma inclinação onde ocorre o deslizamento das hastes de suporte com a interface Guia/Haste, na parte interna na segunda ranhura do perfil passa o cabo com o seu ponto de retorno na parte posterior do perfil.

São nos perfis laterais que o sistema de fixação do conjunto a carroceria é aplicado, esse sistema de fixação é adaptado e a união é parafusada, o que garante facilidade e agilidade na instalação ou remoção do conjunto.

A estabilização da lona no sistema se dá através das hastes de suporte, essas hastes de suporte estão livres para se movimentarem em um único sentido no plano da cobertura, que é o sentido longitudinal do sistema, as hastes deslizam na ranhura externa das guias laterais por meio da peça de travamento guias/haste. Nessa mesma peça a lona é fixada por meio de rebites a frio para que ocorra o recolhimento e o fechamento, além de limitar o deslocamento das hastes de suporte pelas guias laterais, mantendo, assim, a lona esticada. A lona é fixada na guia frontal, servindo com ponto de referência do sistema.

Por atende a todos os requisitos que definem a patente de modelo de utilidade, pois combinou e modificou elementos conhecidos dando-lhes aspecto geral inovador e passível de industrialização sendo que modificações poderão ser feitas sem fugir ao espírito e escopo da presente patente, são as seguintes suas reivindicações.