[001 ] A presente invenção se refere a um termostato aperfeiçoado, e em particular a um termostato cujo corpo compreende uma base co-injetada e um núcleo inserido nesta. Tal configuração permite um procedimento de montagem mais ágil e automatizado, inclusive incrementando as características funcionais e operacionais do termostato.

Estado da Arte

[002] São conhecidos na arte os termostatos cujo corpo é formado a partir do acoplamento de uma ou mais partes, tal como o ensinado no documento CN 106014593, complementado pelo documento CN 104325595. Nesta solução proposta, o termostato compreende uma base sobre a qual é acoplada uma concha formada por duas partes individuais, e estas partes são formadas a partir de injeção de um material compósito.

[003] O documento MU 8900094 ensina um termostato bimetálico compreendendo um corpo paralelepipédico do qual se projeta uma estrutura de fixação do elemento termostático sensível. O interior do dito corpo compreende ainda um circuito que define o relé de potência característico desta solução. Por fim, o documento PI 8307135 ilustra um termostato cuja característica principal é a reduzida quantidade de peças. O mesmo compreende um invólucro que encerra as lâminas metálicas e toda a estrutura de suporte das mesmas, além de terminais e um tubo contendo gás, e que é ligado a um diafragma, e que transmite a temperatura detectada para o diafragma.

[004] É ainda conhecida na arte a técnica de incluir no interior do termostato um ou mais elementos transmissores de calor, usualmente resistores, de modo a alterar a faixa de resposta da temperatura detectada. Tal dispositivo é conhecido na arte como “heater bias”. Através desta técnica, os ditos resistores são externamente alimentados, assim fornecendo uma quantidade de calor pré-determinada para o bimetálico, assim reduzindo a temperatura de acionamento do mesmo. Exemplos de dispositivos incorporando tal solução podem ser vistos nos documentos US 5576683, US 4754251 , US 4533894 e CH671649, os quais se referem a termostatos com características de uso similares ao da presente invenção.

[005] Modernamente, as exigências da indústria em relação à produção vêm se tornado cada vez mais severas em relação à qualidade e aos tempos de produção, no todo resultando em produtos mais acessíveis economicamente e com maior qualidade.

[006] Desta forma, e de modo a satisfazer as exigências atuais, os inventores lograram reconfigurar os termostatos de modo a permitir uma produção mais ágil, além de resultar em um componente estruturalmente mais sólido e operacionalmente menos sujeito a falhas.

Síntese da I nvenção

[007] Para tanto, a presente invenção compreende um termostato cujo corpo é formado por uma base co-injetada juntamente com os terminais e com a lâmina de contato, de modo a garantir um posicionamento preciso e não sujeito a alterações de posição com o uso. Além disto, a partir de dita base se projetam um par de paredes em arco, as quais definem um berço para o recebimento de um corpo nuclear, no interior do qual é disposto um pino móvel e que interliga, mecanicamente, um diafragma e a dita lâmina de contato. O conjunto é superiormente fechado por uma capa metálica e inferiormente por uma tampa plana, sendo que a capa metálica é destinada a ficar em contato com a atmosfera cuja temperatura deve ser monitorada.

[008] Mais especificamente, a presente invenção compreende um termostato, composto por um diafragma disposto sobre um corpo nuclear, o qual é inserido em uma base, dito conjunto sendo superiormente fechado por uma capa metálica e inferiormente por uma tampa. Dito corpo nuclear apresenta forma cilíndrica e é dotado de duas projeções radialmente opostas e de um furo guia, centralmente disposto para receber um pino, de forma deslizante; e a dita base, em corpo monolítico, compreende: duas paredes em forma de arco cilíndrico, superiormente dotadas de colares e definindo, em conjunto, um berço para o dito corpo nuclear; e laterais e faces, adjacentes as ditas laterais, sendo que de ditas faces se projetam terminais de conexão elétrica, sendo que o terminal curto é acoplado a uma lâmina de contato com o terminal longo, dita lâmina sendo atuada pela pino que, por sua vez é atuado pelo diafragma; e sendo que os terminais e a lâmina são co-injetados com a base.

[009] Alternativamente, dito termostato compreende um heater bias, formado por um par de resistores em paralelo, dispostos inferiormente em relação ao diafragma e fixados em respectivos terminas do heater bias, sendo que ditos terminas do heater bias transpassam o corpo nuclear, a base e a tampa, se projetando inferiormente ao termostato.

[0010] Além disto, o termostato é co-injetado, em um respectivo molde de injeção, juntamente com os terminais e com a lâmina, sendo que ditos terminais podem ser inseridos no molde de injeção fixados em uma fita de suporte, ou sendo que ditos terminais podem ser individualmente inseridos no molde de injeção.

Descrição das figuras

[001 1] A invenção será melhor compreendida a partir da descrição detalhada que segue, no tocante a uma forma preferencial de realização, e a qual tem por suporte ilustrativo as figuras infra descritas e que são trazidas a título ilustrativo e não limitativo da invenção, nas quais:

- a figura 1 é uma vista em perspectiva explodida dos componentes do termostato da invenção; e

- a figura 2 é uma vista em secção transversal do termostato da invenção, na condição montada.

Descrição de uma forma preferencial de realização

[0012] De conformidade com as figuras supra referidas, com 1 é genericamente ilustrado um termostato, de acordo com a invenção. O dito termostato é basicamente composto por um corpo nuclear 2, o qual é inserido em uma base 3, dito conjunto sendo superiormente fechado por uma capa metálica 4 e inferiormente por uma tampa 5.

[0013] No tocante especificamente a base 3, esta apresenta a forma de um corpo monolítico basicamente retangular, com as laterais 31 projetantes. Ademais, e a partir de dita base 3 são projetadas, longitudinalmente para cima, duas paredes 32 em forma de arco cilíndrico, as quais definem, em conjunto, um berço para o recebimento do dito corpo nuclear 2. Ademais, ditas paredes 32 apresenta respectivos colares 33, integrais com as mesmas, e que se prestam a fixação da tampa 4, como se verá adiante.

[0014] Já as faces 34, adjacentes a ditas laterais 31 , são planas e, a partir destas, se projetam os terminais 35, 36 de conexão elétrica com o circuito e/ou dispositivo no qual o presente termostato é empregado. Ainda, e de forma conhecida na arte, o terminal 35 curto é acoplado a uma lâmina 37 de contato, usualmente confeccionada em material metálico distinto em relação ao material metálico dos terminais 35, 36. A dita lâmina 37 é destinada a ser mecanicamente deslocada sob ação do diafragma 6 e pino 7, restando em uma posição de contato elétrico (diafragma não atuante) em relação ao terminal 36 longo, e uma posição de interrupção elétrica quando o diafragma atua sobre a lâmina 37. Alternativamente, a terminal 36 pode ser conformado de modo a inverter a forma de atuação do termostato, ou seja, permanecendo em uma condição de interrupção, e mudando para uma condição de contato, ou condução, quando o diafragma se desloca da sua posição de repouso para uma posição de atuação ante a detecção de uma dada temperatura na região adjacente a da tampa 4.

[0015] Conforme uma das características da invenção, a base 3 é co-injetada juntamente com os terminais 35, 36 e com a lâmina 37. Na pratica, o processo de co- injeção prevê um molde com a forma apropriada para definir as estruturas monolíticas da base 2, além de acessos específicos para o posicionamento preciso de cada uma de ditos terminais 35, 36, bem como da lâmina 37. Mais em particular, os ditos terminais são inseridos no molde de modo “fitado”, ou seja, ainda fixados a uma fita de suporte (formada juntamente com os terminais), ou também são inseridos no molde individualmente (de forma manual).

[0016] Vantajosamente, a co-injeção dos terminais e da lâmina permite evitar as operações então realizadas na arte de recravar os terminais na base, bem como de recravar a lâmina 37 no terminal 35 curto, assim evitando que eventuais posicionamentos relativos não precisos possam levar a um descarte da peça produzida. Ainda mais, e como a região de união entre a lâmina 37 e o terminal 35 curto resta no interior da base 3, suprime-se qualquer possibilidade de um deslocamento indevido entre estes, mesmo que o termostato 1 sofra alguma ação mecânica externa acidental (queda, batida, etc.).

[0017] Como dito, a base 3 é destinada a receber um corpo nuclear 2. O dito corpo nuclear 2 é uma estrutura basicamente cilíndrica e dotada de duas projeções 21 radialmente opostas, e destinas a acoplar as áreas vazadas definidas pelas paredes 32 da base 3. Tal construção permite um acoplamento preciso e sem possibilidade de deslocamentos relativos entre o corpo nuclear 2 e a base 3, incrementando o uso e, principalmente, facilitando a operação de montagem automática do termostato 1. [0018] Ademais, o corpo nuclear 2 apresenta ainda um furo guia 22, centralmente disposto e destinado a receber o pino 7, de forma deslizante.

[0019] Por fim, e alternativamente, o termostato 1 , de acordo com a invenção, compreende ainda um heater bias, formado por um par de resistores 8, dispostos inferiormente em relação ao diafragma 6. Em particular, os dois resistores 8 são fixados em respectivos terminas do heater bias 9 de modo que, uma vez alimentados os terminais 9, os resistores são alimentados em paralelo. Obviamente que, tal como sabido pelos técnicos, o acionamento do heater bias é determinado pelo sistema no qual o termostato está inserido, quando necessário.

[0020] Como resultado da construção supra definida, torna-se fácil e prática a operação de montagem, principalmente se automatizada, do termostato 1.

[0021] Assim, e inicialmente, procede-se à co-injeção da base 3 juntamente com os terminais 35 e 36, e da lâmina 37, em um molde apropriado e que apresenta entradas específicas para o posicionamento dos ditos terminais e da lâmina, os quais são alimentados ainda acoplados a uma fita de suporte (não ilustrada), ou fitados, como usualmente se define, na arte. As técnicas de co-injeção com elementos fitados é de conhecimento dos técnicos, razão pela qual não necessita de um maior detalhamento. [0022] Em seguida, procede-se a montagem dos demais componentes, quais o corpo nuclear (pré-injetado à parte), do pino 7, da tampa 5 e do diafragma 6. Na forma alternativa de realização na qual o termostato 1 inclui um heater bias, o mesmo é montado nesta etapa, com a penetração dos seus terminais 9 através do corpo nuclear 2 e da tampa 7, de modo a projetarem a partir desta tampa. Uma vez encerrados todos os componentes do termostato 1 , a tampa 4 é colocada em posição e recravada ao redor das paredes 32 da base 3, e em particular de modo que a recravação ultrapasse o colar 33, assim impedindo a retirada da dita tampa 4.