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Patent Searching and Data


Title:
VEHICLE DOOR OPENING SIGNALLING SYSTEM WITH ACCESSIBILITY FOR DALTONIANS
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2023/087083
Kind Code:
A1
Abstract:
A vehicle door opening signalling system with visibility for daltonians comprises signalling devices (110, 110A) provided with light sources, which signalling devices are mounted on the inner edge of the opening (31) and corresponding outer face (32) of the doors, and are activated by a door opening contact, the signalling devices comprising reflectors (130) provided with sets of monochromatic yellow (140) and blue (141) light sources covered by light refractors (150) to impart a different texture to the light flow from each set of light sources, the signalling system according to the application comprising a control module (120) with an algorithm capable of independently varying the saturation, intensity and blinking frequency of each set of monochromatic yellow and blue light sources.

Inventors:
GARIOS WADIH ANTONIO (BR)
DALDEGAN GARIOS ANNA CAROLYNA (BR)
DALDEGAN GARIOS ARTHUR WADIH (BR)
Application Number:
PCT/BR2021/050501
Publication Date:
May 25, 2023
Filing Date:
November 17, 2021
Export Citation:
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Assignee:
GARIOS WADIH ANTONIO (BR)
DALDEGAN GARIOS ANNA CAROLYNA (BR)
DALDEGAN GARIOS ARTHUR WADIH (BR)
International Classes:
B60Q1/50; B60Q1/26; B60Q1/32; F21S43/15
Foreign References:
JP2005082127A2005-03-31
DE102019210453A12021-02-04
CN204915451U2015-12-30
CN204895279U2015-12-23
US20190078373A12019-03-14
US8963701B22015-02-24
US20170023185A12017-01-26
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Claims:
22

REIVINDICAÇÕES - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS o qual apresenta sinalizadores providos de fontes luminosas; aplicados na borda interna de abertura (31), e na correlata face externa (32), das portas (30); ativados usualmente por um contato de abertura de portas, usualmente existentes nos automóveis (10), e alternativamente controlados por um módulo de comando, caracterizado por os sinalizadores (110) (110A) serem constituídos de refletores (130) providos de conjuntos de fontes luminosas monocromáticas: amarelas (140) e azuis (141); os conjuntos de fontes luminosas (140) e (141) serem recobertos por refratores de luminosidade (150); o módulo de comando (120) ser acionado preferencial mente pelo contato (60) de abertura de portas, e ser programado com um algoritmo capaz de variar de forma independente a saturação, intensidade e frequência de piscadas de cada conjunto de fontes luminosas monocromáticas amarelos (140) e azuis (141); os conjuntos de fontes luminosas monocromáticas amarelos ( 140) serem capazes de gerar luz entre os comprimentos de onda 565nm a 625nm; e os conjuntos de fontes luminosas monocromáticos azuis (141) capazes de gerar luz entre os comprimentos de onda 420 nm a 490 nm; os refratores de luminosidade (150) recobrirem os conjuntos de fontes luminosas (140) e (141) de modo a imprimir uma textura diferente ao fluxo luminoso de cada conjunto de fontes luminosas, e determinar uma diferenciação plástica entre a imagem deles e a face lisa da carroceria do veículo. - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por alternativamente ser acrescido de mais sinalizadores extras (11OB), (110C) e (110D); estes providos respectivamente nas extremidades anterior (40) e posterior (41) das laterais do automóvel (10), e na extremidade dos espelhos retrovisores externos (50). - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por os conjuntos de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) serem capazes de gerar luz preferencial mente entre os comprimentos de onda 580nm e 590nm; e os conjuntos de fontes luminosas monocromáticas azuis (141) capazes de gerar luz preferencial mente entre os comprimentos de onda 450nm e 485nm. - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 2 caracterizado por o módulo de comando (120) poder ser alternativamente programado para efetuar o acionamento dos sinalizadores (110), (110A) e os sinalizadores extras (110B), (110C) e (110D) em uma sequencia de intensidade e acionamento que inicie mais fraco pelos sinalizadores extras ( 110B), ( 110C) e (110D) e termine mais forte nos sinalizadores ( 110), ( 110A). - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 4 caracterizado por a programação poder ser efetuada no módulo de comando (120), de forma remota pelo usuário, em um aplicativo do celular. - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por qualquer que seja o formato dos refletores (130) os mesmos devem ser providos com conjuntos alternados de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) e azuis (141), sendo o conjunto de fontes luminosas azuis (141) sempre finalizar como um emoldoramento do referido refletor - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por alternativamente o módulo de comando (120) poder ser ajustado para prover uma diferença de pelo menos 10Hz entre a frequência de piscadas do conjunto de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) em relação ao conjunto de fontes luminosas monocromáticas azuis (141). - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por os refratores de luminosidade (150) poderem ser alternativamente providos de micro vibrador, ou outro meio técnico, que gere um movimento dos fluxos de luminosidade retratadas. - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM

ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por alternativamente a programação do módulo de comando ( 120) poder gerar um retardamento do acionamento de abertura da porta (30). -SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por prover alternativamente as maçanetas internas (não visualizadas) das portas (30) de sensores de aproximação (não visualizados) ligados ao módulo de comando (120), e estarem regulados para se sensibilizem quando o usuário encostar na maçaneta interna para abrir a porta (30) do automóvel (10), acionar os sinalizadores luminosos. - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 9 e 25

10 caracterizado por as alternativas construtivas de atuação do sistema associada ao retardamento de abertura de porta (30) ou ao pré-acionamento por sensores na maçaneta (não visualizado) da porta poderem ser oferecidas isoladamente em modelos independentes, ou programadas diretamente no módulo de comando (120), de forma seletiva pelo usuário, em um aplicativo do celular. -SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por alternativamente os refletores (130) serem providos com uma pequena superfície, central de até 15% da sua área total, provida com uma fonte de luz entre 625 e 740 nm; com intensidade pelo menos 50% menor do que as fontes luminosas monocromáticas amarelas. -SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 8 caracterizado por refratores de luminosidade (150) serem constituídos por uma câmara preenchida com fluido incolor e flocos reflexivos dispersos no seu interior. - SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS de acordo com a reivindicação 8 caracterizado por poder ser implementado em portas existentes em áreas públicas passíveis de se tornarem, com sua abertura, um obstáculo repentino na passagem de um transeunte.

Description:
SISTEMA SINALIZADOR DE ABERTURA DE PORTAS DE VEÍCULO COM ACESSIBILIDADE PARA DALTÔNICOS

CAMPO DA INVENÇÃO

(01) A presente invenção está relacionada a um sistema para emitir um alerta luminoso de que uma porta, preferencialmente de automóveis, está sendo aberta, e assim reduzir o risco de acidentes com transeuntes que passam próximo, mas principalmente transeuntes com deficiência visual do tipo daltonismo. O sistema sinalizador de abertura de portas proposto pode ser implementado em veículos novos ou usados, como também em portas de estabelecimentos comerciais ou industriais, e tem como objetivo aumentar o nível de segurança do alerta, visto que o alerta é sensível a um grupo maior de transeuntes e, portanto, mais eficiente na função de evitar acidentes.

TÉCNICA RELACIONADA

(02) Daltonismo, nome conhecido da discromatopsia. É uma deficiência na visão que dificulta a percepção das cores. A anomalia se dá na retina e é congênita, hereditária e incurável. Há casos com efeito temporário, decorrentes do uso de remédios.

(03) E também há muitos casos adquiridos como sequela de outras doenças oculares: degeneração macular ou glaucoma, descolamento da retina ou doenças sistêmicas como o diabetes. Outras patologias que também podem contribuir para o desdobramento do problema: doença de Alzheimer, doença de Parkinson, leucemia, anemia falciforme, síndrome de Kallmann e neuropatia óptica hereditária de Leber. Acredita-se que pessoas expostas a determinados produtos químicos - como sulfureto de carbono e alguns fertilizantes - estejam mais suscetíveis ao daltonismo. Medicamentos usados no tratamento de hipertensão arterial e de alguns transtornos psicológicos também estão entre os fatores de risco, com capacidade para elevar as chances de se desenvolver o daltonismo.

(04) 0 daltonismo afeta nos Estados Unidos 8% dos homens brancos e 4% dos homens negros; 1% das mulheres brancas e 0,8% das mulheres negras. Entre os europeus, 12% dos homens e 0,5% das mulheres. Na Austrália, cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres. Não há pesquisa significativa no Brasil, mas se estima que 10% dos homens e 1% das mulheres sejam daltônicos. Em uma escala global estima-se 10% da população mundial, mais de 770 milhões de pessoas no mundo (2020).

(05) A percepção das cores varia muito entre cada pessoa com daltonismo, pois existem vários tipos de daltonismo, no entanto sabe-se que a grande maioria tem dificuldade de distinguir entre o vermelho e o verde.

(06) Sendo o daltonismo, ou discromatopsia, uma perturbação na percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, percebe-se que se trata de uma restrição sensorial, que limita a capacidade do portador de responder a um ou mais meios de comunicação visual legais ou coloquiais da vida diária.

(07) 0 sistema proposto resulta em uma preocupação com este grande grupo de cidadãos que são incapazes de visualizar algumas cores, e portanto são menos sensíveis a sinais luminosos de “alerta” em lugares ou posições imprevistas para eles, como os instalados em uma porta de algum automóvel para alertar quando da sua abertura inesperada, pois confundem ou não enxergam a coloração vermelha universal mente utilizada como sinal de perigo.

(08) Muitos daltônicos convivem com a dificuldade sem saberem de suas condições, muitas vezes descobrindo sua deficiência visual com idade mais avançada, após passarem por algum contratempo mais marcante ou traumatizante que suscite a possibilidade da perturbação visual. Um exemplo é quando ignoram algum sinal de alerta que é evidente para todos os demais.

(09) Os daltônicos conscientes apesar de não distinguirem algumas frequências do espectro de cores, já estão acostumados a perceber graus de luminosidade em posições pré-determinadas, tais como nos semáforos de cruzamentos. Desse modo decoraram o posicionamento convencional das luzes “verde”, “amarelo” e “vermelho” em um semáforo, ou a luz de freio do automóvel à frente, e assim conseguem a habilitação. Mas existe um grupo de daltônicos que sequer tem consciência de que apresenta um grau maior ou menor da deficiência.

(010) Para entender melhor a complexidade da problemática envolvida no simples fato de se emitir um sinal luminoso de alerta para este grande grupo de pessoas portadoras de discromatopsia, faz-se necessário entender o mecanismo e o alcance dessa deficiência.

(011) E para entender o fenômeno é necessário conhecer o funcionamento do nosso aparelho óptico, a saber: Quando olhamos um objeto, as luzes refletidas nele formam um feixe luminoso que atravessa a córnea, passa pela íris. Essa regula a entrada dos raios luminosos pela pupila. Em seguida os raios atravessam o cristalino, uma lente biconvexa e projetam-se na retina. Na retina, as ondas luminosas são transformadas em impulsos eletroquímicos por dois conjuntos de células fotorreceptoras - bastonetes e cones - e enviados pelo nervo óptico ao cérebro, que os interpreta e classifica como uma imagem associada ao conhecimento.

(012) Assim, o feixe luminoso, com toda sua gama de frequências, é “percebido” na retina, onde 3 tipos de cones transformam em impulsos eletroquímicos com 3 frequências diferentes distintas, interpretadas como cores, que misturadas no cérebro formam uma imagem colorida. (013) Os três tipos de cones, cerca de 3 milhões ao todo, são responsáveis pela visão das cores e formas. Um tipo é responsável pela leitura da cor vermelha; outro percebe a cor verde; o terceiro tipo, a cor azul. A combinação dos três grupos é capaz de produzir todas as cores que conhecemos, cerca de 5 a 8 mil.

(014) As tonalidades visíveis, por sua vez, dependem do modo como cada tipo de cone é estimulado. A partir só destes conhecimentos já é possível perceber que qualquer grau de deficiência de um dos tipos de cone, sensível a uma das três cores básicas, causa perturbação na percepção das demais cores compostas.

(015) A maioria dos daltônicos conscientes aprendem a conviver com a deficiência, como por exemplo, a leitura de semáforos de cruzamentos de vias. A sequência do posicionamento das cores vermelho, amarelo e verde, já são mundialmente convencionada, e dependendo do grau dos portadores dessa deficiência, esses acabam decorando a posição sequencial das cores.

(016) Portanto quando se deseja instalar um sinal luminoso de “alerta” em um local não convencional para um daltônico, tem que se pensar na dificuldade de interpretação por parte dos daltônicos do sinal emitido.

(017) Essa questão é importante, pois muitos daltônicos não são conscientes, e portanto são mais insensíveis à sinalização luminosa não convencionais. Essa abordagem do problema será mais bem entendida a partir de um aprofundamento do conhecimento do mecanismo dessa deficiência óptica.

(018) Nos seres humanos há três categorias de células do tipo “cones”, como explicado, e cada categoria sensível às cores vermelha, verde e azul respectivamente, caracterizando a visão tricomática (teoria de Young-Helmholtz). Cada categoria de células do tipo cone é na verdade sensível a uma faixa de comprimentos de ondas, que acabam por se sobreporem, e necessitam de diferentes níveis de iluminação para detectar cor nos objetos (LOPES, 2008).

(019) Tendo em vista que cor é determinada pelo comprimento de onda o qual é medido através da unidade “nm” (nanômetros), tem-se:

(020) L (long) - correspondente aos cones de detecção de comprimento de ondas longas - (área dos vermelhos - entre 625 e 740 nm);

(021) M (medium) - correspondente aos cones de detecção de comprimento de ondas médias - (área dos verdes - entre 500 e 565 nm);

(022) S (short) - correspondente aos cones de detecção de comprimento de ondas curtas - (área dos azuis - entre 440 a 485 nm) (ASATO & GONÇALVES, 2009).

(023) Os daltônicos possuem dificuldade de identificação de cores-luz (vermelho, verde e azul), que está di reta mente ligada à sensiblidade dos cones e seu espectro luminoso (600nm, 530nm e 440nm, respectivamente).

(024) Quando um dos cones possui defeito ou está ausente, parte do espectro desaparece. Se uma pessoa possui anomalias nos receptores L (long) que detectam comprimentos de ondas longas (entre 625 e 740 nm), esta terá dificuldade em visualizar o vermelho (irá perceber este espectro em tons de cinza, quase acromático). Desta forma, a visualização do restante do espectro também será prejudicada, já que todos os outros tons de cores derivam das cores-luz primárias.

(025) Os grupos mais conhecidos de daltonismo são: tricromacia anormal, dicromacia e monocromacia.

(026) 0 primeiro, tricromacia anormal, caracteriza-se pela aparência normal de visualização das três cores primárias, porém, uma delas apresenta-se anômala, trazendo assim, a confusão de certos comprimentos de onda. A tricromacia anormal é subdividida em 3 categorias de deficiência, caracterizada pela mutação ou mau funcionamento de um ou mais receptores cones de luz, portanto, há pouca identificação da cor correspondente, e em alguns casos, ocorre a confusão cromática, a saber:

■=> protanomalia - caracteriza-se por uma certa sensibilidade nos cones longos, provocando um escurecimento nessa região confundindo o vermelho;

■=> deuteranomalia - caracteriza-se pela deficiência no pigmento sensível às ondas médias confundindo o verde;

■=> tritanomalia - deficiência nas áreas de ondas curtas confunde tons como azul e amarelo.

(027) 0 segundo, dicromacia, apresenta dificuldade de identificação de largas seções do espectro, confundindo certas tonalidades com branco e cinza. A dicromacia é igualmente sub dividida em 3 categorias de deficiência, caracterizadas pela ausência de receptores cones de luz, a saber:

■=> protanopia - há falta de cones longos, responsáveis pela percepção entre 625 e 740 nm no espectro visível de luz, a cor vermelha, o que impossibilita o indivíduo de identificar tal cor;

■=> deuteranopia - há falta de cones que registrem ondas médio 500 a 565 nm, que caracteriza a não identificação da cor verde;

■=> tritanopia - há falta de cones percepção para percepção de comprimentos de ondas curtas entre 440 a 485 nm, o que impossibilita o indivíduo de perceber as cores azul-amarelo.

(028) Por fim, na monocromacia, percebe-se o espectro luminoso apenas através de luz e sombras, sem matizes. Vulgarmente conhecida como visão acromática é o caso mais raro do daltonismo. É a incapacidade de identificar todas as cores, percebendo apenas preto, branco e escala de cinza. Estima-se que para cada 30 ou 40 mil pessoas, haja um acro mata.

(029) Dentre todas essas categorias acima expostas e explicadas os que apresentam protanomalia, deuteranomalia, protanopia e deuteranopia tendem a confundir as cores vermelho e verde em graus diferentes, conforme a deficiência apresentada. E 90% dos casos de daltonismo são de deuteranopia. Consequentemente a maior parcela dos daltônicos confundem em graus diferentes as cores verde e vermelha. Justo as cores “universais” para sucesso ou erro, certo ou errado, vitória ou derrota, avança ou para. Justo as cores presentes em 99%> dos sinais de seguir ou parar, e o vermelho amplamente adotado para sinalizações de “perigo” ou de “alerta”.

(030) Objetos ou cenários tais como semáforos de cruzamentos, luzes de freio, ambulâncias, bombeiros, polícia, portas de incêndio ou de garagem a cor vermelha está intrinsicamente associada ao objeto ou cenário que adota o seu uso, e todos os daltônicos já aprenderam a associar o “perigo” ou a “atenção” ao que enxergam como um conjunto, independente da sinalização luminosa aplicada.

(031) No entanto se um daltônico se confrontar com uma luz vermelha que queira sinalizar algum “perigo” ou “alerta” em relação a um objeto ou cenário diferente do convencional, este sinal não será interpretado por um daltônico do modo pretendido pelo emissor do sinal, e a mensagem não gerará o efeito pretendido a um daltônico, colocando-o sob risco em uma situação perigosa.

(032) Essa situação ocorre, por exemplo, em sinalizadores de abertura de portas de automóveis. Os sinalizadores utilizados são luzes vermelhas que acendem na borda das portas assim que essas são abertas. (033) Existem diversos modelos no mercado, todos buscam avisar, o mais rápido possível, sobre a abertura abrupta da porta de um automóvel de modo a evitar que ciclistas, transeuntes desatentos ou até outro automóvel passando próximo se choque contra a porta que está sendo aberta.

(034) Dentro da acessibilidade, as cores talvez sejam um dos aspectos que pareça ser fácil de abordar, mas é um dos mais negligenciados. 0 principal motivo é porque a escolha de cores na sinalização fica muitas vezes restrita a decisão de quem não seja portador de deficiência visual, pois tem-se pensado apenas como deficiência visual aqueles portadores de cegueira.

(035) A única maneira de quebrar esse estigma é entender mais sobre como a escolha das cores impacta a experiência de quem apresenta deficiências variadas com a percepção das cores, e portanto dificuldades com suas intensidades, variações de tons e mensagens que queiram passar dentro de um cenário, tal como nas ruas.

(036) A deficiência de sensibilidade em um dos tipos de cones, em dois ou nos três, determina uma resposta neural para a formação das cores no cérebro. 0 grau de deficiência também altera a percepção e entendimento da cor pelo indivíduo portador de deficiência.

(037) Isto posto é fácil perceber que existe uma gama muito grande de leituras possíveis de uma cor, conforme as inúmeras combinações de deficiências que podem acometer um indivíduo. Assim o que se convencionou chamar por “Daltônico”, na verdade é só aquele grupo de indivíduos que confundem duas cores, no entanto há uma gama muito grande de indivíduos que apresentam dificuldade em perceber, registrar ou mesmo visualizar vários tons, saturação e luminosidade de cores, e consequentemente associar mensagens convencionadas à tons específicos de cores. A cor vermelha de alerta de perigo é uma delas. (038) Em todas as situações a saturação das cores representa um papel importante para a percepção dos espaços e objetos para os daltônicos, e isso é relevante quando se quer passar uma informação utilizando cores.

(039) Os fatores que influenciam a cor do objeto são: o próprio objeto, o receptor, a fonte de iluminação e se existe ou não constância de cor

(040) 0 cenário afeta como alguém percebe e enxerga as cores, o brilho, o contraste, a iluminação do ambiente, a hora do dia. Assim pessoas com anomalia na visão das cores processam a informação cromática de maneira diferente, sobretudo na sensibilidade espectral, na discriminação do comprimento de onda e nos eixos de confusão.

(041) Apesar de essa disfunção genética provocar na maioria dos casos a confusão na percepção das cores, muitas pessoas que não sabem que têm o problema, aprendem naturalmente a conviver com ele, pois conseguem relacionar os nomes das cores à textura e ao contraste da imagem, não percebendo a própria deficiência e não sendo percebida como deficiente pelos que convivem com ela. A maior parte dos casos, daltônicos conseguem relacionar as cores pela textura e contraste.

(042) A presente invenção propõe um sistema de alerta para abertura de portas, capaz de não só atender transeuntes comuns, mas também abranger os portadores de discromatopsia, aumentando seu alcance e eficiência a pelo menos mais 7% da população mundial, anteriormente insensível a sinalização.

(043) A nova concretização da invenção objeto do presente pedido de invenção será mais bem compreendida por meio da descrição detalhada que se fará a seguir, com o auxílio dos desenhos anexos, em que:

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

(044) A Figura 1 revela o mecanismo de percepção de cores de objetos. (045) A Figura 2 revela alguns tipos de fontes de luz e seus respectivos espectros.

(046) A Figura 3 revela a percepção de uma cor por uma pessoa sem daltonismo a partir de uma fonte bicromática.

(047) A Figura 4 revela, por meio de uma vista lateral, os sinalizadores da invenção proposta instalados em um veículo.

(048) A Figura 5 revela, por meio de uma vista superior, os sinalizadores da invenção proposta instalados em um veículo.

(049) A Figura 6 revela uma imagem esquemática explodida do sistema sinalizador de abertura de portas de veículo com acessibilidade para daltônicos.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

(050) 0 sistema sinalizador (100) de abertura de portas de veículo com acessibilidade para daltônicos foi desenvolvido a partir de pesquisas que visam explorar ao máximo a acuidade dos deficientes visuais portadores de discromatopsia, permitindo uma percepção melhorada, mas principalmente o pronto discernimento e interpretação de uma sinalização para alerta de abertura de portas.

(051) 0 sistema sinalizador (100) de abertura de portas é inclusivo, e visa como aplicação principal sua instalação em portas de veículos (10). Mas pode ser implementado com muita facilidade e com poucos ajustes ou alterações de componentes em portas existentes em áreas públicas, portas próximas de passagens e acessos em áreas industriais ou comerciais, condomínios, entre outras portas passíveis de se tornarem, com sua abertura, um obstáculo repentino na passagem de um transeunte.

(052) É fundamental que se compreenda como os portadores de discromatopsia enxergam a vida, quais suas percepções do ambiente, e suas estratégias para identificarem e diferenciarem os objetos com suas diferentes cores no ambiente, e as sinalizações que fazem uso de cores como parte do código de informação da mensagem.

(053) No entanto é igualmente importante entender a diferença entre cores em objetos e cores emitidas de fontes de luz.

(054) As cores que identificamos nos objetos é resultado do reflexo da luz branca sobre o objeto. A Figura 1 ajuda a demonstrar esse mecanismo. A luz branca é composta por todo o espectro de cores misturadas, e quando um feixe de luz branca é projetado sobre algum objeto, a composição do objeto absorve algumas frequências de cores que estão na luz branca e refletem total ou parcialmente apenas aquela que vemos, determinando a cor do objeto.

(055) Esse reflexo é a luz que chega aos nossos olhos para formar a imagem, na camada mais interna chamada de retina, onde existem as células cones, as quais podem ou não apresentar algum dos 3 problemas básicos que caracterizam um portador de discromatopsia:

- Os cones são saudáveis, mas não existe uma quantidade mínima necessária de cones sensíveis a uma, duas ou três cores primárias dentro da retina;

- problema em um, dois ou os três tipos de cones para reagir com a intensidade do fluxo luminoso correspondente a frequência de luz a qual ele é sensível;

- problema em um, dois ou os três tipos de cones para transmitir o resultado da reação eletroquímica ocorrida frente ao feixe de luz recebida neles.

(056) Assim um mesmo portador de discromatopsia pode ter diferentes percepções das cores de um objeto conforme este objeto esteja sendo iluminado pela luz do sol, fonte mais completa de luz branca, ou lâmpadas do tipo incandescentes, halogênicas, fluorescentes, LED etc

(057) A razão é simples, as fontes de luz branca não naturais, dificilmente conseguem gerar todas as frequências do espectro visível, ou seja, dificilmente conseguem gerar todas as frequências, ininterrupta e em intensidade suficientes, entre 380 nm e 780 nm. Por consequência, mesmo para uma pessoa sem daltonismo a origem da fonte de luz branca influenciará de algum modo a percepção das cores dos objetos.

(058) Por exemplo, sabemos que as cores da bandeira brasileira são verde, amarela, azul e branca. Isto somente acontece quando a bandeira é iluminada com luz branca. Se a iluminação for com luz verde, teremos:

- a parte verde será vista verde;

- as partes amarela e azul serão vistas negras (um objeto amarelo ou azul absorve totalmente a luz verde);

- a parte branca será vista verde (a luz verde é uma das componentes da luz branca).

(059) A partir dessa constatação sobre a influência da fonte de luz branca na cor visualizada, é possível perceber que as fontes de luz não naturais, monocromáticas ou não, apresentam variação no espectro luminoso emitido, bem como no fluxo luminoso e na saturação, influenciando mais ainda a interpretação de cores por daltônicos.

(060) Baseado no exemplo da bandeira pode-se compreender, que mesmo para uma pessoa sem problema de discromatopsia, percepções podem ser alteradas conforme as características da fonte de luz branca. Pois existem fontes de luz branca que emitem apenas parte das frequências de luz dentro de cada espectro luminoso monocromático gerado, conforme pode ser constatado pela imagem da Figura 2. Para uma visão comum, sem problemas de percepção, o objeto iluminado por esses tipos de fonte de luz branca não produzirão alteração significativa de cor, mas para um daltônico pode alterar ainda mais a cor visualizada por ele.

(061) É bom relembrar que o daltônico apresenta problema em um ou mais dos 3 tipos de cones, responsáveis respectivamente pela interpretação das cores vermelha, verde ou azul. Portanto também não apresentam a capacidade de reconhecimento das outras 5 a 8 mil possíveis combinações desses três grupos de cores, que produzem toda a palheta de cores que conhecemos.

(062) Assim se houver falta de apenas uma faixa de frequência de um espectro monocromático, no fluxo luminoso gerado por uma fonte de luz artificial, para um portador de discromatopsia pode significar a não percepção de uma cor do objeto iluminado.

(063) Não só a percepção das cores em um objeto iluminado, mas a cor da própria fonte de luz é um problema para o daltônico. A inexistência, ou falta de intensidade, de apenas uma faixa da frequência dentro do espectro de luz monocromático produzido por uma fonte geradora, pode ser suficiente para algum portador de discromatopsia até não enxergar a cor emitida.

(064) Assim uma fonte de luz colorida, como revelado na Figura 3, pode ser gerada a partir de duas fontes monocromáticas contíguas, verde e vermelha, emitidas simultaneamente, que para um observador comum perceberá a cor amarela. Isso frequentemente ocorre com sinalizadores de aparelhos eletrônicos que emitem por um único LED cores vermelho, verde ou amarelo em piscadas codificadas para informar tipos de defeitos que estão ocorrendo no equipamento. Conforme funcionamento do equipamento o sinalizador pode sinalizar verde, para informar “OK”, vermelho para “defeito”, e piscadas amarelas para informar “código do defeito”. (065) Infelizmente daltônicos não conseguem identificar as informações geradas por esses tipos de sinalizadores, e precisam da ajuda de uma pessoa não daltônica para interpretar a codificação emitida em amarelo.

(066) Para a maioria dos daltônicos esse problema poderia ser evitado se houvesse um LED independente no equipamento somente para gerar de maneira monocromática a faixa do espectro amarelo. Pois portadores de protanomalia, deuteranomalia, protanopia e deuteranopia conseguem distinguir o espectro monocromático amarelo, mas não conseguem perceber a cor amarela gerada por fonte dicromática “verde/vermelho”.

(067) A discromatopsia também apresenta outras características intrigantes do ponto de vista de um observador sem essa perturbação visual. E devido a elas o portador de daltonismo sobreviveu ao longo da história evolutiva.

(068) Já tiveram a fama de “Olhos de Águia”. Esse epíteto tem origem, sobretudo, em certas capacidades melhoradas observadas nos portadores de discromatopsia, e tidas como “vantagens” em relação às pessoas de vista normal. Algumas são: uma melhor capacidade de visão noturna, maior qualidade visual, maior sensibilidade para contrastes e brilho, maior facilidade de visualizar imagens em três dimensões e facilidade na percepção de texturas - a propósito, durante a Segunda Guerra Mundial, descobriu-se que os soldados daltônicos tinham mais facilidade para detectar camuflagens ocultas na mata, e eram escalados para esta tarefa.

(069) Uma pintura de camuflagem pode “enganar"’ o olho normal, mas como a textura do tecido não é idêntica à da folhagem que a circunda, o daltônico percebe a diferença. E mais: devido à sensibilidade alterada dos cones fotorreceptores, os daltônicos podem apresentar também sensibilidade para diferenças de cor que não são aparentes para aqueles com visão normal. (070) Além de o grau de daltonismo ser muito diversificado, cada daltônico desenvolve um padrão próprio para distinguir as cores. Em geral, associa algumas cores com a escala de brilho que produzem. Daí que a maioria dos daltônicos se adapta social e profissionalmente sem dificuldade ou impedimento e em incontáveis casos passa a vida toda sem perceber a própria anomalia.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

(071) 0 sistema sinalizador (100) de abertura de portas de veículo com acessibilidade para daltônicos foi desenvolvido para ser aplicado preferencial mente em automóveis.

(072) As Figuras 4 e 5 revelam imagens de automóveis / veículos (10) providos com o sistema proposto, respectivamente representados em vista lateral e de topo.

(073) Por meio da Figura 4 é possível distinguir as posições preferenciais de instalação dos sinalizadores (110), (110 A) que efetivamente produzirão o “alerta” de abertura de porta (30) perceptível também ao daltônico, a saber: essencialmente na borda interna de abertura (31) e na correlata face externa (32) das portas (30).

(074) Os sinalizadores (110), (110A) são preferencial mente ativados por um módulo de comando (120), por sua vez acionado por um contato (60) de abertura de portas, usualmente existentes nos automóveis (10), ou por qualquer outro meio de acionamento simultâneo a abertura de portas (30) existente ou passível de ser instalado.

(075) Alternativamente o sistema sinalizador (100) de abertura de portas pode ser acrescido de mais sinalizadores extras (110B), (110C) e (110D). Estes providos respectivamente nas extremidades anterior (40) e posterior (41) das laterais do automóvel (10), e na extremidade dos espelhos retrovisores externos (50).

(076) 0 sistema sinalizador (100) de abertura de portas de veículo com acessibilidade para daltônicos está mais bem detalhado no desenho esquemático com os componentes explodidos apresentados na Figura 6. É constituído basicamente pelo módulo de comando (120) e sinalizadores (110). Esses por sua vez constituídos de refletores (130) providos de conjuntos De fontes luminosas monocromáticas: amarelos (140) e azuis (141). Os conjuntos de De fontes luminosas (140) e (141) são recobertos por refratores de luminosidade (150).

(077) 0 módulo de comando (120) é um micro processador comercial, acionado preferencialmente pelo contato (60) de abertura de portas, e programado com um algoritmo capaz de variar de forma independente a saturação, intensidade e frequência de piscadas de cada conjunto de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) e azuis (141).

(078) Quando o sistema sinalizador (100) de abertura de portas for instalados no veículo (10) com sinalizadores extras (110B), (110C) e (110D), o módulo de comando (120) poderá ser alternativamente programado para efetuar o acionamento dos sinalizadores (110), (110 A) e sinalizadores extras (110B), (110C) e (110D) em uma sequencia de intensidade e acionamento que inicie mais fraco pelos sinalizadores extras (110B), (110C) e (110D) e termine mais forte nos sinalizadores (110), (110A), de modo que convirja a atenção do transeunte aos sinalizadores (110), (110A) instalados na porta (30). Essa programação pode ser fornecida nativa ao sinalizador (100) ou alternativamente efetuada no módulo de comando ( 120), de forma remota pelo usuário, em um aplicativo do celular.

(079) Os refletores (130) podem ser de formato poligonal sendo necessário serem providos, se poligonais, de conjuntos de colunas intercaladas de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) e azuis (141), preferencial mente iniciando e finalizado a montagem das colunas com De fontes luminosas monocromáticas azuis (141).

(080) Os refletores (130) podem apresentar outros formatos alternativos, tais como circulares ou preponderantemente circulares. Nesses casos os fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) e azuis (141) serão montados nos refletores ( 130) em séries intercaladas e concêntricas.

(081) Qualquer que seja o formato dos refletores (130) os mesmos devem ser providos com conjuntos alternados de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) e azuis (141), sendo os azuis (141) sempre utilizados como acabamento do emoldoramento do referido refletor.

(082) Os conjuntos de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) capazes de gerar luz entre os comprimentos de onda 565 nm a 625 nm, preferencial mente entre 580 nm e 590 nm. E os conjuntos de fontes luminosas monocromáticas azuis (141) capazes de gerar luz entre os comprimentos de onda 420 nm a 490 nm, preferencial mente entre 450 nm e 485 nm.

(083) Aproximadamente % dos daltônicos conseguem visualizar e identificar plenamente as cores monocromáticas amarela e azul. Assim como a cor vermelha é muldialmente conhecida e associada ao “perigo”, “fogo”, “proibido”, a cor amarela é igual mente conhecida e associada mundialmente a “alerta”, “atenção”, “cuidado”. O sistema sinalizador (100) de abertura de portas de veículo com acessibilidade para daltônicos utiliza a cor monocromática amarela por já estar associada ao sentido de “alerta”, inclusive dos daltônicos. E aplica como contraste a cor monocromática azul para garantir o destaque da cor amarela, separando-a de qualquer outra cor de fundo de uma superfície de suporte dos refletores ( 130), que pudesse decompor a projeção da cor amarela em destaque. (084) % dos daltônicos tendem a enxergar o mundo em um tom predominantemente cor de palha, amarronzado, castor, no entanto cores monocromáticas amarelas de comprimento de onda entre 565 nm a 600 nm, e azuis entre 420 nm a 490 nm são bem reconhecíveis e se destacam nesse cenário, mesmo para esses portadores de protanomalia, deuteranomalia, protanopia e deuteranopia que representam a maioria dos daltônicos.

(085) O módulo de comando (120) ao variar a saturação, intensidade e frequência de piscadas de cada conjunto de fontes luminosas monocromáticas amarelas (140) e azuis (141) gera na face dos sinalizadores uma área luminosa em que ocorre alterações sincronizadas dentro do espectro de cores puras amarelo e azul, em que o amarelo monocromático é destacado pelo emoldoramento do azul monocromático, despertando a atenção de um observador daltônico, pois cria uma sensação de movimento luminoso espectral que sobressai em um cenário predominantemente cor de palha, amarronzado ou castor, observado pelo daltônico.

(086) Se o módulo de comando (120), por exemplo, gerar uma diferença de 30Hz na frequência de piscadas do conjunto de fontes luminosas monocromáticos amarelos (140) em relação ao conjunto de fontes luminosas monocromáticos azuis (141), para as pessoas portadoras de discromatopsia será mais perceptível do que para as pessoas com visão normal, pois são mais sensíveis a essas diferenças do comportamento das fontes luminosas.

(087) Desse modo, alternativamente o sistema sinalizador (100) de abertura de portas pode ser ajustado para prover uma diferença de pelo menos 10Hz entre a frequência de piscadas do conjunto de fontes luminosas monocromáticos amarelos (140) em relação ao conjunto de fontes luminosas monocromáticos azuis (141). (088) A mesma sensibilidade pode ser despertada se módulo de comando (120) gerar diferenciações de saturações e intensidade de fluxo das cores monocromáticas entre os sinalizadores (110), (110 A) efetivamente instalados na porta (30) e outros sinalizadores extras (110B), (110C) e (110D), de modo a convergir a atenção do daltônico para a diferenciação do sinal emitido pelos sinalizadores (110), (110A), instalados na porta (30).

(089) 0 observador comum não terá qualquer prejuízo na percepção do sinal de “alerta” de abertura de porta, no entanto estas diferenciações tornam o sinal de “alerta” de abertura de porta, do sistema (100) ora proposto, inclusivo a uma parcela de aproximadamente mais 7% da população.

(090) Para que o portador de discromatopsia consiga discriminar com maior nitidez o sinal de “alerta” dentro de um cenário em que predominam os tons cor de palha, amarronzado ou castor, tipicamente percebido pelo portador dessa perturbação visual, o sistema sinalizador (100) de abertura de portas ainda provê refratores de luminosidade (150) recobrindo os conjuntos de fontes luminosas (140) e (141).

(091) Os refratores de luminosidade (150) recobrem cada um dos conjuntos de fontes luminosas (140) e (141) de modo a gerar uma textura ao fluxo luminoso de cada conjunto de fontes luminosas, e assim determinar uma diferenciação plástica entre a imagem deles e a face lisa da carroceria do veículo. Detalhe capaz de ser percebido pelos “olhos de águia” dos daltônicos.

(092) Os refratores de luminosidade (150) podem ser alternativamente providos de movimento, produzido por algum micro vibrador ou outro meio técnico que gere um movimento dos fluxos de luminosidade retratadas. Um exemplo nesse sentido seriam refratores de luminosidade (150) constituídos por uma câmara preenchida com fluido incolor e flocos reflexivos dispersos no seu interior. (093) Algumas construções alternativas podem ser introduzidas ao sistema sinalizador (100) para aumentar sua eficiência, tais como:

(094) Quando a porta (30) for provida por acionamento elétrico, o módulo de comando (120) pode ser programado para gerar um retardamento entre o acionamento do mecanismo de abertura da porta (30) e a efetiva abertura da porta, ampliando o tempo de exposição do sinal de alerta, e assim aumentando a segurança do transeunte.

(095) Tal como o retardamento proposto, acionando o sistema sinalizador (100) antecipadamente a abertura da porta, outro meio de aumentar a eficiência da percepção do alerta consiste em prover alternativamente as maçanetas internas (não visualizadas) das portas (30) de sensores de aproximação (não visualizados) ligados ao módulo de comando (120), regulados para se sensibilizem quando o usuário encostar e/ou se aproximar da maçaneta interna para abrira porta (30) do automóvel (10), aciona os sinalizadores luminosos.

(096) Essas alternativas construtivas de atuação associada ao retardamento de abertura de porta (30) ou ao pré-acionamento por sensores na maçaneta da porta podem ser oferecidas isoladamente em modelos independentes, ou programadas di reta mente no módulo de comando (120), de forma seletiva pelo usuário, em um aplicativo do celular.

(097) Em outra construção alternativa, em vista de garantir a emissão de alerta aos não portadores de discromatopsia, o sistema sinalizador (100) prevê refletores (130) com uma pequena superfície, central ou periférica, de até 15% da sua área total, provida com uma fonte de luz entre 625 e 740 nm, que será visualizada pelo daltônico como laranja, e pelo demais como o tradicional sinal vermelho. Essa fonte poderá apresentar um fluxo luminoso constante ou piscante, mas sempre com intensidade pelo menos 50% menor do que as fontes amarelas. (098) Para os portadores discromatopsia esta área será percebida predominantemente como uma pequena área laranja, mas devido ao seu fluxo luminoso menor e restrito, contribuirá para aumentar a percepção de textura em contraste ao restante da área recoberta com os refratores de luminosidade (150).

(099) Além de todas as vantagens já demonstradas ao longo da descrição, cabe ressaltar que a inventiva proposta tem cunho inclusivo e consegue apresentar ao mercado um produto capaz de gerar um sinal de “alerta” mais eficiente tanto no quesito da emissão da informação como na sua percepção e rápida interpretação por parte de mais de 7% da população mundial, anteriormente insensível a esta categoria de sinalização.

(0100) 0 sistema sinalizador (100) de abertura de portas de veículo com acessibilidade para daltônicos consegue gerar um sinal de “alerta” que se destaca ao olhar da maior parte dos daltônicos com cores explicitas, inteligíveis e com plasticidade destacável no cenário pardo, usual mente visto pelo daltônico.

(0101) Modificações podem ser introduzidas na presente invenção sem que, no entanto, se afastem do conceito inventivo da invenção, pois com poucos ajustes ou alterações de componentes pode ser implementada em portas existentes em áreas públicas, portas próximas de passagens e acessos em áreas industriais ou comerciais, condomínios, entre outras portas passíveis de se tornarem, com sua abertura, um obstáculo repentino na passagem de um transeunte.

(0102) As características construtivas foram aqui descritas, sendo evidente para aqueles com habilidades na técnica, que também pequenas alterações de materiais, técnicas construtivas, ou mesmo de formato revelado nas imagens ilustrativas, não devem ser consideradas como inovações, visto que o efeito técnico esperado é obtido ao se obedecer às características essenciais reveladas na descrição.