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Patent Searching and Data


Title:
X-PEI KIT AND CELL TRANSFECTION METHOD
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2017/197471
Kind Code:
A1
Abstract:
The invention relates to a so-called X-PEI kit for cell transfection and to a method that uses the kit. The kit comprises polyethylene imine (PEI) and ciclopirox olamine (CPX). This technology has uses in the biotechnological fields, more specifically in the fields of cellular and molecular biology. The X-PEI kit intensifies the transfection activity of the conventional method, making its use more advantageous, as far as its safety, experimental compatibility and low cost are concerned.

Inventors:
LUCHESSI AUGUSTO DUCATI (BR)
PEREIRA KARINA DANIELLE (BR)
CAMIAGHI TAVANE DAVID (BR)
TAMBORLIN LETICIA (BR)
MENEGUELLO LETICIA (BR)
DE PROENÇA ANDRÉ RICARDO GOMES (BR)
Application Number:
PCT/BR2016/000143
Publication Date:
November 23, 2017
Filing Date:
December 15, 2016
Export Citation:
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Assignee:
UNIV ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP (BR)
International Classes:
A61K47/34; A61K31/4412; B82Y5/00; C12N15/63; C12N15/88
Foreign References:
US8507270B22013-08-13
Other References:
LONGO, P. A. ET AL.: "Transient Mammalian Cell Transfection with Polyethylenimine (PEI", METHODS ENZYMOL., vol. 529, 2013, pages 227 - 240, XP055439278
ISLAM, M. A. ET AL.: "Major degradable polycations as carriers for DNA and siRNA", JOURNAL OF CONTROLLED RELEASE., vol. 193, 2014, pages 74 - 89., XP029084269, Retrieved from the Internet
YANG, J. ET AL.: "Design, preparation and application of nucleic acid delivery carriers", BIOTECHNOL ADV., vol. 32, no. 4, 2014, pages 804 - 17, XP055175298
Attorney, Agent or Firm:
SILVADO, Fernanda Lavras Costallat (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. Kit de transfecção (X-PEI) caracterizado por compreender os seguintes itens:

- Polietilenoimina (PEI) de 22 kDa solubilizada era água ultrapura na concentração expressa em resíduos de nitrogénio de 7,5 mM;

- Ciclopirox olamina (CPX) em pó, fracionada em quantidade suficiente para posterior solubilizacão em PBS (1 mM CPX) ;

NaCl solubilizada em água ultrapura na concentração de 150 mM; e

- Tampão fosfato salino (PBS) .

2. Método de transfecção caracterizado por utilizar o kit X-PEI conforme reivindicação 1 e compreender as seguintes etapas :

1. Misturar solução PEI com solução 150 mM NaCl (TUBO 1) ;

2. Misturar DNA com solução 150 mM NaCl (TUBO 2) ;

3. Transferir o conteúdo do TUBO 1 para o TUBO 2 ;

4. Agitar o TUBO 2 por 15 segundos e mantê-lo a temperatura ambiente por 15 minutos;

5. Solubilizar o CPX em tampão fosfato salino (PBS) para concentração final de 1 mM (TUBO 3) ;

6. Remover o meio de cultura das células-alvo cultivadas;

7. Lavar as células com PBS;

8- Adicionar meio de cultura sem soro;

9. Tratar as células com o conteúdo do TUBO 2 (mistura PEI/DNA) e homogeneizar;

10. Tratar as células com CPX;

11. Manter em estufa contendo 5% COa, 37°C por 6 horas;

12. Substituir o meio de transfecção por meio de cultura enriquecido de soro; e

13. incubar em estufa 5% C02, 37°C de 1-3 dias.

Description:
KIT X-PEI E MÉTODO DE TRANSFECÇÃO CELULAR

CAMPO DA INVENÇÃO

[1] A invenção refere-se a um kit denominado X-PEI para transfecção celular e método utilizando o kit.

[2] Adicionalmente, a tecnologia possui aplicação nas áreas de biotecnologia, especificamente na área de biologia celular e molecular.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO E ESTADO DA TÉCNICA

[3] A técnica de transfecção celular compreende o processo de introdução intencional de ácidos nucleicos em células, procedimento importante em investigações fundamentais na área de biologia celular e molecular, além de aplicações no contexto farmacêutico, como na terapia gênica e vacinas de DNA. A técnica permite estudar os efeitos ocasionados pela intensificação ou repressão da expressão de genes específicos em pesquisas básicas e aplicações biotecnológicas .

[4] Atualmente, estão disponíveis no mercado diferentes métodos de transferência de ácidos nucleicos para células baseados em sistemas virais ou não-virais. De maneira geral os sistemas virais apresentam alta eficiência, entretanto, seu uso pode apresentar restrições, como a capacidade de acionar respostas de caráter imunológico, bem como alterações indesejadas no perfil de expressão gênica e metabólico das células-alvo inerentes da ação do vírus. Outras limitações incluem: necessidade de laboratório de segurança biológica compatível à manipulação virai, elevado custo, necessidade de qualificação do manipulador e incompatibilidade com alguns tipos celulares.

[5] As técnicas envolvendo transfecções celulares não- virais apresentam menor toxicidade e imunogenicidade [Davis, M. E. Non-viral gene delivery systems. Curr. Opin. Biotechnol. (2002) 13, 128-131] . Destacam-se o uso de sistemas baseados em compostos lipídicos catiônicos, formando lipossomos, que envolvem o ácido nucleico e são combinados com a membrana celular para posterior incorporação à célula-alvo. Alternativamente, polímeros catiônicos de polietilenoimina (PEI) atuam formando complexos com ácidos nucleicos antes de serem internalizados pelas células-alvo pelo mecanismo de endocitose. De fato, o complexo formado protege o ácido nucléico da degradação lisossomal em função da neutralização de suas cargas positivas [Boussif O, LezoualCh F, Zanta MA, et al. A versatile vector for gene and oligonucleotide transfer into cells in culture and in vivo: polyethylenimine . Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 1995; 92 (16) : 7297-7301] .

[6] Os reagentes de transfecção celular baseados em lipídios apresentam elevado custo, o que pode afetar experimentações em larga escala. Até o momento, dentre os diferentes agentes utilizados para transfecção, os derivados de PEI são menos onerosos, entretanto, em muitas situações observa-se que sua eficiência é inferior. Para melhorar a eficiência do processo de transfecção por um agente comercial baseado em PEI (jetPEI - 101- ION Polyplus Transfection, Illkirch, França) , o mesmo foi combinado com o ciclopirox olamina (CPX) . O CPX possui propriedades anticâncer [Minden MD1, Hogge DE, Weir SJ, Kasper J, et al. Ο χ -al ciclopirox olamine displays biological activity in a phase I study in patients with advanced hematologic malignancies. Am J Hematol. (2014) Apr; 89 (4) : 363-8 ; Sen SI, Hassane DC, Corbett C, et al. Novel mTOR inhibitory activity of ciclopirox enhances parthenolide antileukemia activity. Exp Hematol. (2013) ;Sep;41 (9) :799-807] e anti-HIV [Hanauske- Abel HM, Saxena D, Palumbo PE, Hanauske AR, et al. Drug- induced reactivation of apoptosis abrogates HIV-1 infection. PloS One (2013); 8(9): e74414] . Entretanto, não há registro da utilização combinada de ambos compostos visando a intensificação da transferência celular de ácidos nucleicos, o que confirma a originalidade da presente invenção.

[7] O documento de patente US8785200 refere-se a compostos de lipídios catiónicos e composições de agregados lipidicos que permitem a transferência de macromoléculas e outros compostos para o interior celular, podendo ser utilizado para culturas celulares em suspensão não-aderentes e sistemas in vivo. A tecnologia tem desvantagem por apresentar custo superior quando comparado à utilização de PEI e também se limitar à utilização em células que o agente não cause toxicidade significativa. Diferentemente, a presente tecnologia refere-se a um kit composto pela combinação de PEI e CPX que tem a vantagem de mediar a transfecção celular por um processo que não envolve agregados lipidicos. Desta forma, não apresenta as desvantagens dos compostos lipidicos.

[8] O documento de patente US20060228406 descreve um reagente lipossomal para transfecção celular e um método para preparação e utilização do reagente. A tecnologia tem desvantagem por apresentar custo superior quando comparado à utilização de PEI e também se limitar à utilização em células que o agente não cause toxicidade significativa. Diferentemente, a presente tecnologia refere-se a um kit composto pela combinação de PEI e CPX que tem a vantagem de mediar a transfecção celular por um processo que não envolve agregados lipidicos. Desta forma, não apresenta as desvantagens dos compostos lipidicos. [9] O documento de patente US8507270 refere-se a um método alternativo para transfecção celular utilizando PEI . Trata- se de PEI acidificado visando redução da toxicidade e aumento da eficiência de transfecção. Por outro lado, a presente invenção se refere a um kit que compreende a associação de CPX ao agente PEI e um método para transfecção celular. A vantagem da presente invenção em relação ao estado da técnica é proporcionar um ensaio de transfeccão com maior eficiência quando comparado ao uso convencional e sem aumentar os níveis de toxicidade, como pode ser observado nos ensaios de citometria de fluxo.

[10] Desta forma, o aumento na eficiência de transfecção celular por PEI ou de qualquer outro agente transfectante juntamente com o composto CPX não é descrito em nenhum documento de patente ou científico.

[11] A polietilenoimina (PEI) é um polímero orgânico muito eficaz na ligação ao DNA mediando a transfecção celular. O protocolo à base de PEI é utilizado com sucesso para transfecção, embora em muitas situações experimentais a lipofecção tenha produzido maior eficiência na transferência de ácidos nucleicos. O desenvolvimento do kit X-PEI representa uma melhoria na efetividade da transfecção celular com o PEI utilizando CPX, ou seja, o kit intensifica a transferência de ácidos nucleicos para células-alvo de forma significativa, como evidenciado pela intensificação na produção de proteínas heterólogas in vitro, quando comparado com protocolo realizado apenas com PEI.

BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[12] A invenção se refere a um Kit de transfecção celular (X-PEI) que compreende os seguintes itens: - Polietilenoimina (PEI) de 22 kDa solubilizada em água ultrapura na concentração expressa em resíduos de nitrogénio de 7,5 mM;

- Ciclopirox olamina (CPX) em pó, fracionada em quantidade suficiente para posterior solubilizacão em PBS (1 mM CPX) ;

NaCl solubilizada em água ultrapura na concentração de 150 mM; e

- Tampão fosfato salino (PBS) .

[13] Também é objeto da presente invenção o método de transfecção que utiliza o kit X-PEI e compreender as seguintes etapas:

1. Misturar solução PEI com solução 150 mM NaCl (TUBO D ;

2. Misturar DNA com solução contendo 150 mM NaCl (TUBO 2) ;

3. Transferir o conteúdo do TUBO 1 para o TUBO 2 ;

4. Agitar o TUBO 2 por 15 segundos e mantê-lo a temperatura ambiente por 15 minutos;

5. Solubilizar o CPX em tampão fosfato salino (PBS) para concentração final de 1 mM (TUBO 3) ;

6. Remover o meio de cultura das células-alvo crescidas;

7. Lavar as células com PBS;

8. Adicionar meio de cultura sem soro;

9. Tratar as células com o conteúdo do TUBO 2 (mistura PEI/DNA) e homogeneizar;

10. Tratar as células com 1 mM CPX;

11. Manter em estufa contendo 5% C0 2 , 37°C por 6 horas;

12. Substituir o meio de transfecção por meio de cultura enriquecido de soro; e

13. Incubar em estufa 5% C0 2 , 37°C de 1-3 dias.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS Figura 1: Fluxograma do método proposto na presente invenção em sua modalidade construtiva.

Figura 2: Detecção da proteína eIF5Al-FLAG em células HeLa. Ensaio de Immunoblotting com extratos proteicos de células HeLa transfectadas com o plasmídeo pEIF5Al-FLAG. Utilização do agente PEI em combinação ou não com CPX. A, B e C mostram os resultados de três experimentos independentes. A detecção da proteína tubulina foi utilizada para normalização.

Figura 3: Detecção da proteína eIF5Al-FLAG e YFP em células HeLa. Ensaio de Immunoblotting com extratos proteicos de células HeLa transfectadas com os plasmídeos pEYFP-Nl e pEIF5Al-FLAG. Utilização do agente PEI em combinação ou não com CPX. A detecção da proteína tubulina foi utilizada para normalização.

Figura 4: Detecção da proteína YFP em células HeLa. Ensaio de imunofluorescência de células HeLa transfectadas com o plasmídeo pEYFP-Nl. Utilização do agente PEI em combinação ou não com CPX.

Figura 5: Análise por citometria de fluxo. Gráficos em dot plot representando as variáveis FSC (dispersão frontal, tamanho celular) e SSC (dispersão lateral, complexidade) de células HeLa transfectadas com o plasmídeo pEYFP-Nl. Utilização do agente PEI em combinação ou não com CPX.

Figura 6: Análise por citometria de fluxo. Gráficos em dot plot mostrando a avaliação fluorométrica de células HeLa transfectadas com o plasmídeo pEYFP-Nl. Utilização do agente PEI em combinação ou não com CPX.

Figura 7s Análise por citometria de fluxo. Representação gráfica da intensidade da fluorescência de células HeLa transfectadas com o plasmídeo pEYFP-Nl. Utilização do agente PEI em combinação ou não com CPX.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [14] A presente invenção refere-se a um kit de transfecção (X-PEI) compreendendo os seguintes itens:

- Polietilenoimina (PEI) de 22 kDa solubilizada em água ultrapura na concentração expressa em resíduos de nitrogénio de 7,5 mM;

- Ciclopirox olamina (CPX) em pó, fracionada em quantidade suficiente para posterior solubilização em PBS (l mM CPX) ;

NaCl solubilizada em água ultrapura na concentração de 150 mM; e

- Tampão fosfato salino (PBS) .

[15] Também é objeto da presente invenção o método de transfecção aplicado para este kit e compreende as seguintes etapas para cada amostra (Figura 1) :

1. Misturar 6 μΙ> de solução 7,5 mM PEI (22 kDa e concentração expressa em resíduos de nitrogénio) com solução contendo 150 mM NaCl em quantidade suficiente para 100 μΐι (TUBO 1) ;

2. Misturar 3 μg de DNA com solução contendo 150 mM NaCl em quantidade suficiente para 100 μΐι (TUBO 2) ,·

3. Transferir o conteúdo do tubo 1 para o TUBO 2;

4. Agitar o TUBO 2 por 15 segundos e mantê-lo a temperatura ambiente por 15 minutos;

5. Solubilizar o CPX em tampão fosfato salino (PBS) para concentração final de 1 mM (TUBO 3) ;

6. Remover o meio de cultura das cêlulas-alvo cultivadas em poço com superfície de 9,6 cm 2 ;

7. Lavar as células com 1 mL de PBS;

8. Adicionar 800 μΐι de meio de cultura sem soro;

9. Tratar as células com o conteúdo do TUBO 2 (mistura PEI/DNA) e homogeneizar cuidadosamente; 10. Tratar as células com solução 1 mM CPX em volume suficiente para obter a concentração de uso (2,5 μΜ a 10 μΜ) .

11. Manter a placa em estufa contendo 5% C0 2 , 37°c por 6 horas ;

12. Substituir o meio de transfecção por meio de cultura enriquecido de soro; e

13. Incubar a placa em estufa 5% CO a , 37°C de 1-3 dias.

[16] Sendo que:

- Na etapa 5, não se pode armazenar a solução de CPX após a solubilização, pois afetária sua efetividade

[17] Para conferencia dos resultados pode ser realizado os ensaios de immunoblotfcing, imunofluorescência, citometria de fluxo, RT-PCR em tempo real.

[18] Na tabela 1 consta as quantidades celulares e de cada elemento para o uso do presente método quando utilizado placas de 6 poços (9,6 cm 2 /poço) , placa de 6 cm de diâmetro e placa de 10 cm de diâmetro.

TABELA 1: Quantidade de células e preparo dos complexos para transfecção em diferentes placas de cultura celular. Volumes representativos da solução 1 mM CPX requeridos para obtenção de 2,5 μΜ.

[19] É objeto da presente invenção, o uso do kit para transfecção celular na área de saúde, biotecnologia, biologia celular e molecular.

[20] O método da presente invenção, prevê, como pré- requisito para funcionamento pleno do kit, que as células sejam cultivadas por pelo menos 12 horas antes da transfecção; que no dia da transfecção as células estejam com confluência de 50% a 70%; que os complexos (PEI/DNA+CPX) sejam adicionados em meio de cultura sem soro (consultar tabela de volumes recomendados para diferentes placas) ; e que a solução 1 mM CPX seja preparada no dia de sua utilização.

Exemplo de concretização

[21] Como exemplo de concretização da presente invenção, células HeLa (células derivadas de carcinoma cervical humana) foram cultivadas por 24 horas antes da transfecção a uma densidade inicial de 3 x 10 s células por poço de 9,6 cm*. No cultivo foram utilizados meio Dulbecco's Modífied Eagle Médium (DMEM) contendo 10% soro fetal bovino, 100 u/mL de penicilina, 100 //g/mL estreptomicina e suplementado com 2 mM de L-glutamina e atmosfera umidifiçada com 5% CO; a 37°c.

[22] O método da presente invenção foi concretizado da seguinte maneira (figura 1) :

1. Misturar 6 /*L de solução 7,5 mM PEI (22 kDa e concentração expressa em resíduos de nitrogénio) com solução contendo 150 mM NaCl em quantidade suficiente para 100 μΐ, (TUBO 1) ;

2. Misturar 3 μ% de DNA com solução contendo 150 mM NaCl em quantidade suficiente para 100 μΐ» (TUBO 2) ;

3. Transferir o conteúdo do tubo 1 para o TUBO 2 ; 4. Agitar o TUBO 2 por 15 segundos e mantê-lo a temperatura ambiente por 15 minutos;

5. Solubilizar o CPX em tampão fosfato salino (PBS) para concentração final de 1 mM (TUBO 3) ;

6. Remover o meio de cultura das células-alvo crescidas em poço com superfície de 9,6 cm 2 ;

7. Lavar as células com 1 mL de PBS;

8. Adicionar 800 /*L de meio de cultura sem soro;

9. Tratar as células com o conteúdo do TUBO 2 (mistura PEI/DNA) e homogeneizar cuidadosamente;

10. Tratar as células com solução 1 mM CPX em volume suficiente para obter as concentrações de 2,5 μΜ a 10 μΜ.

11. Manter a placa em estufa contendo 5% CO s , 37°C por 6 horas ;

12. Substituir o meio de transfecção por meio de cultura enriquecido de soro; e

13. Incubar a placa em estufa 5% CO s , 37°C por l dia.

[23] Para maior eficiência da transfecção utilizando o kit X-PEI, as células encontravam-se numa confluência de 50% a 70% no ato da transfecção e a solução 1 mM CPX foi preparada no ato da utilização pois não é recomendado seu armazenamento.

[24] As células foram transfectadas com os DNAs plasmidiais pFLAG-EIF5Al e pEYFP-Nl utilizando o agente de transfecção polietilenoimina (PEI) , de acordo com protocolo do fabricante (jetPEI código 101-10N, Polyplus Transfection, Illkirch, França) . Durante o processo de transfecção, as células foram tratadas com o composto sintético ciclopirox olamine (CPX, código C0415, Sigma-Aldrich Co.) em concentrações considerando a faixa de 2,5 μΜ a 10 μΜ. Após incubação por 6 horas, o meio de cultura das células transfectadas (com e sem CPX) foram trocados por meio de cultura enriquecido com soro. Após incubação por 18 horas, as células foram lavadas com PBS gelado e lisadas com tampão de lise (100 mM Tris/HCl, pH 7.4; 10 mM Na, ethylenediaminetetraacetic acid [EDTA] , pH 8.0; 1% Triton X-100; e complete EDTA-free protease inhibitor cocktail [Roche Diagnostics GmbH, Mannheim,Germany] ) .

[25] Cerca de 20 \íq de extrato proteico total foram analisadas por immunojblotfcingr utilizando anticorpos específicos visando análise do conteúdo das proteínas heterõlogas eIF5Al-FLAG e YFP. Como resultado, constatamos que as células tratadas com a combinação de PEI e CPX (5 μΜ e 10 μΤΛ) apresentaram aumento significativo no conteúdo da proteína eIF5Al-FLAG, quando comparado com os resultados obtidos a partir de células transfectadas com PEI (sem tratamento com CPX) (Figura 2) . Consistente com isto, a eficiência de transfecção foi similarmente aumentada em experimento com concentração inferior ou intermediária de CPX (2,5 μΜ e 7,5 μΜ) , visando a produção da proteína YFP

(Figura 3) .

[26] Vinte e quatro horas após transfecção com pEYFP-Nl utilizando PEI (com e sem CPX) , as células foram analisadas quanto à expressão de YFP por microscopia de fluorescência direta (Figura 4) . As células que produzem a proteína YFP aparecem fluorescentes na imagem. Na cultura transfectada com PEI em combinação com CPX, observou-se uma duplicação no número de células produtoras de YFP, evidenciando aumento na taxa de transfecção, efeito este dependente da concentração de CPX.

[27] Vinte e quatro horas após transfecção com pEYFP-Nl utilizando PEI (com e sem CPX) , as células foram analisadas quanto à expressão de YFP por por citometria de fluxo. Dados a partir de 10* células foram adquiridas. A citometria de fluxo foi então realizada para avaliar a porcentagem de células que sofreram aumento de sua fluorescência, em função da produção de YFP, bem como parâmetros de tamanho e complexidade celular. Como apresentado nos gráficos de dot plot (Figura 5) as células transfectadas com ou sem CPX, bem como células não transfectadas, apresentam perfis similares, evidenciando que o uso de ambos os reagentes não causa alterações nos parâmetros analisados. A eficiência de transfecção foi significativamente maior nas células transfectadas com PEI em combinação com CPX (em torno de 58%) quando comparadas às células transfectadas com PEI (em torno de 25%) (Figura 6) . A figura 7 mostra a sobreposição dos resultados obtidos, comprovando aumento da fluorescência celular, mediado pela expressão de YFP, nas células tratadas com a combinação PEI e CPX.

[28] Assim, os resultados de ímmunoJblotting, observação microscópica e perfis de citometria de fluxo produziram resultados consistentes demonstrando a capacidade do kit da presente invenção.