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Title:
ARRANGEMENT APPLIED TO AN ARTIFICIAL CHAMBER KIT FOR SIMULATING CATARACT SURGERY
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2021/195732
Kind Code:
A1
Abstract:
The invention consists of a kit (1) formed by an artificial chamber (2), which is made up of a base (3) with a concave end finish (5) that is screwed into a tensioning ring (7), which combined with the other components of the kit (1), which includes a laminated film (11), a silicone connecting barrel (12), and at least one artificial cornea (14), makes it possible to simulate cataract surgery for professionals in training.

Inventors:
MORAES FILHO LEISER FRANCO DE (BR)
Application Number:
PCT/BR2021/050133
Publication Date:
October 07, 2021
Filing Date:
March 31, 2021
Export Citation:
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Assignee:
MORAES FILHO LEISER FRANCO DE (BR)
International Classes:
A61F2/14; A61F2/16; A61F9/00; G09B23/30; G09B23/34
Domestic Patent References:
WO2010084595A12010-07-29
Foreign References:
US20130030524A12013-01-31
US6589057B12003-07-08
US9336692B12016-05-10
CN110148342A2019-08-20
US20140170623A12014-06-19
US20090291423A12009-11-26
Attorney, Agent or Firm:
VILAGE MARCAS E PATENTES LTDA (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÃO

1 ) DISPOSIÇÃO APLICADA EM KIT DE CÂMARA ARTIFICIAL PARA SIMULAÇÃO DE CIRURGIA DE CATARATA, compreende uma câmara artificial (2) constituída por uma base (3), preferencialmente circular, com uma projeção (4) cilíndrica central e rosca lateral externa (6), a qual é sobreposta por um anel tensor (7) com vazado central (8) concordante com a projeção (4) cilíndrica central, anel tensor (7) esse que possui uma rosca lateral (9) interna compatível com a rosca lateral externa (6) da base (3), possibilitando assim a união não definitiva das peças, base (3) e anel tensor (7) caracterizado pela projeção (4) cilíndrica central da câmara artificial (2) para simulação de cirurgia de catarata ter acabamento extremo côncavo (5) para inserção da catarata artificial (10); além da catarata artificial (10), fabricada com uma goma fazem parte do kit (1), uma película (11) laminar que faz o papel da cápsula do cristalino, uma torre (12) de união, em silicone, vazada (13) em sua porção superior e com rebordo planar (20), a qual se encaixa com certa interferência na projeção (4) cilíndrica; pelo menos uma lente intraocular (19) e, por fim, uma córnea (14) artificial, fabricada em silicone flexível e transparente, dotada de um rebordo (15) escalonado do qual se projeta uma parede que deriva de cilíndrica regular (16) para externamente convexa (17), dessa forma imitando o contorno da córnea humana, cujas dimensões possibilitam perfeito encaixe, com certa interferência, à torre (12) de união.

Description:
DISPOSIÇÃO APLICADA EM KIT DE CÂMARA ARTIFICIAL PARA SIMULAÇÃO DE

CIRURGIA DE CATARATA

Introdução

[0001] Refere-se o presente pedido de patente de Modelo de Utilidade de uma inédita DISPOSIÇÃO APLICADA EM KIT DE CÂMARA ARTIFICIAL PARA SIMULAÇÃO DE CIRURGIA DE CATARATA, formado pela câmara artificial que compreende uma base com uma projeção cilíndrica, com a extremidade dotada de berço côncavo, base essa rosqueada a um anel tensor medianamente vazado, a fim de possibilitar o posicionamento de uma torre de união, preferencialmente em silicone, que agrega a córnea e a catarata artificiais, igualmente em silicone, além da cápsula do cristalino que fazem parte do kit de reposição dos componentes descartáveis da simulação de cirurgia de catarata (córnea e a catarata artificiais).

Campo de aplicação

[0002] A presente inovação é utilizada no segmento de treinamento de cirurgias oftalmológicas, mais especificamente cirurgia de catarata e fixação de lente intraocular.

Estado da técnica

[0003] Um cirurgião ainda inexperiente até alcançar um nível técnico de excelência em determinado procedimento, neste caso específico em cirurgia de catarata, tem um número limitado de opções para aprender e praticar. A priori são disponibilizadas duas opções: a prática in vitro usando o olho de um animal ou em um paciente durante a cirurgia real., no entanto, existem limitações para ambas as opções. O olho do animal em um estado preservado pode não ter as características cirúrgicas do olho de um paciente humano vivo, além do que usar o paciente submetido à cirurgia ocular como laboratório para aprender novas habilidades ou experimentar novos instrumentos não é desejável.

[0004] Existe, portanto, a necessidade do desenvolvimento de tecnologias de treinamentos que simulem características cirúrgicas do olho humano, especialmente aquelas características relevantes para as cirurgias que demandam incisões na córnea como na cirurgia de catarata.

[0005] O atual estado da técnica antecipa documentos de patentes de dispositivos para simulação de cirurgias oftálmicas como o documento US6589057 B1 “ Incision trainer for ophthalmological surgery" - em particular, a presente invenção fornece uma prática da córnea simulando propriedades dimensionais, geométricas e mecânicas de uma córnea humana. Numa modalidade, é formada por uma base, uma córnea artificia! e um alojamento, montado de modo que a córnea artificial se projete através da porção superior do alojamento. A superfície superior está disposta para simular uma íris artificial, A modalidade ilustrada também mostra um flange ou cume de agarrar fornecido para facilitar a manipulação do usuário do sistema de simulação e ainda adaptado para facilitar a montagem do alojamento para cobrir a base. A modalidade representada ainda apresenta uma extremidade inferior que é estabilizável sobre uma superfície de trabalho. [0006] O dispositivo acima é apropriado para o treinamento da prática de incisões na córnea. Construtivamente não tem nenhuma estrutura para simular o treinamento na prática de cirurgia de catarata, uma vez que não apresenta profundidade suficiente no topo da projeção da base para a acomodação de uma catarata artificial e tampouco um componente para união da córnea artificial e a película laminar que faz o papel da cápsula do cristalino no peido ora reivindicado.

[0007] O documento US4865552 A “Ophthalmologic phantom system” - se refere a um sistema ocular humano simulado para a prática das técnicas cirúrgicas necessárias para a remoção de lentes cataratas, utilizando emulsificação de lentes de câmara posterior, compreende três câmaras internas conectadas; uma primeira câmara situada entre uma membrana da íris e uma membrana da córnea e correspondendo a uma câmara anterior no olho humano, uma segunda câmara situada entre a referida membrana da íris e uma membrana posterior e correspondendo a uma câmara posterior no olho humano, e uma terceira câmara, separada da referida segunda câmara pela membrana posterior e correspondendo à cavidade vítrea no olho humano; e um fantasma de lente catarata fixado de maneira amovível ao referido orbe dentro da referida segunda câmara, o fantasma de lente compreendendo um material de hidroge! permanente incorporando um polímero solúvel em água encapsulado dentro de um filme transparente, com o material de hidrogel permanente compreendendo uma gelatina reticulada.

[0008] O documento americano supracitado, que simula um olho humano com três câmaras (entre a íris e a córnea; membrana anterior do olho e a da cavidade vítrea) faz parte de um conjunto de patentes, US 4.762.495, US 4.762.496, US 4,865.551 , US 4.865.552 e US 5.261.822, para cirurgia oftalmológica que dão nome a um dispositivo chamado "Marty, o Simulador Cirúrgico" específico para treinar cirurgiões a operar sobre as lentes. "Marty" que fornece uma catarata sintética dentro de um globo ocular simulado, no qual um cirurgião pode praticar procedimentos de catarata. No entanto, "Marty" não possibilita o treinamento de incisão.

Objetivos da inovação

[0009] É objetivo da presente inovação propor uma câmara artificial, que possibilite ao cirurgião em treinamento melhorar suas habilidades, utilizando um meio de simulação muito próximo ao que encontrará no ambiente cirúrgico real de catarata;

[0010] É objetivo da presente inovação propor uma câmara artificial, capaz de oferecer um treinamento ao profissional em cirurgia de catarata de baixo custo.

[0011] É objetivo da presente inovação propor uma câmara artificial para cirurgia de catarata, incluindo a fixação do anel intraocular, de ótima relação custo x benefício. Sumário da inovação

[0012] A “DISPOSIÇÃO APLICADA EM KIT DE CÂMARA ARTIFICIAL PARA SIMULAÇÃO DE CIRURGIA DE CATARATA” trata de uma câmara formada por uma base com projeção cilíndrica com a extremidade de acabamento extremo côncavo, que permite o posicionamento de uma catarata artificial, motivo deste kit de treinamento.

[0013] Além da catarata, fabricada com uma goma, fazem parte do kit uma córnea artificial fabricada em silicone transparente, uma película laminar que faz o papel da cápsula do cristalino, uma torre de união também em silicone e, por fim, o anel tensor medianamente vazado o qual é rosqueado na base supracitada.

[0014] De posse do kit, o cirurgião em treinamento insere a catarata na extremidade côncava da base para em seguida envolvê-la com a película laminar. Na próxima etapa é posicionada a torre de união que se encaixa, com certa interferência, na com projeção cilíndrica deixando a extremidade de acabamento extremo côncavo à mostra uma vez que a referida torre de união é vazada. Por fim, é colocada a córnea artificial sobre todos os componentes citados, córnea essa que encapa e/ou veste a torre de união, dessa forma simulando um olho com catarata.

[0015] Uma vez montado a câmara artificial com a catarata em seu interior tem início o procedimento para sua retirada. Como a córnea é em silicone transparente, o cirurgião tem uma visão clara de onde fazer a microincisão para acessar a catarata artificial, não sem antes transpassar a película laminar que faz o papel da cápsula do cristalino. Com o acesso é possível remover a catarata por meios já conhecidos e, posteriormente, inserir a lente intraocular no acabamento côncavo.

Descrição das figuras [0016] Na sequência são apresentadas as figuras para melhor explicar o pedido de patente de forma ilustrativa e não limitativa:

Figura 1 : Vista em perspectiva explodida da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 2: Vista em perspectiva da base da câmara artificial da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 3: Vista em perspectiva do anel tensor da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata, com detalhe invertido;

Figura 4: Vista em perspectiva da torre de união da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 5: Vista em perspectiva da catarata artificial da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 6: Vista em perspectiva da córnea artificial da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 7: Vista em perspectiva da etapa de posicionamento da catarata na extremidade de acabamento côncavo da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 8: Vista em perspectiva da etapa de posicionamento da película laminar da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 9: Vista em perspectiva da etapa de posicionamento da torre de união da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 10: Vista em perspectiva da etapa de posicionamento da córnea artificial da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 11 : Vista em perspectiva da etapa de rosqueamento do anel tensor da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 12: Vista em corte da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata, montado com a catarata;

Figura 13: Vista em perspectiva da etapa de microincisão para acessar a catarata artificial da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata;

Figura 14: Vista em perspectiva da etapa da realização da abertura circular na película laminar da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata; Figura 15: Vista em perspectiva da abertura circular na película laminar da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata, com a catarata artificial;

Figura 16: Vista em perspectiva da abertura circular na película laminar da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata, sem a catarata artificial;

Figura 17: Vista em perspectiva da abertura circular na película laminar da disposição aplicada em kit de câmara artificial para simulação de cirurgia de catarata, com a lente intraocular.

Descrição detalhada da inovação

[0017] A “DISPOSIÇÃO APLICADA EM KIT DE CÂMARA ARTIFICIAL PARA SIMULAÇÃO DE CIRURGIA DE CATARATA”, objeto desta solicitação de patente de modelo de utilidade, consiste de um kit (1) formado por uma câmara (2) artificial, a qual é constituída por uma base (3) com acabamento extremo côncavo (5), a qual é rosqueada num anel tensor (7), que somado ao demais componentes do kit (1),em que pese uma película (11 ) laminar, uma torre (12) de união, em silicone, pelo menos e uma córnea (14) artificial, permite simular uma cirurgia de catarata para profissionais em treinamento.

[0018] Mais particularmente, trata de um kit (1) que compreende uma câmara (2) artificial para treinamento de cirurgia de catarata, a qual é constituída por uma base (3), preferencialmente circular, com uma projeção (4) cilíndrica central dotada de acabamento extremo côncavo (5) e rosca lateral externa (6), a qual é sobreposta por um anel tensor (7) com vazado central (8) concordante com a projeção (4) cilíndrica central, anel tensor (7) esse que possui uma rosca lateral (9) interna compatível com a rosca lateral externa (6) da base (3), possibilitando assim a união não definitiva das peças, base (3) e anel tensor (7). Ainda fazem parte do kit (1) pelo menos uma catarata artificial (10), fabricada com uma goma, que toma lugar no acabamento extremo côncavo (5), uma película (11) laminar que faz o papel da cápsula do cristalino, uma torre (12) de união com rebordo planar (20), em silicone, que se encaixa com certa interferência na projeção (4) cilíndrica, deixando a extremidade de acabamento extremo côncavo (5) à mostra, uma vez que a referida torre (12) de união é vazada (13) em sua porção superior e pelo menos uma lente intraocular (19). Por fim, complementa o kit (1) uma córnea (14) artificial, fabricada em silicone flexível e transparente, dotada de um rebordo (15) escalonado do qual se projeta uma parede que deriva de cilíndrica regular (16) para externamente convexa (17), dessa forma imitando o contorno da córnea humana, cujas dimensões possibilitam perfeito encaixe, com certa interferência, à torre (12) de união.

[0019] Com o kit (1) inovado é possível que um cirurgião em treinamento monte um olho simulado com catarata, bastando, como ilustrado na figura 7, posicionar a catarata artificial (10) no acabamento extremo côncavo (5) da base (3), para então sobrepor a película (11) laminar que faz o papel da cápsula do cristalino, como ilustrado na figura 8. Para que o conjunto catarata artificial (10) e película (11) laminar permaneçam estáticos é utilizada torre de união (12), como ilustrado na figura 9, que também tem a função de espera da córnea (14) artificial que se encaixa com perfeição à referida torre de união (12), como ilustrado na figura 10. O rebordo planar (20) da torre de união (12) aumenta a área de contato com a película (11) laminar e, portanto, otimiza sua fixação, ao passo que o rebordo (15) escalonado favorece a junção e/ou sobreposição da córnea (14) artificial à referida torre de união (12). A montagem do olho simulado com catarata artificial (10) é finalizada com o rosqueamento do anel tensor (7) com vazado central (8) à base (3), como ilustrado na figura 11.

[0020] Com a devida montagem do olho simulado com a catarata artificial (10), o procedimento de treinamento para sua retirada tem início, como ilustrado na figura 13, com o cirurgião realizando uma microincisão (18) na córnea (14) artificial, que por ser transparente permite ao profissional visualizar o campo cirúrgico com perfeição, ou seja, ele tem visão nítida da película (11) laminar que faz o papel da cápsula do cristalino. Através desta microincisão (18) o cirurgião tem condições de fazer uma abertura circular (21) na película (11) laminar deixando a catarata artificial (10) acessível através da referida microincisão (18) por onde ela removida por meios já conhecidos, como ilustrado nas figuras 14 a 16. Com a catarata artificial (10) removida e, por conseguinte, com o acabamento extremo côncavo (5) vazio é implantada, através da microincisão (18), a lente intraocular (19) neste local encerrando assim o procedimento de treinamento.

[0021] A presente inovação se propõe a intenção de abranger todas as alternativas e variações, modificações e equivalentes que possam ser incluídas neste kit de câmara artificial para cirurgia de catarata quando não perceptível um distanciamento do conceito inventivo proposto.