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Patent Searching and Data


Title:
DRUG DISPENSING DEVICE
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2017/187376
Kind Code:
A1
Abstract:
The present application describes a drug dispensing device. The device is comprised of an armband (1), a rigid housing (2), made of polymeric or composite material, with any geometric shape, which separates in two along the longitudinal axis, incorporating therein a capsule (3) containing a concentrated fluid whose geometric shape allows its storage within said housing. The centre of the top of one of the capsule faces contains a valve (8) which, upon being actuated by at least one flexible tab (4), by pressing the mouth of the user, is expelled from the inside of the capsule, allowing him to suck the concentrated fluid contained therein. In this way, the device allows the user to correct the reference values quickly and effectively and thus regain the sense of physical safety while practicing sports in extreme situations or while practicing activities in water environments.

Inventors:
MACHADO PIRES CATARINA SOFIA (PT)
Application Number:
PCT/IB2017/052431
Publication Date:
November 02, 2017
Filing Date:
April 27, 2017
Export Citation:
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Assignee:
MACHADO PIRES CATARINA SOFIA (PT)
International Classes:
A61J1/06; A44C5/00
Foreign References:
US20100237115A12010-09-23
US20150158042A12015-06-11
US20050124945A12005-06-09
Attorney, Agent or Firm:
VIEIRA PEREIRA FERREIRA, Maria Silvina (PT)
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Claims:
R E I V I N D I C A Ç Õ E S

1. Dispositivo dispensador de medicamentos caracterizado por compreender um invólucro rígido (2) constituído por uma peça inferior (9) e por uma peça superior (5), que apresenta no topo da sua superfície pelo menos uma patilha (4) flexível, e onde ambas as peças se encontram conectadas entre sim ao longo do eixo longitudinal do referido invólucro, formando uma espaço interior delimitado pelas faces internas das referidas parte inferior e superior, que acomoda uma cápsula (3) cu a superfície que se encontra em contacto com a face interna da parte superior do invólucro compreende uma válvula (8) disposta no centro do topo da referida face, que se move de forma solidária com a pelo menos uma patilha (4) flexível, através da aplicação de pressão na peça superior do invólucro.

2. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o invólucro rígido (2) é constituído em material polimérico ou compósito.

3. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que as patilhas (4) são simétricas entre si.

4. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a cápsula (3) é constituída em material polimérico.

5. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a peça inferior do invólucro (9) e a peça superior do invólucro (5) compreendem uma reentrância (6) .

6. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, compreendendo um sistema de rosca na ligação entre a peça inferior do invólucro e a peça superior do invólucro .

7. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a peça inferior do invólucro (9) e a peça superior do invólucro (5) são simétricas em capacidade.

8. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a peça inferior do invólucro (9) compreende uma peça em U (11) ·

9. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, em que a peça inferior do invólucro (9) compreende duas perfurações simétricas (17) por onde passa e desliza a banda elástica (10) .

10. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 ou 12, compreendendo uma braçadeira (1) composta por uma banda elástica e por uma banda de velcro, sendo a primeira metade composta pelo lado do gancho (15) e a segunda metade pelo lado do laço (13), ambas assentes numa fita (14) . Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo reivindicação anterior, em que a fita (14) neopreno .

12. Dispositivo dispensador de medicamentos de acordo com a qualquer uma das reivindicações 10 ou 11, em que o extremo da fita (14) contém uma peça de bloqueio (16) .

Description:
DESCRIÇÃO

"Dispositivo dispensador de medicamentos"

Domínio técnico

0 presente pedido descreve um dispositivo dispensador de medicamentos .

Antecedentes

A hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose, ou açúcar, no sangue que afecta sobretudo pessoas portadoras da diabetes ou hipotensão. Os sintomas dão-se de forma inesperada, surgindo de forma incontrolável e repentina, podendo acarretar consequências graves como a perda de consciência, o que pode levar ao estado de coma e, consequentemente, à morte.

As únicas soluções apresentadas hoje em dia ao doente para a correcção de uma hipoglicemia, por parte dos profissionais especialistas na matéria, são os tradicionais pacotes de açúcar que não podem ser transportados para dentro de água porque se diluirão inevitavelmente e que, mesmo fora de água, acabam por se rasgar onde quer que sejam transportados, impossibilitando o seu consumo.

Outras soluções apresentadas hoje em dia para a correcção de uma hipoglicemia passam pela ingestão de rebuçados, extremamente prejudiciais para os dentes, que caducam rapidamente, que ficam colados ao papel ou ao plástico que os envolve, que ficam pegajosos impossibilitando uma vez mais o seu consumo, ou ainda pela ingestão de refrigerantes com alto teor de açúcar de acção rápida, com uma capacidade mínima de 200 ml, que não têm como ser transportados junto ao corpo do doente para dentro de água e, grande parte das vezes, incomodamente fora dela.

Antes de mais, as soluções apresentadas actualmente para a correcção de uma hipoglicemia não contemplam a presença do factor água. É de salientar que em meio aquático existem numerosas adversidades para o doente, nomeadamente a glicose estar forçosamente em terra, dificultando o seu alcance em tempo vital, mas também a impossibilidade do doente transportar consigo, como é aconselhável e corrente, pacotes de açúcar, rebuçados ou refrigerantes, o que impossibilita inevitavelmente a correcção de uma hipoglicemia, representando um risco para a sua vida.

Esta realidade leva o doente à privação de determinadas actividades pelo medo de uma hipoglicemia que coloque a sua vida em risco, inibindo-o, assim, por questões de segurança, de ter acesso à prática de actividades físicas ou de alguns desportos sobretudo em meio aquático.

O dispositivo que agora se divulga permite ultrapassar os problemas mencionados com os dispositivos do estado da técnica e pode ser aplicado a outras finalidades para além da correção da hipoglicemia.

Sumário

O presente pedido descreve um dispositivo dispensador de medicamentos que compreende um invólucro rígido que se separa em dois ao longo do seu eixo longitudinal, constituindo uma peça inferior e uma peça superior compreendendo pelo menos uma patilha, e que armazenam, no espaço interior formado por ambas as peças, uma cápsula que contém uma válvula posicionada no centro da face que se encontra em contacto com a peça superior do invólucro.

Numa forma de realização, o dispositivo dispensador de medicamentos compreende uma braçadeira composta por uma banda elástica e por uma banda de velcro, sendo a primeira metade composta pelo lado do gancho e a segunda metade pelo lado do laço, ambas assentes numa fita.

Numa outra forma de realização, a fita usada no dispositivo dispensador de medicamentos é em neopreno .

Ainda numa outra forma de realização, o invólucro rígido do dispositivo dispensador de medicamentos é constituído em material polimérico ou compósito.

Numa forma de realização, as patilhas do dispositivo dispensador de medicamentos são simétricas entre si.

Numa outra forma de realização, a cápsula do dispositivo dispensador de medicamentos é constituída em material polimérico .

Ainda numa outra forma de realização, a peça inferior do invólucro e a peça superior do invólucro do dispositivo dispensador de medicamentos compreendem uma reentrância.

Numa forma de realização, o dispositivo dispensador de medicamentos compreende um sistema de rosca para a ligação entre a peça inferior do invólucro e a peça superior do invólucro . Ainda numa outra forma de realização, a peça inferior do invólucro e a peça superior do invólucro do dispositivo são simétricas em capacidade, sendo separadas e unidas no eixo longitudinal de simetria.

Numa forma de realização, a peça inferior do invólucro do dispositivo dispensador de medicamentos compreende uma peça em U.

Numa outra forma de realização, a peça inferior do invólucro do dispositivo dispensador de medicamentos compreende duas perfurações simétricas por onde passa e desliza a banda elástica.

Numa outra forma de realização, o extremo da braçadeira contém uma peça de bloqueio, em metal ou outro material resistente, ligeiramente mais larga que esta, de modo a dificultar, mas não impossibilitar, a passagem do extremo desta fita pelo passador, por questões de segurança.

Descrição geral

O presente pedido descreve um dispositivo dispensador de medicamentos. Este dispositivo pode ser transportado de forma amovível à volta do braço, permitindo a imediata correcção dos valores de referência de modo a evitar a perda de consciência do utilizador em situações adversas, como por exemplo em práticas desportivas onde existem numerosas adversidades sobretudo em meio aquático.

Ao longo do presente pedido, considera-se que os valores de referência, dizem respeito aos valores obtidos através de testes de diagnóstico e que permitem o referido diagnóstico e determinação da condição do doente. Ao longo do presente pedido, considera-se ainda que o fluido ou medicamento diz respeito ao fluido, sólido, gel ou pó que permite ao utilizador corrigir os seus valores de referência para a faixa normal e dessa forma ultrapassar os sintomas da doença .

A tecnologia agora divulgada diz respeito a um dispensador de medicamentos, leve, de pequenas dimensões e adaptável, portador de pelo menos uma cápsula impermeabilizada, substituível, que contém um fluido concentrado, transportado de forma prática e amovível à volta do braço, permitindo a imediata correcção dos valores de referência de modo a evitar a perda de consciência do doente em situações adversas, tais como práticas desportivas onde existem numerosas adversidades sobretudo em meio aquático, nomeadamente: o fluido ou medicamento estar inevitavelmente em terra, dificultando o seu alcance, por parte do doente em tempo vital, por um lado, e, por outro, a impossibilidade de transportar, como é corrente, pacotes de açúcar, medicamentos ou outros produtos, junto ao corpo porque, na água, se diluirão, impossibilitando a correcção dos valores de referência, implicando a colocação da sua vida em risco.

A cápsula é substituível e pré-cheia com a quantidade necessária e regulamentada para corrigir os valores de referência, o que implica, inevitavelmente, uma maior segurança e uma maior higiene (o fluido está inevitavelmente "esterilizado") e segurança da qualidade e função do fluido ingerido. O facto de a cápsula ser substituível constitui uma vantagem face aos dispositivos que necessitam de ser reenchidos, já que a glicose e outros produtos, devido à sua viscosidade ou quantidade de açúcar, fazem com que as paredes dos referidos dispositivos fiquem cada vez mais obstruídas, o que impede o seu reenchimento futuro .

Este dispositivo passa a permitir ao utilizador ter sempre em sua posse e ao seu alcance o fluido ou medicamento que lhe vai permitir corrigir os valores de referência para a faixa normal, o que se reflecte na melhoria da qualidade de vida, na superação do medo, na conquista do sentido de auto-confiança e liberdade necessárias à realização de simples actividades do quotidiano mas sobretudo à prática de desportos em situações extremas e em meio aquático, sem riscos para a sua saúde ou vida.

Este dispositivo é transportado junto ao corpo, preferencialmente à volta do braço e compreende no seu interior uma cápsula que contém o fluido ou medicamento, sendo que a cápsula é composta por um material resistente e impermeável não só à água mas também a diferentes níveis de humidade e a gases, sendo igualmente submergível, podendo também ser sujeita a altas e baixas temperaturas, altas e baixas pressões e altitudes, garantindo a constante preservação do conteúdo da cápsula. O material utilizado nesta cápsula será qualquer um incluído nos regulamentos relativos a materiais destinados a entrar em contacto com os alimentos e/ou produtos farmacêuticos.

Desta forma, o dispositivo permite ao utilizador recuperar o sentido de segurança física na prática de alguns desportos em situações extremas, como por exemplo alpinismo, pára-quedismo, asa-delta, parapente, hóquei ou jogging e, particularmente, à prática de actividades em meio aquático, tais como surf, mergulho, windsurf, kitesurf, remo, bodyboard, canoagem, rafting, paddle board, triatlo, mergulho ou, simplesmente, andar de barco, banhar- se na água do mar, lago ou rio, de forma segura, sem colocar a sua saúde ou vida em risco.

O dispositivo apresentado é dese avelmente leve, de pequenas dimensões e adaptável, podendo ser ajustado para se colocar à volta do braço do utilizador, por intermédio de uma braçadeira, a qual poderá compreender uma banda de velcro, onde a primeira metade é composta pelo lado do gancho e a segunda metade pelo lado do laço, ambas assentes num elastómero, por exemplo fita de neopreno ou semelhante, de modo a permitir a regulação do diâmetro ao braço do utilizador, através de um passador, e outra parte composta por uma banda elástica.

O dispositivo compreende um invólucro rígido, elaborado em material polimérico ou compósito, com uma qualquer forma geométrica, que se separa em dois no eixo longitudinal, resultando em duas peças com a mesma capacidade: uma peça inferior, côncava, cuja face exterior se encontra dotada de meios que permitem a passagem e o deslize de uma banda elástica que favorece a fixação do dispositivo ao membro do utilizador, e uma peça superior, convexa, que apresenta no seu topo pelo menos uma patilha flexível. As patilhas são flexíveis de modo a permitir pressionar a cápsula para expelir a válvula.

Em alternativa, a peça inferior do invólucro pode passar a compreender duas perfurações simétricas por onde passa e desliza a banda elástica. No caso de serem utilizadas mais do que uma patilha na peça superior do invólucro, a sua disposição poderá ser simétrica entre si, em que as extremidades afunilam para o centro do topo da peça sem se tocarem. O presente dispositivo compreende igualmente uma cápsula cu a forma geométrica lhe permite estar confinada no espaço interior constituído por ambas as peças do invólucro, a referida cápsula contendo um fluido ou medicamento. Esta cápsula pode ser elaborada num material polimérico maleável e resistente, apto para uso alimentar ou medicinal, impermeável à água e aos gases, submergível, podendo ser sujeito a altas e baixas temperaturas, altas e baixas pressões, mas também a diferentes níveis de humidade. Este material pode ser sintético como o polietileno de baixa densidade (PEBD) ou natural, derivado de celulose, caseína ou borracha. O PEBD é atóxico, flexível, leve, inerte (ao conteúdo) , impermeável ao oxigénio e oferece protecção à humidade conservando a sua flexibilidade até baixas temperaturas (-50°C) . O material empregue pode ser multi-camadas incluindo vários materiais de plástico e alumínio, actuando esta última camada como protectora de luz, oxigénio e cheiros fétidos. No centro do topo de uma das faces da cápsula, que se encontra em contacto com a peça superior do invólucro, está posicionada uma válvula que, ao ser accionada por pelo menos uma patilha flexível, através da pressão da boca do utilizador, permite expelir do interior da cápsula o fluido ou medicamento nela contido, que uma vez ingerido possibilita ao utilizador a correcção dos valores de referência de forma rápida e eficaz.

No centro de uma das faces da cápsula que se encontra em contacto com a peça superior do invólucro, está posicionada uma válvula. Esta válvula é accionada com a pressão da boca do utilizador exercida sobre a própria cápsula através da pressão de pelo menos uma patilha flexível. Deste modo a válvula é expelida do interior da cápsula, permitindo sugar o fluido ou medicamento contido no seu interior que, uma vez ingerido, possibilita ao utilizador a correcção dos valores de referência de forma rápida e eficaz.

A válvula presente na cápsula está, em condições normais de não utilização, protegida pelo invólucro, em particular pela sua peça superior, e pelo material da própria cápsula no qual se encontra recolhida até à sua expulsão, impedindo que esta seja danificada em situações de cenários ou desportos mais radicais, fora ou dentro de água. Só quando accionada, através da pressão das patilhas sobre a própria cápsula, a válvula é expelida ficando externa ao limite da peça superior do invólucro estando acessível ao utilizador que assim poderá sugar o fluido ou medicamento contido na cápsula .

O recurso a uma válvula presente na cápsula constitui a configuração mais segura, fácil e intuitiva de manusear o dispositivo tendo em conta o seu cenário de aplicação. Com efeito, trata-se de uma estratégia que evita o recurso a uma pluralidade de peças não unidas que se teriam, por exemplo, de desatarraxar, desencaixar ou desprender de modo a liberar o acesso ao fluido contido na cápsula, o que implicaria, necessariamente, uma maior dificuldade/complexidade no manuseamento do dispositivo em si, mas também um maior risco para a segurança do seu utilizador. Ao invés, por via da referida válvula, o dispositivo funciona por ação de pressão, o que poderá ser provocado pela boca do utilizador, mesmo dentro de água, não precisando obrigatoriamente de nenhuma mão para pressionar a cápsula. Para tal contribui a acção das patilhas flexíveis, presentes na parte superior do invólucro, que de forma solidária com a pressão exercida, permitem expelir a válvula. O facto de este dispositivo ser "mãos-livres" vai permitir a prática de despostos como alpinismo, kitesurf, windsurf, entre outros, nas quais as mãos são indissociáveis da prática deste tipo de actividades.

O fluido ou medicamento contido na cápsula apresenta-se no caso do fluido com uma densidade gelatinosa, compreendida entre 1,3 e 1,8 g/mL, de modo a não verter nem haver qualquer tipo de risco de se diluir caso entre em contacto directo com a água, na eventualidade de qualquer imprevisto, de modo a que o dispositivo seja sempre utilizado com a maior segurança possível.

Contrariamente aos métodos actualmente existentes, este dispositivo dispensador de medicamentos apresenta um carácter inovador porque, antes de mais, contempla o factor humidade, podendo ser inclusivamente submerso, em virtude das características que a sua cápsula interior apresenta, sendo esta impermeável e os restantes materiais utilizados não absorvem água ou secam rapidamente devido ao seu revestimento hidrofóbico. Este dispositivo é igualmente de fácil uso e transporte, leve, compacto, prático e adaptável à dimensão de qualquer utilizador.

O dispositivo dispensador para além de ser impermeável e submergível, é igualmente impermeável a diferentes níveis de humidade e a gases, podendo também ser sujeito a altas e baixas temperaturas, altas e baixas pressões e altitudes, de modo a poder abranger vários meios e diferentes condições atmosféricas, garantindo a constante preservação do conteúdo da cápsula.

O carácter de adaptabilidade deste dispositivo apresenta, por um lado, a mais-valia de se adaptar à constituição física e às dimensões do braço de cada utilizador, desde criança à idade adulta, existindo diferentes tamanhos de braçadeira, por outro, poder ser adaptável à estrutura de uma bicicleta, por exemplo, a um capacete, para não ter de ser obrigatoriamente colocado junto ao corpo mas sempre junto ao utilizador para sua segurança.

O dispositivo apresenta flexibilidade de uso dado que as cápsulas, suportadas pelo dispositivo, são substituíveis, o que por um lado o torna mais ecológico, e por outro leva a uma maior durabilidade do dispositivo no seu todo, em oposição aos métodos hoje em dia aconselhados para a correcção de valores de referência, pouco práticos, pouco fiáveis, pouco resistentes e impossíveis de serem transportados para dentro de água. Assim, o utilizador poderá ter sempre em sua posse as cápsulas com o fluido ou medicamento que poderão ser igualmente transportadas dentro de uma mochila, de uma carteira, de um bolso, permitindo a qualquer doente adaptá-las ao seu estilo de vida, também na prática das simples actividades do quotidiano, sempre em total segurança.

Para além destes factores, a tecnologia agora desenvolvida tem igualmente em conta a realidade actual, pelo que este dispositivo dispensador de medicamentos procura dar resposta a uma carência existente e encontrar uma solução fiável, viável e plausível para um público que ascende a vários milhões de utilizadores, com elevada tendência a crescer se se tiver em conta os actuais estilos de vida e os actuais hábitos alimentares, bem como o facto da obesidade infantil ter vindo a aumentar consideravelmente, podendo levar à diabetes ou à hipotensão.

Desta forma, para além das questões de segurança física acima mencionadas, este dispositivo pretende igualmente participar na melhoria da qualidade de vida do utilizador, ajudando-o a superar o sentimento de insegurança e de medo, características inevitáveis deste tipo de doenças aquando expostos a determinados cenários, e ajudá-lo na conquista de um novo sentido de confiança em total segurança.

Descrição das Figuras

Para uma mais fácil compreensão da técnica juntam-se em anexo as figuras, as quais, representam realizações preferenciais que, contudo, não pretendem limitar o objeto do presente pedido.

A figura 1 descreve uma representação esquemática em axonometria explodida do dispositivo com todos os seus diferentes constituintes, em que os números de referência são relativos a:

1 - braçadeira;

2 - invólucro ;

3 - cápsula;

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro ;

6 - reentrância;

7 - sistema de rosca;

8 - válvula;

9 - peça inferior do invólucro ;

10 - - banda elástica; 11 - peça em U;

12 - passador;

13 - laço;

14 - fita;

15 - gancho;

A figura 2 descreve uma representação esquemática da vista frontal do invólucro do dispositivo ilustrado na Figura 1, em que os números de referência são relativos a:

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro;

7 - sistema de rosca;

9 - peça inferior do invólucro;

10 - banda elástica;

11 - peça em U.

A figura 3 descreve uma representação esquemática da vista lateral do invólucro do dispositivo ilustrado na Figura 1, em que os números de referência são relativos a:

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro;

6 - reentrância;

7 - sistema de rosca;

9 - peça inferior do invólucro;

10 - banda elástica.

A figura 4 descreve uma representação esquemática da vista de topo do invólucro onde está indicada a marcação de um corte A-A' , em que os números de referência são relativos a :

3 - cápsula;

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro; 6 - reentrância;

8 - válvula;

10 - banda elástica.

A Figura 5 descreve uma representação esquemática dos cortes transversais do invólucro do dispositivo, montadas como seguidamente se descreve:

- a imagem a) é uma vista do invólucro no corte AA' , sem a cápsula no seu interior;

- a imagem b) é uma vista do invólucro no corte AA' , com a cápsula no seu interior;

- a imagem c) é uma vista do invólucro no corte AA' , com as patilhas a comprimir a cápsula no seu interior, fazendo activar a respectiva válvula e soltar o seu conteúdo, em que os números de referência são relativos a:

3 - cápsula;

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro;

8 - válvula;

9 - peça inferior do invólucro;

10 - banda elástica;

11 - peça em U.

A figura 6 descreve uma representação esquemática em perspectiva do invólucro do dispositivo em que o invólucro está aberto sem cápsula, em que os números de referência são relativos a:

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro;

6 - reentrância;

7 - sistema de rosca;

9 - peça inferior do invólucro. A figura 7 descreve uma representação esquemática em perspectiva do invólucro do dispositivo em que o invólucro está totalmente fechado com a cápsula no seu interior, com a válvula por activar, em que os números de referência são relativos a:

3 - cápsula;

4 - patilha;

5 - peça superior do invólucro ;

6 - reentrância;

7 - sistema de rosca;

8 - válvula;

9 - peça inferior do invólucro ;

A figura 8 descreve uma representação esquemática em perspectiva da cápsula a inserir no interior do invólucro com a válvula embutida, por activar, em que que os números de referência são relativos a:

3 - cápsula;

8 - válvula.

A figura 9 descreve uma representação esquemática em perspectiva da cápsula a inserir no interior do invólucro com a válvula para cima, ativada, em que que os números de referência são relativos a:

3 - cápsula;

8 - válvula.

A figura 10 descreve uma representação esquemática em axonometria explodida do dispositivo com todos os seus diferentes constituintes, em que os números de referência são relativos aos da figura 1, apresentando uma outra forma de realização da tecnologia, em que que os números de referência são relativos a: 16 - peça em metal ou outro material resistente.

17 - peça inferior do invólucro do dispositivo dispensador de medicamentos que compreende duas perfurações simétricas por onde passa e desliza a banda elástica.

Descrição de formas de realização

Fazendo referência às figuras, vai agora proceder-se à descrição de formas de realização da tecnologia com o auxilio dos desenhos anexos, as quais não pretendem contudo limitar o âmbito do presente pedido.

O presente pedido descreve um dispositivo dispensador de medicamentos. Este dispositivo é leve, de pequenas dimensões e adaptável, podendo ser colocado à volta do braço do utilizador. Nesta forma de realização, em volta do braço do utilizador, o dispositivo é compreendido por uma braçadeira (1) composta por uma banda de velcro, sendo a primeira metade composta pelo lado do gancho (15) e a segunda metade pelo lado do laço (13), ambas assentes numa fita (14) que pode ser em neopreno, de modo a permitir a regulação do diâmetro ao braço do utilizador através de um passador (12), e outra parte composta por uma banda elástica (10) .

Em alternativa, o extremo desta fita (14) contém uma peça de bloqueio (16), em metal ou outro material resistente, ligeiramente mais larga que esta, de modo a dificultar, mas não impossibilitar, a passagem do extremo desta fita pelo passador (12), por questões de segurança.

O dispositivo é compreendido por um invólucro rígido (2), constituído em material polimérico ou compósito, sendo de forma preferencialmente esférica, achatada nos poios, que se divide em duas peças, superior e inferior, ao longo do seu eixo longitudinal de simetria, cu a conexão entre ambas se faz, por exemplo, através de um sistema de rosca (7) . Num modo particular de realização, as referidas peças, superior e inferior, apresentam a mesma capacidade.

A peça inferior do invólucro (9) e a peça superior do invólucro (5) contêm, perpendicularmente à banda elástica, em dois dos lados opostos, simetricamente, uma pequena reentrância (6) que terá de coincidir aquando da união destas duas peças que compõem o invólucro, de modo a assegurar o devido fecho por questões de segurança. Esta reentrância (6) garante assim que o invólucro é totalmente estanque .

A peça inferior do invólucro (9), de forma semi-esférica achatada no respetivo polo, côncava, compreende meios que possibilitam a passagem e deslize da banda elástica (10) na sua face exterior, como por exemplo, contendo simetricamente na sua base, uma peça em U (11) de modo a permitir o acoplamento do dispositivo ao membro do utilizador. Em alternativa, a peça inferior do invólucro (9) pode passar a compreender duas perfurações simétricas (17) por onde passa e desliza a banda elástica (10) .

A peça superior do invólucro (5), de forma semi-esférica achatada no respetivo polo, convexa, é composta no seu topo, por pelo menos uma patilha (4) flexível que acompanha a curvatura da própria semi-esfera achatada. No caso de serem usadas mais do que uma patilha, a sua disposição poderá ser simétrica entre si, sendo que nesse caso a extremidade de cada uma das patilhas é arredondada e afunila para o centro do topo da peça sem se tocar, permitindo ter acesso à válvula da cápsula que se encontra no interior do invólucro (2) quando este se encontra fechado .

O presente dispositivo é igualmente composto por uma cápsula (3) que contém fluido ou medicamento, também ela preferencialmente de forma esférica e achatada nos poios, de modo a se dispor no interior do invólucro. Esta cápsula (3) é constituída por um polímero maleável e resistente, apto para uso alimentar ou medicinal, impermeável à água e aos gases, submergível, podendo ser sujeita a altas e baixas temperaturas, altas e baixas pressões, mas também a diferentes níveis de humidade.

No centro do topo de uma das faces da cápsula que se encontra em contacto com a peça superior do invólucro, está posicionada uma válvula. Esta válvula é accionada com a pressão da boca do utilizador exercida sobre a própria cápsula através da pressão de pelo menos uma patilha flexível. Deste modo a válvula é expelida do interior da cápsula, permitindo sugar o fluido ou medicamento contido no seu interior que, uma vez ingerido, possibilita ao utilizador a correcção dos valores de referência de forma rápida e eficaz.

Num modo particular de realização, a cápsula (3) é constituída por um polímero maleável e resistente, apto para uso alimentar ou medicinal, impermeável à água, à humidade e aos gases, podendo a cápsula ser submersa até uma profundidade de -30 metros, ser sujeita a temperaturas variáveis entre os -25°C e os 45°C, diferentes pressões, altitudes e níveis de humidade de modo a poder abranger vários meios e diferentes condições atmosféricas.

A substância incluída no interior da cápsula é um fluido ou medicamento adaptado às necessidades do utilizador. Como exemplo, poderá ser utilizado xarope de glicose, anti- hipertensores , entre outros.

Aquando da colocação da cápsula (3) no interior do invólucro (2), a face que contém a válvula (8) terá de ser aquela em contacto com o interior da peça superior do invólucro (5), de modo à válvula (8) poder estar acessível para poder ser pressionada pela patilha (4) flexível e assim libertar o seu conteúdo.

Desta forma, o dispositivo dispensador de medicamentos permite a devida correcção dos valores de referência de modo extremamente rápido e eficaz por parte do seu utilizador em situações adversas, nomeadamente na prática de actividades e desportos considerados de risco, como por exemplo alpinismo, pára-quedismo, asa-delta, parapente, hóquei ou jogging e, particularmente, na prática de actividades ou desportos em meio aquático, tais como surf, mergulho, windsurf, kitesurf, remo, bodyboard, canoagem, rafting, paddle board, triatlo, mergulho ou, simplesmente, andar de barco, banhar-se na água do mar, lago ou rio, de forma segura, sem riscos para a sua saúde ou vida.

A presente tecnologia não é, naturalmente, de modo algum restrita às formas de realizações descritas neste documento e uma pessoa com conhecimentos da área poderá prever muitas possibilidades de modificação da tecnologia sem se afastar da ideia geral, tal como definido nas reivindicações. Todas as formas de realização acima descritas são obviamente combináveis entre si. As seguintes reivindicações definem adicionalmente formas de realização preferenciais .