[001] Refere-se a presente patente de invenção a um equipamento de proteção pessoal antimotim, que possui na sua face externa garras táticas (1) fixadas em uma parte têxtil (2) que é presa no antebraço e nas mãos do indivíduo para bloquear golpes e objetos durante combates, protegendo a integridade física dos envolvidos, seja do agressor ou do agente de segurança. Inserido no campo técnico de equipamentos de defesa pessoal urbana, o aparato foi desenvolvido para atuar como uma ferramenta útil e versátil em situações de autoproteção.

Descrição do estado da técnica:

[002] A Defesa Pessoal é uma disciplina composta por exercícios de combate corpo a corpo que compila uma série de técnicas e de golpes provenientes, como por exemplo das artes marciais, com a finalidade de capacitar o civil ou agente de segurança a se defender em momentos em que o uso da arma de fogo é ilegal ou restrito. A inclusão desta disciplina nos currículos do exército e das polícias surgiu a partir da necessidade de treinar e de disciplinar seus agentes em exercícios que replicam a guerra por outros meios, tornando corpo e pessoa aptos a agirem e a se adaptarem de forma eficaz ao campo de batalha ou à realidade do ofício enfrentada nas ruas.

[003] Em decorrência da violência presente no dia-a-dia, eventualmente se faz necessário o uso de objetos para coibir a ação de agressores, respeitando, quando possível, a equivalência do uso do gradiente de força, em especial para as pessoas que trabalham na área de segurança seja pública ou privada. Estes profissionais devem usar um gradiente de força que mostra alternativas que seguem o preceito de uso proporcional, estando desta forma amparados nos aspectos morais e legais. O uso excessivo, indevido ou arbitrário de força que causem danos físicos ou morais, não deve ser permitido pela sociedade civil e precisam ser fiscalizados pelos órgãos responsáveis pela manutenção da ordem e do estado de direito que preservem os direitos individuais.

[004] Protestos, manifestações, comícios, passeatas, greves e encontros semelhantes são meios para que uma massa de pessoas possa expressar publicamente o mesmo ponto de vista. Eventos de grande visibilidade, reuniões e conferências para determinadas organizações globais atraem, frequentemente, manifestantes em busca de reivindicar seus ideais. Embora a maior parte desses encontros permaneça sobre controle e seja pacífica, a convergência e influência de ativistas locais, nacionais ou mesmo internacionais e de grupos de afinidade podem resultar em agitação, incêndio, vandalismo, motins ou distúrbios civis em grande escala.

[005] As táticas para controle de motins e de manifestações a fim de manter a ordem e preservar a vida humana e os bens matérias de inocentes vêm se desenvolvendo nas últimas décadas. O uso de dispersantes como bombas de efeito moral e sprays de pimenta se tornam elementos indispensáveis no arsenal dos agentes de segurança pública. Em algumas situações o combate corpo a corpo se faz como o único meio para reprimir vândalos e agressores, nestas situações é imprescindível que o agente tenha a sua disposição equipamentos que o auxiliem para executar a tarefa de maneira eficiente e preservando a vida dos envolvidos.

[006] Bastões, tonfas e cassetetes são alguns dos materiais táticos disponíveis, além de coletes e luvas táticas, tendo em vista que as mãos são uma das partes do corpo com maior chance de sofrerem lesões, uma vez que são usadas para se defender e para manusear diversos tipos de objetos. Estes equipamentos são essenciais para manter a integridade física dos agentes de segurança.

[007] Apesar da grande quantidade de objetos para autodefesa disponíveis, é raro encontrar equipamentos que resguardam a vida dos agentes de segurança durante combates corpo a corpo, em situações que envolva aglomerações de pessoas, e ao mesmo tempo não sejam letais ou possam ocasionar danos graves aos envolvidos. Apesar disto foi possível encontrar alguns pedidos de patentes com esta proposta, porém retratam equipamentos destoantes da presente patente, como se pode observar em:

[008] BR 1120140114200 que d ivulga um dispositivo de proteção a ser usado em torno do pulso do usuário para auxiliar na autoproteção contra uma agressão física e para ajudar e/ou escoltar uma pessoa. [009] CN201993031U que fornece um bastão de autodefesa de prevenção de ataques que compreende uma extremidade de agarrar e uma extremidade de bater, em que anéis de dedo correspondentes a um dedo indicador, um dedo do meio, um dedo anelar e um dedo mindinho estão ainda dispostas na extremidade de agarrar.

[0010] PI 0416022-3 que apresenta aperfeiçoamentos em cassetetes, bastões e varas de proteção, caracterizado pelo fato de uma parte do cabo possuir uma extremidade livre e uma cavidade com um eixo geométrico central e uma espaço vazio para armazenar objetos internamente.

Breve descrição do objetivo:

[0011] A presente patente de invenção tem como objetivo oferecer um novo equipamento de proteção pessoal antimotim denominado "sttun block", que possui na sua face externa garras de pressão (1) para bloquear ataques e objetos protegendo a integridade física e moral do agressor e do agente de segurança. O equipamento é dividido em outras duas partes: uma têxtil (2) com cintas e travas reguláveis de alta resistência e duas proteções (para o antebraço e para as mãos) feitas de polímeros injetáveis com alta resistência ao impacto, seus detalhes podem ser melhor compreendidos pela seguinte descrição detalhada em consonância com as figuras em anexo, onde:

A figura 1 representa um desenho esquemático da vista frontal do equipamento de proteção pessoal antimotim, evidenciando suas três partes: uma garra de pressão (1), uma parte têxtil (2) com cintas e travas reguláveis de alta resistência e as proteções para as mãos e o antebraço (3).

Afigura 2 identifica a garra de pressão (1) isolada da parte têxtil, em uma vista frontal.

Afigura 3 revela uma foto de um indivíduo trajando o equipamento antimotim tático, no qual (1) refere-se a garra de pressão, (2) a parte têxtil com cintas e travas reguláveis de alta resistência e (3) as proteções para as mãos e o antebraço. Descrição detalhada da invenção:

[0012] O equipamento de defesa pessoal antimotim possui na sua face externa garras de pressão fabricadas a partir de polímeros rígidos e de alta densidade, como o policarbonato, e possuem formato anatômico para facilitar um melhor desempenho nos bloqueios em combate, protegendo a integridade física e moral do agressor e do agente de segurança.

[0013] As garras são fixadas a parte têxtil por meio de rebites. Na face interna, possui revestimento de espuma de polietileno, para absorção de impacto com malha e linha em poliéster oferecendo conforto e transposição de líquidos. As cintas com travas ajustáveis e reguláveis de alta resistência também são fixadas com rebites.

[0014] O equipamento pode ser concebido em três partes sendo duas feitas com polímeros injetados: uma garra tátil de pressão (1) para bloqueio de golpes e/ou objetos e proteções para as mãos e o antebraço (3). A outra parte feito com material têxtil (2) com cintas e travas reguláveis de alta resistência para ajuste individual.

[0015] A garra tátil (1), em sua configuração principal, possui furos em sua estrutura para reduzir o seu peso sem prejudicar sua resistência mecânica. O que aumenta sua eficiência em combate. O aparato pode ser fabricado com diversas dimensões, de acordo com o porte físico da pessoa que irá utilizar.

[0016] A garra tática foi desenvolvida para melhorar a qualidade profissional do agente de segurança, já que ele vai carregar menos equipamentos e menos peso. O melhor é que a eficiência do equipamento em termos de combate está nele mesmo. O equipamento fica acoplado ao braço do profissional, fazendo com que possa ser usado em qualquer momento.

[0017] O equipamento, também denominado como "sttun block” foi desenvolvido para confronto em distúrbios urbanos, melhorando a performance do combate tático e de proteção do agente de segurança. Não havendo o uso necessário do cassetete, tonfa, armas brancas ou outros equipamentos que possam gerar uma situação de letalidade no conflito.