Login| Sign Up| Help| Contact|

Patent Searching and Data


Title:
ACTIVE ANTI-HYPERGLYCAEMIC AND ANTI-OBESITY PHYTOTHERAPEUTIC COMPOUND
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2011/035402
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to a product and a method for extracting a Plathymenia sp. extract, and to the preparation of an active phytotherapeutic compound, pertaining to the pharmaceutical field, for use in delaying the onset and/or inhibiting diabetes mellitus and obesity. The method for extracting and preparing the active phytotherapeutic compound can be carried out with an aqueous or hydro-alcoolic medium, and the effects thereof have been verified by scientific tests, including phytochemical tests.

Inventors:
OLIVEIRA MAGALHAES FERNANDA (BR)
UBER BUCEK ELIZABETH (BR)
IBLER BERNARDO CERO PATRICIA (BR)
NAME THIAGO FELIPPE (BR)
Application Number:
PCT/BR2010/000320
Publication Date:
March 31, 2011
Filing Date:
September 24, 2010
Export Citation:
Click for automatic bibliography generation   Help
Assignee:
SOCIEDADE EDUCACIONAL UBERABENCE (BR)
OLIVEIRA MAGALHAES FERNANDA (BR)
UBER BUCEK ELIZABETH (BR)
IBLER BERNARDO CERO PATRICIA (BR)
NAME THIAGO FELIPPE (BR)
International Classes:
A61K36/48; A61P3/04; A61P3/06; A61K129/00
Other References:
RAMOS ET AL.: "Investigation of the antimycobacterial activity of 36 plant extracts from the brazilian Atlantic Forest", BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACEUTICAL SCIENCES, vol. 44, no. 4, 2008, pages 669 - 674
FERNANDES ET AL.: "Atividade antimicrobiana das plantas Plathymenia reticulata, Hymenaea courbaril e Guazuma ulmifolia"
REVISTA DE PATOLOGIA TROPICAL, vol. 34, no. 2, 2005, pages 113 - 122
FERNANDES ET AL.: "''Atividade farmacologica dos extratos obtidos da Plathymenia reticulata Benth (leguminosae).", DISSERTARAO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS MEDICAS PELA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS, 2002
CORREA ET AL.: "Plantas Medicinais: do cultivo a terapeutica", MODO DE PREPARO DAS PLANTAS MEDICINAIS - FORMULACOES DE USO INTERNO., 2008
Attorney, Agent or Firm:
SILVEIRA TAVARES, Renata (BR)
Download PDF:
Claims:
REIVINDICAÇÕES

(1) Composto Ativo Fitoterápico Antihiperglicêmico e Antiobesidade, caracterizado por ser produto a base de planta do cerrado denominada Plathymenia sp, a ser utilizado no retardo do aparecimento e/ou inibição do diabetes mellitus e obesidade, retardo da progressão e tratamento do diabetes mellitus, por meio do controle da hiperglicemia e da obesidade, cujo processo de extração e preparação pode se dar em meio aquoso ou hidroalcoólico, aos quais foram realizadas pesquisas, inclusive fitoquímicas, comprobatórias dos seus efeitos.

(2) Composto Ativo Fitoterápico Antihiperglicêmico e Antiobesidade, conforme reivindicação 1, caracterizado pelo processo de extração do produto a base de planta do cerrado - Plathymenia sp, em meio aquoso, de acordo com as especificações da Farmacopéia Brasileira, por meio da maceração com renovação de solvente/água destilada, a frio (5o C), ao abrigo da luz, a uma proporção de 1 :10 (p/v) a partir da entrecasca fresca fragmentada, filtrado e posteriormente conservada a -20°C, obtido na concentração de 200mg/ml, a ser utilizado no retardo do aparecimento e/ou inibição do diabetes mellitus e obesidade, retardo da progressão e tratamento do diabetes mellitus, por meio do controle da hiperglicemia e da obesidade.

(3) Composto Ativo Fitoterápico Antihiperglicêmico e Antiobesidade, conforme reivindicação 1, caracterizado pelo processo de extração do produto a base de planta do cerrado - Plathymenia sp, em meio hidroalcoólico, de acordo com as especificações da Farmacopéia Brasileira, quando o pó, após a pulverização, foi condicionado em frascos de vidro de aproximadamente 5 litros e adicionados 2 litros de álcool hidratado (álcool etílico comercial, teor por volume/94,6%). Após macerado por aproximadamente 15 dias o líquido foi separado por filtração utilizando funil de vidro e papel filtro e colocado em outro frasco passando por funil de vidro com papel filtro para separação da fase líquida do pó. Após a filtração foi obtido aproximadamente 2000mL de cada extrato e acrescentado 1 OOOmL de álcool etílico aos garrafões, deixando macerar por mais 15 dias. Após a extração por maceração passou-se à evaporação do solvente, quando o extrato diluído foi colocado no Rotavapor, para evaporação dos resíduos e do álcool a ser utilizado no retardo do aparecimento e/ou inibição do diabetes mellitus e obesidade, retardo da progressão e tratamento do diabetes mellitus, por meio do controle da hiperglicemia e da obesidade.

(4) Composto Ativo Fitoterápico Antihiperglicêmico e Antiobesidade, conforme reivindicações 1 a 3, caracterizado por possuir efeito terapêutico quanto ao retardo do aparecimento e/ou inibição do diabetes mellitus e obesidade, retardo da progressão e tratamento do diabetes mellitus e da obesidade, por meio do controle da hiperglicemia, a ser administrado por meio comprimido, drágeas, suspensão etc.

Description:
"COMPOSTO ATIVO FITOTERÁPICO ANTIHIPERGLICÊMICO E

ANTIOBESIDADE"

O Composto Ativo Fitoterápico Antihiperglicêmico e Antiobesidade, refere-se a um produto a base de planta do cerrado denominada Plathymenia sp, que se aplica a área da indústria farmacêutica para ser utilizado no retardo do aparecimento e/ou inibição do diabetes mellitus e obesidade, retardo da progressão e tratamento do diabetes mellitus, por meio do controle da hiperglicemia e da obesidade, cujo processo de extração e preparação pode se dar em meio aquoso ou hidroalcoólico, aos quais foram realizadas pesquisas, inclusive fitoquímicas, comprobatórias dos seus efeitos.

O Diabetes Mellitus é uma das doenças crónicas mais comuns no mundo. Segundo a Federação International do Diabetes, 06% (seis por cento) da população mundial têm diabetes, sendo mais de 246 milhões de pessoas. Se nada for feito, a projeção é que, em menos de 20 anos, o total de pacientes chegue a 380 milhões.

Além disso, a Organização Mundial de Saúde atribui o óbito de 3,8 milhões de pessoas, em 2007, às complicações do diabetes (ver em FRAIGE FILHO F A síndrome metabólica e a epidemia de doença cardiovascular. Revista Diabetes Clínica, maio/junho. 2005, Rio de Janeiro, Atlântica, n.3, v.9, p.148).

No Brasil, existem mais de cinco milhões de portadores de diabetes melittus, dos quais metade desconhece o diagnóstico. A doença acomete igualmente homens e mulheres, é progressiva, silenciosa e atinge vários órgãos. Há estimativas de que, em 2025, a doença atingirá 11,6 milhões de indivíduos no Brasil, estando o país entre os dez do mundo com a maior prevalência da doença. O Diabetes Melittus compreende um grupo heterogéneo de distúrbios metabólicos, de múltiplas etiologias, caracterizado pela presença de hiperglicemia crónica acompanhada de alterações no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. A hiperglicemia em longo prazo está associada com alterações tissulares denominadas complicações crónicas da moléstia, as quais afetam vários órgãos, em especial os olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.

O Diabetes Mellitus é classificado em tipo 1 e tipo 2. O tipo 1 é uma patologia caracterizada por excesso de glicose no sangue, devido a ausência total de insulina, causado por destruição de mais de 90% de célula B pelas células imunológicas, ou seja, é consequência de doença auto-imune, em que tais anticorpos são sequela de uma doença virai tida na infância e estes reagem contra as células B do próprio organismo. O início da doença é abrupto e o quadro clínico exuberante.

O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM 2) representa cerca de 90 a 95% dos casos de diabetes mellitus diagnosticados, e consiste na desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia crónica, com distúrbios no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, originários de uma defeituosa secreção e/ou ação da insulina nos tecidos-alvo (ver em VASQUES ACJ et al. Influência do excesso de peso corporal e da adiposidade central na glicemia e no perfil lipídico de pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2. Arq Bras Endocrinol Metab 2007, vol.51, n.9, pp. 1516-1521). É uma doença metabólica complexa, multifatorial e de presença global, que afeta a qualidade e o estilo de vida dos acometidos, podendo levar a uma redução pronunciada na expectativa de vida.

O Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 é um grupo heterogéneo de distúrbios metabólicos caracterizado por hiperglicemia crónica resultante de uma diminuição da ação e secreção de insulina. Apesar de fatores ambientais terem um papel importante na determinação de risco para o desenvolvimento da doença, há claras evidências que a sua susceptibilidade é determinada por fatores genéticos (ver em FERREIRA, SRG É tempo de atualizar o nome do diabetes mellitus tipo 2? Arq Bras Endocrinol Metab 2005, vol.49, n.2, pp. 330- 331).

A identificação de uma condição patológica na qual a "carne dos membros se derretia em urina" ocorreu há mais de 1.700 anos (Aretaeus, 300 DC). A evolução do conhecimento científico sobre esta condição levou à denominação de diabetes mellitus há centenas de anos atrás (Willis, 1674). À semelhança de outras ciências, a progressão do conhecimento sobre diabetes tem ocorrido em progressão geométrica. E mais, um mesmo indivíduo pode ter "dois diabetes" se tiver o infortúnio de apresentar condições genético-ambientais para o tipo 2 e sofrer um processo de agressão auto-imune das suas células beta (ver em FERREIRA SRG É tempo de atualizar o nome do diabetes mellitus tipo 2? Arq Bras Endocrinol Metab 2005, vol.49, n.2, pp. 330-331).

O quadro clínico geral evidente da doença consiste em poliúria, polidipsia e polifagia, e secundariamente observa-se, fraqueza, sonolência, cãibra, baixa resistência à infecção e cetoacidose, que é uma complicação aguda quando a glicemia está alta demais. As complicações crónicas consistem em problemas na micro e macrocirculação, já que os vasos sanguíneos são deletados e lesados pelos produtos da glicolisação, em que os vasos vão perdendo elasticidade e aumenta as chances de aterosclerose, assim favorece a ocorrência de infartos, derrame, AVC, gangrena, cegueira, nefropatia, além do acometimento de nervos periféricos, a neuropatia, o que resulta em impotência sexual. Também observa o pé do diabético, uma convergência dos problemas da macro e microcirculção e nervos. A manifestação principal do diabetes melittus é a hiperglicemia, que resulta de diminuição de entrada de glicose nas células, utilização diminuída da glicose por vários tecidos e a produção aumentada de glicose (gliconeogênese) pelo fígado. Poliúria, polidipsia e perda de peso mesmo com a entrada adequada de calorias são os maiores sintomas da deficiência da insulina. Porém, a hiperglicemia persistente observada em pacientes mal controlados ocasiona alterações importantes nas membranas basais de capilares sanguíneos com glicosilação não enzimática de proteínas e também ativação da formação de polióis que se acumulam nas células. Estes fenómenos contribuem para o que chamamos de complicações crónicas da doença, ou seja, retinopatia, nefropatia, neuropatia e alterações da microvasculatura em geral (ver em ALMEIDA HGG. Diabete Mellitus: Uma abordagem simplificada para profissionais de saúde. São Paulo: Atheneu, 1997, p.1-3).

O tratamento do diabetes mellitus inclui uma abordagem não farmacológica, onde é orientado alimentação adequada com perda de peso nos obesos e obesidade abdominal, realização de atividade física, interrupção de tabagismo, diminuição do stress e tratamento farmacológico com antidiabéticos.

Agentes antidiabéticos compreendem todas as formas de insulina e derivados de insulina (análogos) e antidiabéticos orais. Os antidiabéticos orais disponíveis no mercado atualmente são: sulfoniluréias, biguanidas, meglitinidas, tiazolinedionas, inibidores de glucosidase, agonistas de GLP-1, inibidores de DPP-IV.

Os antidiabéticos em estudo, inclusive com pedidos de patente são: 1 - agonistas de GLP-1 orais, 2 - sensibilizadores de insulina, como: antagonistas de receptor de glucagon, antagonistas de receptores de imidazolidina de células B (moduladores imunógicos) 3 - inibidores de enzimas hepáticas que participam da neoglicogênese e/ou glicogenólise, tais como: inibidores de F-1,6 BPase, inibidores de GP, inibidores de PEPCK, 4 - inibidores do sistema endocanabinóide, 5 - moduladores de PP AR, 6 - Inibidores de SGLT2, 7 - Inibidores da Fosfatase 1B de proteína tirosina, 8 - Inibidores de PGCl-alfa.

O termo "sulfonilureia" aqui usado significa um composto que age estimulando o pâncreas a liberar mais insulina, e assim ajudam a reduzir os níveis de glicemia. Geralmente atuam inibindo os canais de potássio das células beta pancreáticas.

O termo "biguanida" aqui usado significa um composto que age melhorando a ação da insulina, principalmente no fígado, onde reduz a liberação de glicose para o sangue e no músculo, melhorando sua captação. Além disso, pode ajudar a reduzir os triglicérides e promover uma discreta perda de peso em pessoas com sobrepeso ou obesidade. Por suas ações, é classificada como um "sensibilizador à insulina".

O termo "meglitinida" aqui usado significa um composto que age estimulando o pâncreas a produzir mais insulina, mas seu efeito é bem mais rápido e menos duradouro que as sulfoniluréias.

O termo "tiazolinedionas" aqui usado significa um composto que é sensibilizador à insulina, mas, diferentemente da metformina (que age principalmente no fígado), o maior efeito das glitazonas é nos músculos e no tecido adiposo, onde aumenta a captação e o consumo de glicose.

A expressão "inibidores de glucosidase" aqui usada significa um composto que age no intestino, onde retarda a digestão e a absorção dos carboidratos ingeridos na dieta e ameniza o aumento da glicose sanguínea que se segue à alimentação. Deve ser ingerida, minutos antes das refeições. Diminui principalmente a glicemia pós-prandial. A expressão "agonistas de GLP-1" aqui usada significa um composto que tem composição semelhante às incretinas, que são hormônios produzidos no trato gastrointestinal agindo na supressão do glucagon e estímulo de secreção de insulina.

A expressão "inibidores de DPP-IV" aqui usada significa um composto que estimula o efeito de hormônios produzidos no intestino delgado ("incretinas"), os quais ajudam a manter a glicemia controlada. Estas incretinas agem suprimindo o glucagon e estimulando a secreção de insulina.

A expressão "agonista de GLP-1 oral" aqui usada significa um composto que age semelhante ao GLP-1, suprimindo glucagon e estimulando secreção de insulina, objeto do pedido de patente n.° PI0413676-4.

A expressão "antagonista do receptor de glucagon" aqui usada significa um composto que atua tanto como um agonista do receptor de GLP-1 quanto um antagonista do receptor de glucagon. Tais polipeptídeos são úteis para o tratamento de indivíduos com diabetes tipo 2 ou outros distúrbios metabólicos, objeto do pedido de patente n.° PI0213132-3.

A expressão "antagonista do receptor de imidazolidina de células B" aqui usada significa um composto que age como antagonistas que se ligam a marcadores de superfície de células B, tais como CD 19 ou CD20, tratando doenças auto-imunológicas como diabetes tipo 1, constante do pedido de patente n.° PI0011197-0

A expressão "inibidores de F-1,6 BPase" aqui usada significa um composto que age reduzindo ou inibindo a gliconogenese hepática, através da dimunuição da atividade de Frutose -1,6-bifosfatase. Patente: WO 00/14095

A expressão "inibidores de GP" aqui usada significa um composto que age reduzindo ou inibindo a gliconogenese hepática, através da dimunuição da atividade da glicose-fosfatese. Patente US 5998463, WO 99/26659. A expressão "inibidores de PEPCK" aqui usada significa um composto que age reduzindo ou inibindo a gliconogenese hepática, através da dimunuição da atividade da PEPCK - fosfoenolpiruvato carboxiquinase. Patente US 6030837.

A expressão "inibidores do sistema endocanabinóide" aqui usada significa um composto que age no bloqueio receptores centrais e periféricos, promovendo maior saciedade e perda de peso, aumenta a captação muscular de glicose e a adiponectina.

A expressão "moduladores de PP AR" aqui usada significa um composto que age para tratar ou prevenir doenças ou distúrbios associados com a atividade das famílias de receptores ativados pelo proliferador de peroxissoma (PP AR) em particular a atividade de PP AR, tais como . Patente: PI0511477-2, PI0510024-0, PI0511527-2, PI0511510-8.

A expressão "inibidores de SGLT2" aqui usada significa um composto que age na inibição dos transportadores de glicose dependente de sódio encontrados no intestino e rins. Patentes: PI 0014722-2, PIO 109326 e PI0311323-0.

A expressão "inibidores da Fosfatase 1B da proteína tirosina PTPIB" aqui usada significa um composto que age os quais são de utilidade para inibirem fosfatases de tirosina de proteínas, particularmente PTPIB, e são de utilidade para abaixarem as concentrações de glicose no sangue em mamíferos, objeto dos pedidos de patentes números PI0410384-0, PI0410390-4, PI 0409136-1 e PI 0513423-7.

A expressão "inibidores de PGCl-alfa" aqui usada significa um composto que age no bloqueio da produção de uma proteína chamada PGCl-alfa, envolvida na regulação do metabolismo, no processamento de energia dentro das células. Esse desligamento melhora a captação de glicose, o que diminui o depósito de gordura no fígado.

Apesar dos antidiabéticos orais existentes no mercado, e da insulina apresentarem eficácia na terapêutica do diabetes melittus, o controle glicêmico dos pacientes permanece ruim. Além disso, os recursos financeiros envolvidos no tratamento, recuperação e manutenção de pacientes portadores da patologia são altos para a sociedade. A busca por plantas com atividade hipoglicemiante vem suprir a necessidade de novos compostos ativos, menos tóxicos e possivelmente mais acessíveis à população.

Dados etnobotânicos relatam que cerca de 800 plantas com potencial antidiabético apresentaram resultados positivos em ensaios experimentais (ver em GROVER JK, YADAV S, VATS V Medicinal plants of índia with antibiabetic potential. J Ethnopharmacol. 2002, 1 : 81-100).

Tem sido constatado que muitas substâncias extraídas de plantas reduzem o nível de glicose no sangue.

A grande diversidade de classes químicas indica que uma variedade de mecanismos de ação deve estar envolvida na redução do nível de glicose no sangue. Algumas destas substâncias podem ter potencial terapêutico enquanto outras podem produzir hipoglicemia como um efeito colateral devido à sua toxicidade, especialmente hepatotoxidade (ver em NEGRI G Diabetes melito: plantas e princípios ativos naturais hipoglicemiantes. Rev. Bras. Cienc. Farm. Universidade Federal de São Paulo, Apr./Jun 2005, São Paulo/SP, vol.41 n. 2).

Os mecanismos de ação pelos quais as plantas baixam a taxa de glicose do sangue atribuem-se aos seguintes fatores: aumento da liberação de insulina através da estimulação das células β-pancreáticas; resistência aos hormônios que aumentam a taxa de glicose; aumento do número e da sensibilidade do sítio receptor de insulina; diminuição da perda de glicogênio; aumento do consumo de glicose nos tecidos; eliminação de radicais livres; resistência à peroxidação de lipídeos; correção da desordem metabólica causada em lipídeos e proteínas e estímulo ao aumento da microcirculação do sangue no organismo (ver em MARLES RJ, FARNSWORTH NR. Antidiabetic plants and their active constituents. Review. Phytomedicine, 1995, v. 2, p. 137-189; HUO Y, WINTERS WD, YAO DA-LIN. Prevention of diet-induced type 2 diabetes in the C57BL/6J mouse model by an antidiabetic herbal formulae. Phytother. Res., 2003,v. 17, p. 48 -55; SAID O, KHALIL K; FULDER S; AZAIZEH H Ethnopharmacological survey of medicinal herbs in Israel, the Golan Heights and the West Bank Region. J. Ethnopharmacol., 2002, v. 83, p. 251-265; VOLPATO GT; DAMASCENO DC; SINZATO S; CERVELIN V; NICOLIELO H; SARTI M; CALDERON IMP Avaliação do efeito do extrato aquoso das folhas de Morus nigra (Amora) no binómio diabete e gravidez. Revista Diabetes Clínica set./out. 2005, Rio de Janeiro, Atlântica, n.5, v. 9).

As plantas medicinais correspondem, incontestavelmente, aos mais antigos recursos empregados no tratamento de enfermidades humanas e de animais. O seu emprego começou de maneira empírica, muitas vezes atendendo a forma das folhas, dos frutos, etc, por configurarem partes do corpo humano doentes.

A partir do século XIX, com o isolamento de constituintes com atividade farmacológica e com o início da síntese química na obtenção de novas moléculas, a fitoterapia perdeu força nos países ocidentais, sendo o interesse renovado no final do século passado, principalmente a partir dos anos 60(sessenta). O Diabetes Mellitus consiste em doença crónica que se caracteriza por aumento do açúcar (glicose) sanguíneo e se apresenta com aumento da diurese (poliúria), sede excessiva (polidipsia), perda de peso. O Diabetes Mellitus tipo 1 decorre da destruição das células pancreáticas produtoras de insulina (células beta) sendo que o paciente necessita de insulina para manter a vida. Já o Diabetes Mellitus tipo 2 decorre da resistência à insulina, ocasionada na maior parte dos casos por obesidade, sedentarismo, genética e deficiência parcial da insulina, ocorrendo diminuição das células beta e aumento do glucagon.

A insulina é hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e que tem efeito de controlar (diminuir) a glicose (açúcar) no sangue. Já o glucagon é hormônio produzido pelas células alfa do pâncreas e que tem efeito de aumentar a glicose (açúcar) no sangue.

Existem substâncias análogas de insulina produzidas em laboratório e que tem estrutura química semelhante e função idêntica à insulina, diferindo em tempo e início de ação. Os antidiabéticos orais são compostos farmacêuticos que atuam diminuindo a glicose no sangue, por diversos mecanismos de ação.

Os fitoterápicos são medicamentos feitos de partes de plantas cujos princípios ativos não foram purificados, como chás, extratos e tinturas.

Segundo a Anvisa, alguns fitoterápicos podem auxiliar no tratamento de várias doenças.

Dentre a diversidade da flora brasileira, que consite em fonte significativa de produtos farmacologicamente ativos consumidos como medicamento ou complemento alimentar, encontra-se a Plathymenia sp, uma espécie endémica das ilhas da Madeira, do Açores e das Canárias, conhecida no Brasil como "vinhático", acende-candeia, amarelo, amarelinho-candeia, paricazinho, pau- candeia, vinhático do campo, vinhático-orelha de macaco, vinhático-rajado. Apresenta como uma árvore de 6 a 12 metros de altura, de copa ampla e arredondada com folhas lanceoladas, de 10 a 20 centímetros de comprimento, verde-claras, tornando-se avermelhadas ao envelhecer, pecíolos geralmente avermelhados. As flores desta planta são pequenas, esbranquiçadas, dispostas em paniculas com pedúnculos longos e pubescentes e os frutos negros. A floração ocorre entre agosto e novembro.

A Plathymenia sp, pertencente à família Leguminosae, é uma planta típica do Cerrado e possui como componentes químicos taninos e flavonóides. Os taninos são substâncias fenólicas e hidrossolúveis, capazes de inibir o desenvolvimento de insetos, fungos e bactérias (ver em FERNANDES AT Atividade farmacológica dos extratos obtidos da Plathymenia reticulata Benth (leguminosae). [Dissertação de Mestrado em Ciências Médicas pela Universidade de Campinas] 2002). Os flavonóides são substâncias amplamente distribuídas na natureza e são importantes por possuírem efeitos biológicos, incluindo atividade antimicrobiana e cardiovascular (ver em MARTINI ND, KATERERE DR, ELOF JN Biological activity of five antibacterial flavonoids from Combretum erythrophyllum (Combretaceae). J Ethnopharmacol, 2004, 93: 207-212).

Existem registros relacionando as características químicas da Plathymênia Reticulata com atividade antiinflamatória (ver em FERNANDES AT Atividade farmacológica dos extratos obtidos da Plathymenia reticulata Benth (leguminosae). [Dissertação de Mestrado em Ciências Médicas pela Universidade de Campinas] 2002) bem como a descrição de dois diterpenos cassânicos (ver em LEAL SR, LIMA MA, SILVEIRA ER Cassane diterpenes from Plathymenia reticulata. J Bras Chem Soc 2003, 14: 120-125), mas ainda não possuem relatos sobre sua atividade antimicrobiana. Estudos relatam que, na concentração de 0,625mg/mL, 84,7% dos estafilococos foram inibidos pelo extrato hidroalcóolico da Plathymênia Reticulata (ver em FERNANDES AT Atividade farmacológica dos extratos obtidos da Plathymênia reticulata Benth (leguminosae). [Dissertação de Mestrado em Ciências Médicas pela Universidade de Campinas] 2002).

A identificação e classificação botânica do vegetal foram realizadas utilizando exsicatas elaboradas com prensas e secagem em estufa a 50° C, após serem coletados galhos secundários da planta, por apresentarem constituição próxima a do tronco principal, respeitando assim o extrativismo sustentável que preserva a espécie e a biossíntese/metabolismo do vegetal.

A seleção foi realizada manualmente no laboratório de Farmacognosia da Universidade de Uberaba, devidamente paramentado em condições assépticas, onde proporcionou a obtenção de uma matéria-prima fresca íntegra e de qualidade para elaboração da forma farmacêutica.

A fragmentação foi realizada para obtenção do córtex sem epiderme morta e facilitar o manuseio e armazenamento, assim como o processo de trituração.

Parte do material foi seca e outra conservada a -20°C, sendo que a mecânica utilizada foi de corte.

O material fragmentado fói seco a temperatura ambiente, ao abrigo da luz, num período de aproximadamente um mês, para se obter a matéria-prima droga vegetal.

Na etapa da trituração foi necessária utilização de um moinho de facas contínuo tipo Wiley e uma peneira mesh n° 30 para obter pó fino que foi submetido à extração.

Pelo processo de trituração empregado foi determinada a porcentagem obtida de droga vegetal de granulometria ideal para processamento de obtenção do derivado de droga vegetal. Os testes foram realizados por tamização utilizando jogo de tamizes de diferentes malhas segundo a Farmacopéia e Costa (Farmacopéia Brasileira 4 o ed., 1988; Costa, 2002), a partir da droga vegetal anteriormente triturada.

A droga vegetal foi fragmentada em dimensão de 2,0 x 0,5 cm. A droga vegetal triturada submetida ao processo de extração foi obtida na granulometria de 0.425mm/urn < X > 0.850ηιιη/μηι representando 87% do pó triturado, sendo 9% pó fino e 4% pó acima da granulometria considerada ideal.

O teste quanto ao teor de umidade e substancias voláteis foi realizado pelo método gravimétrico a 100° C na planta fresca e seca e pelo método de Karl- Fisher.

Os resultados obtidos encontram-se na tabela abaixo.

Tabela I: Teor de umidade e substancias voláteis:

Os resultados obtidos estão de acordo com as especificações da Farmacopéia Brasileira que estipula entre 8 e 14% o teor aceitável para umidade e substancias voláteis para a planta seca e de 35 a 90% para planta fresca, variando de acordo com a espécie. Comparando as técnicas utilizadas, o vegetal seco apresentou menos de 5% de umidade e cerca de 1 1% de substâncias voláteis, mostrando ser eficiente a técnica de secagem utilizada. Quanto à determinação de cinzas totais, foi empregado o método gravimétrico em mufla a 450°C até peso constante, de acordo com a Farmacopéia Brasileira 4°ed. Os resultados se encontram na tabela abaixo.

Tabela II: Determinação de cinzas totais:

De acordo com os resultados obtidos, constata-se que a matéria-prima se encontra dentro dos limites aceitáveis, devido ao teor de cinzas totais aceitável ser no máximo de 3%.

Quanto à determinação de substâncias extraíveis por álcool, empregou-se a extração a quente onde o solvente foi submetido a constante ebulição, de acordo com a Farmacopéia Brasileira 4 a ed.

Esta técnica teve por objetivo determinar a capacidade do solvente em extrair os ativos presentes no vegetal e assim determinar seu potencial extrativo. Os resultados seguem na tabela abaixo.

Tabela III: Substâncias extraíveis por álcool:

Peso das J eso das amostras Quantidade Valor percentual amostras após extração extraída extraído

2,0770g 0,9647g 1.1123g 53,55%

2,0079g 0,9884g l,0195g 50,77%

2,0378g 1,003 lg l,0347g 50,77%

Média percentual 51,70% ± 1,85 De acordo com o resultado, o solvente em questão apresentou alto poder extrativo que garantiu maior agilidade e rentabilidade ao processo de obtenção do extraio e produção do fitoterápico.

Quanto à determinação de lípides, a técnica extrativa utilizada foi a Soxhlet, utilizando como solvente o hexano, de acordo com Costa (COSTA, 2000).

Esta técnica tem por objetivo quantificar os corpos gordos dos vegetais. Os resultados seguem abaixo.

Tabela IV: Teor de lípides:

Os resultados obtidos mostram que o córtex da Plathymenia reticulata B apresenta baixo teor de lípides.

Quanto ao ensaio qualitativo para metabólitos secundários, a identificação da presença ou não dos metabólitos secundários no vegetal seco foi realizada de acordo com a Farmacopéia Brasileira 4 a ed e com Costa (COSTA, 2000), ou seja, empregou-se a técnica de índice de espuma para determinação de saponina; os testes de Dragendoff, Mayer e Bertrand para identificação de Alcalóides; os testes de Fehling e de Keller-Kiliane para identificação de açucares; o teste de cloreto férrico (FeC13) para identificação de fenóis; reação de Kedde e de Liemberman-Bouchard para identificação de cardiotônicos; reações envolvendo gelatina, acetato de chumbo e formol-clorídrico para identificação de taninos; Reação Oxalo-Bórica e Cianidina para identificação de flavonoides.

Quanto ao ensaio qualitativo para saponina, a técnica empregada, índice de espuma, apresentou índice que foi calculado em 200, portanto resultado positivo.

Tabela V: índice de espuma.

O vegetal seco apresenta saponina.

Quanto ao ensaio qualitativo para alcalóides, os testes foram realizados, após extração aquosa ácida, conforme tabela abaixo.

Tabela VI: Testes de Alcalóides.

Reagentes Resultado

Dragendoff Negativo

Mayer Negativo

Bertrand Positivo fraco (+) O ensaio decisivo neste caso é o de Dragendoff que por sua vez resultou em teste negativo. A partir destes dados é constatada ausência de Alcalóides no córtex de Plathymenia reticulata B.

Quanto ensaio qualitativo para açúcares redutores e deoxi-ose para determinar a presença de açúcares no vegetal, foram empregadas duas técnicas seguidas, a de Fehling e de Keller-Kiliane. Os resultados se encontram na tabela abaixo.

Tabela VTI: Determinação de açúcares redutores e deoxiose.

Pelos dados aqui apresentados confirma a presença de açúcares redutores e doxi-ose no vegetal.

Quanto ao ensaio qualitativo para fenol, usado para determinar a presença de taninos e flavonóides, grupo de grande importância medicinal por apresentar ação anti-oxidante significativa, foi utilizada reação processada pela adição de cloreto férrico (FeCl 3 ), que, ao reagir com o grupamento fenol origina diversas colorações, sendo a coloração azul-esverdeada a mais característica.

A técnica seguida foi de acordo com Aloísio Costa, vol III. Os resultados se encontram a seguir.

Tabela VIII: Determinação de fenol:

Amostras Resultado Coloração

Extrato alcoólico Positivo(+ + +) Cinza para preto

Extrato clorofórmico Positivo(+ + +) Verde musgo Devido à confirmação do grupamento fenol, podemos sugerir a presença de taninos e/ou flavonóides, devendo ser realizado outros testes para confirmar a presença destes grupos.

Quanto ao ensaio qualitativo para heterosídeos cardiotônicos, as técnicas realizadas foram Reação de Kedde e de Liemberman-Bouchard. Os resultados se encontram na tabela que se segue.

Tabela IX: Determinação de heterosídeo cardiotônico.

Restou constatada ausência de cardiotônico. Pelo resultado obtido, percebe-se que o composto extraído da plathymenia apresenta núcleo esteroidal sendo comprovada pela reação de Liemberman-Bouchard.

Isto é explicado pela presença de saponina que também apresenta núcleo esteroidal. Porém, o mesmo não acontece com a lactona, evidenciando sua ausência em virtude do resultado negativo para Kedde. Logo constata-se ausência de heterosídeo cardiotônico no vegetal.

Quanto ao ensaio qualitativo para taninos, os testes realizados foram feitos de acordo com Aloísio Costa vol. III, a partir de extrato aquoso através de reações envolvendo gelatina, acetato de chumbo e formol-clorídrico. Os resultados seguem abaixo. Tabela X: Determinação de taninos:

De acordo com os resultados obtidos, o composto extraído apresenta taninos, sendo evidenciada também pelo resultado positivo para o teste de fenol. O teste com formol-clorídrico evidencia a presença de taninos do tipo pirocatéquicos.

Quanto ao ensaio qualitativo para flavonóides, os resultados obtidos seguem na tabela abaixo:

Tabela XI: Determinação de flavonóides

Constatou-se a ausência de flavonóides.

Para obtenção do extrato aquoso, a técnica utilizada foi a maceração com renovação de solvente/água destilada, a frio (5 o C), ao abrigo da luz, a uma proporção de 1 : 10 (p/v) a partir da entrecasca fresca fragmentada, filtrado e posteriormente conservada a -20°C. O extrato aquoso congelado foi encaminhado para os testes propostos em animais. Parte do extraio aquoso fori seca a 30° C em estufa de circulação de ar forçado.

O extrato aquoso de Plathymenia sp foi obtido na concentração de 200mg/mL, concentração esta usualmente utilizada na farmacologia quando se considera a droga vegetal na sua íntegra. A partir do extrato aquoso foi obtido o extrato seco, a fim de estabelecer a relação entre droga vegetal e derivado de droga vegetal. A relação encontrada entre droga vegetal e derivado de droga vegetal é de 5: 1 (p/p).

Para obtenção do extrato hidroalcoolico bruto, após a pulverização, o pó foi colocado em frascos de vidro de aproximadamente 5 litros e foram adicionados 2 litros de álcool hidratado (álcool etílico comercial, teor por volume/94,6%).

Depois de macerado por aproximadamente 15 dias o líquido foi separado por filtração utilizando um funil de vidro e um papel filtro. O líquido foi colocado em outro frasco passando por um funil de vidro com papel filtro para que houvesse a separação da fase líquida do pó. Após a filtração foi aproximadamente 2000mL de cada extrato e foi acrescentado lOOOmL de álcool etílico aos garrafões deixando macerar por mais 15 dias. Após a extração por maceração passou-se para a etapa seguinte que é evaporação do solvente.

Quanto à evaporação do solvente, o extrato diluído foi colocado no

Rotavapor, do Laboratório de Química da Universidade de Uberaba, para evaporar os resíduos e o álcool. Após a evaporação foi retirada uma pequena alíquota de cada extrato (lOmg para iniciar os experimentos com os animais).

A administração profilática do composto ativo fitoterápico a pacientes saudáveis ou em pré-estágio de condições especialmente diabetes deverá ser utilizada para prevenção do diabetes, sendo que a administração do composto ativo fitoterápico a pacientes em um pré-estágio de condição, especialmente diabetes, deverá ser utilizada para retardo da evolução, em cujos pacientes for diagnosticada uma forma prévia da condição correspondente.

ANÁLISE DA ATIVIDADE FARMACOLÓGICA DO EXTRATO AQUOSO DE PLATHYMENIA EM RATOS DIABÉTICOS

Foi realizado estudo em 43 ratos machos adultos da linhagem Wistar, pesando entre 180 e 200g, provenientes do Biotério da Universidade de Uberaba (UNIUBE). Todos os experimentos foram realizados de acordo com as normas do Colégio Brasileiro de Experimentação em animais (COBEA).

Os animais foram mantidos sob temperatura controlada entre 22° e 25°C e tiveram acesso livre à dieta composta por ração (cálcio 1,5%, fósforo 0,4%, vitamina D 3 1500U.I/Kg) e água ad libitum. Antes do início do experimento, os animais passaram por um período de adaptação de dez dias e logo após foram distribuídos da maneira aleatória para a composição dos grupos experimentais.

Com o objetivo de induzir o diabetes, os animais foram submetidos a jejum de 24 horas e realizou-se a administração de solução aquosa de estreptozotocina por via intraperitoneal (65 mg/Kg).

O preparo da solução de estreptozotocina foi feito previamente em tampão citrato de sódio 10mmol/L, pH 4.5 (ver em JUNOD A, LAMBERT A. E, STAUFFACHER W, RENOLD A. E. Diabetogenic action of streptozotocin: relationship of dose to metabolic response. J Clin Invest 1969, 48:2129-39).

O nível de glicose sanguínea foi determinado a partir de amostras de sangue coletadas da veia caudal dos animais durante 4 semanas, sendo 3 dias após a indução do diabetes, 1, 2, 3 e 4 semanas após a indução do diabetes e a definição operacional utilizada para diagnóstico do estado diabético foi a perda de peso associada a glicemia acima de 200 mg/dL. Somente os animais com glicemia superior a 200 mg/dL foram considerados diabéticos e selecionados para o estudo.

Os animais submetidos ao estudo foram divididos em 4 grupos diferentes compostos por 10 ratos cada. Os grupos foram classificados em CC - controle em tratamento com água, CP - Grupo controle tratado com extrato aquoso de Plathymenia, DC - Grupo diabético tratado com água e DP - Grupo Diabético tratado com extrato aquoso de Plathymenia, sendo que o gráfico da figura 01 representa o efeito da glicemia após 12 horas de jejum em ratos diabéticos tratados com extrato aquoso da Platymenia, num período de 4 semanas.

Os grupos foram tratados diariamente através de gavagem ou com extrato aquoso de Plathymenia ou água destilada, no mesmo horário e mesmo volume.

Os dados foram digitados em uma planilha do programa SPSS 14.0. Realizou-se análise estatística ANOVA - Análise de Variância dos valores obtidos seguida do teste de comparações múltiplas de Tukey-Kramer adotando o nível de significância de 5% (a=0,05).

O tratamento dos animais Diabéticos com extrato aquoso da planta Plathymenia-(DP) reduziu significativamente na quarta semana (246.00 ± 197.76 mg/dL) o valor de glicemia média em relação aos Diabéticos Não Tratados - DC (415.09 ± 11 1.42 mg/dL) (Tabela XII, Tabela XIII, Tabela XIV e Gráfico da Figura 1).

Na terceira semana esta redução também foi significativa (310,25 ± 131,92 mg/dl vs 409,58 ± 37,00 mg/dl), o mesmo não acontecendo nas semanas anteriores.

Além disso, restou constatdo que não houve diferença significativa entre os valores de glicemia do grupo Não Diabético Tratado - CP e do grupo Não Diabético Não Tratado -CC (Tabela XIV), em todas as semanas do estudo, confirmando assim a ação antihiperglicemica restrita do extrato da planta Plathymenia sobre os animais diabéticos.

Tabela XII - Estatística descritiva dos grupos analisados, em relação à g (12 horas de jejum), dos ratos tratados com extrato aquoso da planta

CP 6 84.50 6.124 2.500 78.07 90.93 76 92

Total 36 245.67 158.483 26.414 192.04 299.29 76 516

CC

10 72.30 17.493 5.532 59.79 84.81 24 84

DC 11 415.09 111.046 33.482 340.49 489.69 237 583

DP 6 246.00 197.763 80.737 38.46 453.54 32 467

CP 4 70.00 13.216 6.608 48.97 91.03 61 89

Total 31 227.26 187.206 33.623 158.59 295.93 24 583

Tabela XIII - Análise de variância (ANO VA) dos grupos analisados, em relação à glicemia (12 horas de jejum)

Soma dos gi Média F Sig. quadrados Quadrado

glic bas Entre grupos 1551740.950 3 517246.983 88.477 .000

Nos grupos 227997.329 39 5846.085

Total 1779738.279 42

3 249472.685 55.219 .000

Glic Entre grupos 748418.056

semi Nos grupos 171680.230 38 4517.901

Total

920098.286 41

828405.513 3 276135.171 38.313 .000 glic Entre grupos

sem2 Nos grupos 245051.250 34 7207.390

Total

1073456.763 37

741668.083 3 247222.694 57.569 .000 glic Entre grupos

sem3 Nos grupos 137419.917 32 4294.372

Total

879088.000 35

729240.926 3 243080.309 20.373 .000 glic Entre grupos

sem4 Nos grupos 322143.009 27 11931.223

Total

1051383.935 30 Tabela XIV - Teste pos-hoc - Tukey-Kramer do grupo diabético tratado com Plathymenia, em relação à glicemia (12 horas de jejum)

glic sem2 CC DC •300.500(*) 36.350 .000 -398.68 -202.32

DP 290.375(*) 40.270 .000 -399.14 -181.61

CP -1.875 40.270 1.000 -1 10.64 106.89

DC CC 300.500(*) 36.350 .000 202.32 398.68

DP 10.125 38.750 .994 -94.53 1 14.78

CP 298.625(*) 38.750 .000 193.97 403.28

DP CC 290.375(*) 40.270 .000 181.61 399.14

DC -10.125 38.750 .994 -114.78 94.53

CP 288.500(*) 42.448 .000 173.86 403.14

CP CC 1.875 40.270 1.000 -106.89 1 10.64

DC ■298.625(*) 38.750 .000 -403.28 -193.97

DP 288.500(*) 42.448 .000 -403.14 -173.86 glic sem3 CC DC 315.583(*) 28.059 .000 -391.61 -239.56

DP 216.250(*) 31.084 .000 -300.47 -132.03

CP 9.500 33.840 .992 -82.19 101.19

DC CC 315.583(*) 28.059 .000 239.56 391.61

DP 99.333(*) 29.91 1 .01 1 18.29 180.37

CP 325.083(*) 32.766 .000 236.31 413.86

DP CC 216.250(*) 31.084 .000 132.03 300.47

DC -99.333(*) 29.91 1 .01 1 -180.37 -18.29

CP 225.750(*) 35.391 .000 129.86 321.64

CP CC -9.500 33.840 .992 -101.19 82.19

DC 325.083(*) 32.766 .000 -413.86 -236.31

DP 225.750(*) 35.391 .000 -321.64 -129.86 glic sem4 CC DC 342.791(*) 47.726 .000 -473.40 -212.19

DP 173.700(*) 56.406 .023 -328.06 -19.34

CP 2.300 64.621 1.000 -174.54 179.14

DC CC 342.791(*) 47.726 .000 212.19 473.40

DP 169.091(*) 55.436 .025 17.39 320.80

CP 345.091(*) 63.777 .000 170.56 519.62

DP CC 173.700(*) 56.406 .023 19.34 328.06 DC 169.091 (*) 55.436 .025 -320.80 -17.39

CP 176.000 70.508 .083 -16.95 368.95

CP CC -2.300 64.621 1.000 -179.14 174.54

DC 345.091(*) 63.777 .000 -519.62 -170.56

DP -176.000 70.508 .083 -368.95 16.95

05

* A diferença media é significante quando p<0.005.

Nestes experimentos foi observado que o tratamento dos animais Diabéticos com extrato aquoso da planta Plathymenia reduziu significativamente o valor de glicemia em relação aos Diabéticos Não Tratados após a terceira J Q semana de tratamento e que não houve diferença entre os valores de glicemia do grupo Não Diabético Tratado e do grupo Não Diabético Não Tratado (Gráfico da Figura 1).

Diante dos resultados obtidos, pode-se afirmar que o extrato aquoso obtido da planta Plathymenia apresenta efeito antihiperglicêmico quando

15 utilizada cronicamente em ratos diabéticos, não alterando a glicemia de animais não diabéticos e contribuindo de forma positiva para o tratamento do diabetes.

Em relação ao peso, os animais diabéticos tratados com Plathymenia apresentaram um peso significativamente maior que os ratos diabéticos tratados com água, nas semanas 2 (230.25 ± 19.308 gr vs 185.50 ± 15.036 grs) e 3 de 0 tratamento (222.25 ± 24.200 grs vs 170.75 ± 18.096 grs) - Tabelas XV, XVI, XVII e Gráfico da Figura 2, que representa o peso do extrato aquoso da Plathymenia em ratos diabéticos, num período de quatro semanas.

Estes dados demonstram efeito do melhor controle glicêmico, evitando a perda de peso nos ratos diabéticos e preservando o metabolismo destes animais. 5 Já nos animais controles (não diabéticos) tratados com Plathymenia - CP, houve diminuição do peso na quarta semana de tratamento (249.75 ± 10.689 grs vs 311.80 ± 57.652 grs) em comparação com o grupo não diabético tratado com água destilada - Tabelas XV, XVI, XVII e Gráfico 2 e não houve alteração significativa nas outras semanas de tratamento - Tabelas XV, XVI, XVII e Gráfico da Figura 2. Este resultado demonstra o efeito direto da planta quanto à perda de peso nos ratos não diabéticos.

Tabela XV - Estatística descritiva dos grupos analisados, em relação ao peso:

95% Intervalo de linimo Máximo

Desvio Erro confiança para

N Média 'adrão 'adrão média

Limite Limite

nferior superior

peso CC 10 220.10 29.069 9.192 199.31 240.89 170 254 bas

DC 14 167.00 9.735 2.602 161.38 172.62 153 190

DP 9 178.67 14.790 4.930 167.30 190.04 153 200

CP 10 218.50 22.107 6.991 202.69 234.31 183 254 total 43 193.77 30.907 4.713 184.26 203.28 153 254

Peso CC 10 244.50 17.158 14.913 210.77 278.23 173 301 semi

DC 13 177.15 9.797 2.717 171.23 183.07 157 195

DP 9 198.33 19.455 6.485 183.38 213.29 164 226

CP 10 244.80 24.988 7.902 226.92 262.68 197 277 total 42 213.83 10.863 6.305 201.10 226.57 157 301 peso CC 10 272.90 17.106 14.896 239.20 306.60 193 324 sem2

DC 12 185.50 15.036 4.341 175.95 195.05 153 208

DP 8 230.25 19.308 6.826 214.1 1 246.39 199 259

CP 8 267.63 24.495 8.660 247.15 288.10 225 296

Total 38 235.21 16.999 7.624 219.76 250.66 153 324 0320

29

Tabela XVI - Análise de variância (ANO VA) dos grupos analisados, em relação ao peso

Tabela XVII - Teste pos-hoc - Tukey-Kramer do grupo diabético tratado com Plathymenia, em relação ao peso dos animais.

(I) (J) Diferença da Erro Sig.

média (I-J) Padrão

95% Intervalo de confiança

Limite

Limite Inferior Inferior peso bas CC DC 53.100H 8.116 .000 31.32 74.88

DP 41.433(*) 9.007 .000 17.27 65.60

CP 1.600 8.766 .998 -21.92 25.12

DC CC -53.100(*) 8.116 .000 -74.88 -31.32

DP -11.667 8.375 .51 1 -34.14 10.81

CP -51.500(*) 8.1 16 .000 -73.28 -29.72

DP CC -41.433(*) 9.007 .000 -65.60 -17.27

DC 1 1.667 8.375 .51 1 - 10.81 34.14

CP -39.833(*) 9.007 .000 -64.00 -15.67

CP CC -1.600 8.766 .998 -25.12 21.92

DC 51.500(*) 8.116 .000 29.72 73.28

DP 39.833(*) 9.007 .000 15.67 64.00 peso sem 1 CC DC 67.346(*) 1 1.782 .000 35.69 99.00

DP 46.167(*) 12.870 .005 1 1.59 80.74

CP -.300 12.527 1.000 -33.95 33.35

DC CC -67.346(*) 1 1.782 .000 -99.00 -35.69

DP -21.179 12.146 .316 -53.81 1 1.45

CP -67.646(*) 1 1.782 .000 -99.30 -35.99

DP CC -46.167(*) 12.870 .005 -80.74 -1 1.59

DC 21.179 12.146 .316 -1 1.45 53.81

CP -46.467(*) 12.870 .005 -81.04 -1 1.89

CP CC .300 12.527 1.000 -33.35 33.95

DC 67.646(*) 11.782 .000 35.99 99.30

DP 46.467(*) 12.870 .005 1 1.89 81.04 peso sem2 CC DC 87.400(*) 12.562 .000 53.47 121.33

DP 42.650(*) 13.917 .021 5.06 80.24

CP 5.275 13.917 .981 -32.31 42.86

DC CC -87.400(*) 12.562 .000 -121.33 -53.47

DP -44.750(*) 13.392 .010 -80.92 -8.58

CP -82.125(*) 13.392 .000 -1 18.29 -45.96

DP CC -42.650(*) 13.917 .021 -80.24 -5.06

DC 44.750(*) 13.392 .010 8.58 80.92

CP -37.375 14.670 .070 -77.00 2.25

CP CC -5.275 13.917 .981 -42.86 32. 1

DC 82.125(*) 13.392 .000 45.96 1 18.29

DP 37.375 14.670 .070 -2.25 77.00 peso sem3 CC DC 141.050(*) 15.191 .000 99.89 182.21

DP 89.550(*) 16.829 .000 43.95 135.15

CP 43.800 18.322 .099 -5.84 93.44

DC CC -I41.050(*) 15.191 .000 -182.21 -99.89

DP -51.500(*) 16.194 .016 -95.38 -7.62

CP -97.250(*) 17.740 .000 -145.31 -49.19

DP CC -89.550(*) 16.829 .000 -135.15 -43.95

DC 51.500(*) 16.194 .016 7.62 95.38 ANÁLISE DA ATIVIDADE FARMACOLÓGICA DO EXTRATO HIDROALCÓOLICO DE PLATHYMENIA EM RATOS DIABÉTICOS

Foi realizado estudo em 61 ratos machos adultos da linhagem Wistar, pesando entre 180 e 200g, provenientes do Biotério da Universidade de Uberaba (UNIUBE). Todos os experimentos foram realizados de acordo com as normas do Colégio Brasileiro de Experimentação em animais (COBEA).

Os animais foram mantidos sob temperatura controlada entre 22° e 25°C e tiveram acesso livre à dieta composta por ração (cálcio 1,5%, fósforo 0,4%, vitamina D 3 1500U.I/Kg) e água ad libitum. Antes do início do experimento, os animais passaram por um período de adaptação de dez dias e logo após foram distribuídos da maneira aleatória para a composição dos grupos experimentais.

Com o objetivo de induzir o diabetes, os animais foram submetidos a jejum de 24 horas e realizou-se a administração de solução aquosa de estreptozotocina por via intraperitoneal (65 mg/Kg).

O preparo da solução de estreptozotocina foi feito previamente em tampão citrato de sódio 10mmol/L, pH 4.5 (ver em JUNOD A, LAMBERT A. E, STAUFFACHER W, RENOLD A. E. Diabetogenic action of streptozotocin: relationship of dose to metabolic response. J Clin Invest 1969, 48:2129-39).

nível de glicose sanguínea foi determinado a partir de amostras de sangue coletadas da veia caudal dos animais durante 4 semanas, sendo 3 dias após a indução do diabetes, 1, 2, 3 e 4 semanas após a indução do diabetes e a definição operacional utilizada para diagnóstico do estado diabético foi a perda de peso associada a glicemia acima de 200 mg/dL. Somente os animais com glicemia superior a 200 mg/dL foram considerados diabéticos e selecionados para o estudo. Os animais submetidos ao estudo foram divididos em 4 grupos diferentes compostos por 10 ratos cada. Os grupos foram classificados em CC - controle em tratamento com água, CP - Grupo controle tratado com extrato hidroalcóolico de Plathymenia, DC - Grupo diabético tratado com água e DP - Grupo Diabético tratado com extrato hidroalcóolico de Plathymenia, sendo que o gráfico da figura 03 representa o efeito da glicemia após 12 horas de jejum em ratos diabéticos tratados com extrato hidroalcóolico da Platymenia, num período de quatro semanas.

Os grupos foram tratados diariamente através de gavagem ou com extrato hidroalcóolico de Plathymenia ou água destilada, no mesmo horário e mesmo volume.

Os dados foram digitados em uma planilha do programa SPSS 14.0.. Realizou-se análise estatística ANOVA - Análise de Variância dos valores obtidos seguida do teste de comparações múltiplas de Tukey-Kramer adotando o nível de significância de 5% (a=0,05).

Com base nos resultados obtidos, foi observada diminuição da glicemia no grupo diabético tratado com a Plathymenia - DP em comparação ao grupo diabético não tratado -DC, desde a I a semana de tratamento (259.39 ± 114.83 vs 367.77 ± 64.694 mg/dl) p=0,001, até a 4 a semana de tratamento (249.75 ± 162.89 vs 415.09 ± 111.046 mg/dl) p=0,002 - Tabelas XVIII, XXI e XX, Gráfico da Figura 3.

Estes resultados demonstram potente efeito antihiperglicêmico do extrato hidroalcóolico da Plathymenia, precocemente, desde a primeira semana de tratamento, havendo potencialização do efeito com o tratamento - Gráfico da Figura 3. Tabela XVIII - Estatística descritiva dos grupos analisados, em relação à glicemia (12 horas de jejum)

95% Intervalo

Desvio Erro de Confíança

N Média padrão Padrão para média Mímimo Vláximo

Limite Limite

inferior superior

GLIC DC 14 463.07 71.824 19.196 421.60 504.54 354 590

BASAL CP 18 133.78 38.149 8.992 1 14.81 152.75 96 267

DP 1 1 463.73 127.463 38.432 378.10 549.36 215 597

CC 10 105.00 27.588 8.724 85.26 124.74 85 178

53 283.81 185.637 25.499 232.64 334.98 85 597

Total

DC 13 367.77 64.694 17.943 328.67 406.86 274 523

GLIC CP 14 81.36 8.688 2.322 76.34 86.37 64 101

SEMI DP 18 259.39 1 14.833 27.067 202.28 316.49 51 398

CC 10 88.80 6.460 2.043 84.18 93.42 81 103

Total 55 208.67 137.553 18.548 171.49 245.86 51 523

GLIC DC 12 394.00 61.334 17.706 355.03 432.97 297 539

SEM2 CP 13 94.08 14.483 4.017 85.33 102.83 78 134

DP 16 248.06 148.905 37.226 168.72 327.41 61 474

CC 10 93.50 9.490 3.001 86.71 100.29 71 103

51 212.84 149.449 20.927 170.81 254.88 61 539

Total

GLIC DC 12 409.58 37.005 10.682 386.07 433.10 374 516

SEM3 CP 13 94.62 10.145 2.814 88.48 100.75 77 1 14

DP 14 263.93 172.442 46.087 164.36 363.49 38 525

CC 10 94.00 6.236 1.972 89.54 98.46 84 104

49 220.00 159.731 22.819 174.12 265.88 38 525 Total

GLIC DC 1 1 415.09 1 1 1.046 33.482 340.49 489.69 237 583

SEM4 CP 13 72.77 6.030 1.672 69.13 76.41 64 82

DP 12 249.75 162.890 47.022 146.25 353.25 59 478

CC 10 72.30 17.493 5.532 59.79 84.81 24 84

46 200.70 171.947 25.352 149.63 251.76 24 583

Total

Tabela XIX - Análise de variância (ANO VA) dos grupos analisados, em relação à glicemia (12 horas de jejum)

Soma dos gi Média Quadrado F Sig. quadrados

GLIC Entre grupos 1530861.892 3 510287.297 95.756 .000

BASAL Nos grupos 261122.222 49 5329.025

Total 1791984.1 13 52

GLIC Entre grupos 745974.709 3 248658.236 45.988 .000

SEMI Nos grupos 275755.400 51 5406.969

Total 1021730.109 54

GLIC Entre grupos 739458.385 3 246486.128 30.705 .000

SEM2 Nos grupos 377296.361 47 8027.582

Total 1 1 16754.745 50

GLIC Entre grupos 821455.078 3 273818.359 30.558 .000

SEM3 Nos grupos 403220.922 45 8960.465

Total 1224676.000 48

GLIC Entre grupos 912096.172 3 304032.057 30.522 .000

SEM4 Nos grupos 418367.567 42 9961.133

Total 1330463.739 45 Tabela XX - Teste pos-hoc - Tukey-Kramer do grupo diabético tratado com Plathymenia, em relação à glicemia (12 horas de jejum)

(D (J) Diferença da Erro Padrão Sig. 95% Intervalo de média (I-J) confiança

Limite Limite

Inferior Inferior

GLIC DC CP 329.294(*) 26.013 .000 260.11 398.47

BASAL

DP -.656 29.413 1.000 -78.88 77.57

CC 358.071(*) 30.225 .000 277.69 438.45

CP DC -329.294(*) 26.013 .000 -398.47 -260.11

DP -329.949(*) 27.938 .000 -404.25 -255.65

CC 28.778 28.792 .750 -47.79 105.35

DP DC .656 29.413 1.000 -77.57 78.88

CP 329.949(*) 27.938 .000 255.65 404.25

CC 358.727(*) 31.896 .000 273.90 443.55

CC DC -358.071(*) 30.225 .000 -438.45 -277.69

CP -28.778 28.792 .750 -105.35 47.79

DP -358.727(*) 31.896 .000 -443.55 -273.90

DC CP 286.412(*) 28.322 .000 211.19 361.63

GLIC SEMI

DP 108.380(*) 26.764 .001 37.30 179.46

CC 278.969(*) 30.929 .000 196.83 361.11

CP DC -286.412(*) 28.322 .000 -361.63 -21 1.19

DP -178.032H 26.203 .000 -247.62 -108.44

CC -7.443 30.445 .995 -88.30 73.41

DP DC -108.380(*) 26.764 .001 -179.46 -37.30

CP 178.032(*) 26.203 .000 108.44 247.62

CC 170.589(*) 29.001 .000 93.57 247.61

CC DC -278.969(*) 30.929 .000 -361.11 -196.83

CP 7.443 30.445 .995 -73.41 88.30

DP -170.589(*) 29.001 .000 -247.61 -93.57

GLIC SEM2 DC CP 299.923(*) 35.867 .000 204.39 395.45

DP 145.938(*) 34.215 .001 54.81 237.07

CC 300.500(*) 38.363 .000 198.32 402.68 CP DC -299.923(*) 35.867 .000 -395.45 -204.39

DP -153.986(*) 33.455 .000 -243.09 -64.88

CC .577 37.686 1.000 -99.80 100.95

DP DC -145.938(*) 34.215 .001 -237.07 -54.81

CP 153.986(*) 33.455 .000 64.88 243.09

CC 154.563(*) 36.1 18 .001 58.37 250.76

CC DC -300.500(*) 38.363 .000 -402.68 -198.32

CP -.577 37.686 1.000 -100.95 99.80

DP -154.563(*) 36.1 18 .001 -250.76 -58.37

GLIC SEM3 DC CP 314.968C) 37.894 .000 213.88 416.06

DP 145.655(*) 37.239 .002 46.31 245.00

CC 315.583(*) 40.531 .000 207.46 423.71

CP DC -314.968(*) 37.894 .000 -416.06 -213.88

DP -169.313(*) 36.460 .000 -266.58 -72.05

CC .615 39.816 1.000 -105.60 106.83

DP DC -145.655(*) 37.239 .002 -245.00 -46.31

CP 169.313(*) 36.460 .000 72.05 266.58

CC 169.929(*) 39.193 .000 65.37 274.48

CC DC -315.583(*) 40.531 .000 -423.71 -207.46

CP -.615 39.816 1.000 -106.83 105.60

DP -169.929(*) 39.193 .000 -274.48 -65.37

GLIC SEM4 DC CP 342.322(*) 40.888 .000 232.95 451.69

DP 165.341(*) 41.661 .002 53.90 276.78

CC 342.791(*) 43.608 .000 226.14 459.44

CP DC -342.322(*) 40.888 .000 -451.69 -232.95

DP -176.981(*) 39.954 .000 -283.86 -70.1 1

CC .469 41.980 1.000 -1 1 1.83 112.77

DP DC -165.34K*) 41.661 .002 -276.78 -53.90

CP 176.981(*) 39.954 .000 70.11 283.86

CC 177.450(*) 42.734 .001 63.14 291.76

CC DC -342.791(*) 43.608 .000 -459.44 -226.14

CP -.469 41.980 1.000 -1 12.77 11 1.83

DP -177.450(*) 42.734 .001 -291.76 -63.14

* A diferença media é significante quando p<0.005. Não houve alteração do peso dos ratos diabéticos tratados com Plathymenia em relação aos ratos diabéticos não tratados, em todas as semanas de tratamento, como demonstrado no Gráfico da figura 4, que representa o efeito no peso do extrato hidroalcoolico da Plathymenia em ratos diabéticos, num período de quatro semanas e Tabelas XXI, XXII e XXIII. Entretanto houve diminuição do peso dos ratos controles tratados com Plathymenia - CP em relação aos ratos controles não tratados - CC nas semanas 3 (257.69 ± 28.45 vs 304.70 ± 36.56 gr) p<0,001, e semana 4 (270.15 ± 29.436 vs 311.80 ± 57.652 gr) ρΟ,ΟΟΙ, conforme tabelas XXI, XXII e XXIII, Gráfico da figura 4. Estes dados reforçam o efeito direto da planta - Plathymenia na perda de peso dos ratos não diabéticos.

Tabela XXI - Estatística descritiva dos grupos analisados, em relação ao peso

95% Intervalo

Desvio Erro de Confiança

N Média padrão Padrão para média Vlímimo Máximo

Limite Limite

inferior superior

PESO DC

14 167.00 9.735 2.602 161.38 172.62 153 190

JASAL

CP 18 246.89 9.216 2.172 242.31 251.47 233 265

DP 19 182.95 13.121 3.010 176.62 189.27 167 215

CC 10 220.10 29.069 9.192 199.31 240.89 170 254

Total 61 204.25 35.746 4.577 195.09 213.40 153 265

PESO DC

13 177.15 9.797 2.717 171.23 183.07 157 195 SEMI

CP 14 258.93 20.801 5.559 246.92 270.94 223 288

DP 18 174.72 22.681 5.346 163.44 186.00 144 224

CC 10 244.50 47.158 14.913 210.77 278.23 173 301

Total 55 209.42 46.620 6.286 196.82 222.02 144 301 PESO DC

12 185.50 15.036 4.341 175.95 195.05 153 208 SEM2

CP 13 255.46 25.844 7.168 239.84 271.08 201 281

DP 16 170.44 34.848 8.712 151.87 189.01 129 255

CC 10 272.90 47.106 14.896 239.20 306.60 193 324

Total 51 215.75 53.978 7.558 200.56 230.93 129 324

PESO DC

12 170.75 18.096 5.224 159.25 182.25 146 202 SEM3

CP 13 257.69 28.450 7.891 240.50 274.88 190 295

DP 14 170.57 44.707 11.948 144.76 196.38 117 268

CC 10 304.70 36.561 11.561 278.55 330.85 239 348

Total 49 221.10 65.318 9.331 202.34 239.86 1 17 348

PESO DC

12 181.67 26.441 7.633 164.87 198.47 145 241 SEM4

CP 13 270.15 29.436 8.164 252.37 287.94 209 314

DP 12 172.83 43.325 12.507 145.31 200.36 114 265

CC 10 31 1.80 57.652 18.231 270.56 353.04 169 369

Total 47 231.57 69.729 10.171 21 1.10 252.05 1 14 369

Tabela XXII - Análise de variância (ANOVA) dos grupos analisados, em relação ao peso

Soma dos Média

quadrados ≠ Quadrado F Sig.

PESO Entre grupos 63285.686 3 21095.229 89.870 .000

BASAL Nos grupos 13379.625 57 234.730

Total

76665.311 60

PESO SEMI Entre grupos 81826.650 3 27275.550 39.144 .000

Nos grupos 35536.732 51 696.799

Total 117363.382 54

PESO SEM2 Entre grupos 96994.618 3 32331.539 31.210 .000

Nos grupos 48689.068 47 1035.938

Total 145683.686 50

PESO SEM3 Entre grupos 153461.942 3 51 153.981 44.847 .000

Nos grupos 51328.548 45 1 140.634

Total 204790.490 48

PESO SEM4 Entre grupos 155005.864 3 51668.621 32.364 .000

Nos grupos 68649.626 43 1596.503

Total 223655.489 46 Tabela XXIII - Teste pos-hoc - Tukey-Kramer do grupo diabético tratado com Plathymenia, em relação ao peso d) (J) Diferença Erro Sig.

da média Padrão 95% Intervalo de

(I-J) confiança

Limite Limite

Inferior Inferior

PESO BASAL DC CP -79.889(*) 5.460 .000 -94.34 -65.44

DP -15.947(*) 5.396 .023 -30.23 -1.67

CC -53.100(*) 6.343 .000 -69.89 -36.31

CP DC 79.889(*) 5.460 .000 65.44 94.34

DP 63.942(*) 5.039 .000 50.61 77.28

CC 26.789(*) 6.043 .000 10.80 42.78

DP DC 15.947(*) 5.396 .023 1.67 30.23

CP -63.942(*) 5.039 .000 -77.28 -50.61

CC -37.153(*) 5.986 .000 -52.99 -21.31

CC DC 53.100(*) 6.343 .000 36.31 69.89

CP -26.789(*) 6.043 .000 -42.78 -10.80

DP 37.153(*) 5.986 .000 21.31 52.99

PESO SEMI DC CP -81.775(*) 10.167 .000 -108.78 -54.77

DP 2.432 9.608 .994 -23.08 27.95

CC -67.346(*) 11.103 .000 -96.83 -37.86

CP DC 81.775(*) 10.167 .000 54.77 108.78

DP 84.206(*) 9.407 .000 59.22 109.19

CC 14.429 10.929 .555 -14.60 43.45

DP DC -2.432 9.608 .994 -27.95 23.08

CP -84.206(*) 9.407 .000 -109.19 -59.22

CC -69.778(*) 10.411 .000 -97.43 -42.13

CC DC 67.346(*) 11.103 .000 37.86 96.83

CP -14.429 10.929 .555 -43.45 14.60

DP 69.778(*) 10.41 1 .000 42.13 97.43

PESO SEM2 DC CP -69.962(*) 12.885 .000 -104.28 -35.64

DP 15.063 12.291 .614 -17.67 47.80

CC -87.400(*) 13.781 .000 -124.10 -50.70

CP DC 69.962(*) 12.885 .000 35.64 104.28

DP 85.024(*) 12.018 .000 53.02 117.03 CC -17.438 13.538 .575 -53.50 18.62

DP DC -15.063 12.291 .614 -47.80 17.67

CP -85.024(*) 12.018 .000 -117.03 -53.02

CC -102.463(*) 12.975 .000 -137.02 -67.91

CC DC 87.400(*) 13.781 .000 50.70 124.10

CP 17.438 13.538 .575 -18.62 53.50

DP 102.463(*) 12.975 .000 67.91 137.02

PESO SEM3 DC CP -86.942(*) 13.520 .000 -123.01 -50.87

DP .179 13.286 1.000 -35.27 35.62

CC -133.950(*) 14.461 .000 -172.53 -95.37

CP DC 86.942(*) 13.520 .000 50.87 123.01

DP 87.121(*) 13.008 .000 52.42 121.82

CC -47.008(*) 14.206 .010 -84.90 -9.11

DP DC -.179 13.286 1.000 -35.62 35.27

CP -87.121(*) 13.008 .000 -121.82 -52.42

CC -134.129(*) 13.983 .000 -171.43 -96.82

CC DC 133.950(*) 14.461 .000 95.37 172.53

CP 47.008(*) 14.206 .010 9.11 84.90

DP 134.129(*) 13.983 .000 96.82 171.43

PESO SEM4 DC CP -88.487(*) 15.995 .000 -131.23 -45.74

DP 8.833 16.312 .948 -34.76 52.43

CC -130.133(*) 17.108 .000 -175.85 -84.41

CP DC 88.487(*) 15.995 .000 45.74 131.23

DP 97.321(*) 15.995 .000 54.57 140.07

CC -41.646 16.806 .078 -86.56 3.27

DP DC -8.833 16.312 .948 -52.43 34.76

CP -97.321(*) 15.995 .000 -140.07 -54.57

CC -138.967(*) 17.108 .000 -184.69 -93.25

CC DC 130.133(*) 17.108 .000 84.41 175.85

CP 41.646 16.806 .078 -3.27 86.56

DP 138.967(*) 17.108 .000 93.25 184.69

* A diferença media é significante quando p<0.005. Diante dos resultados obtidos, verifica-se que o extrato hidroalcóoolico obtido da planta Plathymenia apresentou efeito antihiperglicêmico superior ao extrato aquoso, quando este foi utilizado cronicamente em ratos diabéticos, não alterando a glicemia de animais não diabéticos e contribuindo de forma positiva para o tratamento do diabetes.

Houve diminuição do peso dos ratos não diabéticos tratados após a terceira semana de tratamento, não havendo alteração do peso dos ratos diabéticos.