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Patent Searching and Data


Title:
ARTIFICIAL INSEMINATION DEVICE
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2016/197220
Kind Code:
A1
Abstract:
The invention relates to an artificial insemination device comprising a tube (B) and a tip (1) that can be fitted into an end of the tube (B), the tip (1) being formed by a hollow tubular body with a hemispheric upper end (4) having at least three openings (6); the tip (1) contains at least one first portion (7) having the shape of a truncated cone which tapers towards the upper end, for insertion of a first semen straw containing biological material for insemination, followed by a first annular portion (8) for coupling the straw, a second portion (9) having the shape of a truncated cone which tapers towards the upper end (4), which is arranged after the first annular portion (8), for insertion of a second semen straw containing biological material, and has a smaller diameter than the first straw, a second annular portion (8') arranged after the second, additional portion (9) having the shape of a truncated cone, for coupling the second semen straw, which is smaller than the first, and a recess (10) in the area of the hemispheric upper portion (4), where the at least three openings (6) are located.

Inventors:
YOSHIME WATANABE OSNIR (BR)
Application Number:
PCT/BR2016/050131
Publication Date:
December 15, 2016
Filing Date:
June 08, 2016
Export Citation:
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Assignee:
YOSHIME WATANABE OSNIR (BR)
International Classes:
A61D19/02
Foreign References:
CN203576691U2014-05-07
CN102670329A2012-09-19
CN2525951Y2002-12-18
BR7902479U2001-05-22
Attorney, Agent or Firm:
DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & IPANEMA MOREIRA (BR)
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Claims:
RE NDICAÇÕES

1.Dispositivo para inseminação artificial, caracterizado por compreender um tubo (B) e uma ponteira (1 ) encaixável em uma extremidade desse tubo (B), a ponteira (1 ) sendo formada por um corpo tubular oco com uma 5 extremidade superior semiesférica (4), a qual compreende pelo menos três orifícios (6); a ponteira (1 ) compreende internamente pelo menos uma primeira porção (7) tronco cónica que se afunila em direção à extremidade superior (4), para inserção de uma primeira palheta contendo material biológico a ser inseminado, seguida de uma primeira porção anelar (8) para0 acoplamento da primeira palheta, uma segunda porção tronco cónica (9) que se afunila em direção à extremidade superior (4), disposta em seguida à primeira porção anelar (8), e com diâmetros superior e inferior respectivamente menores do que os diâmetros superior e inferior da primeira porção tronco cónica (7), para inserção de uma segunda palheta contendo5 material biológico com diâmetro menor do que a primeira palheta, uma segunda porção anelar (8'), com diâmetro menor do que o diâmetro da primeira porção anelar (8), disposta em seguida à segunda porção tronco cónica adicionai (9), para acoplamento da segunda palheta, e um nicho (10) na região da extremidade superior semiesférica (4) onde são dispostos os o peio menos três orifícios (6).

2. Dispositivo para inseminação artificiai, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que os pelo menos três orifícios (8) são orientados formando um ângulo menor do que 90° em relação ao eixo do tubo (B) e da ponteira (1 ).

5 3. Dispositivo para inseminação artificial, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a ponteira (1 ) compreender, externamente, pelo menos três cavidades (5) cujas paredes (5') são em fornia de "U", sendo que em cada uma dessas cavidades está disposto um dentre os pelo menos três orifícios (8).

0 4. Dispositivo para inseminação artificiai, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por a ponteira (1 ) ser unida à extremidade do tubo (B) por um dentre colagem, soldagem, união rosqueada. 5, Dispositivo para inseminação artificial, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por pelo menos três orifício (6) serem igualmente distribuídos sobre a extremidade superior semiesférica da ponteira (1 ).

6. Dispositivo para inseminação artificial, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por o corpo tubular ser dotado externamente de uma região rebaixada (2) de encaixe com o tubo (B).

Description:
DISPOSITIVO PARA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

Trata-se a presente patente de modelo de utilidade, de uma nova forma e disposição introduzida em dispositivo para inseminação artificiai, pertencente ao setor técnico veterinário, mais particularmente, refere-se a um dispositivo compreendendo urna ponteira que fica encaixada em um tubo, formando uma bainha de inseminação artificial com a função de acoplar a palheta com material biológico, direcionar o sémen de acordo com as saídas dentro do útero do animal e, com seu formato anatómico, facilitar a introdução da bainha sem ferir o animal, através do qual são obtidos resultados práticos, seguros e funcionais muito vantajosos.

São conhecidas no mercado bainhas de inseminação artificial com ponta plástica soldada na extremidade do tubo com duas saídas, e bainhas de inseminação com êmbolo. Para bainhas com ponta soldada de duas saídas, o orifício para saída de sémen é lateral, formando um ângulo de 90° com o eixo da bainha, sendo que um dos inconvenientes desse modelo de peça é seu processo de fabricação, que exige um molde de injeção mais complexo com gavetas. Outro detalhe é que no momento da aplicação no animal, o material biológico sai pelas duas laterais da ponteira a 90° graus de inclinação, o que não permite uma distribuição e uma difusão do sémen dentro do útero do animai e, portanto, não contribui para aumentar as chances de ocorrer a fecundação. Um terceiro inconveniente dessas bainhas de inseminação artificial já conhecidas é que elas envolvem urna elevada taxa de refluxo do material biológico no momento da inseminação, o que significa que entre cerca de 16% a 88% do sémen fica retido dentro da ponteira da bainha, principalmente quando a inseminação é feita de forma rápida e em jato, devido ao encaixe inadequado entre a palheta com sémen e a bainha de inseminação.

Para bainha de inseminação com êmbolo, esta não possui nenhum tipo de ponta soldada na extremidade do tubo, mas possui uma de suas pontas conformadas, a fim de criar anatomia adequada para aplicação ao animal e servir de batente para o êmbolo que recepciona a palheta com material biológico. Neste modelo, no momento da aplicação, o material segue em um único orifício frontal sendo expelido em linha reta na direção do eixo da bainha, o que também não proporciona distribuição e difusão adequadas do sémen dentro do útero do animal. Por meio dessa disposição, pode acontecer de o jato de sémen ser direcionado apenas para um dos dois cornos uterinos do animai. Porém, se a ovulação ocorrer apenas no outro corno, as chances de fecundação são reduzidas.

Assim, o objetivo do dispositivo para inseminação artificial objeto desse modelo de utilidade é de permitir uma melhor distribuição do material biológico quando inseminado, permitindo um melhor aproveitamento do mesmo, além de permitir a utilização de palhetas de diferentes diâmetros, solucionando os inconvenientes acima mencionados, e de proporcionar outras vantagens decorrentes de sua concepção.

O dispositivo de acordo com esse modelo será melhor compreendido através dos desenhos anexos que, de modo esquemático, representam: Figura 1 - vista em perspectiva da nova disposição construtiva introduzida em dispositivo para inseminação artificial;

Figura 2 - vista frontal da ponteira do dispositivo para inseminação artificial; Figura 3 - vista lateral da ponteira do dispositivo para inseminação artificial; Figura 4 - vista superior da ponteira do dispositivo para inseminação artificial;

Figura 5 - vista inferior da ponteira do dispositivo para inseminação artificiai; Figura 8 - vista lateral em corte do dispositivo para inseminação artificial incluindo a ponteira e o tubo;

Figura 7 - vista superior de uma primeira variante construtiva do dispositivo para inseminação artificial, em que a ponteira possui quatro cavidades e quatro orifícios;

Figura 8 - vista superior de uma segunda variante construtiva do dispositivo para inseminação artificial, em que a ponteira possui cinco cavidades e cinco orifícios; e

Figura 9 - vista em perspectiva esquemática da aplicação do dispositivo para inseminação artificiai. De acordo com as figuras 1 a 6, o dispositivo para inseminação artificiai, também denominado de bainha de inseminação, compreende um tubo B e uma ponteira 1 encaixável em uma extremidade desse tubo B, para serem inseridas no útero do animal. A ponteira 1 é formada por um corpo tubular oco com uma extremidade superior semiesférica 4. A superfície externa do corpo tubular preferivelmente apresenta uma região rebaixada 2 e, na extremidade inferior, um chanfro 3, ambos em uma região de encaixe com o tubo B, para facilitar o acoplamento da ponteira 1 no interior do tubo B, A ponteira 1 pode ser colada, soldada ou rosqueada na extremidade da bainha B.

A ponteira A e o tubo B são preferivelmente constituídos de material polimérico ou metálico, A extremidade superior semiesférica 4 da ponteira é dotada de peio menos três orifícios 6 para saída de sémen.

Ern uma concretização preferida desse dispositivo, na extremidade superior semiesférica 4 da ponteira são formadas, externamente, peio menos três cavidades curvas 5 com paredes 5' em forma de "U", sendo que a borda externa das paredes 5' acompanha a curvatura semiesférica. Cada uma dessas cavidades é dotada de um dos orifícios 6. Preferivelmente os três ou mais orifícios são orientados inclinados peio menos ligeiramente para cima, formando em um ângulo menor do que 90° em relação ao eixo do tubo e da ponteira, para manter o direcionamenfo do sémen expelido dentro da região uterina, e dos cornos do útero.

Na modalidade mostrada nas figuras 1 a 6, a ponteira é constituída com três cavidades curvas 5 e orifícios, porém de acordo com outras variantes do modelo, essa ponteira pode ser dotada de quatro, cinco ou mais cavidades curvas 5 com orifícios inclinados para cima, conforme mostrado nas figuras 7 e 8. O direcionamento dos orifícios 6 para cima e a existência de diversos orifícios, preferivelmente distribuídos uniformemente na região da extremidade superior 4 da ponteira 1 , são importantes para garantir a dispersão do sémen no interior do útero do animal com maior eficácia, aumentando o espalhamento do sémen no útero e, consequentemente, a área de alcance do sémen, o que, consequentemente, aumenta as chances de fecundação do óvulo. Nos dispositivos anteriormente conhecidos que utilizavam apenas um ou dois orifícios orientados lateralmente, o alcance de dispersão do sémen quando aplicado na cavidade uterina era limitado à orientação em que se encontravam os orifícios na ponteira do dispositivo, após ela ultrapassar o cervix do animai.

A ponteira 1 possui um interior oco que se comunica com o interior do tubo B, onde é inserida uma palheta com material biológico ou ainda um êmbolo, para que o material biológico seja distribuído e dispersado no interior do útero do animal através dos orifícios da ponteira.

Preferivelmente o interior oco da ponteira possui uma primeira porção tronco cónica 7 cujo diâmetro mais largo é voltado para o lado do tubo, e que se afunila em direção à extremidade superior 4 da ponteira 1 , para facilitar a inserção da palheta com o material biológico a ser inseminado. Essa primeira porção tronco cónica 7 é seguida, na direção da extremidade superior 4 da ponteira 1 , de uma primeira porção anelar 8, de perfil cilíndrico, para alojamento da palheta de modo estável, quando da aplicação do material biológico no seu interior. Em seguida a essa primeira porção anelar 8, o interior oco da ponteira possui ainda pelo menos uma segunda porção tronco cónica adicional 9 que se afunila em direção à extremidade superior 4 da ponteira, e cujo diâmetro maior é localizado em seguida à primeira porção anelar 8. Os diâmetros superior e inferior dessa porção tronco cónica adicional 9 são, respectivamente, menores do que os diâmetros superior e inferior da primeira porção tronco cónica 7. Uma segunda porção anelar adicional 8', com diâmetro menor do que o diâmetro da primeira porção anelar 8, é formada em seguida à segunda porção tronco cónica adicional 9, e antes do nicho 10. O interior oco da ponteira se encerra em um nicho 10 com os orifícios 6 na região da extremidade superior semiesférica 4.

Esse conjunto da segunda porção tronco cónica adicional 9 seguida da segunda porção anelar adicional 8', ambas com menor diâmetro, facilita a inserção de uma palheta com o material biológico com dimensões menores do que o conjunto da primeira porção tronco cónica 7 com primeira porção anelar 8, como pode ser visto na figura 6. Dessa forma, a ponteira desse dispositivo é compatível com palhetas de diferentes tamanhos, por exemplo, de 0,50m! e de 0,25mi.

Alternativamente, a ponteira pode compreender outros conjuntos adicionais de porção tronco cónica seguida de porção anelar de menor diâmetro, dispostos em seguida à segunda porção tronco cónica 9 e à segunda porção anelar 8' adicionais e antes do nicho 10, para acomodar palhetas ainda menores.

O melhor acoplamento entre a palheta com material biológico e o dispositivo de inseminação artificial reduz a ocorrência de refluxo do material biológico quando da aplicação na cavidade uterina, refluxo esse que causava desperdício de material biológico. Para evitar esse tipo de refluxo, a aplicação do material devia ser feita de forma lenta. No entanto, por meio do melhor acoplamento entre a palheta e o dispositivo de inseminação, a aplicação do sémen no interior da cavidade uterina pode ser realizada de forma rápida, gerando jatos com maior intensidade de fluxo e maior alcance, melhorando a dispersão do material biológico.

Em virtude dessa nova disposição do dispositivo para inseminação artificiai, sua utilização é muito simples, bastando inicialmente encaixar a extremidade do tubo B na região rebaixada do corpo tubular 2 da ponteira 1 , a qual poderá ser também colada, soldada ou rosqueada, e então introduzir a palheta no tubo até sua extremidade se acoplar em uma das porções anelares 8 ou 8' da ponteira, e o dispositivo estará pronto para ser utilizado. Assim, o material biológico seguirá o caminho da palheta, sendo interrompido pela parede do nicho 10 que o direcionará para os três ou mais orifícios 6, de modo que o sémen será distribuído em peio menos três fluxos diferentes ao redor da circunferência da ponteira. No caso de os orifícios serem inclinados pelo menos ligeiramente para cima, os fluxos de sémen escoarão formando em um ângulo menor do que 90° em relação ao eixo do tubo e da ponteira.

O dispositivo para inseminação artificiai, assim concebido, oferece as seguintes vantagens em relação as suas congéneres até hoje conhecidos: - Maior alcance periférico, melhor direcionamento e melhor dispersão do material biológico ao passar por uma quantidade maior de orifícios, o que permite o direcionamento do fluxo de sémen para os dois cornos uterinos, independente da orientação da ponteira ao chegar à cavidade uterina, melhorando os resultados de inseminação.

- Redução do desperdício de material biológico dentro do dispositivo aplicador, devido ao posicionamento e à quantidade de orifícios, bem como à anatomia interna da ponteira que proporciona uma melhor acomodação da palheta. Nos dispositivos já conhecidos, uma quantidade maior de material biológico ficava presa dentro do dispositivo aplicador devido ao efeito de refluxo.

- Facilidade no processo de fabricação por meio de injeção plástica para o modelo injetado, com baixo custo produtivo.

- O formato mais anatómico com curvaturas mais suaves na extremidade superior da ponteira agride menos o animai no momento de introduzir o tubo através do cervix até a cavidade uterina.

A abrangência do presente modelo de utilidade, portanto, não deve ser limitada aos detalhes construtivos, mas sim, apenas aos termos definidos na reivindicação e seus equivalentes.