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Title:
EQUIPMENT AND METHOD FOR ELECTROENERGIZING FLUIDS USING A DIRECTED ELECTRON TRAP, RECIPIENT FOR ELECTROENERGIZED FLUIDS, ELECTROENERGIZED FLUID AND USE OF ELECTROENERGIZED FLUID
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2022/120441
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to an item of equipment (100) and to a method for electroenergizing fluids (F), comprising an electron trap (200), a fluid circuit (300), a control unit (400), an interface (500), a container (600) and a dispensing device (700). The electron trap (200) comprises at least one positive source (240) for electroacidification and at least one negative source 250 for electroalkalization of an initial fluid (FI) from a container (600), providing an electroenergized final fluid (FF), available in the dispensing device (700). In addition, the present invention also relates to a recipient (RR), to a fluid (F) and to the use of said fluid (F).

Inventors:
DUVOISIN CHARLES ADRIANO (BR)
BAGGIO FÁBIO EDUARDO (BR)
Application Number:
PCT/BR2020/050529
Publication Date:
June 16, 2022
Filing Date:
December 09, 2020
Export Citation:
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Assignee:
DUVOISIN CHARLES ADRIANO (BR)
BAGGIO FABIO EDUARDO (BR)
International Classes:
C02F1/461; A47J31/44; A47J31/60; A61L2/03; C02F1/48
Domestic Patent References:
WO2011088598A12011-07-28
Foreign References:
CN204813428U2015-12-02
US20140183056A12014-07-03
CN107136929A2017-09-08
CN106889896A2017-06-27
Attorney, Agent or Firm:
LICKS ATTORNEYS (BR)
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Claims:
26

REIVINDICAÇÕES

1. Equipamento para eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada, caracterizado pelo fato de compreender:

I. armadilha de elétrons (200),

II. circuito fluídico (300),

III. unidade de controle (400),

IV. interface (500),

V. contentor (600) e

VI. dispositivo de dispensação (700), em que a armadilha de elétrons (200) compreende pelo menos uma fonte positiva (240) para a eletroacidulação e pelo menos uma fonte negativa 250 para a eletroalcalinização de um fluido inicial (Fl) de um contentor (600), provendo um fluido final (FF), eletroenergizado, disponível no dispositivo de dispensação (700).

2. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato das fontes de energia (240, 250) serem de tensão regulável, preferencialmente de corrente contínua pulsada, comutáveis e ligadas no circuito com um conjunto de chaves ou comutadores (241, 251).

3. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a seleção, o comando para os valores de tensão e corrente e o controle do tempo de operação das fontes (240, 250) serem funções executadas e comandadas pela unidade de controle (400), que atribui a cada instrução de operação feita através da interface (500) as parametrizações de um protocolo tríplice predeterminado de fonte/tensão-corrente/tempo, armazenado em uma memória e/ou base de dados embarcada ou remota da unidade de controle (400), equivalente a uma ou mais instruções de um consumidor ou usuário do equipamento (500).

4. Equipamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de as fontes de energia elétrica (240, 250) operarem com diferenças de potencial elétrico entre lkV e 100 GV, preferencialmente, mas não se limitando a uma faixa entre 10 kV e 10GV.

5. Equipamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de as fontes de energia elétrica (240, 250) operarem com correntes elétricas entre 1 pA e 1 kA, preferencialmente, mas não se limitando a uma faixa entre 1 mA e 100 A.

6. Equipamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de tempo de funcionamento da armadilha de elétrons (200) variar entre lOms e 120s, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a um valor entre 100ms e 60s.

7. Equipamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de um valor mínimo de energização ser o equivalente a uma eletroenergização com fonte positiva (240) ou negativa (250), resultante de uma tensão em uma faixa entre 0,1 e 1 kV, com correntes entre ImA e 0,2A, com tempo de aplicação entre 0,1 e 20s.

8. Equipamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de um valor intermediário de energização ser o equivalente a uma eletroenergização com fonte positiva (240) ou negativa (250) resultante de uma tensão em uma faixa entre 1 e 3 kV, com correntes entre ImA e 0,5A, com tempo de aplicação entre 10 e 40s.

9. Equipamento, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de pelo fato de um valor máximo de energização ser o equivalente a uma eletroenergização com fonte positiva (240) ou negativa (250) resultante de uma tensão em uma faixa entre 3 e 20 kV, com correntes entre ImA e 1,0 A, com tempo de aplicação entre 20 e 60s.

10. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o dispositivo de dispensação (700) ser uma torneira ou válvula (710) de dispensação com controle de abertura regulável, podendo ser de acionamento manual ou automático, possuindo um bico (720), preferencialmente telescópico para se adequar aos tamanhos dos recipientes (RR) e às condições de eletroenergização.

11. Método para eletroenergização de fluidos por armadilha de elétrons direcionada, caracterizado pelo fato de ser executado por um equipamento (100) conforme definido nas reivindicações 1 a 10, compreendendo as seguintes etapas de método: i. Prover um fluido inicial (Fl) em um contentor (600); ii. Conectar o contentor (600) ao equipamento (100); iii. Apresentar no display da interface (500) as opções de energização; iv. Apresentar no display da interface (500) as demais opções acessórias referentes ao fluido (F); v. Selecionar pela interface (500) uma ou mais das opções disponíveis; vi. Processar a informação da seleção e acessar o banco de dados e/ou a memória do equipamento; vii. Atribuir à seleção um protocolo tríplice com parametrização correspondente contido do banco de dados e/ou a memória do equipamento (100); viii. Acionar os componentes do equipamento (100) e promover o fluxo do fluido inicial (Fl) através da armadilha de elétrons (200) e transformando-o no fluido final (FF), eletroenergizado; e 29 ix. Dispensar o fluido final (FF) acionando uma torneira ou válvula

(710) e receber o fluido final (FF) em um recipiente (RR).

12. Método, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de o consumidor ou usuário do equipamento (100) poder escolher, instantaneamente, o resultado eletrossensorial desejado comandando a intensidade tanto de uma eletroacidulação quanto de uma eletroalcalinização, por meio da seleção de uma ou mais dentre duas ou mais possibilidades que serão atribuídas pela unidade de controle (400) ao(s) protocolo(s) tríplice(s) correspondente(s).

13. Recipiente para fluidos eletroenergizados, caracterizado por ser um recipiente (RR) para receber fluidos finais (FF) eletroenergizados pelo equipamento (100) conforme descrito nas reivindicações 1 a 10 executando um método conforme descrito nas reivindicações 11 a 12.

14. Fluido eletroenergizado, caracterizado por ser um fluido final (FF) obtido através da eletroenergização de um fluido inicial (Fl) através de um equipamento (100) conforme descrito nas reivindicações 1 a 10 executando um método conforme descrito nas reivindicações 11 a 12.

15. Uso de um fluido eletroenergizado, caracterizado por ser para a fabricação, adição ou complementação de fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos, com gás ou sem gás.

Description:
EQUIPAMENTO E MÉTODO PARA ELETROENERGIZAÇÃO DE FLUIDOS POR ARMADILHA DE ELÉTRONS DIRECIONADA, RECIPIENTE PARA FLUIDOS ELETROENERGIZADOS, FLUIDO ELETROENERGIZADO E USO DE FLUIDO ELETROENERGIZADO

Campo de aplicação

[001] A presente invenção pertence ao campo da modificação das características de fluidos por meio de campos eletromagnéticos e processos físico-químicos.

Introdução

[002] A presente invenção se refere a um equipamento e método para a eletroenergização de fluidos em que o usuário pode escolher a intensidade da eletroenergização por meio de protocolos predeterminados, em que a operação direcionada de uma ou mais armadilhas de elétrons possibilita o sequestro ou a acumulação de elétrons do meio e, assim, respectivamente, eletroacidular ou eletroalcalinizar um fluido por meio do controle integral da diferença de potencial elétrico final do fluido, ideal para consumo imediato, carregando-o eletrostaticamente e proporcionando ao consumidor do fluido uma percepção eletrossensorial inédita, resultado de uma descarga elétrica específica, aqui chamada de descarga elétrica sensorial ou excitação eletrossensorial.

[003] O equipamento de acordo com a invenção é aplicável a fluidos eletrocondutores de qualquer natureza que podem ser escolhidos, mas não se limitando aos fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos, incluindo também alimentos pastosos, preferencialmente bombeáveis. [004] Os fluidos ou alimentos podem estar dispostos em contentores tais como recipientes intermediários e/ou depósitos de fluidos ou similares ou também envasados em suas embalagens de transporte e/ou embalagens definitivas, para serem energizadas dentro destes contentores dispostos no interior do equipamento (em bateladas) ou bombeados e energizados em fluxo contínuo através do equipamento.

[005] O equipamento da invenção visa a energização e ativação de um fluido ou alimento por meio da utilização de uma armadilha de elétrons direcionada de modo a permitir a energização "de fora para dentro" e "de dentro para fora" do fluido, que pode ser tanto uma bebida quanto um alimento.

[006] Além disso, a presente invenção se refere a um recipiente para receber os fluidos ou alimentos eletroenergizados após deixarem o equipamento, a um fluido eletroenergizado e ao uso de um fluido eletroenergizado.

Estado da técnica

[007] O estado da técnica está repleto de soluções que buscam a energização ou ativação de fluidos, para as mais variadas funções, mas sempre se utilizando de meios como descargas elétricas, ímãs, eletroímãs, eletrólise, agitação mecânica, sujeição a raios UV, infravermelhos e similares. Outros documentos conhecidos revelam a intenção de energização por meio da adição de produtos químicos, gases como hidrogênio, oxigênio, peróxido de hidrogênio e similares, fluidos, inclusão temporária ou permanente de metais, pedras, rochas e similares.

[008] Assim, há diversos registros de soluções de energização, mas nenhuma especificamente voltada para a eletroenergização por meio de uma armadilha de elétrons direcionada, capaz de alterar de forma dirigida e intencional as propriedades físico-químicas do fluido sem alterar as suas características fundamentais e, em especial, sem alterar suas propriedades organolépticas, carregando-o eletrostaticamente e proporcionando ao consumidor do fluido uma percepção sensorial inédita resultado de uma descarga elétrica específica.

[009] Também não há documentos que tratam do tempo de remanescência de íons em fluidos ou alimentos que foram submetidos a armadilhas de elétrons e, em especial, submetidos a processos de eletroenergização por armadilhas de elétrons.

[010] A leitura e análise dos ensinamentos do estado da técnica expõe, dentre outras coisas, a pobreza de detalhamento dos tipos de energização almejadas (se por excesso ou falta de elétrons) e, assim, a falta gritante de ensinamentos a respeito do direcionamento das armadilhas de elétrons para fins de energização de fluidos e, consequentemente, a ausência de descrição dos efeitos pretendidos para os usuários.

[011] Um exemplo do estado da técnica pertinente é a "máquina para o carregamento de água" do documento patentário norte-americano de número US 5,925,292, que revela uma máquina para carregar água, em que a água a ser tratada é movimentada de modo alternado (ascendente e descendente) em um conjunto de vórtices, introduzindo-se oxigênio na corrente de água para prover uma extensão da validade (tempo de armazenamento) por meio da incorporação de oxigênio gasoso e, eventualmente, por meio da exposição da água a um campo magnético negativo ou positivo e a um campo piezelétrico para criar um substancial potencial zeta.

[012] O conceito de US 5,925,292 não se baseia em uma armadilha de elétrons e tampouco se preocupa com o sequestro ou aprisionamento de elétrons. Trata-se de uma solução complexa que demanda elementos de condução de água de forma e confecção sofisticadas e onerosas e o uso de bombas de recalque, ímãs e cristais piezelétricos. Além disso, essa solução se concentra preponderantemente na oxigenação ou aeração do fluido em detrimento de uma armadilha de elétrons e de um direcionamento da energização, e, finalmente, precisa da circulação ou movimentação do fluido para acontecer, o que leva à passagem do fluido por diversos elementos e materiais, aumentando o risco de contaminação do fluido. Além disso, o documento US 5,925,292 não faz nenhuma menção a alterações de percepção sensorial resultantes da eletroenergização do fluido em tratamento.

[013] Uma forma semelhante à analisada acima é a revelada pelo documento patentário norte-americano de número US 6,164,332 que trata de um aparelho para a fabricação de água com magnetismo alinhado ao fluxo. As desvantagens ou omissões dessa patente são as mesmas da solução de US 5,925,292.

[014] Outros documentos pertinentes são os documentos patentários US 5,288,401, CN 10275715 e WO 2014053865, dentre outros, os quais igualmente apresentam deficiências similares às supracitadas e, adicionalmente, carregam a dificuldade de se aplicar apenas a grandes bateladas em larga escala, sem considerar os fluidos contidos em contentores menores e também não descrevem e nem sugerem alterações de percepção sensorial resultantes da eletroenergização do fluido em tratamento.

[015] Já o documento US 9,011,700 trata de sistemas, dispositivos e métodos para a energização direta de moléculas de água, em que o sistema gera composições contendo moléculas de água em um gás como meio transportador, por exemplo, em forma de aerossol ou vapor de água ou uma combinação destes, e submete estas composições a ondas eletromagnéticas, micro-ondas, ondas de radiofrequência e afins para depois utilizá-lo em seres humanos, misturando, portanto, os efeitos da aplicação de ondas de energia e do aquecimento das moléculas de água para carregar a água com energia. A desvantagem que imediatamente salta aos olhos é a curtíssima duração do efeito energizante deste sistema frente ao efeito causado pela eletroenergização de uma armadilha de elétrons. Além disso, a invenção revelada por US 9,011,700 demanda adicionalmente uma instalação para a geração / preparação da composição aquosa, tornando-a onerosa em termos de materiais e de fabricação. Os tempos de exposição da composição contendo moléculas de água são longos, ou seja, não há como prover um uso rápido, por exemplo, em um dispensador de bebidas.

[016] Por fim, outro documento do estado da técnica pertinente, dos mesmos inventores da presente invenção, é o documento patentário brasileiro de número BR 10 2020 017993, que trata da eletroenergização de fluidos em recipientes, mas que não cita e nem resolve o problema da perda da carga iônica com o tempo de armazenamento após o sequestro ou acúmulo de elétrons. Também não faz referência a um recipiente para receber o fluido ou alimento eletroenergizado após a sua saída do equipamento eletroenergizador. Por fim, o documento BR 10 2020 017993 não faz menção e nem sugere a possibilidade do consumidor poder escolher ou determinar a intensidade da eletroenergização de sua bebida.

[017] Como pode ser inferido a partir da descrição do estado da técnica, existe espaço e demanda para um equipamento de eletroenergização por meio de uma armadilha de elétrons direcionada, capaz de alterar de forma dirigida e intencional as propriedades físico-químicas do fluido (ou alimento) sem alterar as suas características fundamentais e, em especial, sem alterar suas propriedades organolépticas, proporcionando ao consumidor do fluido uma percepção eletrossensorial inédita, resultado de uma descarga elétrica específica, em que o consumidor da bebida (fluido) possa escolher a forma (eletroacidular ou eletroalcalinizar) e a intensidade da eletroenergização durante o preparo da bebida, tendo acesso imediato a uma bebida para consumo imediato.

Objetivos da invenção

[018] Um dos objetivos da presente invenção é, portanto, prover um equipamento para a eletroenergização de fluidos de acordo com as características da reivindicação 1 do quadro reivindicatório anexo.

[019] Outro objetivo da presente invenção é o provimento de um método para a eletroenergização de fluidos de acordo com as características da reivindicação 11 do quadro reivindicatório anexo.

[020] Outro objetivo da presente invenção é o provimento de um recipiente para receber os fluidos eletroenergizados de acordo com as características da reivindicação 13 do quadro reivindicatório anexo.

[021] Outro objetivo ainda da presente invenção é um fluido eletroenergizado de acordo com as características da reivindicação 14 do quadro reivindicatório anexo.

[022] Mais outro objetivo da presente invenção é o uso de um fluido eletroenergizado de acordo com as características da reivindicação 15 do quadro reivindicatório anexo

[023] Demais características e detalhamentos das características são representados pelas reivindicações dependentes.

Breve descrição das figuras

[024] Para melhor entendimento e visualização do objeto da presente invenção, este será agora descrito com referência à figura anexa, representando o efeito técnico obtido por meio de uma modalidade exemplar não limitante do escopo da presente invenção, em que:

Figura 1: apresenta uma vista lateral esquemática de um equipamento de acordo com a invenção.

Descrição detalhada da invenção

[025] A descrição detalhada da invenção será feita baseada na figura supracitada, porém de modo não limitante à mesma, sendo o texto a seguir dividido em equipamento, método, recipiente, fluido e uso, de acordo com o escopo reivindicatório.

Equipamento para a eletroenergização de fluidos

[026] O equipamento para a eletroenergização de fluidos ou simplesmente equipamento (100), de acordo com a invenção, é um equipamento (100) para a eletroenergização de um fluido (F), compreendendo:

I. Armadilha de elétrons (200);

II. Circuito fluídico (300);

III. Unidade de controle (400);

IV. Interface (500);

V. Contentor (600); e

VI. Dispositivo de dispensação (700).

[027] Um equipamento (100) de acordo com a invenção compreende a operação direcionada de uma ou mais armadilhas de elétrons (200), modificando um fluido (Fl) inicial por meio do sequestro de elétrons (eletroacidulação) ou acumulação de elétrons (ou eletroalcalinização), controlando a diferença de potencial elétrico e obtendo um fluido final (FF) energizado de modo direcionado e controlado. [028] O equipamento (100) pode ser acondicionado em um invólucro ou caixa ou carenagem (101) adequada, sendo portátil ou fixo.

[029] Um fluido (F), de acordo com a invenção, é um fluido eletrocondutor de qualquer natureza que pode ser escolhido, mas não se limitando a fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos, com gás ou sem gás. Um fluido (F), de acordo com a invenção, pode também compreender alimentos, desde que tenham fluidez suficiente para sua movimentação em tubulações e que, preferencialmente, sejam bombeáveis.

[030] Um meio fluido (F), de acordo com a invenção, é uma formulação compreendendo um ou mais fluidos de acordo com a invenção e, ainda, podendo compreender fluidos adicionais como conservantes, corantes, estabilizantes, aromatizantes, emulsificadores, adoçantes e demais elementos afins e usualmente utilizados nos fluidos supracitados.

[031] Uma armadilha de elétrons (200), de acordo com a invenção, é um dispositivo para a eletroenergização de fluidos (F) provido de uma carcaça (201) como meio de condução de fluidos, pelo menos um cátodo (210) ligado a pelo menos um eletrodo (220) disposto no interior da carcaça (201), pelo menos um ânodo (230), pelo menos duas fontes de energia (240, 250) ligadas ao circuito compreendendo cátodo (210), eletrodo (220) e ânodo (230).

[032] A carcaça (201) da armadilha de elétrons (200) é composta por pelo menos uma camada externa (202) de material dielétrico, uma camada intermediária (203) de material condutor elétrico e uma camada interna (204) de material dielétrico. As camadas externa (202) e interna (204) se destinam a isolar a camada intermediária (203) de material condutor elétrico do contato com a superfície, com outros materiais condutores elétricos, ou com o fluido (F) a ser energizado pelo equipamento (100).

[033] É de se notar que os materiais condutores elétricos e os materiais dielétricos ou isolantes elétricos são amplamente conhecidos na técnica, incluindo, mas não se limitando a cobre, aço inox, grafite, grafeno, alumínio e afins no caso dos condutores, e PP, PE, polímeros, compômeros, cerômeros, vidros, e afins para o caso dos dielétricos.

[034] O cátodo (210) do equipamento (100) é composto por uma camada interna (211) de material condutor elétrico e é revestido por uma camada externa (212) de material dielétrico que se destina a isolar a camada interna (211) do contato com a superfície, com outros materiais condutores elétricos, ou com o fluido (F) a ser energizado pela armadilha de elétrons (200) do equipamento (100). Na modalidade preferencial ilustrada na Figura 1, dito cátodo (210) se encontra ligado a pelo menos um eletrodo (220). Os elementos aqui descritos podem também ser maciços e revestidos por camadas isolantes apropriadas, como polímeros, tintas, revestimentos e demais formas adequadas ao isolamento nas condições descritas e demandadas pela invenção.

[035] O eletrodo (220), de forma similar ao cátodo (210), é composto por uma camada interna (221) de material condutor elétrico e é revestido por uma camada externa (222) de material dielétrico para seu devido isolamento. O eletrodo (220) se encontra disposto no interior da carcaça (201), isolado eletricamente desta. Os elementos aqui descritos podem também ser maciços e revestidos por camadas isolantes apropriadas, como polímeros, tintas, revestimentos e demais formas adequadas ao isolamento nas condições descritas e demandadas pela invenção. [036] O ânodo (230) compreende uma camada interna (231) de material condutor elétrico e é revestido por uma camada externa (232) de material dielétrico que se destina a isolar a camada interna (231) do contato com a superfície ou com o fluido (F) a ser energizado pelo equipamento (100). O ânodo (230) está em contato elétrico com a carcaça (201).

[037] Em uma modalidade preferencial da invenção, o ânodo (230) pode se encontrar ligado ao eletrodo (220), isolado da carcaça (201), enquanto o cátodo (210) está ligado à carcaça (201).

[038] O eletrodo (220) deve ser de material condutor com características adequadas à tensão e corrente elétrica das fontes de energia elétrica e tal que não contamine o fluido (F).

[039] Os eletrodos (220) devem ser fabricados em materiais adequados, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a materiais à base de óxidos para aumentar rendimento de eletroenergização, através da função de semicondutores direcionados e controlados. Os materiais podem ser também considerados, mas não se limitando a materiais como aço inoxidável, também poderão ser revestidos por tratamentos da superfície de inox, além de materiais cerâmicos, óxidos de metais, grafenos, fulerenos e demais materiais adequados.

[040] A armadilha de elétrons (200) compreende ainda duas fontes de energia (240, 250), de tensão regulável, preferencialmente de corrente contínua com corrente pulsada, sendo uma fonte positiva (240) para o sequestro de elétrons (eletroacidulação) e uma fonte negativa (250) para a acumulação de elétrons (eletroalcalinização).

[041] As fontes de energia (240, 250) são comutáveis e ligadas no circuito com um conjunto de chaves ou comutadores (241, 251), sendo que o circuito compreende ainda um conjunto de diodos (242, 252) para garantir a direção correta do fluxo da corrente de acordo com a fonte (240, 250) chaveada/selecionada para alimentar a armadilha de elétrons (200) e, assim, evitar correntes reversas durante o processo de eletroenergização possibilitando a ionização completa conforme parametrização. É de se notar que um ou mais dos diodos (242, 252) pode eventualmente ser substituído por dispositivos de centelhamento sem contato ou "spark gaps", preferencialmente dispostos próximos ao cátodo (210) e ânodo (230).

[042] As condições de eletroenergização são dadas, essencialmente, pelo tipo de fonte (240, 250), pela tensão e corrente aplicadas pela fonte (240, 250) ao circuito e o tempo de funcionamento da armadilha de elétrons (200). A escolha destes três parâmetros é feita de acordo com a escolha do tipo e da intensidade da eletroenergização, dando ao usuário ou consumidor a opção de promover a eletroacidulação ou a eletroalcalinização do fluido inicial (Fl), transformando-o em um fluido final (FF) capaz de proporcionar uma experiência eletrossensorial inédita no estado da técnica.

[043] A seleção da fonte (240, 250), o comando para os valores de tensão e corrente das fontes (240, 250) e o controle do tempo de operação das fontes (240, 250) são funções executadas e comandadas por uma unidade de controle (400), que atribui a cada instrução de operação um protocolo tríplice predeterminado de fonte/tensão-corrente/tempo, de acordo com as instruções do consumidor, que podem variar entre um modo de "baixa energização" e um modo de "alta energização", passando por um ou mais modos intermediários de "média energização", por exemplo.

[044] No equipamento de acordo com a invenção, a eletroenergização pode, portanto, ser utilizada tanto para o sequestro de elétrons (direcionamento positivo - eletroacidulação) com a seleção da fonte positiva (240) quanto para a acumulação de elétrons (direcionamento negativo - eletroalcalinização) com a seleção da fonte negativa (250), possibilitando obter a quantidade exata de ions com as cargas almejadas (direcionamento positivo ou negativo) ou, ainda, promover eventuais ajustes e correções dos níveis de ions do fluido (F) em processo (direcionamento misto ou alternado) para obter um fluido final (Fl) com as características sensoriais desejadas, predeterminadas de acordo com a aplicação e finalidade pretendidas para o fluido (F) e sua energização.

[045] No contexto da presente invenção, o termo "sequestro de elétrons" significa que, no caso do fluido energizado, os íons negativos migram para o polo positivo da corrente elétrica de polaridade constante mergulhada no fluido, provocando um desejado excesso de íons hidrogênio (H + ) ou de cátions e o consequente aumento da acidez do fluido, aqui chamado de eletroacidulação. A fonte selecionada neste caso é a fonte positiva (240).

[046] No contexto da presente invenção, o termo "acumulação de elétrons" significa que, no caso do fluido energizado, os íons positivos migram para o polo negativo da corrente elétrica de polaridade constante mergulhada no fluido, provocando um desejado excesso de íons hidroxila (OH ) ou de ânions e o consequente aumento da alcalinidade do fluido, aqui chamado de eletroalcalinização. A fonte selecionada neste caso é a fonte negativa (250).

[047] De acordo com a invenção, o consumidor poderá escolher a intensidade da eletroacidulação, por meio da seleção de uma ou mais dentre duas ou mais possibilidades que, serão atribuídas pelo processador ao(s) protocolo(s) tríplice(s) correspondente(s).

[048] Portanto, a eletroenergização da invenção é capaz de prover e imprimir ao fluido (F) uma marca eletrossensorial, inequivocamente relacionada ao fluido (F) e, por conseguinte, ao seu fabricante. [049] É de se notar que, independentemente do uso de fonte de energia elétrica de corrente contínua ou de corrente alternada, os testes práticos complementares aos estudos da presente invenção deixam evidente que quanto maior a tensão aplicada, melhor e mais intensa é a harmonização do fluxo de elétrons resultante no interior do fluido. A escolha da intensidade da corrente elétrica acompanha o mesmo raciocínio, ou seja, quanto maior a corrente aplicada mais uniforme é o fluxo de elétrons.

[050] Estas considerações, entretanto, não devem ser entendidas como limitantes das aplicações da presente invenção, uma vez que a escolha dos níveis de tensão e corrente dependerá do tipo de fluido escolhido, das condições e características do fluido, do contentor (600) e/ou recipiente (RR) pelo qual é contido, de eventuais objetos mergulhados total ou parcialmente no mesmo e demais condições que possam influenciar as características dielétricas do conjunto.

[051] Isto posto, há de se considerar o uso tanto de tensões e correntes baixas quanto o uso de tensões e correntes altas, sendo preferencial o uso de corrente contínua pulsada.

[052] Fontes de energia elétrica (240, 250) adequadas de acordo com a invenção são fontes de corrente contínua pulsada que devem possibilitar diferenças de potencial elétrico entre 1 kV e 100 GV, preferencialmente mas não se limitando a uma faixa entre 10 kV e 10 GV. A escolha da tensão dependerá essencialmente do tipo de fluido (F) a ser energizado, do tempo de energização pretendido e da presença ou não de objetos mergulhados no fluido, além, é claro, das propriedades dielétricas do equipamento e seus componentes (100) e, eventualmente, do recipiente (RR). Os valores aqui citados não devem ser entendidos como limitantes do escopo da invenção, podendo ser maiores ou menores do que o indicado, de acordo com as condições de eletroenergização necessárias.

[053] Fontes de energia elétrica (240, 250) adequadas de acordo com a invenção são fontes de corrente contínua pulsada que devem possibilitar correntes elétricas entre 1 |JA e 1 kA, preferencialmente mas não se limitando a uma faixa entre 1 mA e 100 A. A escolha da intensidade da corrente elétrica dependerá essencialmente do tipo de fluido (F) a ser energizado, do tempo de energização pretendido e da presença ou não de objetos mergulhados no fluido (F). Os valores aqui citados não devem ser entendidos como limitantes do escopo da invenção, podendo ser maiores ou menores do que o indicado, de acordo com as condições de eletroenergização necessárias.

[054] O tempo de funcionamento da armadilha de elétrons (200) varia entre 10 ms e 120 s, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a um valor entre 100 ms e 60 s, sendo o fluxo do fluido uma função direta do tempo equivalente ao protocolo tríplice escolhido pelo consumidor na interface (500).

[055] No contexto da presente invenção, o termo "baixa energização" significa um valor mínimo de eletroenergização, podendo ser, preferencialmente mas sem se limitar a uma eletroenergização com fonte positiva (240) ou negativa (250) resultante de uma tensão em uma faixa entre 0,1 e 1 kV, com correntes entre ImA e 0,2A, com tempo de aplicação entre 0,1 e 20s, usando, por exemplo, um recipiente (RR) pequeno com capacidade de até 300ml ou maior.

[056] No contexto da presente invenção, o termo "média energização" significa uma valor intermediário de eletroenergização, podendo ser, preferencialmente mas sem se limitar uma eletroenergização com fonte positiva (240) ou negativa (250) resultante de uma tensão em uma faixa entre 1 e 3 kV, com correntes entre 1mA e 0,5A, com tempo de aplicação entre 10 e 40s, usando, por exemplo, um recipiente (RR) de tamanho médio com capacidade entre 300ml e 500ml ou maior.

[057] No contexto da presente invenção, o termo "alta energização" significa um valor máximo de eletroenergização, podendo ser, preferencialmente mas sem se limitar a uma eletroenergização com fonte positiva (240) ou negativa (250) resultante de uma tensão em uma faixa entre 3 e 20 kV, com correntes entre ImA e 1,0 A, com tempo de aplicação entre 20 e 60s, usando, por exemplo, um recipiente (RR) de tamanho grande com capacidade entre 500ml e l.OOOml ou maior.

[058] No caso do direcionamento positivo ou de sequestro de elétrons, cria-se um diferencial positivo e a consequente acidulação do fluido. Nessa modalidade do processo, a sensibilidade eletrostática do fluido final (FF) se dá entre as cargas positivas do fluido e os elétrons dos lábios e boca do usuário, em que, no momento do contato do usuário com o fluido, os elétrons fluem do usuário para o fluido para compensar o diferencial de elétrons do sistema formado por usuário/fluido eletroenergizado. A percepção sensorial compreende um leve choque na boca, similar, porém inferior à descarga eletrostática que é sentida ao descer de um carro em dias muitos secos. Quanto maior o diferencial, maior será o choque e mais intensa será a percepção sensorial pelo consumidor ou usuário.

[059] Já no caso do direcionamento negativo ou de acúmulo de elétrons, cria-se um diferencial negativo e a consequente alcalinização do fluido. Nessa modalidade do processo, a sensibilidade eletrostática do fluido final (FF) se dá entre os elétrons do fluido e as cargas positivas dos lábios e boca do usuário, em que, no momento do contato do usuário com o fluido, os elétrons fluem do fluido para o usuário para compensar o diferencial de elétrons do sistema formado por usuário/fluido eletroenergizado. A percepção sensorial compreende igualmente um leve choque na boca, porém menos intenso e mais agradável do que o choque do direcionamento positivo. Aqui também vale a premissa de que quanto maior o diferencial, maior será o choque e mais intensa será a percepção sensorial pelo consumidor ou usuário.

[060] De acordo com a invenção, o consumidor poderá, então, escolher a intensidade da eletroalcalinização e o resultado eletrossensorial desejado, por meio da seleção de uma ou mais dentre duas ou mais possibilidades que serão atribuídas pelo processador ao(s) protocolo(s) tríplice(s) correspondente(s).

[061] É de se notar que a sensação de leve choque percebida pelo consumidor depende, além dos parâmetros do protocolo tríplice selecionado, também de suas próprias condições de aterramento, humidade relativa, temperatura, pressão atmosférica, quantidade de massa, sendo a percepção diferente para cada indivíduo, podendo ser mais ou menos intensa. A sensibilidade elétrica também dependerá do acúmulo energético já presente no consumidor, do tipo de calçado (aterramento ou não), do piso ou substrato (madeira, cimento, porcelanato, chão batido etc.) e demais fatores que influenciam a estática e os efeitos elétricos de modo geral.

[062] É de se notar ainda que o tamanho (capacidade) do recipiente (RR) também influi na intensidade eletrossensorial resultante do fluido final (FF), uma vez que, quanto maior o recipiente, maior a quantidade de elétrons a sequestrar ou a acumular. Além disso, as características construtivas como a espessura e o material utilizado igualmente influenciam o resultado final, sendo, portanto, os valores de capacidade indicados acima apenas um referencial. [063] O circuito fluídico (300) da invenção compreende, basicamente, uma tubulação principal que conecta fluidicamente um ou mais contentores (600) que contém o fluido inicial (Fl), a armadilha de elétrons (200) e um ou mais dispositivos de dispensação (700), podendo ainda, eventualmente, compreender uma bomba de fluidos (310) e/ou um dispositivo ou equipamento de climatização (320) para refrigeração e/ou aquecimento do fluido (F) em processo, um pressostato ou acionador por pressão ou similar, além de manómetros, purgadores, válvulas de segurança, válvulas de retorno e demais acessórios e dispositivos usuais para a dispensação de fluidos. É de se notar que o fluido (F) no contentor (600) pode estar pressurizado ou não.

[064] Vale mencionar que a armadilha de elétrons (200) deve estar isolada eletricamente da carenagem (101) e também do circuito fluídico (300) por meio, por exemplo, de isoladores (260).

[065] O dispositivo de dispensação (700) pode ser uma torneira ou válvula (710) de dispensação com controle de abertura regulável, podendo ser de acionamento manual ou automático, possuindo um bico (720), preferencialmente telescópico para se adequar aos tamanhos dos recipientes (RR) de acordo com a invenção e às condições de eletroenergização, possibilitando a eletroenergização sem a perda de cargas por aterramento, por exemplo, chegando sempre ao fundo do recipiente (RR) durante todo o processo de enchimento do recipiente (RR).

[066] O equipamento (100) da invenção compreende um ou mais circuitos fluídicos (300), idênticos ou diferentes entre si.

[067] Um recipiente (RR) de acordo com a invenção, é qualquer recipiente de material isolante apropriado, capaz de permitir o maior tempo possível de ionização do fluido final (FF) após sua dispensação pelo dispositivo de dispensação (700) antes de ser consumido, sem correr o risco de provocar o aterramento e consequente fuga de carga. É de se notar que a natureza dielétrica do recipiente (RR) em nada altera a condição de disponibilização para consumo imediato do fluido final (FF) ao consumidor.

[068] Uma unidade de controle (400), de acordo com a invenção, compreende um sistema de controle para o equipamento (100), sendo dotado de pelo menos um processador, banco de dados, uma interface (500) compreendendo dispositivos de aquisição de informações/instruções e dispositivos de apresentação de informações/instruções e demais dispositivos e/ou equipamentos ligados ao equipamento (100) operam em conjunto e podem estar, em grupo ou isoladamente, interligados por uma ou mais redes de comunicação e de dados. Imagens e dados são armazenados como um ou mais sinais elétricos e o processamento destes sinais é feito por um ou mais componentes da unidade de controle (400) e do equipamento (100) como um todo.

[069] Um processador é, no contexto da invenção, uma unidade central de processamento ou CPU que realiza as instruções de um programa de computador, processando e executando operações aritméticas, lógicas e a entrada e saída de dados, sendo o programa de computador armazenado em meio legível por computador com memória para armazenamento de dados, de conexão com uma ou mais redes de comunicação e de dados e com um ou mais bancos de dados remotos e/ou um ambiente de armazenamento e recuperação de informações, local e/ou centralizado e/ou descentralizado e/ou em nuvem, e dotado também de todos os periféricos usuais do estado da técnica, sendo capaz de trocar informações com o meio eletrônico e físico, interfaces, aplicativos, equipamentos móveis, outros dispositivos de memória etc. [070] Além disso, um processador de acordo com a invenção pode ser, fazer parte ou estar dividido em um ou mais módulos. O termo módulo, de acordo com a invenção, se refere a um circuito integrado de aplicação específica (ASIC), a um circuito eletrônico, a um processador (compartilhado, dedicado ou grupo de processadores) e a uma memória que executa um ou mais programas de software ou firmware. Se refere ainda a um circuito lógico combinacional e/ou a outros componentes adequados capazes de fornecer as funcionalidades em questão.

[071] Um banco de dados ou base de dados de acordo com a invenção é todo e qualquer conjunto de dados, arquivos, informações, instruções e registros que formam coleções organizadas de dados que se relacionam entre si e que podem ser acessadas, alimentadas e administradas pela unidade de controle (400) da invenção.

[072] O equipamento (100) da invenção compreende uma ou mais unidades de controle (400), idênticas ou diferentes entre si.

[073] Uma interface (500), no contexto da invenção, compreende um dispositivo de aquisição e um dispositivo de apresentação de informações/instruções, sendo uma interface entre a unidade de controle (400) e os consumidores que utilizarão o equipamento (100), podendo incluir qualquer dispositivo capaz de processar e armazenar dados e/ou informações e se comunicar com o consumidor e também com outros consumidores por uma rede de comunicação e de dados, compreendendo sensores físicos, analógicos, digitais, luminosos e combinações destes incluindo câmeras e afins compatíveis, além de dispositivos próprios, dedicados ou compartilhados, de apresentação de informações, especialmente displays com ou sem botões ou com ou sem teclado que mostram, por exemplo, as opções de bebidas e de energização das bebidas ("alta", "média" e "baixa") e que podem receber instruções por toque, voz, telemetria e afins para permitir, por exemplo, que o usuário faça a sua escolha e acompanhe a preparação (energização) de sua bebida.

[074] Os sensores, por exemplo, podem ser sensores configurados para detectar a atividade corporal de um ou mais consumidores próximos ao equipamento (100), estando operacionalmente e/ou comunicativamente conectados a um ou mais dos componentes da unidade de controle (400).

[075] O dispositivo de aquisição da interface (500) de uma unidade de controle (400) da invenção, que pode ser uma tela com ou sem botões ou com ou sem um teclado, e pode compreender, portanto, qualquer dispositivo capaz de processar e armazenar dados e/ou informações e se comunicar com outros dispositivos, podendo incluir também computadores pessoais, servidores, leitores de códigos, telemetria, biometria, telefones celulares, tablets, laptops, dispositivos inteligentes (por exemplo, relógios inteligentes), para operar o equipamento (100), dando-lhe as devidas instruções. Cada dispositivo de aquisição de informações pode incluir uma ou mais memórias que armazenam informações e dados e pode executar um ou mais programas para executar várias funções de preparação (energização) de bebidas.

[076] Já o dispositivo de apresentação da interface (500) de uma unidade de controle (400) da invenção, é uma interface entre o sistema da invenção e os consumidores, podendo compreender um conjunto de sinalização visual formado por dispositivos capazes de projetar e/ou emitir e/ou apresentar imagens e luzes e de emitir sinais visuais e sonoros, podendo ainda incluir equipamentos e periféricos como projetores, telas, televisores, monitores, luzes de uma forma geral e demais elementos correspondentes e afins.

[077] O equipamento (100) da invenção compreende uma ou mais interfaces (500), idênticas ou diferentes entre si. [078] Um conjunto de instruções, de acordo com a invenção, é composto por uma ou mais instruções, sequenciais e/ou não sequenciais, únicas e/ou repetidas, relativas à energização de bebidas de acordo com o protocolo tríplice correspondente, sendo que o processador da unidade de controle (400) executa as operações da armadilha de elétrons (200), bomba de fluidos (310) de acordo com as instruções recebidas do consumidor sendo o conjunto de instruções adquirido e/ou transmitido e/ou armazenado por e em um ou mais dos componentes da unidade de controle (400). As instruções podem ser executadas e/ou armazenadas por e no processador, em um dispositivo de apresentação ou de aquisição de informações, podendo também estar armazenadas em um ou mais bancos de dados ou outro meio de armazenagem legível por computador, volátil ou não-volátil.

[079] Uma vez que o consumidor acessa o equipamento (100) por meio da unidade de controle (400), serão apresentadas no display da interface (500) as opções de energização (alta, média ou baixa, por exemplo) e demais opções (gelado, temperatura ambiente, com gás, sem gás etc.) armazenadas na memória da unidade de controle (400), sendo o consumidor, então, convidado a selecionar uma ou mais opções. Feita a seleção através da interface (500), a unidade de controle (400) busca em sua memória e/ou base de dados, embarcada ou remota, as parametrizações do protocolo tríplice (fonte de energia positiva ou negativa, valores de tensão, tempo de acionamento da armadilha de elétrons (200)) equivalentes à seleção do consumidor/usuário, comandando os demais elementos, acionando as fontes de energia (240, 250), a bomba de fluidos (310), a válvula de dispensação (700) etc. Caso a válvula de dispensação (700) seja manual, o acionamento do equipamento (100) se dará com a queda de pressão identificada pelo pressostato quando da abertura da válvula (700) pelo consumidor ou usuário. [080] Portanto, a seleção da fonte (240, 250), o comando para os valores de tensão e corrente das fontes (240, 250) e o controle do tempo de operação das fontes (240, 250) são funções executadas e comandadas por uma unidade de controle (400), que atribui a cada instrução de operação dada pelo consumidor através da interface (500) um protocolo tríplice predeterminado de fonte/tensão-corrente/tempo (armazenado na memória da unidade de controle (400)), de acordo com as instruções do consumidor, que podem variar entre um modo de "baixa energização" e um modo de "alta energização", passando por um ou mais modos intermediários de "média energização", por exemplo, como já descrito anteriormente.

[081] Uma vez em movimento no interior do circuito fluídico (300), o fluido inicial (Fl) deixa o contentor (600) podendo passar, conforme já descrito acima, por uma bomba de fluidos (310) ou ser impelido pela pressão do interior do contentor (600) e, eventualmente, por um equipamento de climatização (320), seguindo em direção à armadilha de elétrons (200).

[082] Estando a armadilha de elétrons (200) alimentada por uma das fontes de energia (240, 250), é gerada uma armadilha de elétrons no interior da carcaça (201) por meio de pelo menos um eletrodo (220) energizado, ocorrendo a ionização do fluido (F) em processo, sequestrando elétrons deste (fonte positiva (240) - acidulação) ou acumulando elétrons neste (fonte negativa (250) - alcalinização), obtendo-se o fluido final (FF), eletroenergizado.

[083] O efeito técnico novo atingido é o do rápido e estéril aumento ou diminuição direcionados da concentração de elétrons (e ) no fluido, provocando um desequilíbrio direcionado e controlado, escolhido pelo consumidor ou usuário, de cargas elétricas nos átomos das moléculas do fluido, ou seja, o aprisionamento de íons tanto com excesso (ânions) quanto com déficit (cátions) de elétrons (e ).

Método para a eletroenergização de fluidos

[084] Um método para eletroenergização de fluidos, de acordo com a invenção, é um método executado por um equipamento (100) de acordo com a invenção, compreendendo as seguintes etapas de método: i. Prover um fluido inicial (Fl) em um contentor (600); ii. Conectar o contentor (600) ao equipamento (100); iii. Apresentar no display da interface (500) as opções de energização (alta, média ou baixa, por exemplo); iv. Apresentar no display da interface (500) as demais opções acessórias referentes ao fluido (F) (gelado, temperatura ambiente, com gás, sem gás, por exemplo); v. Selecionar pela interface (500) uma ou mais das opções disponíveis; vi. Processar a informação da seleção e acessar o banco de dados e/ou a memória do equipamento; vii. Atribuir à seleção um protocolo tríplice com parametrização correspondente contido do banco de dados e/ou a memória do equipamento (100); viii. Acionar os componentes do equipamento (100) e promover o fluxo do fluido inicial (Fl) através da armadilha de elétrons (200) e transformando-o no fluido final (FF), eletroenergizado; e ix. Dispensar o fluido final (FF) acionando uma torneira ou válvula (710) e receber o fluido final (FF) em um recipiente (RR). [085] É de se notar que o método de acordo com a invenção pode possuir outras etapas acessórias, antes e depois das acima descritas, de acordo com os conhecimentos técnicos e práticas necessárias à operação de um equipamento (100). Além disso, algumas etapas podem ser repetidas, individualmente, em grupos, seguindo ou não a mesma sequência.

[086] Por fim, resta claro que o consumidor ou usuário do equipamento (100) e método correspondente, de acordo com a invenção, poderá escolher, instantaneamente, a intensidade tanto de uma eletroacidulação quanto de uma eletroalcalinização e, assim, o resultado eletrossensorial desejado, por meio da seleção de uma ou mais dentre duas ou mais possibilidades que serão atribuídas pelo processador ao(s) protocolo(s) tríplice(s) correspondente(s).

Recipiente para fluidos eletroenergizados

[087] Um recipiente (RR) de acordo com a invenção é um recipiente para receber fluidos finais (FF) eletroenergizados de acordo com a invenção.

Fluido eletroenerqizado

[088] Um fluido eletroenergizado de acordo com a invenção, é um fluido final (FF) obtido através da eletroenergização de um fluido inicial (Fl) através de um equipamento (100) executando um método de acordo com a invenção.

Uso de um fluido eletroenergizado

[089] O uso de um fluido final (FF) de acordo com a invenção é para a fabricação, adição ou complementação de fluidos do grupo compreendendo água, água mineral, água saborizada, bebidas energéticas, bebidas isotônicas, sucos, concentrados, polpas, extratos, leites, laticínios, emulsões, pomadas, cremes, pastas, géis e afins, podendo ser alcoólicos ou não alcoólicos, com gás ou sem gás.

Conclusão [090] Será facilmente compreendido por aqueles versados na técnica que modificações podem ser realizadas na presente invenção sem com isso se afastar dos conceitos expostos na descrição acima. Essas modificações devem ser consideradas como compreendidas pelo escopo da presente invenção. Consequentemente, as concretizações particulares descritas em detalhe anteriormente são somente ilustrativas e exemplares e não limitativas quanto ao escopo da presente invenção, ao qual deve ser dada a plena extensão das reivindicações em anexo e de todos e quaisquer equivalentes da mesma.