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Title:
ARTIFICIAL HONEY COMPOSITION AND PRODUCTION PROCESS
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2020/154788
Kind Code:
A9
Abstract:
The present invention relates to a production process, composition and use of an artificial honey based on the use of inverted sugar, preferably using the enzyme invertase from yeast, with the addition of nutritive components such that the final syrup has a formulation similar to that of natural honey and can have improved pharmaceutical functions and biological functions, being healthier. The artificial honey of the present invention relates to a product of strictly plant origin, which is produced without the use of animal work or biological materials, and can be commercialized in various sectors, including the vegan sector. More specifically, the artificial honey of the present invention is produced from inverted sucrose, preferably by means of the enzymatic catalysis of VHP/VVHP/demerara brown sugars rich in minerals, vitamins and natural antioxidants of great pharmacological interest and various types of substances of interest. The artificial honey of the present invention has no chemical substances that are harmful to human health (e.g. pigments, preservatives or other chemical additives) added to it or produced in it, but can be flavoured and/or aromatized with artificial honey flavouring, flavouring identical to natural honey and, optionally, natural honey flavouring, and may also contain fibre, vitamin supplements, minerals, vitamins, amino acids, natural extracts, being optionally directly consumed or used for manufacturing other food products.

Inventors:
RISCHBIETER IVO (BR)
BIONDO RONALDO (BR)
Application Number:
PCT/BR2020/050022
Publication Date:
September 24, 2020
Filing Date:
January 31, 2020
Export Citation:
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Assignee:
NIDUS TEC DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E PROCESSOS TECNOLOGICOS LTDA (BR)
International Classes:
A23L21/25; A23L33/15; A23L33/16; A23L33/21; C12P19/02; C13K3/00
Attorney, Agent or Firm:
ICAMP MARCAS E PATENTES LTDA (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1 ) COMPOSIÇÃO DE MEL ARTIFICIAL, refere-se a sacarose invertida, caracterizado por ser derivado de fonte vegetal, como cana-de açúcar ou beterraba, com certificação convencional ou orgânica, com alto grau de conversão da sacarose, até 98% de inversão, por via química ou enzimática, apresentando concentrações de glicose e frutose próximas as do mel de abelha natural, sem a utilização de material ou atividade de origem animal, apresentando ainda as propriedades farmacológicas, nutracêuticas e cosméticas presentes em alguns tipos de sacarose, possuindo pelo menos uma concentração de água entre 10,0 a 25%; Frutose de 25,0 a 49,0 %; Glicose 25,0 a 49,0 %; sacarose 2 a 40,0 %; minerais totais 0,1 a 2,0%; fibras totais até 20%; vitaminas totais até 0,1 %, aminoácidos totais até 2,0 % e produtos encapsulados, a cada 100 g do produto final.

2) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , a sacarose é caracterizado por ser preferencialmente um açúcar derivado da cana- de-açúcar, podendo ser selecionado dentre açúcar mascavo, açúcar VFIP, açúcar VVFIP, açúcar Demerara, açúcar cristal, açúcar de beterraba, açúcar de coco entre outros.

3) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por a inversão do açúcar, quando realizada quimicamente, utilizar opcionalmente o ácido cítrico, ácido fosfórico ou ainda ácidos permitidos pela Lista Positiva, possibilitando neste último caso, a produção de um mel artificial orgânico.

4) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por conter a adição de frutose, minerais, vitaminas, fibras, corantes naturais, aromas e extratos naturais e substâncias encapsuladas com o intuito de se assemelhar ao máximo com o mel de abelha natural e acrescentar funções e propriedades nutracêuticas, farmacológicas e organolépticas melhoradas.

5) COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 3, é caracterizado por concentrações finais mais especificamente de 17 a 21 % de água; 35 a 39% de frutose; 35 a 41 % de glicose; 1 ,0 a 2,0 % de sacarose; com adição opcional de 0,2 a 2,0 % de minerais totais; e 0 a 5,0 % de fibras totais, vitaminas totais de 0 a 0,1 %, aminoácidos totais de 0 a 1 ,0 % e produtos encapsulados 0 a 10,0 % a cada 100 g do produto final.

6) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicações 1 e 4, é caracterizado por minerais poderem apresentar os seguintes elementos a cada 100 g de mel artificial: até 17 mg de sódio; até 7,0 mg de zinco; até 3500 mg de potássio; até 260 mg de magnésio; até 1000 mg de cálcio e até 700 mg de ferro.

7) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por a adição de vitamina do complexo B se dar preferencialmente entre 0,01 a 0,32 mg a cada 100 g do mel artificial, de forma que a composição para ingestão diária final (mg/100g/dia) fique dentro dos seguintes parâmetros: até 1 ,2 mg de Vitamina B1 ; até 1 ,3 mg da vitamina B2; até 16 mg de vitamina B3; até 1 ,3 mg de vitamina B6; até 0,4 mg da vitamina B9. Além disso a adição de outras vitaminas poderá ser: até 45 mg de vitamina C; até 0,005 mg de vitamina D; até 10 mg de vitamina E.

8) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por adição de fibras poderem ser feitas com fibras solúveis e insolúveis, inseridas na composição de forma isolada ou em conjunto, gerando um alimento final com índice glicêmico baixo e mais saudável; por ser produzido a partir de açúcar Demerara invertido (> 98%), em grande parte em glicose e frutose, e com um índice de dulçor muito próximo ao mel de abelha; com adição de frutose adicional ou fibras funcionais, apresenta um índice glicêmico baixo (< 55).

9) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por as propriedades farmacológicas poderem englobar as atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antitumorais e antibacteriana, dependendo da sacarose utilizada no processo.

10) COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 3, caracterizado por as atividades farmacológicas poderem ser realizadas pela presença das seguintes substâncias derivadas dos açúcares selecionados:

a. flavonoides, como luteolina, apigenina, tricina, quercetina, kamferol;

b. Fenólicos, como ácido cafeico, apigenina, luteolina, tricina, ácido clorogênico, ácido cumárico, ácido ferúlico.

1 1 ) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL, para obtenção da composição das reivindicações anteriores, caracterizado por inverter quimicamente ou enzimaticamente em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/g licose+frutose de 0 a 98% de inversão); conter aromatizantes com aroma de mel (artificial, idêntico ao natural e opcionalmente natural); ainda, compreender xarope de mel aditivado com 0,5 % a 20,0% de fibras solúveis orgânicas ou não, tais como fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis (como Promitor 70R/Grasse) ou fibras de mandioca (como LowPure Tapioca 900 /Gramkow) um xarope de mel é aditivado com 0,5 % a 20,0% de fibras insolúveis orgânicas ou não, tais como fibras do milho ou mandioca (Fibervita - MF Carrier 125) ou de vegetais (inulina/Grasse); pelo xarope ser aditivado na faixa de 1 ,0 % a 20,0% com fibras solúveis ou insolúveis na proporção de 1 ,0 a 99,0% de mistura entre os dois tipos de fibras; pelo xarope poder ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio.

12) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL de acordo com a reivindicação 12, é caracterizado por ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, como melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes; o processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do mel artificial, no entanto, mantém intactas suas propriedades funcionais; a proporção de aditivação depende do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1 ,0 a 10,0% do mel final, mas podendo ser maior; alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.

13) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL, de acordo com qualquer umas das reivindicações anteriores é caracterizado por se assemelhar com o mel natural das abelhas, produzindo uma composição de mel artificial de forma natural ou não, porém sem uso das abelhas ou de qualquer outro animal, preservando os compostos presentes na sacarose utilizada como matéria prima, podendo apresentar funções melhoradas quando comparadas com o mel de abelha, e compreender os seguintes tipos de produção:

a. produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana invertido

ENZIMATICAMENTE;

b. produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana invertido QUIMICAMENTE;

c. produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana orgânico invertido QUIMICAMENTE seguindo a Lista Positiva de Orgânicos; d. produção do mel artificial a partir de açúcar VHP ou VVHP;

e. produção do mel artificial a partir de açúcar Demerara;

f. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecidos com fibras solúveis;

g. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras insolúveis;

h. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras solúveis e insolúveis;

i. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras e aditivado de minerais;

j. produção do mel artificial veganos a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais e vitaminas;

k. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais, vitaminas e aminoácidos;

L. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e produtos encapsulados; e

m. produção do mel artificial a partir de açúcar de beterraba, coco e outros.

14) PROCESSO, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por produzir o mel artificial dos itens“a” a“m” compreender as seguintes etapas:

1 - a sacarose sólida, presente na fonte de carboidrato selecionada no item“a” a“m” e conforme descrito nas reivindicações 1 a 3, é diluída com água a um xarope de sacarose a cerca de 78 a 82Q Brix e aquecida a cerca de 80 a 85QC para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2 - Quando a inversão é realizada enzimaticamente, o xarope é resfriado a 55 ± 1 QC e o pH acertado a 4,5 com uso dos ácidos descritos na reivindicação 4, adiciona-se ao xarope a enzima invertase descrita nas reivindicações 5 e 6;

3 - Opcionalmente, a inversão pode ser realizada quimicamente, com ácido fosfórico, atingindo um pH de cerca de 2, 0-2, 5, o meio deve ser acertado com barrilhas até o pH 4, 5-5,0;

4 - A reação é mantida até a taxa inversão requerida da sacarose em glicose e frutose;

5 - O xarope é filtrado para retirada de particulados, em filtro prensa ou filtro sparkler,

6 - No caso da produção do mel com fibras, principalmente a partir do item f da reivindicação 21 , o xarope recebe a adição de cerca de 0,5 a 20% (p/p) de fibra fibras solúveis orgânicas ou não, tais como: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis ou fibras de mandioca;

7 - Opcionalmente, o xarope filtrado pode ser aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural, (ii) aroma artificial de mel e/ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel, na proporção de aroma de 0,2 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

8 - Opcionalmente, o xarope recebe a adição de vitaminas, minerais, antioxidantes, frutose e outros compostos que melhorem as propriedades do mel artificial;

9 - No caso dos minerais, o xarope pode ser aditivado na faixa de 1 ,0 a 100,0% da dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio, indicadas a uma pessoa adulta, além de poder conter a inserção de outros minerais, como cobre, selênio, manganês e fósforo; 10 - 0 xarope pode ser aditivado com aminoácidos na faixa de 1 ,0 a 2,0% em peso, tais como, ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e/ou lisina, entre outros; 1 1 - Por fim, o xarope pode ser opcionalmente aditivado com produtos encapsulados, podendo apresentar propriedades diversas, como farmacológicas e nutracêuticas.

REIVINDICAÇÕES MODIFICADAS

Recebidas pela Secretaria Internacional no dia 6 de junio de 2020 (06.06.2020)

REIVINDICAÇÕES

1 ) COMPOSIÇÃO DE MEL ARTIFICIAL, refere-se a sacarose invertida, ser derivado de fonte vegetal, como cana-de açúcar ou beterraba, com certificação convencional ou orgânica, caracterizado pelo mel ser produzido por via química ou enzimática, a partir de um xarope com alto grau de conversão da sacarose, entre 90% e 98% de inversão, apresentando equimolar de glicose e frutose próximas as do mel de abelha natural, sem a utilização de material ou atividade de origem animal, apresentando uma concentração de 80 a 82Q Brix, ainda as propriedades farmacológicas, nutracêuticas e cosméticas presentes 2em alguns tipos de sacarose, possuindo pelo menos uma concentração de água entre 10,0 a 25% (p/p); Frutose de 25,0 a 49,0 % (p/p); Glicose 25,0 a 49,0 % (p/p); sacarose 2 a 40,0 % (p/p); 0,1 % a 5,0% (p/p) de aroma mel natural, artificial ou idêntico ao natural; minerais totais 0,1 a 2,0% (p/p); fibras totais até 20% (p/p); vitaminas totais até 0,1 %(p/p), aminoácidos totais até 2,0 % (p/p), extratos naturais 1 a 10,0 % (p/p), corantes naturais 1 a 10,0 % (p/p) e produtos encapsulados (p/p), a cada 100 g do produto final.

2) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , a sacarose é caracterizada por ser preferencialmente um açúcar derivado da cana-de-açúcar, podendo ser selecionado dentre açúcar mascavo, açúcar VFIP, açúcar VVHP, açúcar Demerara, açúcar cristal, açúcar de beterraba, açúcar de coco entre outros.

3) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por a inversão do açúcar, quando realizada quimicamente, utilizar opcionalmente o ácido cítrico, ácido fosfórico ou ainda ácidos permitidos pela Lista Positiva, possibilitando neste último caso, a produção de um mel artificial orgânico.

4) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por conter a adição de frutose, minerais, vitaminas, fibras, corantes naturais, aromas e extratos naturais e substâncias encapsuladas com o intuito de se assemelhar ao máximo com o mel de abelha natural e acrescentar funções e propriedades nutracêuticas, farmacológicas e organolépticas melhoradas.

5) COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 3, é caracterizado por concentrações finais mais especificamente de 17 a 21 % de água (p/p) ; 35 a 39% de frutose (p/p); 35 a 41 % de glicose (p/p); 1 ,0 a 2,0 % de sacarose (p/p); 0,1 % a 0,15 % (p/p) de aroma mel natural, artificial ou idêntico ao natural; com adição opcional de 0,2 a 2,0 % de minerais totais (p/p); e 0 a 5,0 % de fibras totais (p/p), vitaminas totais de 0 a 0,1 % (p/p), aminoácidos totais de 0 a 1 ,0 % (p/p)e produtos encapsulados 0 a 10,0 % (p/p) a cada 100 g do produto final.

6) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicações 1 e 4, é caracterizado por minerais poderem apresentar os seguintes elementos a cada 100 g de mel artificial: até 17 mg de sódio; até 7,0 mg de zinco; até 3500 mg de potássio; até 260 mg de magnésio; até 1000 mg de cálcio e até 700 mg de ferro.

7) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por a adição de vitamina do complexo B se dar preferencialmente entre 0,01 a 0,32 mg a cada 100 g do mel artificial, de forma que a composição para ingestão diária final (mg/100g/dia) fique dentro dos seguintes parâmetros: até 1 ,2 mg de Vitamina B1 ; até 1 ,3 mg da vitamina B2; até 16 mg de vitamina B3; até 1 ,3 mg de vitamina B6; até 0,4 mg da vitamina B9. Além disso a adição de outras vitaminas poderá ser: até 45 mg de vitamina C; até 0,005 mg de vitamina D; até 10 mg de vitamina E.

8) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por adição de fibras poderem ser feitas com fibras solúveis e insolúveis, inseridas na composição de forma isolada ou em conjunto, gerando um alimento final com índice glicêmico baixo e mais saudável; por ser produzido a partir de açúcar Demerara invertido (> 98%), em grande parte em glicose e frutose, e com um índice de dulçor muito próximo ao mel de abelha; com adição de frutose adicional ou fibras funcionais, apresenta um índice glicêmico baixo (< 55).

9) COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1 , é caracterizado por as propriedades farmacológicas poderem englobar as atividades antioxidantes, anti- inflamatórias, antitumorais e antibacteriana, dependendo da sacarose utilizada no processo.

10) COMPOSIÇÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 3, caracterizado por as atividades farmacológicas poderem ser realizadas pela presença das seguintes substâncias derivadas dos açúcares selecionados: a. flavonoides, como luteolina, apigenina, tricina, quercetina, kamferol;

b. Fenólicos, como ácido cafeico, apigenina, luteolina, tricina, ácido clorogênico, ácido cumárico, ácido ferúlico.

1 1 ) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL, para obtenção da composição das reivindicações anteriores, caracterizado por inverter quimicamente ou enzimaticamente em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose entre 90% e 98% de inversão); conter aromatizantes com aroma de mel (artificial, idêntico ao natural e opcionalmente natural); ainda, compreender xarope de mel aditivado com 0,5 % a 20,0% (p/p)de fibras solúveis orgânicas ou não, tais como fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis ou fibras de mandioca; um xarope de mel é aditivado com 0,5 % a 20,0% (p/p) de fibras insolúveis orgânicas ou não, tais como fibras do milho, mandioca ou de vegetais; pelo xarope ser aditivado na faixa de

I ,0 % a 20,0% (p/p) com fibras solúveis ou insolúveis na proporção de 1 ,0 a 99,0% (p/p) de mistura entre os dois tipos de fibras; pelo xarope poder ser aditivado tomando- se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio.

12) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL de acordo com a reivindicação

I I , é caracterizado por ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, como melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes; o processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do mel artificial, no entanto, mantém intactas suas propriedades funcionais; a proporção de aditivação depende do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1 ,0 a 10,0% (p/p) do mel final, alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.

13) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL, de acordo com qualquer umas das reivindicações anteriores é caracterizado por se assemelhar com o mel natural das abelhas, produzindo uma composição de mel artificial de forma natural ou não, porém sem uso das abelhas ou de qualquer outro animal, preservando os compostos presentes na sacarose utilizada como matéria prima, podendo apresentar funções melhoradas quando comparadas com o mel de abelha, e compreender os seguintes tipos de produção:

a. produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana invertido

ENZIMATICAMENTE;

b. produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana invertido

QUIMICAMENTE;

c. produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana orgânico invertido QUIMICAMENTE seguindo a Lista Positiva de Orgânicos;

d. produção do mel artificial a partir de açúcar VHP ou VVHP;

e. produção do mel artificial a partir de açúcar Demerara;

f. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecidos com fibras solúveis;

g. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras insolúveis;

h. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras solúveis e insolúveis;

i. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras e aditivado de minerais;

j. produção do mel artificial veganos a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais e vitaminas;

k. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais, vitaminas e aminoácidos;

L. produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e produtos encapsulados; e m. produção do mel artificial a partir de açúcar de beterraba, coco e outros.

14) PROCESSO, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por produzir o mel artificial dos itens“a” a“m” compreender as seguintes etapas: 1 - a sacarose sólida, presente na fonte de carboidrato selecionada no item“a” a“m” e conforme descrito nas reivindicações 1 a 3, é diluída com água a um xarope de sacarose a cerca de 78 a 82Q Brix e aquecida a cerca de 80 a 85QC para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2 - Quando a inversão é realizada enzimaticamente, o xarope é resfriado a 55 ± 1 QC e o pH acertado a 4,5 com uso dos ácidos descritos na reivindicação 4, adiciona-se ao xarope a enzima invertase descrita nas reivindicações 5 e 6;

3 - Opcionalmente, a inversão pode ser realizada quimicamente, com ácido fosfórico, atingindo um pH de cerca de 2, 0-2, 5, o meio deve ser acertado com Carbonato de cálcio até o pH 4, 5-5,0;

4 - A reação é mantida até a taxa de inversão requerida da sacarose em glicose e frutose;

5 - O xarope é filtrado para retirada de particulados;

6 - No caso da produção do mel com fibras, principalmente a partir do item f da reivindicação 21 , o xarope recebe a adição de cerca de 0,5 a 20% (p/p) de fibra fibras solúveis orgânicas ou não, tais como: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis ou fibras de mandioca;

7 - Opcionalmente, o xarope filtrado pode ser aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural, (ii) aroma artificial de mel e/ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel, na proporção de aroma de 0,2 % a 5,0% (p/p), preferencialmente com 0,15% de aroma idêntico ao aroma de mel natural;

8 - Opcionalmente, o xarope recebe a adição de vitaminas, minerais, antioxidantes, frutose e outros compostos que melhorem as propriedades do mel artificial;

9 - No caso dos minerais, o xarope pode ser aditivado na faixa de 1 ,0 a 100,0% (p/p) da dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio, indicadas a uma pessoa adulta, além de poder conter a inserção de outros minerais, como cobre, selênio, manganês e fósforo;

10 - 0 xarope pode ser aditivado com aminoácidos na faixa de 1 ,0 a 2,0% (p/p) em peso, tais como, ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e/ou lisina, entre outros.

1 1 - Por fim, o xarope pode ser opcionalmente aditivado com produtos encapsulados, podendo apresentar propriedades diversas, como farmacológicas e nutracêuticas.

Description:
COMPOSIÇÃO E PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL

CAMPO DA INVENÇÃO

[001] A presente invenção refere-se à produção de um mel artificial compreendendo a inversão de açúcares, química ou enzimaticamente, contendo adição opcional de componentes nutritivos e funcionais para a produção de uma formulação semelhante ao mel natural ou mais saudável, sem o uso de abelhas ou qualquer outro animal.

[002] O mel artificial da presente invenção se refere a um produto de origem vegetal, sendo produzido sem a utilização do trabalho ou de material biológico derivado de animais. Mais especificamente, produzido a base de sacarose invertida, preferencialmente por meio de catálise enzimática de açúcares escuros VHP/VVHP/Demerara ricos em minerais, vitaminas e antioxidantes naturais com grande apelo nutricional e farmacológico. Não possui adição ou produção de substâncias químicas maléficas a saúde humana (ex.: furfural), adição de amido, todavia pode ser saborizado e/ou aromatizado com aroma de mel idêntico ao natural, artificial e opcionalmente aroma natural e aditivado com fibras, extratos naturais, vitaminas, minerais e aminoácidos. O mel da presente invenção pode ser consumido diretamente ou na produção de outros produtos alimentícios, farmacêuticos, nutracêuticos ou cosméticos.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[003] O uso do mel de abelha pela humanidade tanto como alimento, quanto como remédio, existe desde tempos imemoriais. Em verdade, registros ancestrais informam que o mel cru é o mais antigo adoçante, indicando ter sido usado em todo o mundo há vários milhões de anos:

[Crane E: History of honey. In Honey, A comprehensive Survey. Edited by Crane E. London: William Heinemann; 1975:439-488 ] . [004] O mel de abelha é um alimento líquido doce e saboroso de alto valor nutricional e diversos benefícios para a saúde [Bogdanov S, Jurendic T, Sieber R, Gallmann P: Honey for Nutrition and Health: A Review. J Am Coll Nutr 2008, 27(6): 677-689; Ajibola A, Idowu GO, Amballi AA, Oyefuga OH, Iquot IS: Improvement of some haematological parameters in albino rats with pure natural honey. J Biol Sei Res 2007, 2:67-69 ].

[005] É produzido por abelhas a partir de néctar de flores e exsudados de plantas. Além disso, é amplamente consumido e seu uso transcende as barreiras da cultura e da etnia.

[006] O uso do mel é até mesmo defendido e adotado por todas as crenças religiosas e culturais. Inclusive é um alimento citado por todos os livros religiosos e aceito por todas as gerações, tradições e civilizações, antigas e modernas. Por exemplo, a religião do Islã recomenda o uso do mel como alimento e remédio e, até mesmo, possui um capítulo inteiro no Alcorão Sagrado chamado Surah al-Nahl, que significa o capítulo do mel de abelha [An-Nahl (The Bee) 16, 1-128: The Holy Qur’an, English translation of the meanings and Commentary. The Presidency of Islamic Researches, IFTA, Call and Guidance. Al-Madinah Al- Munawarah: Kingdom of Saudi Arabia: King Fahd Holy Qur’an Printing Complex; 1990:730-773. 1410 A.H.5].

[007] Além disso, está relatado na Bíblia Sagrada que João Batista sobreviveu em uma dieta incluindo mel silvestre por um longo período de tempo em que esteve no deserto e também que o Rei Salomão disse: "Coma mel meu filho, porque é bom" [Velho Testamento, provérbio 24:13; Mathew 3, 4: The Holy Bible. Authorised King James Version. New York: Oxford University Press; 1972. 10\.

[008] Outros grupos de crenças, tradições e civilizações que atestam a popularidade do mel inclui budistas, judeus, hindus, Vedas entre outros [Jones R: Honey and healing through the ages. In Honey and healing. Edited by Munn P, Jones R. Cardiff: International Bee Research Association IBRA; 2001; Crane E: History of honey. In Honey, A comprehensive Survey. Edited by Crane E. London: William Heinemann; 1975:439-488\.

[009] Atualmente, a produção mundial de mel de abelha é cerca de 1 ,2 milhão de toneladas, menos de 1 % do total de produção de açúcar no mundo [Alvarez-Suarez JM et aí. Contribution of honey in nutrition and human health: a review. Mediterr J Nutr Metab 2010, 3:15-23\. O consumo de mel difere muito de país para país. Os maiores exportadores de mel, China e Argentina, têm pequenas taxas de consumo de 0,1 a 0,2 kg per capita por ano. O consumo de mel é maior nos países desenvolvidos, onde a produção nem sempre atende à demanda do mercado.

[010] Na União Europeia, que é ao mesmo tempo um grande importador e produtor de mel, o consumo anual per capita varia de médio (0,3 a 0,4 kg) na Itália, França, Grã-Bretanha, Dinamarca e Portugal, para alta (1 ,0 a 1 ,8 kg), na Alemanha, Áustria, Suíça, Portugal, Hungria e Grécia, enquanto em países como os EUA, Canadá e Austrália o consumo médio per capita é de 0,6 a 0,8 kg/ano [Bogdanov S, Jurendic T, Sieber R et al. Honey for nutrition and health: a review. Am J Coll Nutr 2008, 27:677-6897\.

[01 1] O mercado global de mel de abelha é estimado entre 2,0 a 6,0 bilhões de dólares [Ajibola A, Idowu GO, Amballi AA, Oyefuga OH, Iquot IS: Improvement of some haematological parameters in albino rats with pure natural honey. J Biol Sei Res 2007, 2:67-69\.

[012] O mel sempre foi obtido pelo homem de forma extrativa e, muitas vezes, de maneira danosa às colmeias. Com o passar dos séculos, o homem aprendeu a capturar enxames e instalá-los em "colmeias artificiais".

[013] Por meio do desenvolvimento e aprimoramento das técnicas de manejo, conseguiu-se aumentar a produção de mel e extraí-lo sem danificar a colmeia. Com a "domesticação" das abelhas para a produção de mel, temos então o início da apicultura. Atualmente, além do mel, podem-se obter diversos produtos como o pólen apícola, a geleia real, a apitoxina, a própolis e a cera. Além da produção e comercialização de abelhas rainhas e em alguns casos de enxames e crias.

[014] De um modo geral, o mel é constituído, na sua maior parte (cerca de 75%), por carboidratos, nomeadamente por açúcares simples (glicose e frutose). O mel é também composto por água (cerca de 20%), por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por cerca de metade dos aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido acético, ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do complexo B, por vitamina C, D e E [Ajibola, A, Chamunorwa, JP; Erlwanger, KH. Nutraceutical values of natural honey and its contribuition to human health and wealth. Nutrition & Metabolism 2012, 9:61]. O mel natural apresenta ainda elementos em sua composição como hormônios, pigmentos, aminoácidos e outras substâncias biologicamente ativas, como o documento CN108208266, intitulado “Formula of honey producf depositado em 29/06/2018, sendo considerado, portanto, não só um alimento de alto valor energético, como também um importante complemento à alimentação humana.

[015] Mais especificamente, para fabricar o mel natural, a abelha secreta duas enzimas, a invertase e a glicose oxidase, através de glândulas presentes na região de sua cabeça. O mel é formado pela reação dessas substâncias com o néctar (principalmente sacarose) coletado das flores. [016] Cada uma dessas enzimas possui uma determinada função na produção do mel. A invertase converte a sacarose - tipo de açúcar contido no néctar - em dois outros açúcares: glicose e frutose. A glicose oxidase, por sua vez, transforma uma pequena quantidade de glicose em ácido glicônico, que torna o mel ácido, protegendo-o de bactérias. Bactérias, estas, que quando não controladas fariam o mel fermentar.

[017] Adicionalmente, agitando as asas, as abelhas retiram a água presente em grande quantidade no néctar, desidratando o mel, o que ajuda a impedir a proliferação de micro-organismos.

[018] Entretanto, tem-se observado que a qualidade do mel posto no mercado mundial não é constante, pois seria necessário um forte controle de qualidade, certificando onde as abelhas colhem o pólen. O que nem sempre é passível de ser realizado. A qualidade do mel de abelha depende da sua composição química e origem floral. A composição dos componentes ativos nas plantas depende de vários fatores, particularmente sobre bioquímica, quimiotipo e condições climáticas [Alvarez-Suarez JM et aí. Contribution of honey in nutrition and human health: a review. Mediterr J Nutr Metab 2010, 3:15-23\. Por esta razão não há uma padronização nos tipos e composições de méis produzidos mundo afora, dificultando sobremaneira um controle de qualidade tanto de suas propriedades nutricionais quando das suas propriedades farmacológicas e medicinais.

[019] O mel como qualquer outro alimento natural pode também estar exposto à contaminação por antibióticos, pesticidas, metais pesados e outros compostos tóxicos [Bogdanov S: Contaminants of bee Products. Apidologie 2006, 38:1-18].

[020] Estas substâncias perigosas podem resultar de controle de doenças em plantações pelo uso de agroquímicos, exposição acidental, riscos ambientais, poluição do ar e práticas humanas hostis [Schneider A: Asian honey, banned in Europe, is flooding U.S. grocery shelves, Food Safety News. 7th edition. Seattle Washington: The Food Watchdog; 2011. Assessed from http://www.food safetynews.com /2011/08/honeylaundering/ on 14/04/12; Bibi S, Husain SZ, Malik RN: Pollen analysis and heavy metais detection in honey samples from seven selected countries. Pak J Bot 2008, 40(2):507-516\.

[021] Por exemplo, foi relatado por autoridades de saúde europeias o descobrimento de chumbo (Pb) em mel comprado da índia no início de 2010. Os resultados mostraram além da presença de chumbo, pelo menos dois antibióticos em quase 23,0 % das 362 amostras de teste de mel para exportação [Schneider A: Asian honey, banned in Europe, is flooding U.S. grocery shelves, Food Safety News. 7th edition. Seattle Washington: The Food Watchdog; 2011. Assessed from http://www.food safetynews.com /2011/08/honeylaundering/ on 14/04/12\, sendo preocupante questão de saúde aos consumidores de mel.

[022] Analisando por um outro prisma este mesmo cenário, o programa do meio ambiente das Nações Unidas já advertiu sobre a mortalidade das abelhas, principalmente no hemisfério Norte. A razão principal acredita-se ser pela utilização de agrotóxicos nas plantações, mas também citam epidemias virais e parasitas que podem ser devastadoras para este inseto que é muito frágil [Ratnieks FLW, Carreck N. Clarity on honey bee colapse? Science, 2010, 327, 152-153\.

[023] Segundo diversas fontes, como por exemplo, o U.S. Colony Colapse Disorder Steering Commitee, a polinização encontra-se ameaçada e a produtividade das plantas em queda [Ratnieks and Carreck, Clarity on Honey Bee Collapse? Science, 2010, 327: 152- 153\. A Agência Ambiental das Nações Unidas alertou em um relatório que a população mundial de abelhas vai continuar em declínio, a não ser que o homem mude sua maneira de manejar o planeta, causando grandes preocupações ambientais e de segurança alimentar.

[024] Nesta perspectiva, a história da vida humana mostra que os homens têm se alimentado de frutas, plantas e carne de animais. Porém, durante a história evolutiva, alguns grupos começaram a se contrapor ao consumo de produtos advindos de animais. Data do século 6 a.c, a formação de um grupo religioso fundador da corrente Orfismo, que baniu o sacrifício e consumo de animais.

[025] Outro exemplo do movimento contrário ao consumo de produtos advindos de animais, foi o matemático grego Pitágoras, que acreditava em reencarnação, e por esta razão, abstinha-se de consumir carne. Por muito tempo, a questão religiosa passa a ter grande influência na decisão das pessoas ao não consumo de produtos advindos de animais [Spencer, Colin. The Heretic’s Feast: A History of Vegetarianism. Lebanon: UPNE, 1996. 402 p]. Apenas na metade do século 19 que as primeiras organizações vegetarianas começaram a aparecer, sendo a primeira delas na Inglaterra, em 1847. Após esse evento, outros países também passaram a fundar organizações vegetarianas, como os Estados Unidos, em 1850, e a Alemanha, em 1867. Por exemplo, a União Vegetariana Internacional (IVU), foi fundada em 1908 [Leitzmann, Claus. Vegetarian nutrition: past, present, future. American Journal Of Clinicai Nutrition 2014, 100:496-502 ].

[026] Atualmente, o movimento vegetariano vem crescendo no mundo todo. Segunda dados recentes, a índia possui 40% de sua população adepta ao vegetarianismo [Leitzmann, Claus. Vegetarian nutrition: past, present, future. American Journal Of Clinicai Nutrition 2014, 100: 496-502; Ruby M. Vegetarianism: A blossoming field of study. Appetite. Vancouver, 2012, 58: 141-150\. Nos países desenvolvidos, o percentual de vegetarianos na população total varia de 2 a 9%, sendo que nos Estados Unidos e no Reino Unido são de aproximadamente 3%

[Vegetarian Journal. How many vegetarians are there? Baltimore, 2009. The Vegetarian Resource Group; Food Standards Agency. Public Attitudes to Food. Londres. 91 p., 2009\, 8% no Canadá e no Brasil [Vancouver Human Society. Almost 12 million canadians now vegetarian or trying to eat less meat. Disponível em: http://www.vancouverhumanesociety.bc, acesso em: 20 nov. 2018; IBOPE. Dia Mundial do Vegetarianismo: 8% da população brasileira afirma ser adepta do estilo. Disponível em: http://www.ibope.com.br, acesso em: 20 nov. 2018\, 9% na Alemanha e na Itália e 2% na França, Espanha e Portugal [EVU - European Vegetarian Union. V-label guide. Disponível em: <https://www.v-label.eu/v-label-guide>. Acesso em: 20 nov. 2018\.

[027] Em muitos países o segmento de consumidores vegetarianos tem crescido de forma expressiva: na Austrália aumentou 30% do ano de 2012 a 2016, quando o percentual dessa população passou a ser 1 1 % de vegetarianos [Roy Morgan. The Slow but steady rise of vegetarianism in Austral ia. Disponível em:

<http://www.roymorgan.com>, acesso em: 20 nov. 2018\.

[028] Nas últimas décadas do século 20, a alimentação vegetariana passou a ser avaliada cientificamente, por meio de pesquisas acerca das diversas dietas praticadas, buscando entender os benefícios ao homem. A partir de então, cada vez mais estudos demonstram que uma dieta vegetariana balanceada pode ser totalmente saudável, o que desperta a atenção dos indivíduos a esse movimento [Leitzmann, Claus. Vegetarian nutrition: past, present, future. American Journal Of Clinicai Nutrition 2014, 100: 496-502 ]. [029] Atualmente, o movimento vegetariano representa importantes segmentos de consumidores, principalmente nos países desenvolvidos, e por isso tem sido objeto de estudo por parte de pesquisadores e organizações que caracterizam as novas tendências de consumo de alimentos no mundo [Euromonitor International. Top 10 Global Consumer Trends for 2016. 45 . 2016\.

[030] Várias motivações levam as pessoas a se tornarem vegetarianas, sendo o argumento mais comum relacionado à questão ética ao abate de animais, a busca da saúde pessoal e o apoio a sistemas produtivos de alimentos geradores de menor impacto ambiental [Ruby M. Vegetarianism: A blossoming field of study. Appetite. Vancouver 2012, 58:141-150\.

[031] Existem pessoas vegetarianas estritas que não consomem nenhum produto de origem animal. Por outro lado, existem aquelas que eventualmente consomem pescados e, ainda assim, se dizem vegetarianas [Ruby M. Vegetarianism: A blossoming field of study. Appetite. Vancouver 2012, 58:141-150].

[032] De modo geral, vegetarianos são considerados como indivíduos que não consomem qualquer tipo de carne vermelha, aves ou peixes. Entretanto, esse tipo de dieta tem subclassificações, que definem o grau de exclusão de cada alimento de origem animal, abrangendo um largo espectro de padrões alimentares. Segundo Key et al. (2006), [Key TJ, Appleby PN, Roseli MS. Health effects of vegetarian and vegan diets. Proceedings Of The Nutrition Society 2006, 65:35-41], a dieta vegetariana pode ser classificada da seguinte maneira:

• Ovolactovegetariana: não consome nenhum tipo de carne, porém consome ovos, leites e derivados; • Lactovegetariana: não consome nenhum tipo de carne nem ovos, porém consome leite e derivados;

• Ovovegetariana: não consome nenhum tipo de carne nem leite e derivados, porém consomem ovos;

• Vegetariana estrita: não consome nenhum produto de origem animal na alimentação;

• Semivegetariana: consome alguns tipos de carne (geralmente carnes brancas) em quantidade reduzida, e ainda consome ovos, leites e derivados;

• Vegana: não consome nenhum tipo de carne e nenhum produto de origem animal na alimentação, como leites, ovos e mel. Ainda, não utiliza produtos de origem animal ou que utilizaram animais em seu processo de fabricação, como couro, camurça, seda, peles, cosméticos testados em animais etc.

[033] O mercado de alimentos veganos é o mais bem definido entre todos os existentes, com padrões de certificação mundial e campo de estudo mais delimitado.

[034] A certificação vegana possui padrões internacionais que são comuns a todos os países que possuem órgãos que conferem esse selo. Esse padrão foi criado pela European Vegetarian Union (EVU) e, posteriormente, adotado pelos demais países.

[035] Segundo a EVU [EVU - European Vegetarian Union. Definitions of “vegan” and “vegetarian” in accordance with the EU Food Information Regulation. Berlim. 5p. 2016], os critérios de certificação para alimentos veganos são:

- Não podem conter nenhum ingrediente de origem animal, como carnes e substâncias oriundas de partes de animais ou suas secreções; - Não podem conter aditivos, suplementos ou enzimas de origem animal;

- Não podem ser processados com coadjuvantes de tecnologia que sejam de origem animal.

[036] Além disso, durante todo o desenvolvimento e fabricação do produto, nenhum animal pode ser usado em qualquer etapa, incluindo testes de toxicidade ou experimentação. A certificação acontece por produto, não sendo conferida a uma empresa como um todo. Dessa forma, o percentual máximo de contaminação de produtos de origem animal em produtos veganos é de 0,1 % [EVU - European Vegetariam Union. How many veggies are there? Disponível em: <http://www.euroveg.eu/iang/en/info/howmany.php>. Acesso em: 18 out 2017; EVU - European Vegetariam Union. V-label guide. Disponível em: <https://www.v-label.eu/v-label-guide>. Acesso em: 02 nov 2017J.

[037] Há uma grande tendência neste segmento que busca por produtos que atendam ao mercado Vegano. Porém, o mel não pode ser consumido pelos veganos, por ser originário das abelhas.

[038] Diante de todos estes dilemas, seria interessante se desenvolver um processo de produção de composições diferentes dos méis artificiais hoje existentes. Estes méis artificiais utilizam amido como matéria prima e não possuem uma composição que seja realmente análoga ao mel natural.

[039] Porém, para a produção de mel sem utilização de abelhas, é preciso desenvolver um método de produção, prescindindo do uso ou trabalho animal de qualquer forma, o que permitirá suprir toda a população com este excepcional alimento em caso de um eventual futuro onde haja restrição à exploração das abelhas, sendo esta população consumidora do mel convencional ou adepta da filosofia vegana. OBJETIVOS DA INVENÇÃO

[040] A invenção ora pleiteada, tem os seguintes objetivos:

- Prover o mel artificial, por meio de um processo sustentável, contribuindo para a preservação das abelhas e consequente colaboração no processo de polinização fundamental na atividade agrícola;

- Prover um mel artificial com fonte de fibras, que permite a digestibilidade mais lenta dos carboidratos, evitando picos de insulina e melhorando a flora intestinal. Ressaltando que o mel natural não possui fibras;

- Propiciar um mel artificial isento de microrganismos, ou seja, sem risco patogênico;

- Por fim, propor um mel artificial com a conservação de potencial farmacológico devido ao uso de açúcares escuros como, por exemplo, o uso de açúcares VHP ou Demerara que apresentam na sua composição natural os compostos farmacologicamente ativos.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[041] A presente invenção prevê, portanto, uma solução aos problemas encontrados no estado da técnica, provendo um método de produção de mel artificial, obtendo-se uma formulação muito semelhante ao mel natural, porém partindo-se da sacarose de fonte vegetal. Ou seja, sem a utilização de nenhum material de origem animal, ou mesmo sem uso do trabalho das abelhas, que sofrem com a atividade humana e muitas vezes com a pressão ambiental de vírus e patógenos.

[042] Em uma primeira modalidade desta invenção apresenta-se uma composição com qualidade uniforme, pois sua composição depende de fonte de sacarose e independe de florações ou interferências externas, como no caso da produção com abelhas. O que garante ao consumidor a segurança de um complemento alimentício de origem controlada, assegurando um alimento em consonância com as demandas específicas de cada tipo de consumidor.

[043] Em uma segunda modalidade a presente invenção, apresenta-se um processo de produção de um mel artificial, partindo preferencialmente da matéria prima sacarose, ou seja, sacarose invertida, preferencialmente por meio de enzimas (não quimicamente), para torná- lo ainda mais semelhante ao mel natural. O processo da presente invenção não fará uso da adição de substâncias químicas indesejáveis, como corantes e pigmentos artificiais e outros, podendo ser saborizado preferencialmente com aroma de mel idêntico ao natural (vegano), aroma artificial e opcionalmente aroma natural. O processo conta ainda com o acréscimo opcional de elementos isolados, de fonte mineral ou vegetal que são encontrados naturalmente no mel de abelha, como aminoácidos, proteínas inteiras, vitaminas, minerais etc. Desta forma, obtém-se uma formulação diferente dos méis artificiais presentes no estado da técnica e no mercado.

[044] A terceira e última modalidade desta invenção reside no uso do mel artificial em produto de mesa e na indústria em geral, por exemplo, em produtos derivados como bolos, doces, lácteos, cosméticos, geleias, doces, suplementos alimentares, fármacos, nutracêuticos, barras de cerais, entre outros.

[045] A presente invenção, portanto, tem como base a sacarose produzida sob medida para a produção de mel artificial. Para isso, o mel artificial assim produzido pode ter como origem preferencial os açúcares escuros VHP/VVHP/Demerara ricos em minerais, vitaminas e antioxidantes naturais com grande apelo farmacológico.

[046] Todavia, a produção do mel da presente invenção pode partir de diferentes fontes de carboidratos, mas preferencialmente a partir do açúcar VHP ( Very High Polarization) e Demerara invertidos pela enzima invertase, de origem não animal, semelhante a utilizada pelas abelhas.

[047] Em outras palavras, para manter a característica do mel artificial muito próxima ao mel natural, a presente invenção usa a própria enzima invertase, preferencialmente através de um processo totalmente natural, via biológica e GMO free (tecnologia na qual não se faz uso de organismos geneticamente modificados) ou por enzimas comerciais.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[048] A presente invenção descreve, portanto, a COMPOSIÇÃO E PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL baseados no açúcar invertido, atingindo uma composição de carboidratos muito próxima à do mel de abelha natural, ou seja, glicose e frutose em quantidades similares e reduzida quantidade de sacarose.

[049] Em função da possibilidade de utilização de outros aditivos funcionais o mel artificial da presente invenção pode ter um índice glicêmico menor que o valor médio/típico do mel de abelha. Para ajustar o aroma do produto, se utilizam aromas idênticos aos naturais e não se utiliza nenhum tipo de corante artificial.

[050] Por exemplo, a utilização do açúcar VHP ou demerara como base para fabricação do mel artificial, permite que o produto tenha um conjunto importante de sais minerais, vitaminas e antioxidantes oriundos da cana de açúcar como descrito no exemplo a seguir:

[051] A COMPOSIÇÃO E PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MEL ARTIFICIAL é realizada com 100 gramas de açúcar VHP ou Demerara, há a presença de diversos minerais. Cabe aqui ressaltar que a composição mineral depende diretamente do tipo de cultivar de cana, do trato agronómico, região de cultivo etc. No entanto, diversos trabalhos mostram que quanto mais escuro, e obviamente, menos “tratado” o açúcar, mais minerais se conservam nele, conforme mostrado por Silva (2017) [Silva, AFS. Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017\, conforme Tabela 1 , abaixo:

[052] Tabela 1 : faixa de concentração obtida para os minerais analisados por Espectrometria de Emissão Atómica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP OES) nos diferentes tipos de açúcar:

[053] Conforme indicado na Tabela 1 , os açúcares mais escuros apresentam teores de minerais crescentes, caminhando do açúcar refinado para o mascavo. Mesmo quando se compara com o açúcar Demerara com o Refinado, observamos uma diferença brutal no teor de todos minerais apresentados na Tabela 1.

[054] Quanto maior for o conhecimento sobre a exata composição de cada um dos açúcares que se pode utilizar como base para o mel artificial, por exemplo, maior é o poder de selecionamento da matéria- prima mais adequada para a produção de um mel artificial mais rico como alimento ou apresentando as propriedades organolépticas, físico- químicas e/ou sensoriais desejadas. Neste sentido, a escolha da fonte de sacarose ideal é imprescindível e, um diferencial tecnológico para que o mel artificial da presente invenção se torne não só mais semelhante ao mel natural, como também, possa apresentar propriedades melhoradas comparado ao mel natural.

[055] Para melhor ilustrar as melhorias acima descritas, o mel artificial da presente invenção poderá conter compostos farmacológicos, por exemplo, aqueles presentes nos açúcares VHP e Demerara, tais como os flavonóides e ácidos fenólicos como luteolina, apigenina, tricina, quercetina, kamferol, ácido cafeico, apigenina, luteolina, tricina, ácido clorogênico, ácido cumárico e ácido ferúlico. Estes compostos estão diretamente ligados a diversas atividades farmacológicas tais como antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianos e até antitumorais, conforme a Tabela 2: [Valli V, Gomez-Caravaca A.M.; Dl Nunzio M., Danesi F, Caboni MF, Bordoni A. Sugar carie and sugar beet molasses, antioxidante-rich alternatives to refined sugar. J. Agri Food Chem, 2012, 60, 12508-12515; Alves V.G, Souza AG, Chiavelli LUR, Ruiz ALTG, Carvalho JE, Pomini AM, Silva CC. Phenolic compounds and anticâncer activity of comercial sugarcane cultivated in Brazil. Na. Acad. Bras, Cienc. 2016, 88, 1201-1209; Taylor R P. Discovery of bioactive natural products from sugarcane. Master of Science Thesis. School of Environmental Science and Management, Southern Cross University, Lismore NSW, Austrália. 2018; Almeida JMD. Flavonóides e ácidos cinâmicos de cana-de- açúcar (Saccharum officinarum L. - Poaceae) e seus produtos. Identificação e atividade antioxidante e antiproliferativa. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2006\. [056] A presente invenção apresenta, portanto, uma composição de um mel artificial capaz de manter as propriedades farmacológicas dos açúcares escuros que demonstram auxiliar na manutenção do tônus muscular da parede do trato digestivo; melhoram a saúde do sistema nervoso; fortalecem a pele, unhas e cabelos; melhoram a funcionamento do fígado, aceleram cicatrização de lesões e previnem e tratam a anemia devido à presença de ferro. Esses atributos, dependendo da matéria prima e aditivos utilizados, permitem que o mel artificial da presente invenção possa ser comparado ao mel natural mais famoso, o caso do mel Manuka, derivado da flor de Manuka da Nova Zelândia, considerado um dos melhores do mundo.

[057] O mel da presente invenção pode apresentar importantes propriedades medicinais, dependendo da matéria prima e aditivos utilizados semelhantes ou melhores ao do mel Manuka, uma vez que, possui em sua composição diferentes compostos bioativos derivados, por exemplo, do açúcar escuro da cana-de-açúcar, como pode ser observado na Tabela 2. Além disso, o mel artificial não contém pesticidas, os quais foram detectados no estudo do Manuka Honey realizado por Moniruzzaman et al (2014) [Moniruzzaman M, Chowdhury MAZ, Rahman MA, Sulaiman SA, Gan SH. Determination of mineral, trace elemento, and pesticide leveis in honey samples originating from diferent regions of Malaysia compared to Manuka Honey. Biomed. Res. Int. 2014, ID 359890\.

[058] Tabela 2: comparação entre o mel Manuka e o mel da presente invenção, que tem como matéria prima, por exemplo, o açúcar VHP invertido.

[059] Adicionalmente, o processo da presente invenção realiza a inversão da sacarose elevando o dulçor da mesma do patamar de 100 para 120, com ganho de 20%, muito próximo ao poder adoçante do mel de abelha, para se adequar as demandas dos consumidores e da indústria que também demandam ou demandarão um produto realmente substitutivo do mel natural.

[060] Na inversão proposta pela presente invenção, por exemplo, acima de 98%, a sacarose é quase que completamente convertida em partes iguais de glicose e frutose, sem perder significativamente suas características nutricionais quanto às vitaminas, antioxidantes e minerais presentes antes de sua inversão. Por se tratar de um catalizador biológico, a enzima invertase (preferencialmente livre de organismos geneticamente modificados - GMO Free) ou enzima invertase não GMO- free, ao contrário da inversão química, não forma compostos tóxicos no processo de inversão, como por exemplo, o furfural.

[061] Com um teor muito reduzido de sacarose residual, a opcional adição de fibras funcionais poderá permitir que o mel da presente invenção apresente um índice glicêmico considerado baixo (<55). O que o torna mais adequado as dietas que buscam evitar doenças, como diabetes e problemas de obesidade.

[062] Para melhor ilustrar, apresentam-se abaixo as características deste mel artificial feito a partir do açúcar Demerara, por exemplo, segundo a presente invenção:

• Mel artificial convencional ou orgânico, que dependerá da origem do açúcar Demerara utilizado;

• Produzido a partir de açúcar Demerara invertido (> 98%), em grande parte em glicose e frutose, e com um índice de dulçor muito próximo ao mel de abelha;

• Com adição de frutose adicional ou fibras funcionais, apresenta um índice glicêmico baixo (< 55);

• Mel artificial com poder antioxidante em função dos compostos poli- fenólicos dos açúcares escuros. Compostos que se mantêm preservados no processo de inversão via enzimática;

• Enzimas GMO free ou não;

• Processo 100% natural, sem conservantes artificiais ou qualquer aditivo químico;

• Em função da produção da enzima invertase “on site”, custo de produção competitivo;

• Possui potencial farmacológico devido às substâncias preservadas nos açúcares escuros como o Demerara;

• Podem ser adicionadas vitaminas, minerais, aminoácidos e fibras que normalmente são encontradas no mel natural, como por exemplo, vitaminas do complexo B, como B1 , B2 e B6, fibras solúveis e/ou insolúveis e aminoácidos essenciais ou não, antioxidantes e minerais, como exemplo, quelatos de ferro, zinco e potássio e outros, mas que também podem ser preservados nos açúcares escuros dependendo do processo de inversão.

[063] Processo de Produção do Mel Artificial, de acordo com a presente invenção, em uma das formas de produção do mel artificial, inicia-se com a diluição da sacarose sólida, presente na fonte de carboidrato selecionada com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82, 0 Q Brix e aquecida a 80 Q para total dissolução da sacarose, sob agitação no tanque. Esse xarope é então resfriado a 55,0 a 60,0 Q C e o pH acertado a 4,5 com uso de ácido cítrico. A enzima invertase, GMO- free ou comercial, é adicionada ao xarope e a reação é mantida até o tempo necessário para atingir a inversão de até 98,0 % da sacarose em glicose e frutose nas condições descritas. O xarope pode ser aditivado com fibras, vitaminas, minerais, aminoácidos, aroma idêntico ao natural, aroma artificial e opcionalmente aroma natural. Dependendo da fonte de sacarose, a cor do produto pode ser ajustada com a utilização de corantes naturais. Além destes aditivos também o mel artificial poderá ser aditivado com outros aromatizantes, como por exemplo, flor de laranjeira, trufa, pimenta, etc.

[064] O produto, obtido a partir deste processo, se apresenta com características bem similares ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor. Este produto foi utilizado para servir de base de uma comparação com o mel Manuka e o mel de abelha natural. Na Tabela 3 estão os resultados do comparativo, usando, como exemplo, o açúcar artificial Demerara, mel de abelha e mel Manuka [Ajibola A, Chamunorwa JP, Erlwanger KH. Nutraceutical values of natural honey and its contribuition to human health and wealth. Nutrition&Metabolism 2012, 9:61; Moniruzzaman M, Chowdhury MAZ, Rahman MA, Sulaiman SA, Gan SH. Determination of mineral, trace elemento, and pesticide leveis in honey samples originating from diferente regions of Malaysia compared to Manuka Honey. Biomed. Res. Int. 2014, ID 359890; Nogueira FS, Ferreira KS, Carneiro Júnior JB, Passoni LC. Minerais em melados e em caldos de cana. Ciência e Tecnologia de Alimentos 2009, 29:727-731; Silva AFS. Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017\.

[065] Tabela 3: Comparativo da composição de mel de abelha e Mel Artificial Demerara.

[066] De acordo com os estudos realizados, quando usamos o processo de obtenção anteriormente descrito, é possível obter um mel artificial que possui as principais vantagens em relação ao mel de abelha:

• Processo sustentável, contribuindo para a preservação das abelhas e consequente colaboração no processo de polinização fundamental na atividade agrícola;

• Fonte de fibras. A adição de fibras é um aspecto importante, pois permite a digestibilidade mais lenta dos carboidratos, evitando picos de insulina e melhorando a flora intestinal. Ressaltando que o mel natural não possui fibras;

• Isento de microrganismos. O mel de abelha, geralmente, possui micro-organismos próprios das abelhas que podem ter risco patogênico. Por esta razão não se recomenda dar mel a crianças de baixa idade, pois não possuem sistema imunológico pleno para combater tais riscos;

• Conservação de potencial farmacológico devido ao uso de açúcares escuros como, por exemplo, o uso de açúcares VHP ou Demerara que apresentam na sua composição natural os compostos farmacologicamente ativos. [067] Entretanto, a presente invenção verificou que o mel artificial, com estas e outras vantagens, pode ser obtido a partir de pequenas variações no processo acima descrito com diferentes tipos de sacarose. Desta forma, para melhor ilustrar as diferentes formas de obtenção e tipos de sacarose, serão apresentados a seguir, os exemplos ilustrativos de processos e composição do mel artificial da presente invenção, sendo que os valores expressos nas tabelas estão baseados em [Ajibola A., Chamunorwa JP, Erlwanger KH. Nutraceutical values of natural honey and its contribuition to human health and wealth. Nutrition & Metabolism 2012, 9:61; Faria DAM. Estudo Nutricional e sensorial de açúcares cristal, refinado, demerara e mascavo orgânicos e convencionais. Tese de Mestrado. UFSCAR, 2012; Luchini DL. Teores de nutrientes minerais e metais pesados em açúcar mascavo produzido por diferentes sistemas orgânicos e convencionais. Tese de Mestrado. UFSCAR, 2014; Moniruzzaman M, Chowdhury MAZ, Rahman MA, Sulaiman SA, Gan SH. Determination of mineral, trace elemento, and pesticide leveis in honey samples originating from diferente regions of Malaysia compared to Manuka Honey. Biomed. Res. Int. 2014, ID 359890; Nogueira FS, Ferreira KS, Carneiro Júnior JB, Passoni LC. Minerais em melados e em caldos de cana. Ciência e Tecnologia de Alimentos 2009, 29:727-731; Silva AFS.

Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017\.

[066] Exemplo 1 - Produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana invertido ENZIMATICAMENTE:

1 . Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque; 2. O xarope é resfriado a 55,0 a 60,0 Q C e o pH acertado a 4,5 com uso de ácido cítrico. Neste xarope a enzima invertase (GMO-free ou não) é adicionada conforme indicação de uso comercial e a reação é mantida pelo tempo necessário para garantir a porcentagem de inversão requerida;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma do mel natural;

[069] Desta forma, o exemplo 1 refere-se a:

uso de AÇÚCAR CRISTAL (podendo ser orgânico, não orgânico ou refinado) como base do mel artificial da presente invenção;

invertido ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/g licose+frutose: até 98% de inversão);

aromatizado com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural).

[070] O produto é similar ao mel de abelha em aparência, consistência e sabor, conforme a Tabela 4.

Tabela 4: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial a partir de açúcar cristal.

[071] Exemplo 2 - Produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana invertido QUIMICAMENTE:

1 . Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque:

• Adiciona-se ácido fosfórico no xarope até pH 2,0 a 2,5, mantendo- se a 95 Q C até a taxa de inversão desejada;

2. O pH do xarope é corrigido com barrilha a pH 4,5 a 5,0;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural. Desta forma, o exemplo 2, refere-se a: uso de AÇÚCAR CRISTAL (podendo ser orgânico, não orgânico ou refinado) como base do mel artificial, conforme exemplo 1 , porém sem uso de enzima;

invertido QUIMICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/g licose+frutose de 0 a 98% de inversão); aromatizado com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural).

[072] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, conforme a Tabela 5.

Tabela 5: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial a partir de açúcar cristal.

[073] Cabe ressaltar que a inversão da sacarose pelo método tradicional químico o xarope inicial tem concentração máxima de 60 Q Brix devido a necessidade de filtrações para remoção de cor e odor, e após a inversão, o pH do xarope precisa ser corrigido com uso de barrilha, fato este que que satura o xarope com sulfatos indesejáveis e, sequencialmente, o xarope é filtrado e concentrado em evaporadores, o que diminui ainda mais a sua qualidade devido a formação adicional de substâncias indesejáveis como: furfural, hidrometilfurfural e principalmente sulfoximetilfurfural dadas as suas capacidades de reagir com o DNA e provocar mutações [Ogando FIB. Estudo da degradação térmica de sacarose e da contaminação microbiológica no processo de fabricação de açúcar. Teses de Mestrado, ESALQ/USP, 2015\.

[074] Exemplo 3 - Produção do mel artificial a partir de açúcar cristal de cana orgânico invertido QUIMICAMENTE seguindo a Lista Positiva de Orgânicos:

1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;

2. Adiciona-se ácido no xarope até pH 2,0 a 2,5, mantendo-se a 95 Q C até a taxa de inversão desejada. O ácido usado neste processo deve estar permitido pela Lista Positiva de Orgânicos (Instrução normativa n Q 18, de 28 de maio de 2009, Lei 10,831 de 23 de dezembro de 2003): exemplo ácido cítrico;

3. O pH do xarope é corrigido com produtos permitidos pela Lista Positiva de Orgânicos (Instrução normativa n Q 18, de 28 de maio de 2009, Lei 10,831 de 23 de dezembro de 2003), a pH 4,5 a 5,0;

4. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

5. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural.

[075] Desta forma, o exemplo 3 refere -se a:

uso de AÇÚCAR CRISTAL ORGÂNICO como base do mel artificial, conforme exemplo 2, porém fazendo uso da lista positiva de ácidos;

invertido QUIMICAMENTE com produtos permitidos pela Lista Positiva de Orgânicos em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/g licose+frutose de 0 a 98% de inversão), sendo considerado um xarope orgânico;

aromatizado com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural).

[076] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, conforme a Tabela 6.

Tabela 6: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial a partir de açúcar cristal.

[077] Exemplo 4 - Produção do mel artificial a partir de açúcar VHP ou VVHP:

1 . Sacarose VVHP ( Very Very High Polarization) ou VHP ( Very High Polarization) sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural.

[078] Desta forma, o exemplo 4 refere-se a:

V uso de açúcares VHP ou VVHP (orgânicos ou não) como base do mel artificial;

V invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

V aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural). [079] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, conforme a Tabela 7.

Tabela 7: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial a partir de açúcares VHP ou VVHP invertidos:

[080] Exemplo 5 - Produção do mel artificial a partir de açúcar Demerara:

1 . Sacarose Demerara sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores; 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural.

[081] Desta forma, o EXEMPLO 5 refere-se a:

uso de açúcar DEMERARA (orgânico ou não) como base do mel artificial;

✓ invertido QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural).

[082] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, conforme a Tabela 8.

Tabela 8: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial a partir de açúcar Demerara invertido:

[083] Exemplo 6 - Produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecidos com fibras solúveis:

1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope de mel é aditivado com 0,5 % a 20,0% de fibras solúveis orgânicas ou não, tais como, por exemplo: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis (exemplo: Promitor 70R/Grasse) ou fibras de mandioca (exemplo: LowPure Tapioca 900 /Gramkow). [084] Desta forma, o exemplo 6 refere-se a:

uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural ou natural);

Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS.

[085] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto é rico em fibras, conforme a Tabela 9.

Tabela 9: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras solúveis.

[086] Exemplo 7 - Produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras insolúveis:

1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope de mel é aditivado com 0,5 % a 20,0% de fibras insolúveis orgânicas ou não, tais como, por exemplo fibras do milho ou mandioca (Exemplo: Fibervita - MF Carrier 125) ou de vegetais (Exemplo: inulina/Grasse).

[087] Desta forma, o exemplo 7 refere-se a:

uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/g licose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural ou natural); ^ Enriquecidos com FIBRAS INSOLÚVEIS.

[088] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto é considerado alimento rico em fibras insolúveis, conforme a Tabela 10.

Tabela 10: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras insolúveis:

[089] Exemplo 8 - Produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras solúveis e insolúveis: 1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope é aditivado na faixa de 1 ,0 % a 20,0% com fibras solúveis ou insolúveis na proporção de 1 ,0 a 99,0% de mistura entre os dois tipos de fibras.

[090] Desta forma, o exemplo 8 refere-se a:

uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/g licose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural);

✓ Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS.

[091] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto é considerado alimento rico em fibras solúveis e insolúveis, conforme a Tabela 1 1 :

Tabela 11 : Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras solúveis e insolúveis:

[092] Exemplo 9 - Produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras e aditivado de minerais:

1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados; 4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope é aditivado na faixa de 1 ,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;

6. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.

[093] Desta forma, o exemplo 9 refere-se a:

uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural);

✓ Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS; Enriquecidos com MINERAIS.

[094] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto, é considerado alimento rico em fibras (solúveis, insolúveis ou solúveis/insolúveis) e minerais conforme a Tabela 12:

Tabela 12: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras solúveis/insolúveis e minerais. Exemplo com 100% da Dose recomendada pela Anvisa:

[095] Exemplo 10 - Produção do mel artificial veganos a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais e vitaminas: 1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope é aditivado na faixa de 1 ,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;

6. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações;

7. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.

[096] Desta forma, o exemplo 10 refere-se a:

uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural);

✓ Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;

Enriquecidos com MINERAIS;

Enriquecidos com VITAMINAS.

[097] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto é considerado alimento rico em fibras (solúveis, insolúveis ou solúveis/insolúveis), minerais e vitaminas, conforme a Tabela 13:

Tabela 13: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras, minerais e vitaminas. Exemplo com 100% da Dose recomendada pela Anvisa: [098] Exemplo 11 - Produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais, vitaminas e aminoácidos:

1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope é aditivado na faixa de 1 ,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;

6. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações; 7. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações;

8. Segundo as características dos diversos tipos de mel natural (florada, região, sazonalidade, etc), o xarope também pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. No entanto, como citado anteriormente, a presença ou ausência destes aminoácidos no mel natural depende do local de ocorrência, tipo de florada, tipo de pólen, etc. Mas, no mel artificial da presente invenção, temos a opção de adicionar um mix de aminoácidos que mimetize ou seja superior a composição do mel convencional. Desta forma, o mel artificial poderá ter uma padronização superior, sempre garantindo que no produto final, os diversos aminoácidos possam estar presentes.

[099] Desta forma, a reivindicação do exemplo 11 refere-se a:

uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial; ^ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural);

✓ Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;

Enriquecidos com MINERAIS;

Enriquecidos com VITAMINAS;

Enriquecidos com AMINOÁCIDOS.

[100] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto é considerado alimento rico em fibras, minerais, vitaminas e aminoácidos, conforme a Tabela 14:

Tabela 14: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras, minerais, vitaminas e aminoácidos. Exemplo com 1 ,0 a 2,0 % de aminoácidos, segundo Alvares et al 2010

[Alvarez-Suarez JM et al. Contribution of honey in nutrition and human health: a review. Mediterr J Nutr Metab 2010, 3:15-23].

[101] Exemplo 12 - Produção do mel artificial a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP ou Demerara enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e substâncias encapsuladas:

1 . Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;

2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados; 4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. O xarope é aditivado na faixa de 1 ,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;

6. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações;

7. O xarope pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n Q 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 1 1 1 , inciso I, alínea“e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n Q 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações;

8. Segundo as características dos diversos tipos de mel natural (florada, região, sazonalidade, etc), o xarope também pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. No entanto, como citado anteriormente, a presença ou ausência destes aminoácidos no mel natural depende do local de ocorrência, tipo de florada, tipo de pólen etc. Mas, no mel artificial da presente invenção, temos a opção de adicionar um mix de aminoácidos que mimetize ou seja superior a composição do mel convencional. Desta forma, o mel artificial poderá ter uma padronização superior, sempre garantindo que no produto, os diversos aminoácidos possam estar presentes;

9. O mel artificial pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do mel artificial, no entanto, mantém intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1 ,0 a 10,0% do mel final, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.

[102] Desta forma, a reivindicação do exemplo 12 refere-se a: uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural);

✓ Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;

Enriquecidos com MINERAIS;

Enriquecidos com VITAMINAS;

Enriquecidos com AMINOÁCIDOS.

^ Enriquecidos com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.

[103] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto é considerado alimento rico em fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e substâncias de interesse encapsuladas, conforme a Tabela 15:

Tabela 15: Exemplo comparativo da composição de mel de abelha e mel artificial. Comparação a partir de açúcar DEMERARA invertido enzimaticamente e rico em fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e substâncias encapsuladas:

[104] Exemplo 13 - Produção do mel artificial a partir de açúcar de beterraba, coco e outros:

1 . Açúcar de beterraba, coco e outros é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 Q Brix e aquecida a 80 Q C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque; 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;

3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;

4. O xarope filtrado é aditivado com: (i) aroma idêntico ao natural (exemplo: aroma AIN Mel artificial/Grasse), (ii) aroma artificial de mel ou (iii) opcionalmente aroma natural de mel. A proporção de aroma indicada neste produto é 0,1 % a 5,0% (p/p) ou até ficar idêntico ao aroma de mel natural;

5. 0 xarope pode ser aditivado com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e substâncias encapsuladas, conforme exemplo 6 a 12.

[105] O produto é similar ao mel de abelha, em aparência, consistência e sabor, no entanto pode ser considerado alimento rico em fibras (solúveis, insolúveis ou solúveis/insolúveis), minerais, aminoácidos e substâncias encapsuladas.

[106] Desta forma, o exemplo 12 refere-se a:

uso do açúcar de beterraba, orgânica ou não como base do mel artificial;

✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);

aromatizados com aroma de mel (natural, artificial ou idêntico ao natural);

Podendo ser enriquecido com FIBRAS; MINERAIS; VITAMINAS, AMINOÁCIDOS E SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.

[107] Exemplo 14 - Produção do mel artificial a partir de açúcares conforme exemplos de 1 a 13, podendo o xarope ser adicionado de alginato de cálcio e substâncias encapsulantes visando a encapsulação e produção de pérolas de mel artificial. [108] O mel artificial pode ser encapsulado por meio de diversos produtos, como exemplo, alginato de cálcio, maltodextrina e amidos modificados produzindo cápsulas ou pérolas de diversos diâmetros, não ficando restritos somente a estes agentes de encapsulação.

[109] Como exemplo, o alginato de cálcio que é o principal gel utilizado para o encapsulamento, por causa de suas propriedades gelificantes, baixo custo, facilidade de uso e ausência de toxicidade está descrito a seguir:

1 . O xarope de mel pode ser aditivado com 5,0 % (p/p) de alginato ácido e aquecido a 70 Q C. A concentração de alginato pode variar entre 1 ,0 e 20,0 % no produto;

2. O xarope de mel é gotejado em uma solução aquosa contendo 3,5 % de CaCI 2 sob agitação de 100 rpm, através de pingadeiras mecânicas que podem gotejar diversos volumes, produzindo, consequentemente pérolas de açúcar de diversos diâmetros;

3. As pérolas podem ficar mergulhadas na solução por diferentes tempos, segundo se queira uma pérola mais macia ou mais endurecida, dependendo da aplicação.

[1 10] Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 14 refere-se a:

uso da técnica de encapsulação para produção de nano, micro e macro esferas e pérolas de xarope de mel;

uso de produtos encapsulantes, tais como alginato de cálcio, maltodextrina e amidos modificados, mas não restrito somente a estes, para produção de mel artificial encapsulado.

[1 1 1] As pérolas de mel apresentam o sabor do mel de abelha em um formato inédito no mercado, trazendo uma inovação na forma e comercialização do produto. [1 12] Exemplo 15 - Produção do mel artificial a partir de açúcares conforme exemplos de 1 a 13, podendo o xarope de mel ser adicionado de espessantes e gelificantes visando obter géis e pastas de mel artificial.

[1 13] O mel artificial pode ser espessado por meio de diversos hidrocolóides, como exemplo, goma xantana, goma guar, pectinas, gelatinas, gelana, carragenas, compostos celulósicos, além de outros como, amidos modificados, gelificantes e emulsificantes, produzindo géis e pastas de mel artificial com diversas texturas, não ficando restritos somente a estes agentes citados.

[1 14] Como exemplo, a carboximetilcelulose de sódio, que foi utilizada no xarope de mel, obtendo-se um gel de mel texturizado, conforme exemplo:

1 . O xarope de mel pode ser aditivado com 1 ,0 % (p/p) de carboximetilcelulose de sódio, como exemplo o produto Walocel CRT 40000PA. A concentração de carboximetilcelulose de sódio pode variar entre 0,1 a 20,0 % no produto;

2. A carboximetilcelulose de sódio pode ser adicionada diretamente no xarope de mel e homogeneizado mecanicamente, produzindo um mel com textura gelatinosa.

[1 15] Desta forma, a reivindicação do EXEMPLO 15 refere-se a: uso de espessantes, gelificantes, emulsificantes, hidrocolóides, amidos modificados e compostos celulósicos para obtenção de géis e pastas de mel artificial texturizados;

[1 16] Os géis e pastas de mel apresentam o sabor do mel de abelha em um uma forma de apresentação do produto inédito no mercado, trazendo uma inovação na forma e comercialização do produto. [1 17] Os exemplos acima foram descritos para ilustrar as diferentes formas de produção do mel artificial e sua composição final em função dos dois tipos de inversão, diversos tipos de matéria prima e aditivos, não devendo ser encarados como limitativos desta invenção, sabendo-se que pequenas variações do que fora acima descrito ainda farão parte do escopo desta invenção.

[1 18] Neste sentido, o escopo da presente invenção também abarca os diferentes usos e aplicações de uma composição de mel artificial que possua sabor tão similar ao do mel natural e com propriedades melhoradas, conforme descrita nesta invenção. As aplicações principais, porém, não limitativas, são:

a. Indústria Farmacêutica: utilizado como cicatrizante para pele e para formulações de uso oral como xaropes e pastilhas; b. Indústria Cosmética: suas propriedades emolientes e cicatrizantes são exploradas por hidratantes, loções faciais, sabonetes, xampus e condicionadores; e

c. Indústria Alimentícia: seu sabor e aroma únicos são amplamente utilizados na indústria alimentícia como, por exemplo, balas, biscoitos, doces, molhos, iogurtes, etc; d. Uso de mesa em geral.