001 Refere-se o presente certificado de adição da Patente de Invenção n° BR 10 2019 024413 5 de 19/11/2019 a um “APERFEIÇOAMENTO EM CHUTE TRONCO DE PIRÂMIDE”, que foi desenvolvido para promover um equipamento transferidor de minério, sinter, carvão, cimento, coque, pelotas de minério, calcário, clinquer, cobre, etc., dotado central e intemamente de uma pirâmide direcionadora, formando um vão acondicionador (“morto/caixa de pedra”) entre as paredes do transferidos e a pirâmide direcionadora, de modo a promover o acúmulo de material nessa área protegendo as paredes do constante contatos com os materiais corrosivos/abrasivos, ou seja, o material acumulado é posicionado uma única vez no interior do vão (morto/caixa de pedra) e sobre estes são lançados materiais que ficam impedidos de entrarem em contado com as paredes, (também conhecido como “morto”, rock box ou dead área), sendo os novos materiais direcionados para a abertura superior da pirâmide através do transbordamento para alimentação das correias transportadoras ou sapatas transportadoras.

Estado da Técnica

002 Segundo Cecala et al (2012), os transportadores de correia estão entre os equipamentos mais utilizados nas operações de processamento mineral/siderúrgico. Os transportadores de correia, são de fundamental importância para a indústria, onde é necessário transportar material a granel por longas distâncias. Um transportador de correia é uma grande tira de borracha que fica esticada ao redor de duas ou mais polias, movimentando-se com uma velocidade definida e carregando certa quantidade de material.

003 Um componente, presente em pontos de transferência entre correias é denominado chute de transferência. Uma de suas funções é a de conter o material, para que o mesmo não se disperse pela atmosfera ambiente, além de direcionar o fluxo de material entre a transferência. O chute de transferência tem por objetivo cumprir algumas condições como, realizar a transferência do material a granel na taxa especificada e sem entupimentos, proteger os funcionários de ferimentos, minimizar a fuga de materiais, devolver os raspadores de material para o fluxo principal e facilitar a manutenção (SWINDERMAN ET AL., 2009).

004 A função primária de um chute de transferência é transferir de maneira confiável o material a granel a uma taxa de fluxo determinada (SWINDERMAN ET AL., 2009), devendo haver uma passagem mais homogênea de material, sem entupimentos, furos das paredes dos chutes, através do chute à correia, pois a transferência, momentânea, de quantidades de material a granel, acima do projetado, pode resultar em perdas para o sistema, em desalinhamento e mudança do centro de gravidade da correia.

005 O chute de transferência tem, como alguns de seus principais componentes, grelhas, chapas de desgaste, defletoras e raspadores, todos eles com funções primordiais no correto funcionamento do equipamento, permitindo o fluxo de material a uma taxa constante e segura. Grelhas e defletoras, tem como principal função o direcionamento correto do material, sendo os raspadores, fundamentais para a contenção da queda de material no retomo de correias transportadoras.

006 O transporte dos produtos a granel possui grande importância na produção mineral em vista da influência que exerce sobre os custos de operação e manutenção, além da preocupação com a segurança e o meio ambiente. Por isso, o transporte continuo para granéis sólidos por meio de correias é amplamente empregado neste setor.

007 Os transportadores contínuos para sólidos têm no chute para transferência de seus principais componentes. O chute é um dispositivo afunilado destinado a realizar a transferência do material transportado de correia transportadora superior para uma correia transportadora inferior. 008 Os transportadores atuais despejam por meio da correia transportadora superior o material carregado no interior do chute que o recebe diretamente em sua parede frontal. Esse material passa pela abertura interior do chute sendo depositado diretamente ou com auxílio de uma caixa de pedra, sobre a correia transportadora inferior dando-se então seguimento ao fluxo de transporte.

009 Os chutes conhecidos são pouco resistentes a impacto, desgaste e abrasão e não apresenta qualquer sistema que reduza a velocidade de saída da carga.

010 O problema que persiste é que os sólidos são lançados contra a parede do chute em grande velocidade e grande volume, o que ocasiona intenso desgaste do seu interior, grande solicitação da borda inferior e superior e mesmo podendo ocasionar o seu entupimento, o que é causa de grandes transtornos e parada da operação para desentupimento e manutenção da área desgastada.

011 Outros problemas são rasgos que permitem o vazamento dos sólidos, a velocidade de despejamento, onde os sólidos não raros transbordam pela correia resultando em perda da carga e contaminação ambiental determinando paradas de emergência para limpeza que é feita manualmente demandando grandes períodos de tempo, reduzindo o IDF (índice de disponibilidade física do equipamento) grandes gastos com trocas de chapas de desgaste, alta utilização de hh (homem hora).

012 Outro problema é que com o veloz lançamento dos sólidos ocorre o desgaste e desalinhamento da correia transportadora inferior o que implica em frequente interrupções da produção para seu realinhamento e manutenção das áreas afetadas, acarretando atraso no carregamento e baixa produtividade (baixo IDF -índice de disponibilidade física).

013 É objetivo do presente pedido promover uma melhor orientação e direcionamento do fluxo do material solido para as correias transportadoras e britadores. 014 É objetivo do presente pedido promover um equipamento transferidor de minério, dotado central e intemamente de uma pirâmide direcionadora, formando um vão acondicionador (caixa de pedra/rock box) entre as paredes do transferidor e a pirâmide direcionadora, de modo a promover o acúmulo de material nessa área protegendo as paredes do constante contatos com os materiais corrosivos/abrasivos, ou seja, o material acumulado é posicionado uma única vez no interior do vão e sobre estes são lançados materiais que ficam impedidos de entrarem em contado com as paredes, (também conhecido como “morto”, rock box ou dead área), sendo os novos materiais direcionados para a abertura superior da pirâmide através do transbordamento. Haverá enchimento do habitáculo/caixa e por transbordamento será direcionado para correia/britadora.

015 É objetivo do presente pedido promover um equipamento, cujas paredes internas do equipamento transferidor, são isentas de qualquer tipo de revestimento especial tais como chapas overlay (revestidas com solda dura), chocky bar, cerâmica etc..

016 É objetivo do presente pedido promover um equipamento, cujas bordas, superior e inferior, da pirâmide são revestidas com fileiras de pastilhas de carboneto de tungsténio.

017 É objetivo do presente pedido de patente a inclusão de fileiras de pastilhas de carboneto de tungsténio solido, nas bordas superiores e inferiores da pirâmide, garantindo maior vida útil do equipamento por ser extremamente resistente ao desgaste e impacto.

018 É objetivo do presente pedido de patente o acondicionamento e acumulo de minério no vão, caracterizando um material morto que protege as paredes do equipamento que não precisa de revestimento contra desgaste. 019 Para que se possa obter uma perfeita compreensão do que fora desenvolvido são apensos desenhos ilustrativos aos quais se fazem referências numéricas em conjunto com uma descrição pormenorizada que se segue, onde a: A Figura 1 mostra uma vista em perspectiva superior do equipamento.

A Figura 2 mostra uma vista em perspectiva inferior do equipamento.

A Figura 3 mostra uma vista superior do equipamento.

A Figura 4 mostra uma vista do corte AA.

A Figura 5 mostra uma vista do corte AA aludindo o material acumulado no vão.

A Figura 6 mostra uma vista do corte AA aludindo o material acumulado no vão e o material despejado sendo direcionado para entrada do segmento tronco piramidal.

020 Como inferem os desenhos e em seus pormenores, podemos verificar que a “APERFEIÇOAMENTO EM CHUTE TRONCO DE PIRÂMIDE” compreendido por equipamento de transferidor de minério (1) constituído de uma estrutura formada por chapas metálicas (2), configurando uma abertura de entrada (3) e fundo (4) provido de abertura de saída (5), sendo as faces externas (6) em suas secções superiores (7) são providas de olhais de içamento (8), caracterizado pelas as faces internas (9) e as bordas superior (10) e inferior (11), do transferidor de minério (1) serem isentas de revestimentos e interna e centralmente acondiciona concentricamente à abertura de saída (5), um segmento tronco piramidal (12) formado por chapas metálicas, cujas faces internas (13) e externas (14) são isentas de revestimentos, enquanto sua borda superior (15) e inferior (16) possuem seus perímetros revestidos por fileiras de pastilhas de carboneto de tungsténio sólido (17), sendo que entre as faces internas (9) do transferidor de minério (1) e as externas (14) do segmento tronco piramidal (12) projetar um vão de retenção (18) de minério morto. 021 Com base no descrito podemos verificar que o “APERFEIÇOAMENTO EM CHUTE TRONCO DE PIRÂMIDE” traz enormes uma vantagens, pois garante ao equipamento de transferência altíssima resistência ao impacto, abrasão e desgaste o que lhe confere menor desgaste e maior durabilidade reduzindo expressivamente os custos de manutenção e aumentando consideravelmente a vida útil do equipamento, pois o minério somente é introduzido uma única vez no vão de retenção (18), ou seja formando um “morto”(acumulo de material por enchimento do compartimento, que fica inerte é atuando como barreira de proteção das chapas, além de direcionar através do transbordamento o material para o interior do tronco piramidal, onde o material somente tem contato com as bordas protegidas pelas fileiras de pastilhas de carboneto de tungsténio sólido.

022 Essa inovação reduz a velocidade com que o material é despejado sobre a correia transportadora, evita-se também o desalinhamento da correia, o desgaste prematuro, o transbordamento do material para fora da correia, consequentemente evitando a perda de material e contaminação do ambiente, além de reduzir o número de paradas para limpeza e custos com manutenção.

023 Portanto, por ser inovador e até então não compreendido no estado da técnica se enquadra perfeitamente dentro dos critérios que definem a patente de invenção. Suas reivindicações são as seguintes.