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Patent Searching and Data


Title:
INTRAOCULAR LENS
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2015/143514
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to an intraocular lens specially developed to remain stable in position after implantation, comprising at least one central body (1) and at least one loop (2) with a stabilising rotation structure (3) provided with surface depressions (31) in at least the front face (S1) or the rear face (S2) of the loop 2.

Inventors:
CAMARGOS MARCELO DUARTE (BR)
Application Number:
PCT/BR2015/000035
Publication Date:
October 01, 2015
Filing Date:
March 23, 2015
Export Citation:
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Assignee:
MEDIPHACOS INDÚSTRIAS MÉDICAS S A (BR)
International Classes:
A61F2/16
Foreign References:
EP1502561A12005-02-02
US4808181A1989-02-28
US20060095127A12006-05-04
Other References:
See also references of EP 3123979A4
Attorney, Agent or Firm:
RODRIGUES, Carina S. (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. Lente intraocular compreendendo pelo menos um corpo central (1) e pelo menos uma alça (2) compreendendo estrutura estabilizadora de rotação (3), caracterizada pelo fato de que a dita estrutura estabilizadora de rotação (3) compreende depressões superficiais (31 ) dispostas em pelo menos uma das faces anterior (S1 ) e posterior (S2) da alça (2).

2. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) são concêntricas.

3. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) são espaçadas entre si por uma distância de 0,1 mm a 0,5mm.

4. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) apresentam raio de curvatura entre 0,1 mm e 0,5mm.

5. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que a dita estrutura estabilizadora de rotação (3) compreende de uma a quinze depressões superficiais (31 ) dispostas em pelo menos uma das faces anterior (S1 ) e posterior (S2) da alça (2).

6. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que compreende depressões superficiais (31 ) dispostas ao longo de toda a superfície de pelo menos uma das faces anterior (S1 ) e posterior (S2) da alça (2).

7. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que compreende depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície lateral (L) da dita pelo menos uma alça (2).

8. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície lateral (L) da dita pelo menos uma alça (2) são espaçadas entre si por uma distância de 0,1 mm a 1 ,0mm.

9. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31) dispostas na superfície lateral (L) da dita pelo menos uma alça (2) apresentam raio de curvatura entre 0,5mm e 1 ,5mm.

10. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que compreende de uma a quinze depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície lateral (L) da dita pelo menos uma alça (2).

REIVINDICAÇÕES MODIFICADAS

Recebidas pela Secretaria Internacional no dia 17 de julio 2015 (17.07.2015)

1. Lente intraocular compreendendo pelo menos um corpo central (1 ) e pelo menos uma alça (2) compreendendo estrutura estabilizadora de rotação (3), caracterizada pelo fato de que a dita estrutura estabilizadora de rotação (3) compreende depressões superficiais (31 ) dispostas em pelo menos uma das faces anterior (S1 ) e posterior (S2) da alça (2), sendo que ditas depressões superficiais (31 ) apresentam raio de curvatura entre 0,1 mm e 0,5mm.

2. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada peio fato de que as depressões superficiais (3 ) são concêntricas.

3. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) são espaçadas entre si por uma distância de 0,1 mm a 0,5mm.

4. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que a dita estrutura estabilizadora de rotação (3) compreende de uma a quinze depressões superficiais (31 ) dispostas em pelo menos uma das faces anterior (S1 ) e posterior (S2) da alça (2).

5. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que compreende depressões superficiais (31 ) dispostas ao longo de toda a superfície de pelo menos uma das faces anterior (S1 ) e posterior (S2) da alça (2).

6. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizada pelo fato de que compreende depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície laterai (L) da dita pelo menos uma alça (2).

7. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície lateral (L) da dita pelo menos uma alça (2) são espaçadas entre si por uma distância de 0,1 mm a 1 ,0mm.

8. Lente intraocular, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que as depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície lateral (L) da dita pelo menos uma alça (2) apresentam raio de curvatura entre 0,5mm e 1 ,5mm.

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FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19)

9. Lente intraocuiar, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que compreende de uma a quinze depressões superficiais (31 ) dispostas na superfície iateral (L) da dita pelo menos uma aiça (2).

12

FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19)

Description:
"LENTE INTRAOCULAR"

Campo da Invenção

A presente invenção pertence ao campo dos implantes oftalmológicos e refere-se a uma lente intraocular provida de alças com estruturas estabilizadoras de rotação, as quais foram especialmente desenvolvidas e destinadas para evitar o deslocamento rotacional da referida lente após sua implantação nos pacientes.

Fundamentos da Invenção

Conforme é do conhecimento da técnica, as lentes intraoculares, comumente chamadas apenas de LIO's, são dispositivos médicos utilizados para implante ocular em cirurgias para tratamento de catarata. Em geral, as lentes são implantadas em substituição ao cristalino, lente natural do olho humano que, em caso de acometimento por catarata, torna-se opaco, não permitindo, portanto, a passagem de luz para a retina, o que compromete a visão.

A prescrição de uma LIO leva em conta informações sobre a refração do olho, de maneira que a LIO seja indicada com a melhor especificação para o paciente. As lentes mais simples, esféricas, são prescritas de maneira a corrigir, normalmente, a visão distante. Sendo assim, após a cirurgia, o paciente necessitará de óculos para obter boa visão próxima. Além disso, caso a córnea desse paciente introduza astigmatismo nas imagens geradas por seu olho, a correção deverá também ser feita com o uso de óculos.

Existem também aquela lentes denominadas como "premium" que agregam mais benefícios ao paciente. Entre elas estão as lentes multifocais, que geram pontos de focalização tanto para visão próxima como para distante, o que significa que essas lentes podem levar o paciente à independência de óculos após uma cirurgia de catarata.

Além das LIO's multifocais, também existem as chamadas lentes tóricas, que acrescentam a suas superfícies um componente cilíndrico, responsável pela correção de astigmatismo. Essa funcionalidade pode também ser acrescentada à lente multifocal, que fica então conhecida como LIO multifocal tórica. Vale ressaltar que o astigmatismo, nesse contexto, acontece quando a córnea possui raios de curvatura diferentes em direções distintas. A LIO tórica precisa incluir, portanto, uma correção em uma direção bem definida e específica para o paciente com esse tipo de condição.

No caso de LIO's tóricas, a rotação de uma lente dentro do olho do paciente, ao longo de um eixo perpendicular ao seu plano óptico, representa um grande problema. Isso porque a superfície da lente tórica, assim como a córnea astigmática, apresenta curvaturas variáveis e é caracterizada por dois eixos principais: o mais plano e o mais curvo. Para compensação do astigmatismo corneano, a LIO é implantada de tal forma que o seu eixo mais curvo esteja alinhado com o eixo mais plano da córnea. É o correto alinhamento entre esses eixos que garante a redução dos efeitos do astigmatismo, sendo que um pequeno desalinhamento já se torna suficiente para reduzir fortemente a eficácia da LIO na compensação do astigmatismo, causando prejuízos à qualidade de visão do paciente.

A direção de implante da lente é determinada por meio de cálculos específicos que levam em conta características da córnea do paciente. Durante o procedimento cirúrgico, o cirurgião implanta a lente no olho e a posiciona conforme a direção indicada por esses cálculos. O problema surge quando, após a cirurgia, a lente tem sua orientação alterada em função de rotação em torno do seu próprio eixo óptico. Tal desalinhamento já pode ser verificado nas primeiras semanas do pós- operatório e a correção exige o reposicionamento da lente, o que demanda uma nova intervenção cirúrgica. Se passado um longo período de tempo, a LIO começa a se fixar no saco capsular e a correção só é possível com extração da lente e implante de uma nova LIO. As LIO's tóricas são, portanto, altamente sensíveis à rotação.

Em geral, os desvios produzidos pela rotação da lente são pequenos o bastante para serem tolerados pelos pacientes, de forma a não gerar efeitos negativos significativos. Entretanto, em vários casos, esse desvio é grande o suficiente para reduzir a eficácia da lente na correção do astigmatismo, o que resulta na necessidade de realinhamento da lente. J. S. Till, em publicação do "Journal of Cataract and Refractive Surgery", em 2002, mostra que, para desvios de 30°, a correção de astigmatismo é nula e, para desvios de 10°, a eficiência na correção cai em 40%, em comparação com o caso em que a LIO está perfeitamente alinhada. Para valores de desvios menores do que 10°, os efeitos são, em muitos casos, aceitáveis.

As LIO's são feitas em material acrílico e apresentam uma região central responsável pelo comportamento óptico e uma região periférica, onde estão as alças responsáveis pela fixação da lente ao saco capsular. As alças possuem a função de manter a lente sempre centralizada e estável, evitando movimentos em diferentes eixos. Entretanto, a grande maioria das lentes presentes no mercado não possui alças com configurações apropriadas e com função específica de estabilização das LIO's quanto à rotação. Como explanado acima, nota-se a importância dessa estabilização quando se trata de procedimentos cirúrgicos para implantação de lentes tóricas para correções do astigmatismo

Com base neste cenário, é possível encontrar disponíveis no mercado LIO's manufaturadas pela empresa Human Optics providas de alças estabilizadoras de rotação. Tais lentes são montadas em três peças, sendo as referidas alças manualmente encaixadas sobre o corpo óptico da lente. Suas alças são bem finas e extensas, apresentando ondulações unidirecionais dispostas lateralmente ao longo do próprio filamento em que consiste a alça que, por conta de sua pequena espessura, dificulta o posicionamento da lente durante o procedimento cirúrgico, o que pode ocasionar traumas na cápsula do olho quando a lente estiver sendo manipulada pelo médico.

Assim sendo, nota-se que o atual estado da técnica carece de soluções técnicas eficientes para aperfeiçoar e garantir a fixação das lentes intraoculares ao saco capsular, em especial quando tais lentes são destinadas à correção de astigmatismo.

Obietivos da Invenção

Portanto, tendo em vista o exposto acima, é um dos objetivos da presente invenção prover uma lente intraocular provida de alça com uma estrutura estabilizadora de rotação, capaz de eficazmente evitar a rotação da referida lente após sua implantação cirúrgica. Mais particularmente, é um dos objetivos da presente invenção prover uma lente intraocular cujas alças possuem estruturas estabilizadoras de rotação capazes de aumentar e melhorar os níveis de aderência com relação ao saco capsular, promovendo uma melhor fixação da lente.

Sumário da Invenção

A presente invenção atinge os objetivos acima por meio de uma lente intraocular compreendendo pelo menos um corpo central e pelo menos uma alça com estrutura estabilizadora de rotação, sendo que a estrutura estabilizadora de rotação compreende depressões superficiais dispostas em pelo menos uma das faces superior e inferior da alça.

Preferencialmente, as referidas depressões superficiais são concêntricas, sendo que o espaçamento entre as mesmas pode assumir, de modo mais preferencial, um valor mínimo de 0,1 mm e um valor máximo de 0,5mm.

Ainda de maneira preferencial, o raio de curvatura das referidas depressões superficiais compreende um valor entre 0,1 mm e 0,5mm,

Em uma realização particularmente vantajosa da presente invenção, cada uma da pelo menos uma alça com estrutura estabilizadora de rotação compreende de uma a quinze depressões superficiais dispostas em pelo menos uma das faces superior e inferior da alça.

Em uma realização alternativa, as referidas depressões superficiais podem se dispor ao longo de toda a superfície das faces superior e inferior das referidas alças.

Em outra realização preferencial, pelo menos uma alça com estrutura estabilizadora de rotação compreende adicionalmente depressões superficiais dispostas em uma superfície lateral da dita alça, de modo a aumentar ainda mais os níveis de aderência em relação ao saco capsular.

Preferencialmente, tais depressões superficiais encontram-se espaçadas entre si por uma distância de 0,1 mm a 1 ,0mm. Ainda, de maneira preferencial, o raio de curvatura das referidas ranhuras compreende um valor entre 0,5mm e 1 ,5mm. Em uma realização particularmente vantajosa da presente invenção, cada uma da pelo menos uma estrutura estabilizadora de rotação compreende de uma a quinze das referidas depressões superficiais dispostas na superfície lateral da dita alça.

Em uma realização preferencial, a lente intraocular objeto da presente invenção apresenta corpo central e hastes fabricados em peça única.

Apesar de poder ser aplicada a qualquer tipo de lente intraocular, a presente invenção é especialmente vantajosa quando aplicada em lentes tóricas, aquelas nas quais o corpo central apresenta formato tórico, para correção de astigmatismo.

Descrição Resumida dos Desenhos

A presente invenção será pormenorizadamente descrita com base nas figuras abaixo indicadas, nas quais:

A Figura 1 revela uma vista frontal da lente intraocular provida de hastes compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção.

A Figura 2 revela uma vista posterior da lente intraocular provida de alça compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção.

A Figura 3 revela uma vista em perspectiva da lente intraocular provida de alça compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção.

A Figura 4 revela uma vista lateral da lente intraocular provida de alça compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção.

A Figura 5 revela uma vista superior da lente intraocular provida de alça compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção.

A Figura 6 revela uma vista inferior da lente intraocular provida de alça compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção. A Figura 7 revela uma vista em perspectiva ampliada da alça compreendendo estruturas estabilizadoras de rotação, de acordo com a presente invenção.

Descrição Detalhada da Invenção

De acordo com as figuras esquemáticas acima mencionadas, alguns exemplos de concretizações possíveis da presente invenção serão descritos, a seguir, de forma mais detalhada, porém de maneira meramente exemplificativa e não limitativa, visto que o objeto da presente invenção pode compreender diferentes detalhes e aspectos estruturais e dimensionais sem, com isso, fugir do escopo de proteção desejado.

Dessa forma, a presente invenção refere-se a uma lente intraocular compreendendo pelo menos um corpo central 1 e pelo menos uma alça 2 provida de estrutura estabilizadora de rotação 3, sendo que a estrutura estabilizadora de rotação 3 compreende depressões superficiais 31 dispostas em pelo menos uma das faces anterior S1 e posterior S2 da alça 2, responsáveis especificamente por aumentar a aderência da lente intraocular junto a superfície do saco capsular ocular.

Preferencialmente, as referidas depressões superficiais 31 são segmentos de círculos concêntricos, sendo que o espaçamento entre as mesmas, também de maneira preferencial, pode assumir um valor mínimo de 0,1 mm e um valor máximo de 0,5mm.

Ainda de maneira preferencial, o raio de curvatura das referidas depressões superficiais 3 compreende um valor entre 0,1 mm e 0,5mm.

Em uma realização preferencialmente vantajosa da presente invenção, cada uma da pelo menos uma alça 2 com estrutura estabilizadora de rotação 3 compreende de uma a quinze depressões superficiais 31 . Caso a referida alça 2 com estrutura estabilizadora de rotação 3 seja provida de aberturas centrais, por exemplo, algumas de suas depressões superficiais 31 podem ser interrompidas em duas porções distintas, conforme revelam as Figuras 1 , 2 e 3.

Tais depressões, ainda, podem estar dispostas de maneira a ocupar toda a superfície das faces anterior S1 e posterior S2 da referida alça 2, de modo a garantir uma segurança ainda maior contra a rotação indesejada da lente intraocular.

De modo a obter uma aderência ainda maior em relação ao saco capsular, a lente intraocular, ora revelada, pode compreender adicionalmente depressões superficiais 31 distribuídas também sobre a superfície lateral L da sua pelo menos uma alça 2. Essas depressões superficiais 31 encontram-se espaçadas entre si preferencialmente, por uma distância de 0,1 mm a 1 ,0mm e, de forma mais vantajosa, apresentam raio de curvatura com valor entre 0,5mm e 1 ,5mm.

Opcionalmente, e conforme uma concretização vantajosa da presente invenção, cada uma das ditas pelo menos uma alça 2 com estrutura estabilizadora de rotação 3 compreende de uma a quinze depressões superficiais 31 dispostas sobre sua superfície lateral L, o que garante o aumento dos níveis de aderência da lente junto ao saco capsular ocular.

Neste sentido, a Figura 7 ilustra em detalhes uma construção exemplificativa e particularmente vantajosa da presente invenção, na qual a alça 2 apresenta estrutura estabilizadora de rotação 3, sendo dispostas seis depressões superficiais 31 nas faces anterior S1 e posterior S2 da alça 2, com espaçamento de 0,2mm e raio de curvatura de 0,35mm, além de oito depressões superficiais 31 dispostas em sua superfície lateral L, com espaçamento de 0,4mrn e raio de curvatura de 0,8mm.

Apesar de poder ser aplicada a qualquer tipo de lente intraocular, a presente invenção é especialmente vantajosa quando aplicada em lentes tóricas, aquelas nas quais o corpo central apresenta formato tórico, para correção de astigmatismo.

Isso porque, conforme já citado anteriormente, o astigmatismo ocorre quando a face de um elemento refrativo contém raios de curvatura diferentes em direções diferentes. Com isso, o elemento apresenta uma face com formato de um toróide, ou tórico. A correção do astigmatismo, dessa maneira, requer uma lente com formato também tórico capaz de compensar o desvio ocasionado nas diferentes direções, que usualmente são perpendiculares entre si. Para que a correção seja ótima, a orientação relativa entre a lente e o elemento refrativo {a córnea, no caso do olho humano), precisa ser feita de maneira precisa e não pode mudar com o tempo. Nesta situação, a presença das alças 2 providos de estruturas estabilizadoras de rotação 3 se faz extremamente necessária, e a provisão das depressões superficiais 31 em suas faces, onde ocorre o contato com o saco capsular do olho, garante a manutenção do posicionamento da lente intraocular após a intervenção cirúrgica.

Ainda, levando em consideração os produtos existentes no mercado, a lente intraocular ora revelada dispõe de grandes avanços no que diz respeito a praticidade em seu processo de produção e efetividade da aderência ao saco capsular. O primeiro avanço se dá pelo fato da lente poder ter seu corpo central e suas alças fabricadas em uma única peça, diferente do revelado no estado da técnica. O segundo avanço, por sua vez, se dá pelo fato da alça não ser ondulada, mas sim apresentar depressões superficiais em suas superfícies anterior e posterior, além de possivelmente lateral. Essas depressões garantem maior estabilidade rotacional sem prejudicar a manipulação da lente pelo médico ou oferecer o risco de qualquer trauma à cápsula do olho do paciente, o que garante segurança ao procedimento cirúrgico e maior confiabilidade no resultado pós-operatório, implicando diretamente em aumento de qualidade de vida para o paciente submetido ao tratamento da catarata.

É importante enfatizar que a descrição acima tem como única finalidade descrever de modo exemplificativo realizações preferenciais da lente intraocular em questão. Logo, como bem compreendem os técnicos no assunto, são possíveis numerosas modificações, variações e combinações construtivas dos elementos que exercem a mesma função substancialmente da mesma forma para alcançar os mesmos resultados, as quais estão dentro do escopo de proteção delimitado pelas reivindicações anexas.