ANCORAGEM TEMPORÁRIA PARA APARELHO ORTODÔNTICO ALINHADOR E

RESPECTIVOS ACESSÓRIOS OBTIDOS PARA TRATAMENTO ORTODÔNTICO".

CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO

1. A presente patente de invenção trata de método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios obtidos para tratamento ortodôntico idealizados para situações clínicas complexas nas quais a ancoragem dentária presente é insuficiente para a movimentação ortodôntica desejada ou quando grande parte dos dentes comumente usados na ancoragem constituem a unidade ativa do sistema mecânico. Dito método de transferência de ancoragem absoluta é compreendido por um conjunto de etapas que viabilizam a transferência da ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária (DATs) para aparelhos ortodônticos alinhadores adaptados através da previsibilidade dos acessórios obtidos ampliando significativamente o emprego de diversas configurações biomecânicas tridimensionais ao tratamento de casos complexos com alinhadores e reduzindo veemente a quantidade de efeitos colaterais indesejados na terapia ortodôntica.

HISTÓRICO DA INVENÇÃO

2. Sabe-se que, a movimentação dentária na ortodontia sempre foi limitada a um sistema mecânico de forças recíprocas de ação e reação, de acordo com o conceito da segunda lei da mecânica de Newton.

3. Denomina-se unidade ativa aquele dente ou grupo de dentes que necessitam de movimentação para a correção da maloclusão em questão. Por consequência, a unidade passiva ou de ancoragem é aquele grupo de dentes responsável por promover resistência à movimentação da unidade ativa.

4. A força ortodôntica aplicada entre as unidades ativa e passiva atua da mesma forma sob ambas, segundo Newton. Devido à diferença no número de dentes e raízes o grupo maior (unidade passiva) trabalha como ancoragem para a movimentação do grupo menor em quantidade de dentes e raízes (unidade

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) ativa) e por conta disso sofre menor movimentação. Já a unidade ativa expressa maior movimentação diante do mesmo sistema de força por representar uma resistência significativamente menor em relação à unidade passiva. Segundo Julio W. Vigorito, no livro Ortodontia Clínica Preventiva (1986), a ancoragem ortodôntica pode ser definida como a resistência que um ou mais elementos dentários oferecem à movimentação quando submetidos à aplicação de uma força de pressão ou de tração. Assim sendo, comumente, dentes ou grupos de dentes que possuem maior resistência ao movimento ancoram e possibilitam a movimentação de dentes que possuem menor resistência. A condição ideal seria aquela na qual a força ortodôntica fosse capaz de movimentar a unidade ativa do sistema sem exceder a capacidade de resistência da unidade passiva ou de ancoragem. No entanto, na maioria das vezes, a força que atua sobre os dentes de ancoragem causa a movimentação indesejada desses elementos e a unidade de ancoragem presente é incapaz de oferecer resistência à movimentação planejada sem sofrer efeitos colaterais. Casos que envolvem a perda de um grande número de elementos dentários, principalmente os posteriores, também apresentam grandes limitações de ancoragem. Ainda existem situações em que os dentes mais comumente usados como ancoragem, com maior volume e número de raízes, constituem a unidade ativa do sistema e precisam ser movimentados. Nesses casos, o remanescente de dentes também não consegue impor resistência ao movimento planejado. Por isso, a ancoragem ortodôntica sempre foi motivo de preocupação e estudo para os ortodontistas e muitos dispositivos foram relatados ao longo da evolução da ortodontia com a finalidade de prever e controlar a ancoragem. O uso de elásticos inter-maxilares como dispositivos intra-orais e dispositivos para ancoragem extra-oral são descritos como meios efetivos de minimizar os efeitos colaterais e de se obter ancoragem estacionária para a movimentação ortodôntica. No entanto apresentam como maior obstáculo depender da

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) colaboração do paciente, fato que pode impor limitações severas à obtenção de bons resultados.

12. Por conceito, ancoragem absoluta é aquela na qual as forças que atuam sobre a unidade de ancoragem são totalmente dissipadas e não geram efeitos colaterais indesejados na terapia ortodôntica.

13. O dispositivo ideal seria aquele capaz de gerar ancoragem absoluta para a movimentação de todos os dentes, inclusive aqueles que são comumente usados como unidade passiva ou de ancoragem, ampliando assim as possibilidades no tratamento ortodôntico de casos complexos.

14. Os Implantes Ósseo-integrados e os Dispositivos de Ancoragem Temporária (DATs), também conhecidos como mini-parafusos ou mini-implantes ortodônticos, tornaram-se os principais exemplos de ancoragem absoluta intra- oral.

15. Os implantes ósseo-integrados são colocados em regiões de perdas dentárias e oferecem ancoragem absoluta para a movimentação dos dentes remanescentes. Após seu uso com finalidade ortodôntica são utilizados para reabilitação protética.

16. Os dispositivos de ancoragem temporária (DATs) são temporariamente instalados em determinadas áreas da cavidade oral, permanecendo transmucosos, possibilitando que os aparelhos ortodônticos utilizem a ancoragem diretamente da cortical óssea e do osso basal. Após seu uso com finalidade ortodôntica são removidos da cavidade oral.

ANÁLISE DO ESTADO DA TÉCNICA

17. Em pesquisa realizada em bancos de dados especializados foram encontrados documentos referentes à dispositivos e métodos de ancoragem ortodôntica, tal como, apresentado no documento de n^. BR 20.2019.016293-2 que trata de modelo de mini-implante ortodôntico apresentando duas ou mais reentrâncias em sua cabeça permitindo, assim, a instalação ou acoplagem de dois ou mais elásticos ou fios e viabilizando o posicionamento de mais de um vetor de força em conjunto com a movimentação ortodôntica. Apresentando em seu modelo

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) uma cabeça com ranhuras circulares (depressões lineares) para acoplar os dispositivos, perfil transmucoso e a porção rosqueável. O documento de n^. PI 0909679-5 revela uma placa temporária de ancoragem para utilização em ortodontia que é feita em Titânio medicinal em quatro modelos, contendo três perfurações para fixação em cortical óssea, perfurações para emprego de ligaduras elásticas ou fixação de molas com amarrilho metálico. A função destas perfurações é permitir uma fixação de sistemas de biomecânica ortodôntica de acordo com o necessário no tratamento ortodôntico. O documento de n^. PI 0602728-8 revela um sistema de ancoragem ortodôntica por barras fundidas, sendo um aparelho superior de ancoragem máxima, um aparelho inferior de ancoragem máxima, um aparelho superior de ancoragem moderada e um aparelho inferior de ancoragem moderada. O documento de n^. WO2019217993A1 revela um dispositivo ortodôntico incluindo um corpo que é formado integralmente de um material relativamente rígido. O corpo tem um eixo longitudinal sendo alongado, de modo a fornecer uma primeira porção de extremidade e uma segunda porção de extremidade. As porções de extremidade são unidas por uma haste. As porções de extremidade, cada uma tem uma zona de fixação que é fixada aos dentes adjacentes por um adesivo. O documento de n^. US2013323664A1 revela um método de ancoragem ortodôntica e aparelho personalizado afixado aos dentes, DATs e/ou aparelhos de posicionamento e estabilização dentária e/ou auxiliares ortodônticos. Cada aparelho possui fixadores mecânicos estruturados para prender segmentos de uma corda de resina flexível curável chamada de módulo de ajuste flexível (FFM). O FFM é moldável e adaptável à cavidade oral entre fechos mecânicos em um primeiro modo não curado, onde é cortado no comprimento, posicionado ao redor da anatomia da boca e preso a grampos ou fechos em cada extremidade. Cada prendedor possui uma pinça fixada em auxiliares ortodônticos, aparelhos ortodônticos ou em um DAT para fins de ancoragem. Uma extremidade deste aparelho personalizado é geralmente fixada por meio de uma braçadeira

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) fabricada como parte de um suporte ou faixa para um dente. A outra extremidade é conectada a um aparelho, pequeno ou auxiliar.

22. Apesar de pertencerem ao mesmo campo de aplicação, os documentos supracitados diferenciam-se do presente invento em questão, como se verá adiante, garantindo, assim, que o mesmo atenda aos requisitos legais de patenteabilidade plenamente.

OBJETIVOS DA INVENÇÃO

23. É objetivo da presente invenção apresentar um método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios obtidos para tratamento ortodôntico viabilizando a ancoragem absoluta de osso cortical e/ou alveolar, por meio de mini implantes ortodônticos - DATs - para ser usada diretamente pelo alinhador, de forma ativa.

24. É outro objetivo desta invenção apresentar um método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios para tratamento ortodôntico, os quais, por sua vez, promovem forças e momentos de força tridimensionais adequados para a correção de maloclusões complexas que não são corrigidas exclusivamente pelos alinhadores encontrados atualmente no mercado.

25. É ainda objetivo desta invenção apresentar um método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios obtidos para tratamento ortodôntico idealizados para situações clínicas complexas nas quais a ancoragem dentária presente é insuficiente para a movimentação ortodôntica desejada ou quando grande parte dos dentes constituem a unidade ativa do sistema mecânico.

26. Outro objetivo é apresentar um método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios para tratamento ortodôntico que aproveita mini implante

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) ao invés de mini placa, simplificando significativamente a instalação cirúrgica e o pós operatório para o paciente.

27. É objetivo desta invenção apresentar um método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios para tratamento ortodôntico cuja simplicidade viabiliza o uso por qualquer ortodontista, dispensando o domínio da técnica do arco segmentado para criar alças eficientes, como na ortodontia fixa, uma vez que, a biomecânica complexa é criada intrinsicamente nos alinhadores, por meio do software de planejamento já existente no mercado.

28. Outro objetivo desta invenção é apresentar um método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador e respectivos acessórios para tratamento ortodôntico capaz de fornecer forças e momentos de força diversos, tais como, tração, projeção e geometrias, tudo diretamente incorporados nos aparelhos alinhadores, como Invisalign ^® , se beneficiando de ancoragem absoluta proveniente de osso cortical e/ou alveolar, sem efeitos colaterais sobre dentes outrora usados como unidade passiva, sem a necessidade do uso de elásticos intra orais ou a troca na posição dos mini implantes com o decorrer do tratamento e sem a obrigatoriedade do ortodontista dominar amplamente a biomecânica ortodôntica para tratar casos complexos.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

29. A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do presente invento e de acordo com uma preferencial realização prática do mesmo, acompanha a descrição, em anexo, um conjunto de desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou seu funcionamento:

30. a figura 1 mostra uma vista esquemática das etapas que compõe o método de transferência de ancoragem absoluta de dispositivos de ancoragem temporária para aparelho ortodôntico alinhador;

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) as figuras 2A e 2B revelam vistas esquemáticas de forma ampliada para a ilustração das etapas de obtenção do pino geométrico; a figura 2C mostra vistas da montagem do compartimento geométrico no pino geométrico formado no dispositivo de ancoragem temporária, DAT; a figura 3 representa de forma ampliada uma ilustração do ponto de ancoragem obtido pela montagem do aparelho alinhador ativo no pino geométrico previsto na cabeça do dispositivo de ancoragem temporária; as figuras 4A e 4B mostram vistas em perspectiva de uma segunda variação construtiva do compartimento obtido no aparelho alinhador e respectivo pino geométrico previsto na cabeça do dispositivo de ancoragem temporária; as figuras 5A e 5B revelam vistas em perspectiva de uma terceira variação construtiva do compartimento obtido no aparelho alinhador e respectivo pino geométrico previsto na cabeça do dispositivo de ancoragem temporária; as figuras 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34 e 35 representam situações biomecânicas comuns na ortodontia de casos complexos nas quais o método inovado proporciona um sistema eficiente de forças capazes corrigir as mais variadas maloclusões; a figura 6 apresenta intrusão dos dentes superiores posteriores com método de transferência de ancoragem em pilar zigomático; a figura 7 representa distalização sequencial dos dentes superiores posteriores com método de transferência de ancoragem em pilar zigomático; a figura 8 ilustra distalização total do arco dentário superior com método de transferência de ancoragem em pilar zigomático; a figura 9 revela geometria para correção da inclinação do plano oclusal da maxila com método de transferência de ancoragem em pilar zigomático; a figura 10 mostra expansão bilateral do arco dentário superior com método de transferência de ancoragem em osso alveolar no palato; a figura 11 representa expansão unilateral do arco dentário superior com método de transferência de ancoragem em osso alveolar no palato;

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) a figura 12 ilustra distalização total do arco dentário superior com método de transferência de ancoragem em osso alveolar no palato; a figura 13 revela distalização sequencial dos dentes superiores com método de transferência de ancoragem em osso alveolar no palato; a figura 14 mostra aplicação simultânea de geometria para correção do plano oclusal da maxila, distalização e intrusão dos dentes superiores posteriores com método de transferência de ancoragem em pilar zigomático; a figura 15 ilustra intrusão dos dentes posteriores inferiores com método de transferência de ancoragem em corpo de mandíbula; a figura 16 representa distalização sequencial dos dentes inferiores posteriores com método de transferência de ancoragem em corpo de mandíbula; a figura 17 mostra a distalização total do arco dentário inferior com método de transferência de ancoragem em corpo de mandíbula; a figura 18 representa a aplicação simultânea de intrusão e distalização dos dentes posteriores inferiores com método de transferência de ancoragem em corpo de mandíbula; a figura 19 revela a intrusão dos dentes anteriores inferiores com método de transferência de ancoragem alveolar em mandíbula; a figura 20 mostra a mesialização dos dentes anteriores inferiores com método de transferência de ancoragem alveolar em mandíbula; a figura 21 representa a correção do colapso dentário causado pela perda do primeiro molar inferior: mesialização de caninos e pré-molares e verticalização e distalização de segundo molar com método de transferência de ancoragem alveolar na região edêntula; a figura 22 ilustra a retração de dentes anteriores superiores com controle de inclinação radicular com método de transferência de ancoragem em osso alveolar na maxila; a figura 23 revela a mesialização dos dentes superiores posteriores com método de transferência de ancoragem alveolar na maxila;

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) a figura 24 apresenta retração dos dentes anteriores inferiores com controle de inclinação radicular com método de transferência de ancoragem em osso alveolar na mandíbula; a figura 25 ilustra mesialização de dentes posteriores inferiores com método de transferência de ancoragem em osso alveolar na mandíbula; a figura 26 mostra distalização sequencial dos dentes superiores posteriores com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 27 representa distalização total dos dentes superiores posteriores com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 28 revela situação similar à geometria VI de barra palatina para expansão dos dentes posteriores da maxila com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 29 mostra situação similar à geometria VI de barra palatina para expansão de pré-molares superiores com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 30 representa a distalização de hemiarco dentário superior com situação semelhante à geometria IV de barra palatina com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 31 revela protocolo para a correção de classe II subdivisão maxilar: distalização de hemiarco dentário e deslocamento lateral da linha média com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 32 mostra expansão dos dentes posteriores do arco dentário superior com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 33 ilustra intrusão e torque vestibular de dentes anteriores superiores com método de transferência de ancoragem em rafe palatina; a figura 34 representa correção do torque dos dentes superiores posteriores por meio da vestibularização das coroas e lingualização das raízes desses dentes com método de transferência de ancoragem em rafe Palatina; e

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) 66. a figura 35 revela correção dos forques dos dentes superiores posteriores por meio da lingualização das coroas e vestibularização das raízes desses dentes com método de transferência de ancoragem em rafe palatina.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

67. A presente patente de invenção se refere à "MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA DE ANCORAGEM ABSOLUTA DE DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM TEMPORÁRIA PARA APARELHO ORTODÔNTICO ALINHADOR E RESPECTIVOS ACESSÓRIOS OBTIDOS PARA TRATAMENTO ORTODÔNTICO", mais precisamente trata-se de método de transferência de ancoragem absoluta (10) de dispositivos de ancoragem temporária (20) para aparelho ortodôntico alinhador ativo (32) para tratamentos ortodônticos idealizados para situações clínicas complexas nas quais a ancoragem dentária presente é insuficiente para a movimentação ortodôntica desejada ou quando grande parte dos dentes constituem a unidade ativa do sistema mecânico.

68. Segundo a presente invenção, método de transferência de ancoragem absoluta (10) de dispositivos de ancoragem temporária (20) inclui a obtenção de acessórios na forma de compartimento(s) geométrico(s) (31) em ressalto conformado(s) em um alinhador denominado como template (30), do tipo Invisalign ^® , que compõe um molde para a obtenção de respectivo(s) pino(s) geométrico(s) (11) formado(s) na(s) cabeça(s) (21) do(s) dispositivo(s) de ancoragem temporária (20), sendo que a associação da montagem do(s) compartimento(s) (31) presentes nos alinhadores ativos (32) no(s) pino(s) geométrico(s) (11) compõe o ponto de ancoragem (PTA) idealizado para a movimentação dos dentes por meio de obtenção de forças e momentos de forças ortodônticas específicas e tridimensionais para o tratamento de maloclusões complexas apoiadas na ancoragem absoluta dos mini implantes.

69. Dito método de transferência de ancoragem absoluta (10) de dispositivos de ancoragem temporária (20) apresenta as seguintes etapas:

70. - Etapa (Tl) - Solicitação de transferência de ancoragem absoluta (10) dos dispositivos de ancoragem temporária (20) - DATs - para os alinhadores pelo

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) ortodontista durante a prescrição do tratamento ortodôntico com alinhadores, como Invisalign ^® , sendo que a prescrição é feita através de site (ST) do ortodontista credenciado, como o IDS, Invisalign ^® DoctorSite. - Etapa (T2) - Integração e correspondente seleção de aba (t2) no site (ST) para ancoragem com sistema de pontos de ancoragem (10A) para ser selecionada na sequência de prescrição de tratamento onde o ortodontista deve indicar a posição aproximada da cabeça (21) do dispositivo de ancoragem temporária (20), que precisa ter sido capturado e devidamente registrado no escaneamento intra-oral; - Etapa (TS) - Feita essa escolha pelo ortodontista, o técnico do site (ST) introduz o sistema de pontos de ancoragem (10A) no software de simulação de movimentação dentária, como o Clincheck ^® , para o caso em questão. O algoritmo mecânico convencional do software (sw) de simulação de movimentos ortodônticos na presença do sistema de pontos de ancoragem (10A), deve considerar forças e momentos de força além dos dentes presentes, bem como, desconsiderar os efeitos colaterais da terapia que serão dissipados pela ancoragem absoluta. Posteriormente o ortodontista pode editar os movimentos de acordo com o seu conhecimento e considerando a presença da ancoragem absoluta proveniente do sistema de pontos de ancoragem (10A); - Etapa (T4) - Após aprovado o plano de tratamento virtual ClinCheck ^® o sistema de pontos de ancoragem (10A) é instalado na boca do paciente seguindo a sequência: a) O paciente já apresenta instalados em sua boca os dispositivos de ancoragem temporária (20) - DATs - que foram capturados pelo escaneamento inicial e que proporcionaram a prescrição e o planejamento com sistema de pontos de ancoragem (10A); b) O alinhador denominado template (30) confeccionado sobre o modelo virtual obtido pelo escaneamento intra-oral com os dispositivos de ancoragem temporária (20) - DATs - que possui compartimento(s) geométrico(s) (31) proporciona a confecção dos pino(s) geométrico(s) (11), sendo que para tanto o

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) template (30) é encaixado sobre os dentes do paciente e as cabeças (21) dos dispositivos de ancoragem temporária (20) - DATs - são perfeitamente envolvidas pelo(s) compartimento(s) geométrico(s) (31) do template (30); c) Após a verificação do alinhamento adequado do(s) compartimento(s) geométrico(s) (31) do template (30) com as cabeça(s) (21) dos dispositivo(s) de ancoragem temporária (20) - DATs - o template (30) é retirado da boca do paciente e é inserida resina composta fotopolimerizável (40) em cada compartimento geométrico (31) do template (30), posição coincidente com a cabeça (21) do dispositivo de ancoragem temporária (20); d) Uma vez que a resina composta (40) está inserida no compartimento geométrico (31) do template (30), este deve voltar a ser posicionado sobre os dentes do paciente. Dessa forma, a resina composta (40) envolve completamente a cabeça (21) do dispositivo de ancoragem temporária (20). Eventuais excessos de resina composta (40) devem ser removidos pelo ortodontista; e) O próximo passo é a fotopolimerização da resina composta (40). Após a fotopolimerização, o template (30) é removido e a resina composta (40) fica aderida à cabeça (21) do dispositivo (20) obtendo-se o pino geométrico (11); f) Após a confecção do pino geométrico (11), os alinhadores ativos (32) subsequentes devem apresentar os compartimentos geométricos (31) por todos os estágios em que a ancoragem absoluta for necessária e estiver sido planejada no ClinCheck ^® ; g) Os compartimentos geométricos (31) dos alinhadores ativos (32) devem se encaixar perfeitamente sobre os pinos geométricos (11), mantendo-se retidos à eles, para que as forças aplicadas entre eles sejam transferidas, por meio dessa conexão, aos dentes envolvidos pelos alinhadores ativos (32). Dita conexão entre os pinos geométricos (11) e os compartimentos geométricos (31), na qual são aplicadas forças e momentos de forças para terapia ortodôntica compõe pontos de ancoragem (PTA).

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) Os acessórios obtidos são compreendidos pelos compartimentos geométricos (31) e respectivos pinos (11), ambos, com formas geométricas correspondentes, sendo que ditos compartimentos geométricos (31) compreendem encaixes negativos previstos no alinhador ativo (32) e apresentam seção em 'U' invertido com paredes laterais (31a) que ficam justapostas com as paredes laterais (11a) do respectivo pino (11) para a obtenção de forças tridimensionais, bem como, prevê abertura inferior (31b) de cuja borda se desenvolvem abas (31c) separadas por recortes (31e) e responsáveis pela retenção junto a borda facetada (11b) de cada pino (11). Já cada pino (11) que apresenta geometria correspondente com a geometria dos compartimentos geométricos (31) prevê borda superior (11c) facetada compondo rampas que viabilizam a abertura das abas (31c) quando da montagem no pino correspondente (11) que, por sua vez, prevê borda facetada inferior (11b) que, também, compõe rampas onde as abas (31c) ficam justapostas proporcionando, assim, a manutenção do encaixe entre o compartimento (31) e pino (11) para o emprego de forças entre as superfícies ativas de ambos. As formas geométricas dos compartimentos geométricos (31) e pinos (11) podem variar de acordo com os movimentos necessários para o caso em questão. Numa versão construtiva preferencial, cada compartimento geométrico (31) e pino (11) apresenta prisma retangular (ver figura 2C) com base e ápice em tronco retangular e seção transversal quadrangular com bordas extremas facetadas (31d) e (llb)/(llc), bem como, paredes laterais planas (31a)/(lla). Essas superfícies planas e paralelas entre si permitem várias ativações entre o compartimento geométrico (31) e pino (11) que geram forças e momentos de força resultantes em todos os planos espaciais. Numa segunda versão construtiva, cada compartimento geométrico (31') e pino (11') apresenta prisma hexagonal (ver figuras 4A e 4B) com base e ápice em tronco hexagonal e bordas extremas facetadas (31d') e (llb')/(llc'), bem como,

FOLHAS DE SUBSTITUIÇÃO (REGRA 26) paredes laterais planas (31a')/(lla'). Dito compartimento geométrico (31') prevê abertura inferior de cuja borda se desenvolvem abas (31c'). Numa terceira versão construtiva (ver figuras 5A e 5B), cada compartimento geométrico (31") e pino (11") apresenta formato esférico onde a superfície esférica do pino (11") proporciona concomitantemente as funções de rampa de inserção, superfície ativa e rampa de retenção, enquanto que na borda do compartimento geométrico (31") são previstos recortes (31e") para a criar flexibilidade no momento da montagem, uma vez que o compartimento geométrico (31") prevê dimensão de três quartos da dimensão do pino (11") ultrapassado em um quarto o seu equador, promovendo assim retenção do compartimento (31") no pino (11") na porção abaixo do equador. É certo que quando o presente invento for colocado em prática, poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais que estão claramente substanciados no quadro reivindicatório, ficando assim entendido que a terminologia empregada não teve a finalidade de limitação.

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