Login| Sign Up| Help| Contact|

Patent Searching and Data


Title:
OPPOSED JETS MIXING CHAMBER FOR MIXING FLUIDS WITH DIFFERENT MASS FLUXES
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2013/150393
Kind Code:
A1
Abstract:
This invention consists in an opposed jets mixing chamber (1) where the injectors are modified so that the flow regimes inside said mixing chamber enable very fast mixing times even for flow regimes at low Reynolds numbers, below 1000. The mixing chamber comprises a cleaning piston (5) that flushes the mixing chamber after mould filling and connects the injectors (2 and 3) with the recirculation lines for the monomers (4). The said modification concerns the variation of the sections of the injectors (2 and 3) so that the jets kinetic energy powers are matched. This mixing chamber is of particular relevance for the RIM -Reaction Injection Moulding technology.

Inventors:
BRITO LOPES JOSE CARLOS (PT)
NOGUEIRA DOS SANTOS RICARDO JORGE (PT)
GOMES QUEIROZ DIAS MADALENA MARIA (PT)
SULTAN MOHAMED YOUSUF MOHAMED ASHAR (PT)
PEREIRA FONTE CLAUDIO ANTONIO (PT)
Application Number:
PCT/IB2013/051380
Publication Date:
October 10, 2013
Filing Date:
February 20, 2013
Export Citation:
Click for automatic bibliography generation   Help
Assignee:
UNIV DO PORTO (PT)
International Classes:
B01F5/02; B29B7/76
Domestic Patent References:
WO2005097477A12005-10-20
Foreign References:
US2597422A1952-05-20
US3706515A1972-12-19
US3706515A1972-12-19
US4473531A1984-09-25
Other References:
JOHNSON, D. A.: "Experimental and Numerical Examination of Confined Laminar Opposed Jets. Part II Momentum Balancing.", INTERNATIONAL COMMUNICATIONS IN HEAT AND MASS TRANSFER, vol. 27, no. 4, 2000, pages 455 - 463
SANTOS, R.J.; TEIXEIRA, A.M.; COSTA, M.R.P.F.N.; LOPES, J.C.B: "Operational and Design Study of RIM Machines", INTERNATIONAL POLYMER PROCESSING, vol. 17, no. 4, 2002, pages 387 - 394
Attorney, Agent or Firm:
VIEIRA PEREIRA FERREIRA, Maria Silvina (PT)
Download PDF:
Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. Câmara de mistura com injectores de jatos opostos em que as áreas dos injetores opostos de onde os jatos sao introduzidos na câmara apresentam aproximadamente a seguinte relação entre elas: em que p é a massa volúmica do fluido guando entra com uma velocidade superficial média igual a Vl pelo injetor com uma área Al , e p2 é a massa volúmica do fluido quando entra com uma velocidade superficial média igual a V2 pelo injetor com uma área A2.

2. Câmara de mistura de acordo com a reivindicação 1 em que a referida câmara apresenta forma cilíndrica ou paralelepipédica .

3. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que os injetores são circulares e apresentam um eixo comum, perpendicular ao eixo da referida câmara de mistura.

4. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações 1 e 2 em que os injetores são retangulares e os seus centros estão alinhados segundo um eixo comum que forma um ângulo reto com o eixo da referida câmara de mistura.

5. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que a correção do equilíbrio de potência de jatos redondos pelas diferentes taxas de expansão dos jatos após saírem dos injetores com diâmetro o[ e d2 ,

a D, é dada por: em pl e μχ sao a massa

volúmica e viscosidade do fluido introduzido pelo injetor 1 sob a forma dum jato redondo com velocidade média Vl , e p2 e μ2 são a massa volúmica e viscosidade do fluido introduzido pelo injetor 2 sob a forma dum jato redondo com velocidade média V2.

6. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que são acoplados os meios para a medição da diferença de pressão estática nas linhas de alimentação dos injetores.

7. Câmara de mistura de acordo com a reivindicação 1 em que os injetores são elipsoidais tendo o mesmo diâmetro no sentido perpendicular ao eixo da câmara de mistura.

8. Câmara de mistura de acordo com a reivindicação 1 em que os injetores são alongados tendo a mesma profundidade, dimensão no sentido perpendicular ao eixo da câmara de mistura, e a altura, dimensão do injetor na direção do eixo da câmara de mistura, é alterada por forma a igualar as potências dos jatos.

9. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que um dos topos é fechado e o outro aberto .

10. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações 1 a 8 em que os dois topos são abertos.

11. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que as suas potências são igualadas por variação da área dos injetores.

12. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que o controlo em tempo real das razões de potência entre os jatos é efectuado através do valor da diferença de pressão estática nas linhas de alimentação dos injetores.

13. Câmara de mistura de acordo com as reivindicações anteriores em que a razão das potências apresenta um valor igual a 1.

14. Reator em que é incluído pelo menos uma câmara conforme aquela que é descrita nas reivindicações anteriores .

Description:
DESCRIÇÃO

"CÂMARA DE MISTURA DE JATOS OPOSTOS PARA MISTURA DE FLUIDOS

COM DIFERENTES DÉBITOS MÁSSICOS"

Domínio técnico / aplicações

O presente invento apresenta um método e câmara de mistura de jatos opostos modificados para garantir regimes de escoamento no interior das referidas câmaras que possibilitem tempos de mistura muito curtos mesmo em regimes de escoamento caracterizados por baixos números de Reynolds, menores que 1000. A referida modificação prende- se com a variação das áreas dos injetores para igualar as potências dos jatos. Este novo método e câmara de mistura é de especial relevância na tecnologia RIM - Reação para In eção em Moldes.

Outras aplicações de mistura de correntes de fluido, no estado liquido ou gasoso, sob a forma de jatos opostos com diferentes débitos volúmicos ou mássicos não são excluídas do âmbito desta patente.

Sumário da Invenção

É objectivo da presente invenção descrever uma câmara de mistura com jatos opostos em que as áreas dos injetores opostos de onde os jatos são introduzidos na câmara apresentam a seguinte relação entre elas: , em que p l é a massa volúmica do fluido que entra com uma velocidade superficial média igual a ¾ pelo injetor com uma área A l , e p 2 é a massa volúmica do fluido que entra com uma velocidade superficial média igual a V 2 pelo injetor com uma área A 2 .

Numa forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta forma cilíndrica ou paralelepipédica . Numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta injetores circulares e com um eixo comum, perpendicular ao eixo da referida câmara de mistura.

Ainda numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta injetores retangulares e em que os seus centros estão alinhados segundo um eixo comum que forma um ângulo reto com o eixo da referida câmara de mistura .

Numa forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta uma correção do equilíbrio de potência de jatos redondos pelas diferentes taxas de expansão dos jatos após saírem dos injetores com diâmetro o[ e d 2 , separados por

, dada por: em p l e μ χ sao a massa

volúmica e viscosidade do fluido introduzido pelo injetor 1 sob a forma dum jato redondo com velocidade média V l , e p 2 e ju 2 são a massa volúmica e viscosidade do fluido introduzido pelo injetor 2 sob a forma dum jato redondo com velocidade média v 2 .

Numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta o acoplamento de meios para a medição da diferença de pressão estática nas linhas de alimentação dos injetores .

Ainda numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta injetores elipsoidais tendo o mesmo diâmetro no sentido perpendicular ao eixo da câmara de mistura . Numa forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta injetores alongados tendo a mesma profundidade, dimensão no sentido perpendicular ao eixo da câmara de mistura, e a altura, dimensão do injetor na direção do eixo da câmara de mistura, é alterada por forma a igualar as potências dos jatos.

Numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta um dos topos fechado e o outro aberto.

Ainda numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta dois topos abertos.

Numa forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta potências igualadas por variação da área dos in etores .

Numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura em que o controlo em tempo real das razões de potência entre os jatos é efectuado através do valor da diferença de pressão estática nas linhas de alimentação dos injetores .

Ainda numa outra forma de realização preferencial, a câmara de mistura apresenta uma razão das potências com valor igual a 1.

É ainda objectivo da presente invenção descrever um reator que inclui pelo menos uma câmara de mistura com as características anteriormente descritas.

Estado da técnica

A mistura de duas correntes líquidas sob a forma de jatos opostos com diferentes débitos mássicos tem como efeito mais conhecido o deslocamento do ponto de contacto dos jatos, daqui em diante designado por ponto de impingem, em direção a um dos injetores. Em processos de polimerização a deslocação do ponto de impingem do centro da câmara de mistura em direção a um dos injetores pode colmatá-lo. Estudo de Santos et al . (2002) provaram que o desequilíbrio entre os jatos também compromete a formação de vórtices a montante do ponto de impingem dos jatos. Estes vórtices promovem uma mistura rápida entre as duas correntes líquidas o que é determinante para a extensão da reação em aplicações de polimerização, de precipitação ou combustão, para citar apenas alguns exemplos.

Um dos métodos geralmente utilizados no processo RIM para evitar a deslocação do ponto de impingem é a utilização de restritores nos injetores, conforme descrito na patente US

3 706 515, que aumentam a pressão nas linhas de alimentação aos jatos, ou desviando os jatos para não colidirem diretamente no injetor oposto, como descrito na patente US

4 473 531. Este método não garante no entanto o equilíbrio dos dois jatos por forma a garantir a formação dos mecanismos de mistura identificados por Santos et al. (2002) .

A razão de momentos dos jatos tem sido apontada na literatura (Johnson, 2000 e Santos et al., 2002) como um dos parâmetros operacionais mais importantes na mistura em jatos opostos, e geralmente reconhecido como o parâmetro que determina a posição do ponto de impingem dos jatos. A razão de momentos dos jatos em misturadores com jatos opostos é definida como:

em que p é a massa volúmica do fluído, V a velocidade superficial média do jato e A a área do injetor por onde é introduzido o jato. índices diferentes, 1 e 2, são utilizados para os diferentes injetores. Para o caso de injetores circulares a razão de momentos entre jatos opostos é:

em que d o diâmetro do injetor por onde é introduzido o jato

0 balanceamento dos momentos dos jatos para misturadores de jatos opostos em câmaras cilíndricas foi proposto por Johnson (2000) usando duas abordagens: divisão da corrente líquida de maior caudal por diversos injetores por forma que todos os jatos tenham o mesmo momento; ou alteração do diâmetro dum dos injetores para que os momentos de ambos os jatos sejam iguais. No estudo de Johnson (2000) o objetivo era o estudo do efeito da razão de momentos na posição do ponto de contacto dos jatos. Santos et al . (2002) estudou o efeito da razão de momento dos jatos na dinâmica de mistura em misturadores de jatos em T planos, testando igualmente a variação das áreas de injeção para igualar os momentos dos j atos .

Descrição Geral da Invenção

O presente invento apresenta um método e câmara de mistura de jatos opostos modificados para garantir regimes de escoamento no interior das referidas câmaras que possibilitem tempos de mistura muito curtos mesmo em regimes de escoamento caracterizados por baixos números de Reynolds, menores que 1000. A referida modificação prende- se com a variação das áreas dos injetores para igualar as potências dos jatos. Este novo método e câmara de mistura é de especial relevância na tecnologia RIM - Reação para Injeção em Moldes.

No desenvolvimento desta tecnologia verificou-se que igualar os momentos dos jatos não resolvia os problemas operacionais decorrentes da operação com correntes de fluidos que tenham diferentes débitos mássicos. As alterações aqui propostas são baseadas nos resultados destes estudos, que mostraram que os jatos se encontram em equilíbrio quando se igualam as suas potências de energia cinética, ou seja quando a razão de potências tende para um. A razão de potências de energia cinética entre dois jatos opostos é definida como:

PR = em que p é a massa volúmica do fluido, V a velocidade superficial média do jato e A a área do injetor por onde é introduzido o jato. índices diferentes, 1 e 2, são utilizados para os diferentes injetores. Para o caso de injetores circulares a razão de potências da energia cinética entre jatos opostos é:

em que d é o diâmetro do injetor por onde é introduzido o j ato .

0 modelo de equilíbrio da potência da energia cinética dos jatos foi desenvolvido por forma a contabilizar os efeitos de diferentes taxas de expansão após a saída dos injetores de jatos circulares com diferentes números de Reynolds, definido como

Re=^ em que ju é a viscosidade do fluido, p é a massa volúmica,

V a velocidade superficial do jato à saída do injetor, e d é o diâmetro do injetor. 0 desvio do ponto de impingem dos jatos opostos em relação ao ponto médio entre as saídas dos injetores depende do numero de Reynolds do jato 1, e do jato 2, e da razão de potências da energia cinética entre jatos opostos, PR, da seguinte forma

em que D é a distância entre injetores, ou no caso duma câmara cilíndrica o diâmetro da câmara de mistura, e o desvio do ponto de impinge dos jatos relativamente à câmara de mistura é normalizado pelo afastamento dos injetores ou pelo raio da câmara de misturada da seguinte forma

em que Ax é o desvio do ponto de impingem dos jatos opostos em relação ao ponto médio entre as saídas dos injetores. Este conceito foi demonstrado experimentalmente. A Figura 6 mostra a variação da dissipação da energia turbulenta em função de ζ obtida a partir das experiências feitas para a prova de conceito. A dissipação da energia turbulenta, £ , que é uma medida da energia utilizada para a mistura, atinge o valor máximo quando ζ = 0, ou seja quando os jatos impingem no ponto médio entre as saídas dos dois injetores

Descrição dos desenhos

Para uma mais fácil compreensão da invenção juntam-se em anexo as figuras, as quais, representam realizações preferenciais do invento que, contudo, não pretendem limitar o objecto da presente invenção.

Figura 1: Corte duma câmara de mistura (1) duma máquina RIM com dois jatos opostos que entram na câmara pelos injetores 1 e 2 (2 e 3) . A câmara de mistura compreende um pistão de limpeza (5) que no fim da mjeçao do molde e descido sobre a camará conectando os injetores (2 e 3) com as linhas do circuito de recirculação de monómeros (4).

Figura 2: Vista de uma câmara de mistura (1) duma máquina

RIM em que os dois injetores opostos (2 e 3) são elipsoidais .

Figura 3: Detalhe dos injetores (2 e 3) da câmara de mistura da Figura 2.

Figura 4: Câmara de mistura (1) paralelepipédica com jatos opostos .

Figura 5: Geometrias possíveis para as saídas dos injetores dos jatos opostos.

Figura 6: Gráfico da dissipação turbulenta de energia medida em função do desvio do ponto de impingem dos dados relativamente ao eixo da câmara de mistura .

Descrição da invenção

0 objeto do invento consiste num método e câmara de mistura de jatos opostos em que o equilíbrio do ponto de impingem entre estes é conseguido igualando as suas potências, através da variação da área dos injetores. As câmaras de misturas de jatos opostos são misturadores estáticos em que geralmente dois jatos de fluido são introduzidos na câmara de mistura por dois injetores alinhados com sentidos opostos por forma a que os jatos colidam no interior duma câmara que pode ter uma ou mais saídas. As câmaras de mistura podem ser cilíndricas, como a da Figura 2, ou paralelepipédicas designadas de câmaras de jatos em T, como a da Figura 4. Os injetores são geralmente circulares nas câmaras cilíndricas e têm um eixo comum, geralmente perpendicular ao eixo da câmara de mistura. As câmaras de jatos em T têm injetores retangulares que se estendem geralmente por toda a profundidade da câmara e os seus centros estão alinhados segundo um eixo comum que geralmente forma um ângulo reto com o eixo da câmara de mistura. Outras geometrias de injetores poderão ser consideradas neste invento, nomeadamente as representadas na Figura 5.

Geralmente os injetores são iguais, e a utilização dos misturadores de jatos opostos está limitada a aplicações em que os débitos mássicos das duas correntes de fluido são aproximadamente iguais. Para alargar a utilização dos misturadores de jatos opostos foi proposto alterar as suas áreas para igualar os momentos dos jatos. No entanto, resultados ainda não publicados, provam que o critério de equilíbrio entre os jatos opostos é a igualização das suas potências, ou seja razões de potência entre jatos opostos, PR, unitárias. Baseado nestes resultados este invento consiste num método e numa câmara de mistura onde injetores de jatos opostos estão de acordo com a relação obtida quando PR=1 :

A _ PA

A 2 ρ γ υ\

em que p é a massa volúmica do fluido, V a velocidade superficial média do jato e A a área do injetor por onde é introduzido o jato. índices diferentes, 1 e 2, são utilizados para os diferentes injetores. No caso de ambos os fluidos terem densidades aproximadamente iguais a relação entre áreas dos in é:

No caso de injetores circulares como os tradicionalmente usados nas câmaras de mistura de máquinas RIM a razão entre os diâmetros dos injetores opostos é: em que d é o diâmetro do injetor por onde é introduzido o j ato .

No caso de injetores retangulares para câmaras de jatos em T, ou para outras geometrias em que se pretenda que os injetores tenham a mesma profundidade, a variação de área será feita apenas por variação da altura dos injetores, dimensão h na Figura 5. Para o caso de dois injetores retangulares opostos a relação entre as alturas é:

em que h é a altura dos injetores retangulares com igual profundidade .

Para o caso das câmaras com jatos redondos, e particularmente no caso em que as viscosidades dos dois fluidos a misturar são diferentes, o diâmetro do injetor 1 é dado por,

em que D é o diâmetro da câmara de mistura, ou distância entre as saídas do injetor 1 e 2 e μ é a viscosidade dos fluidos .

0 equilíbrio de potências entre os jatos pode ser aferido em tempo real através da leitura da diferença de pressão estática entre as linhas de alimentação aos injectores.

0 invento tem como principal vantagem permitir a operação de misturadores de jatos opostos em regimes com elevada dinâmica de mistura e com o ponto de impigem dos jatos centrado com o eixo da câmara de mistura mesmo para os casos em que as correntes de fluido têm diferentes débitos mássicos. Este novo método e câmara de mistura pode eliminar o recurso a restritores de caudal e à afinação do misturador. As condições de mistura são assegurados pela geometria da câmara e injetores para cada formulação ou produto e não por afinações feitas por tentativa/erro. A não utilização dos restritores tem igualmente como vantagem diminuir a pressão de operação da máquina e a energia consumida para transporte dos fluidos.

Exemplo de aplicação

Como exemplo prático de utilização do invento apontamos o processamento de uma formulação comercial de poliuretano numa máquina RIM com uma câmara de mistura cilíndrica com lOmm de diâmetro, 50mm de altura, com um topo fechado e um aberto, e com o eixo dos injetores opostos a 5mm do topo fechado da câmara de mistura. A razão do débito mássico de entre o poliol e o isocianato é de 1.16. A densidade do poliol é de 1.05, /^lOSOkg/m 3 , e a do isocianato é de 1.22, > 2 =1220kg/m 3 . A viscosidade do poliol é de 2mPa.s e a do isocianato é de 1.5mPa.s. O número de Reynolds é superior a 125 em ambos os injetores. Considerando para o poliol um débito mássico de 0.353kg/s e um injetor (injetor 1) com um diâmetro d^l.SOmm, a velocidade média do fluido no injetor é de 190m/s e o número de Reynolds para a corrente líquida de poliol é de 150. De acordo com o presente invento, considerando a corrente líquida de poliol, o débito mássico de isocianato é de 0.305kg/s (0.353/0.305=1.16), o injetor (injetor 2) terá um diâmetro de d 2 =1.25mm, logo a velocidade média do fluido no injetor será de 205m/s e o número de Reynolds para a corrente líquida de isocianato será de 208. Para esta geometria da cabeça de mistura e condições de operação a razão de potências é:

= 1.01

Esta geometria da câmara manterá o valor de PR aproximadamente igual a um para outros valores de débito mássico, desde que a relação entre os débitos mássicos seja a mesma, e a razão entre os valores da densidade do poliol e do isocianato se mantenha aproximadamente constante.

Utilizam-se os mesmo fluidos no exemplo de dimensionamento dos injetores numa câmara de mistura cilíndrica com lOmm de diâmetro com injetores opostos redondos, aplicando a fórmula com a correção do ratio de potências devida às diferentes taxas de abertura dos jatos a diferentes números de Reynolds. A massa volúmica do poliol é ^lOSOkg/m 3 , e a do isocianato é > 2 =1220kg/m 3 , a visocisdade do poliol é 2.0Pa.s e a do isocianato é 1.5Pa.s. A razão estequiométrica de fluxos mássicos é de 1.16, como o fluxo mássico de isocianato é 0.305kg/s, o de poliol é 0.353kg/s (0.353/0.305=1.16). O injetor do isoncianato (injetor 2) tem um diâmetro d 2 =1.25mm, logo a velocidade média do jato à saído do injetor é de 205m/s e o número de Reynolds fdo jato é de 208. Aplicando ao injetor do poliol a equação de projeto

para este sistema de fluidos, o diâmetro do injetor do poliol é d 1 =1.54mm, ou seja tem uma diferença de 40 /m relativamente ao dimensionamento sem a correção para expansão dos jatos. Para estas condições os jatos impingem no eixo da câmara de mistura.

Bibliografia

• Johnson, D. A. (2000) . "Experimental and Numerical Examination of Confined Laminar Opposed Jets. Part II Momentum Balancing." International Communications in Heat and Mass Transfer 27(4): 455-463. • Santos, R.J., Teixeira, A.M., Costa, M.R.P.F.N.,

Lopes, J.C.B., "Operational and Design Study of RIM Machines"

A presente invenção não é, naturalmente, de modo algum restrita às realizações descritas neste documento e uma pessoa com conhecimentos médios da área poderá prever muitas possibilidades de modificação da mesma sem se afastar da ideia geral da invenção, tal como definido nas reivindicações .

As realizações preferenciais acima descritas são obviamente combináveis entre si. As seguintes reivindicações definem adicionalmente realizações preferenciais da presente invenção .