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Title:
PROCESS FOR PRODUCING CRUDE BIO-OIL FROM BIOMASS WITH A HIGH MOISTURE CONTENT AND CATALYST FOR HYDROTHERMAL LIQUEFACTION OF STREAMS OF BIOMASS WITH A HIGH MOISTURE CONTENT
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2021/102534
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to a process of hydrothermal liquefaction capable of generating a liquid stream rich in renewable molecules, with a lower oxygen content, lower percentage of water and lower acidity in comparison to other products from biomass conversion thermochemical processes. In order to carry out said process efficiently, a catalyst was developed, obtained from the calcination of castor bean hulls, for use in the biofuel sector aiming to provide an environmentally friendly alternative for the production of fuel.

Inventors:
DO COUTO FRAGA ADRIANO (BR)
DE REZENDE PINHO ANDREA (BR)
BRANDO BEZERRA DE ALMEIDA MARLON (BR)
LOUREIRO XIMENES VITOR (BR)
Application Number:
PCT/BR2020/050476
Publication Date:
June 03, 2021
Filing Date:
November 17, 2020
Export Citation:
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Assignee:
PETROLEO BRASILEIRO SA PETROBRAS (BR)
International Classes:
C10B53/02
Domestic Patent References:
WO2018076093A12018-05-03
Foreign References:
RU2668423C12018-10-01
US2177557A1939-10-24
Other References:
YAN LONG; WANG YUFEI; LI JIAN; ZHANG YU; MA LANGLANG; FU FENG; CHEN BI; LIU HUIJIN: "Hydrothermal liquefaction of Ulva prolifera macroalgae and the influence of base catalysts on products", BIORESOURCE TECHNOLOGY, vol. 292, 26 March 2019 (2019-03-26), pages 1 - 7, XP085809805, ISSN: 0960-8524, DOI: 10.1016/j.biortech.2019.03.125
CHEN YU, WU KEJING, LIN QISONG, WU YULONG, TANG YIN, YANG MINGDE: "Catalytic hydrothermal liquefaction of microalgae over metal incorporated mesoporous SBA-15 with high hydrothermal stability", CARBON RESOURCES CONVERSION, vol. 1, no. 3, 20 July 2018 (2018-07-20), pages 251 - 259, XP055830260, ISSN: 2588-9133, DOI: 10.1016/j.crcon.2018.07.002
DAVIDSON STEPHEN D., LOPEZ-RUIZ JUAN A., ZHU YUNHUA, COOPER ALAN R., ALBRECHT KARL O., DAGLE ROBERT A.: "Strategies To Valorize the Hydrothermal Liquefaction- Derived Aqueous Phase into Fuels and Chemicals", ACS SUSTAINABLE CHEMISTRY & ENGINEERING, vol. 7, no. 24, 16 December 2019 (2019-12-16), pages 19889 - 19901, XP055830261, ISSN: 2168-0485, DOI: 10.1021/acssuschemeng.9b05308
SÁNCHEZ-CANTÚ M.; JANEIRO-CORONEL V. J.; GALICIA-AGUILAR J. A.; SANTAMARÍA-JUÁREZ J. D.: "Effect of the activation temperature over activated carbon production from castor cake and its evaluation as dye adsorbent", INTERNATIONAL JOURNAL OF ENVIRONMENTAL SCIENCE AND TECHNOLOGY, vol. 15, no. 7, 11 September 2017 (2017-09-11), pages 1521 - 1530, XP036524814, ISSN: 1735-1472, DOI: 10.1007/s13762-017-1532-7
Attorney, Agent or Firm:
RODRIGUES SILVA, Francisco Carlos et al. (BR)
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Claims:
Reivindicações

1- PROCESSO PARA PRODUZIR BIO-ÓLEO BRUTO A PARTIR DE BIOMASSA COM ELEVADO TEOR DE UMIDADE, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: a) misturar água ou fração aquosa de reciclo com biomassa lignocelulósica residual para formar uma mistura com conteúdo sólido na faixa de 5% a 20% em peso; b) adicionar um catalisador, gerado a partir de um resíduo de uma biomassa, à mistura obtida em (a) de modo que a concentração de catalisador em relação à biomassa seca seja de 1% a 10% m/m, preferencialmente 5% m/m; c) liquefazer hidrotermicamente (HTL) a uma mistura formada por água, biomassa e catalisador, aquecendo-a a uma temperatura na faixa de 250 a 300QC e a uma pressão de 900-1300 psig d) resfriar os produtos da reação; e) enviar os produtos a um separador onde são separadas as correntes gasosa, sólida, oleosa e aquosa que contém o catalisador; e f) reutilizar a dita fração aquosa que contém catalisador e compostos oxigenados solúveis.

2- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que as correntes de água de reposição, fração aquosa reciclada, catalisador de reposição e biomassa alimentam o reator de liquefação.

3- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que a corrente oleosa obtida na etapa (e), denominada bio-óleo, é rica em moléculas renováveis.

4- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que a corrente gasosa pode ser opcionalmente reciclada ao reator para a manutenção de atmosfera redutora ou sofrer um processo de separação por membranas para a obtenção de gás de síntese. 5- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que a corrente gasosa pode gerar energia através da sua oxidação total.

6- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que a corrente aquosa é reciclada de forma a reutilizar o catalisador e reinserir os compostos oxigenados hidrossolúveis no meio reacional.

7- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que a corrente sólida pode ser utilizada, de forma alternativa, como matéria prima para produção de adsorventes.

8- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente uma etapa de recuperação e reciclo do catalisador nas etapas (e) e (f), respectivamente.

9- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que a biomassa é selecionada a partir do grupo que consiste em biomassa de qualquer material celulósico; lignina, obtida de bagaço de cana-de-açúcar através do processo hidrolítico ácido; qualquer material graxo; qualquer material proteico ou a mistura de dois ou mais dos materiais acima descritos.

10- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que o catalisador utilizado é um catalisador homogéneo.

11 - PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que o catalisador é um composto majoritariamente de potássio.

12- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que é realizado o reciclo da fração aquosa gerada, que contém o catalisador e alguns dos produtos oxigenados, de forma que a reposição de água para o processo seja minimizada, a atividade catalítica seja mantida e o rendimento de bio-óleo seja aumentado devido à incorporação de compostos oxigenados ao meio reacional.

13- PROCESSO, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que as taxas de liquefação são superiores a 85% e os rendimentos da corrente oleosa são de superiores a 40%.

14- BIO-ÓLEO, obtido pelo processo conforme definido nas reivindicações 1 - 13, caracterizado pelo fato de ser uma corrente oleosa, rica em moléculas renováveis, com menor teor de oxigénio, menor percentual de água e menor acidez que os bio-óleos obtidos de processos de pirólise.

15- CATALISADOR PARA LIQUEFAÇÃO HIDROTÉRMICA DE

CORRENTES DE BIOMASSA COM ELEVADO TEOR DE UMIDADE, conforme definido nas reivindicações 10 e 11 , caracterizado pelo fato de que é obtido através da calcinação de resíduos da produção de óleo de mamona, conhecidos como casca de mamona (epicarpo+mesocarpo).

16- CATALISADOR, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a calcinação é realizada a 600QC.

17- CATALISADOR, conforme definido nas reivindicações 15-16, caracterizado pelo fato de que o uso do referido catalisador eleva o rendimento do bio-óleo em, pelo menos, 30% em comparação ao processo não catalisado.

18- CATALISADOR, de acordo com as reivindicações 15-16, caracterizado por apresentar elevado teor de metais alcalinos (>50%).

19- CATALISADOR, de acordo com as reivindicações 15-18, caracterizado por ser reutilizável.

20- CATALISADOR, de acordo com as reivindicações 15-19, caracterizado por apresentar elevada solubilidade em água, o que viabiliza seu reuso e permite que o processo recicle toda a fração aquosa formada, reduzindo drasticamente o consumo de água e elevando o rendimento de bio-óleo pela reincorporação dos produtos oxigenados solúveis na fração aquosa ao meio reacional, além da reinserção do catalisador no mesmo.

Description:
PROCESSO PARA PRODUZIR BIO-ÓLEO BRUTO A PARTIR DE BIOMASSA COM ELEVADO TEOR DE UMIDADE E CATALISADOR PARA LIQUEFAÇÃO HIDROTÉRMICA DE CORRENTES DE BIOMASSA COM

ELEVADO TEOR DE UMIDADE

Campo da Invenção

[001] A presente invenção trata de um processo de liquefação hidrotérmica capaz de gerar uma corrente liquida, rica em moléculas renováveis, com menor teor de oxigénio, menor percentual de água e menor acidez em comparação com outros produtos de processos termoquímicos de conversão de biomassa. Para realizar o referido processo de maneira eficaz, foi desenvolvido um catalisador a partir da calcinação da casca de mamona, a ser utilizado na área de biocombustíveis visando proporcionar uma alternativa ambientalmente correta para a produção de biocombustível a partir de biomassa com elevado teor de umidade.

Descrição do Estado da Técnica

[002] Atualmente, utilizamos energia para gerar iluminação, movimentar máquinas e equipamentos, controlar a temperatura produzindo calor ou frio e, agilizar as comunicações. Da energia dependem a nossa produção, locomoção, eficiência, segurança e conforto, além dos demais fatores associados ao convívio em sociedade nos moldes do século XXI.

[003] A contrapartida dos benefícios proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico é o crescimento constante do consumo de energia. Para atender à demanda, governos investem cada vez mais na construção de usinas de geração de energia, linhas de transmissão e distribuição, com sérios prejuízos ambientais.

[004] A gravidade dos impactos ambientais vai depender em grande parte da fonte de energia usada na geração de eletricidade. O emprego de fontes não renováveis, como o petróleo, o gás natural, o carvão mineral e o urânio está associado a maiores riscos ambientais, tanto locais, como globais.

[005] Dessa forma, o aquecimento global, provocado pelo efeito estufa, causado em grande parte pelos gases provenientes da queima de combustíveis de origem fóssil, vem sendo responsabilizado por esses efeitos deletérios, que incluem a desertificação e a elevação do nível de oceanos.

[006] Neste contexto, a dependência mundial de fontes de energia de origem fóssil vem provocando intensos movimentos para a criação de legislações que atuem em duas vertentes: por um lado são criadas leis e concedidos benefícios para a utilização de biocombustíveis, ou de energias renováveis, por outro, fontes de energia de maior potencial poluente são taxadas e seu uso desencorajado.

[007] Neste cenário, a utilização de biocombustíveis vem sendo impulsionada em todo o mundo, dentre as quais, as tecnologias termoquímicas, que apresentam como principal vantagem a conversão integral de todas as frações de biomassa em produtos finais.

[008] Dentre as tecnologias termoquímicas, a liquefação vem ganhando destaque pois utiliza solventes em condições sub ou supercríticas para promover a solvólise da biomassa, gerando uma corrente líquida denominada de bio-óleo (bio-cru ou HTLO). As condições empregadas dependem do solvente utilizado; quando o solvente é a água, a tecnologia conhecida é a liquefação hidrotérmica (HTL).

[009] A liquefação hidrotérmica (HTL) é um importante processo de conversão termoquímica que é usado para converter matérias-primas com elevado teor de umidade, tal como material lignocelulósico e biomassa aquática, em produtos químicos de valor agregado. Tal qual citado, esse processo é ambientalmente atrativo pois é, normalmente, realizado em presença de água (solvente) com temperaturas entre 250-374°C e com pressões 4-22 MPa.

[0010] Dentre as vantagens associadas a essa tecnologia, vale frisar que a liquefação hidrotérmica possui capacidade de promover a conversão de matérias primas com alto teor de umidade sem a necessidade de secagem prévia. Outro ponto a ser destacado é que a liquefação hidrotérmica permite a produção de um bio-óleo com menores teores de acidez, de água e de oxigénio quando comparado com o bio-óleo oriundo do processo de pirólise rápida. Essas características são especialmente interessantes para a inserção desse produto no esquema convencional de refino de petróleo, o que pode viabilizar a produção de combustíveis com conteúdo renovável em refinarias de petróleo.

[0011] O processo de liquefação hidrotérmica promove a conversão de biomassa em quatro frações de produtos com características distintas. O bio- óleo; uma fração gasosa, formada majoritariamente por CO2 e em menor concentração por CO; uma fração sólida conhecida por char, com uma alta concentração de carbono e uma fração aquosa contendo produtos oxigenados. [0012] Para vias de produção energética, 0 principal produto de interesse é 0 bio-óleo, que pode ser utilizado diretamente como combustível em substituição ao óleo combustível de origem fóssil.

[0013] A patente US2177557 descreve 0 processo de liquefação hidrotérmica de biomassa com 0 emprego de água em temperaturas de 220 Q C - 360°C em atmosfera redutora, com sais de cálcio como catalisadores.

[0014] Em fases posteriores da tecnologia, foram desenvolvidos os processos PERC (Pittsburg Energy Research Center) e LBL (Lawrence Berkeley Laboratory) que alcançaram a escala piloto. Em ambos os processos descritos utilizava-se uma atmosfera redutora contendo CO e H2 gerados por gaseificação de biomassa.

[0015] No processo descrito pelo Pittsburg Energy Research Center, uma lama formada por madeira cominuída, óleo e água é bombeada continuamente por um reator tubular em temperaturas de 330 Q C-370 Q C, tempos de residência de 10-30 min e pressão de 200 bar, carbonato de sódio (5%) foi empregado como catalisador, obtendo-se como rendimentos de óleo 40-55%. Já no processo Lawrence Berkeley Laboratory empregava apenas água como solvente. Esse processo era iniciado por uma hidrólise com ácido sulfúrico a 180 Q , seguida por neutralização com carbonato de sódio.

[0016] Em ato contínuo ao desdobramento da referida tecnologia, foi desenvolvido 0 processo de HTU (Hydrothermal upgrading), que opera em duas etapas, sendo a primeira uma pré-digestão da biomassa com água a 200 Q C e 30 bar formando uma pasta, que, em seguida, é submetida a temperaturas de 330 Q C, pressões de 200 bar e tempo de residência de 8 min. [0017] Do mesmo modo, o documento WO2018076093 descreve um processo baseado no tratamento de liquefação hidrotérmica para coprocessamento de lodo e outra biomassa lignocelulósica para co-produção de biogás e óleo biocru. O tratamento de lodo e dos resíduos de biomassa é realizado com o uso de KOH (hidróxido de potássio) como catalisador. Assim, apesar do processo descrito ser aparentemente vantajoso, o uso do referido catalisador encarece o processo de tal maneira, que seu uso comercial se torna prejudicado.

[0018] Assim, resta ainda propor uma rota de liquefação adequada a biomassa tipicamente brasileira, tal como o bagaço de cana-de-açúcar. Para tanto, é necessário, também, propor um catalisador que permita a produção de uma corrente adequada ao coprocessamento com correntes fósseis no refino de petróleo e que apresente características compatíveis com o processamento em larga escala. Desta forma, identificou-se um catalisador de baixo custo, obtido a partir de um resíduo e que apresenta ainda elevada atividade para a liquefação hidrotérmica e alta solubilidade em água, permitindo dessa forma o reciclo da fração aquosa gerada. Essas características permitem a proposição de um esquema de processo único que emprega tal catalisador e permite, através do reciclo da fração aquosa produzida, a reintrodução do sistema catalítico no processo, possibilitando a redução do consumo de água e de catalisador e de forma concomitante um incremento no rendimento de bio-óleo obtido a partir de bagaço de cana.

[0019] Assim, de modo distinto dos demais processos descritos, a presente invenção propõe um processo alternativo de liquefação hidrotérmica, sem obrigatoriedade de atmosfera redutora, com uso de um catalisador gerado a partir de um resíduo de biomassa, com reduzido consumo de água e elevado rendimento de bio-óleo.

Descrição Resumida da Invenção

[0020] A presente invenção trata de um processo de liquefação hidrotérmica de biomassa capaz de gerar uma corrente liquida rica em moléculas renováveis, denominada de biocru (ou bio-óleo), com menor teor de oxigénio, menor percentual de água e menor acidez em comparação com outros produtos e processos termoquímicos de conversão de biomassa, tal como a pirolise rápida. [0021] Tal característica facilita o coprocessamento desse produto em processos típicos de refinarias de petróleo, possibilitando a obtenção de correntes renováveis que podem ser utilizadas para a formulação dos combustíveis dos ciclos Otto, Diesel, e Brayton utilizando ativos já existentes nos esquemas de refino.

[0022] O mencionado processo expõe uma biomassa lignocelulósica em meio aquoso a condições pré-determinadas de temperatura, pressão, e tempo de residência com o emprego de um catalisador obtido a partir de um resíduo de biomassa, que apresenta características adequadas para melhorar a eficiência do processo de liquefação hidrotérmica.

[0023] O uso do referido catalisador promove a elevação do rendimento do bio-óleo em pelo menos 30% em comparação ao processo não catalisado. Ademais, o processo se caracteriza pelo reciclo da fração aquosa gerada, que contém o catalisador e alguns produtos oxigenados, de forma que a necessidade de reposição de água para o processo seja minimizada, e que ainda, a atividade catalítica seja mantida, com concomitante re incorporação de compostos oxigenados ao meio reacional, o que resulta em uma elevação do rendimento do bio-óleo.

[0024] Dessa forma, o processo em voga expõe uma biomassa lignocelulósica em meio aquoso a condições pré-determinadas de temperatura, pressão e tempo de residência. O processo utiliza um catalisador obtido a partir de um resíduo de biomassa, que apresenta características adequadas para melhorar o rendimento de bio-óleo em pelo menos 30% em comparação ao processo não catalisado.

[0025] O processo é realizado pelo reciclo da fração aquosa gerada, que contém o catalisador e alguns dos produtos oxigenados, de forma que a necessidade de reposição de água para o processo seja minimizada, e que a atividade catalítica seja mantida, com concomitante incorporação de compostos oxigenados ao meio reacional, o que resulta em uma elevação do rendimento de bio-óleo.

[0026] A biomassa usada como matéria-prima pode ser qualquer material lignocelulósico; lignina obtida de bagaço de cana-de-açúcar através de processo hidrolítico ácido; qualquer material graxo; qualquer material proteico; ou ainda uma mistura de dois ou mais materiais dos acima descritos.

[0027] Frise-se que o catalisador é obtido da casca de mamona (epicarpo + mesocarpo), apresenta elevado teor de metais alcalinos (>50%) e elevada solubilidade em água, o que viabiliza seu reuso e permite que o processo recicle toda a fração aquosa formada. A reutilização do catalisador aliada ao uso da fração aquosa formada reduz drasticamente o consumo de água e eleva o rendimento de bio-óleo pela reincorporação dos produtos oxigenados solúveis na fração aquosa ao meio reacional, além da reinserção do catalisador no mesmo.

[0028] Ainda no que concerne ao catalisador, destaca-se que é obtido através de processo de calcinação a 600°C do resíduo da produção de óleo de mamona, conhecido como casca da mamona (epicarpo+mesocarpo). Esta fração é um resíduo contendo aproximadamente 7% de inorgânicos em sua composição.

[0029] Assim, através da calcinação da casca de mamona, em condições determinadas, é possível obter um produto com elevado teor de metais alcalinos. A calcinação pode ser realizada para obtenção do catalisador ou para geração de vapor, em caldeiras, sendo o catalisador obtido como subproduto da geração de vapor.

[0030] Portanto, o mencionado catalisador é um sólido, de fácil manuseio, não tóxico, com baixo custo de produção e elevada solubilidade em água, o que viabiliza seu reuso e proporciona um desempenho similar ao de compostos puros (reagentes PA) de referência.

[0031] Adicionalmente, o catalisador em voga é obtido a partir de biomassa, configurando-se outra vantagem com relação ao aspecto ambiental, já que valoriza um resíduo e minimiza a necessidade de disposição adequada da casca de mamona.

[0032] No processo de liquefação proposto, a corrente aquosa gerada conserva a função catalítica devido à alta solubilidade do catalisador e também contém compostos oxigenados. Essa corrente é então reciclada, reduzindo drasticamente a necessidade de água no processo e mantendo a atividade catalítica. O processo descrito é caracterizado por taxas de liquefação superiores a 85% e rendimentos de bio-óleo superiores a 40%.

[0033] No processo em voga, o resíduo sólido formado pode ser queimado em caldeiras, para a geração de energia, ou ser utilizado como matéria-prima para a geração de materiais adsorventes.

[0034] De outro modo, a corrente gasosa formada pode ser reciclada para o reator de forma a gerar atmosfera redutora ou pode ser oxidada totalmente para geração de energia. A mesma corrente ainda pode passar por processos de separação com membranas para a obtenção de gás de síntese (H2+CO) para outras aplicações.

Breve Descrição dos Desenhos

[0035] A presente invenção será descrita com mais detalhes a seguir, com referência às figuras em anexo que, de uma forma esquemática e não limitativa do escopo inventivo, representam exemplos de realização da mesma. Nos desenhos, têm-se:

[0036] A Figura 1 ilustra uma forma esquemática de processo, em que as correntes (1 ), (2) e (3) são compostas respectivamente por água de reposição, catalisador de reposição e biomassa que alimentam 0 reator de liquefação (4). Após conversão, os produtos são enviados a um separador (5) onde são separadas as correntes gasosas (6), sólida (7), aquosa (8) e oleosa (bio-cru) (9). [0037] A Figura 2 apresenta um gráfico que trata do padrão de difração dos inorgânicos presentes na fase sólida, que são advindos do bagaço e não do catalisador. Os resultados do gráfico confirmam que 0 reciclo da corrente aquosa promove 0 retorno do catalisador ao meio reacional. Descrição Detalhada da Invenção

[0038] A presente invenção propõe um processo alternativo de liquefação hidrotérmica, sem obrigatoriedade de emprego de atmosfera redutora, com uso de um catalisador gerado a partir de um resíduo de uma biomassa, onde o dito catalisador é produzido de forma a possuir características úteis para o processo de liquefação de biomassa.

[0039] Entre essas características, destacam-se, o elevado teor de metais alcalinos (>50%) e sua elevada solubilidade em água, o que viabiliza seu reuso e permite que o processo recicle toda a fração aquosa formada, reduzindo drasticamente o consumo de água e elevando o rendimento de bio-óleo pela re incorporação dos produtos oxigenados solúveis na fração aquosa ao meio reacional, além da reinserção do catalisador no mesmo.

[0040] O processo de liquefação proposto utiliza um catalisador, acima descrito, em temperaturas de 250-300°C e baixo tempo de residência, 0 (zero) min em reator operando em regime de batelada (apenas tempo de rampa de aquecimento 40-60min), com pressões de 900-1300 psig, empregando-se de 1 % a 10% m/m, preferencialmente 5% m/m, de catalisador em relação à massa de biomassa seca e teor de sólidos de 5 - 20% m/m na carga (biomassa seca+ água).

[0041] Nesse processo, a corrente aquosa gerada conserva a função catalítica obtida pelo uso do catalisador apresentado anteriormente, graças a sua elevada solubilidade, e também contém compostos oxigenados. Essa corrente é então reciclada, reduzindo drasticamente a necessidade de água no processo e mantendo a atividade catalítica. O processo caracteriza-se por taxas de liquefação superiores a 85% e rendimentos de bio-óleo superiores a 40%. [0042] O resíduo sólido formado no processo ( chat) pode, alternativamente, ser queimado em caldeiras para geração de energia ou como matéria-prima para geração de materiais adsorventes.

[0043] Também de forma alternativa, a corrente gasosa pode ser reciclada para o reator de forma a gerar uma atmosfera redutora; pode ser oxidada totalmente para recuperação de energia ou pode passar por processos de separação com membranas para obtenção de gás de síntese (H2+CO).

[0044] A biomassa usada como matéria-prima pode ser qualquer material lignocelulósico; lignina, obtida de bagaço de cana-de-açúcar através de processo hidrolítico ácido; qualquer material graxo; qualquer material proteico; ou ainda uma mistura de dois ou mais materiais dos acima descritos.

[0045] Como pode ser observado na Figura 1 , a forma esquemática do processo de liquefação proposto inclui as correntes (1), (2) e (3), que são compostas por água de reposição, catalisador de reposição e biomassa, que alimentam 0 reator de liquefação (4).

[0046] Após a conversão, os produtos são enviados a um separador (5) onde são separadas as correntes gasosas (6), sólida (7), aquosa (8) e oleosa (bio-cru) (9).

[0047] A Figura 1 ainda demonstra que a corrente (6) pode ser opcionalmente reciclada ao reator para manutenção de atmosfera redutora. Outra opção, não demonstrada na Figura 1 , trata do fato de que a corrente (6) pode sofrer 0 processo de separação por membranas para a obtenção de gás de síntese para outras aplicações, e em mais um aspecto inventivo, a corrente (6) pode ser utilizada para a geração de energia através da sua oxidação total. [0048] A Figura 1 ainda trata da corrente (8) que é reciclada (corrente 10) de forma a reutilizar 0 catalisador e reinserir os compostos oxigenados hidrossolúveis na rede reacional.

[0049] Outro ponto esquematizado na Figura 1 é 0 direcionamento da corrente (9) a processos convencionais de refino de petróleo ou para tratamentos visando a melhoria da qualidade do bio-cru.

[0050] Ademais, a corrente (7) pode ser direcionada a uma caldeira de forma a gerar energia para 0 processo ou ainda ser matéria-prima para produção de adsorventes.

[0051] Dessa forma, a presente invenção trata de um processo para produzir bio-óleo bruto a partir de biomassa com elevado teor de umidade, que compreende as seguintes etapas: a. Preparar a carga do processo misturando água e biomassa lignocelulósica residual de modo a formar uma mistura contendo de 5% a 20% em peso de biomassa seca; e adicionando catalisador de modo que sua concentração seja de 1 a10% m/m, em relação à biomassa seca. b. Liquefazer hidrotermicamente (HTL) a mistura preparada em (a), aquecendo-a a uma temperatura na faixa de 250-300 Q C, a uma pressão de 900-1300 psig. c. Resfriar a mistura após o término da reação. d. Enviar os produtos formados a um separador onde são separadas as correntes gasosa, sólida, oleosa e aquosa, a qual contém o catalisador. e. Reciclar a corrente aquosa separada em (d) para o início do processo, de modo a reutilizar o catalisador e reincorporar os compostos oxigenados ao meio reacional.

[0052] Em um primeiro aspecto, as correntes de água de reposição, catalisador e biomassa alimentam o reator de liquefação.

[0053] Em um segundo aspecto, a corrente oleosa obtida na etapa (d) é composta de um bio-óleo.

[0054] Em um terceiro aspecto, a corrente gasosa obtida na etapa (d) pode ser opcionalmente reciclada ao reator para a manutenção de atmosfera redutora ou sofrer um processo de separação por membranas para a obtenção de gás de síntese.

[0055] Em um quarto aspecto, a corrente gasosa obtida na etapa (d) pode gerar energia através da sua oxidação total.

[0056] Em um quinto aspecto, a corrente aquosa obtida na etapa (d) é reciclada de forma a reutilizar o catalisador e reinserir os compostos oxigenados hidrossolúveis no meio reacional.

[0057] Em um sexto aspecto, a corrente oleosa obtida na etapa (d) é direcionada para processamento em unidades de refino convencional de petróleo ou para unidades dedicadas ao melhoramento da qualidade do bio-cru. [0058] Em um sétimo aspecto, a corrente sólida obtida na etapa (d) pode ser direcionada a uma caldeira de forma a gerar energia para o processo ou para produção de adsorventes.

[0059] Em um aspecto adicional o teor de biomassa na mistura biomassa + água, descrita na etapa (a), é de 5-20% m/m.

[0060] Em um segundo aspecto adicional, o mencionado processo produz uma corrente líquida oleosa, rica em moléculas renováveis, denominada de biocru (ou bio-óleo), com menor teor de oxigénio, menor percentual de água e menor acidez que os biocrus produzidos processos termoquímicos de conversão de biomassa.

[0061] Em um terceiro aspecto adicional, o mencionado processo compreende uma etapa de recuperação e reciclagem do catalisador na etapa (d) e (e).

[0062] Em um quarto aspecto adicional, a biomassa é selecionada a partir do grupo que consiste de: biomassa de qualquer material celulósico; lignina obtida de bagaço de cana-de-açúcar através do processo hidrolítico ácido; qualquer material graxo; qualquer material proteico ou a mistura de dois ou mais dos materiais acima descritos.

[0063] No processo descrito anteriormente, o catalisador utilizado é um catalisador homogéneo e composto majoritariamente por potássio. O mencionado catalisador é utilizado em concentração de 1% a 10% p/p, com relação ao peso total da biomassa.

[0064] Ainda no que tange ao processo descrito anteriormente, frise-se que é realizado pelo reciclo da fração aquosa gerada, que contém o catalisador e alguns dos produtos oxigenados, de forma que a necessidade de reposição de água para o processo seja minimizada, e que a atividade catalítica seja mantida com concomitante incorporação de compostos oxigenados ao meio reacional, o que resulta em uma elevação do rendimento de bio-óleo.

[0065] Em mais uma variante inventiva, o catalisador para liquefação hidrotérmica de correntes de biomassa, é obtido através da calcinação, em caldeiras, de resíduos de produção de óleo de mamona. A calcinação é realizada a 600 Q C e os resíduos de produção de óleo de mamona utilizados são casca de mamona (epicarpo + mesocarpo).

[0066] Nesta variante, vale destacar que o catalisador é um sólido, de fácil manuseio, não tóxico, com baixo custo de produção, reutilizável, com elevado teor de metais alcalinos (>50%) e elevada solubilidade em água, o que viabiliza seu reuso e permite que o processo recicle toda a fração aquosa formada, reduzindo drasticamente o consumo de água e elevando o rendimento de bio- óleo pela reincorporação dos produtos oxigenados solúveis na fração aquosa ao meio reacional, além da reinserção do catalisador no mesmo.

[0067] Em uma última variante inventiva, o catalisador para liquefação hidrotérmica de correntes de biomassa, é definido como um catalisador que apresenta taxas de liquefação superiores a 85% e rendimentos da corrente oleosa superiores a 40%, em que o referido processo melhora o rendimento de bio-óleo em pelo menos 30% em comparação ao processo não catalisado.

[0068] EXEMPLOS [0069] EXEMPLO A

[0070] Para a realização dos experimentos de liquefação foi utilizado um reator do tipo autoclave com controle de temperatura. O teor de umidade da biomassa foi determinado e cerca de 10g deste material, em base seca, foi adicionado ao reator. A quantidade de água foi calculada levando em consideração a água já presente na biomassa. Após carregamento de água e biomassa o reator é fechado e purgado com nitrogénio.

[0071] Em seguida, o reator é pressurizado a 100 bar durante 1 h para verificação de estanqueidade. Após esta etapa, inicia-se o aquecimento do reator até a temperatura desejada. O tempo de residência é contado a partir do momento que a temperatura de teste é alcançada. Após o término do tempo de reação o aquecimento é desligado e todo o isolamento térmico é removido para uma rápida refrigeração do sistema. Conversão (X) (grau de liquefação) e rendimentos (Y) de bio-óleo (BO) e char são calculados conforme equações abaixo.

. 100

MBO

¾o(%) = . 100

Mbagaço

Mchar

Ychar(%) . 100

Mbagaço

Em que M é a massa do material.

[0072] Liquefação hidrotérmica não catalisada

[0073] Os ensaios de liquefação hidrotérmica não catalisada foram realizados a 300°C com 0 min de tempo de residência. O tempo de rampa de aquecimento para esse sistema foi de 60 minutos. Após o primeiro teste a fração aquosa foi separada e reutilizada no segundo teste. O mesmo procedimento foi realizado para o terceiro teste.

[0074] Observa-se na Tabela 1 que no primeiro teste é alcançada conversão próxima de 80%, com rendimento de bio-óleo em torno de 27%. Entretanto, com a reutilização da fração aquosa a conversão cai drasticamente, para patamares da ordem de 60%, o que significa uma elevação do rendimento de char para 20% no primeiro reuso e para 40% no segundo reuso. T al efeito é atribuído à presença de ácidos orgânicos na fração aquosa, os quais podem catalisar a formação de char. Entretanto, observa-se que o rendimento de bio-óleo não é afetado pelo reciclo da corrente aquosa, mantendo-se estável em 27%.

Tabela 01

[0075] EXEMPLO B

[0076] No exemplo B foi utilizado mesmo procedimento detalhado no exemplo A, entretanto com o emprego do catalisador, na proporção de 5% m/m da biomassa em base seca, preparado a partir de casca de mamona.

[0077] O catalisador foi gerado através da calcinação de casca de mamona (teor de inorgânicos de 7%), em fluxo de ar a 600°C por 6h. O produto resultante apresentou a composição da tabela abaixo, obtida por técnica de fluorescência de raios X. Tabela 02

[0078] Observa-se na Tabela 3 que, com o emprego do catalisador, a conversão inicial atinge valor superior a 90%, enquanto o rendimento de bio-óleo chega a 36%. Estes valores são superiores aos observados para o sistema não catalisado (exemplo A) e mostram o papel do catalisador nesta reação.

[0079] Com o reuso da fração aquosa o rendimento de bio-óleo sobe para 43% e em seguida para valor superior a 45%. Essa elevação do rendimento de bio-óleo indica que o efeito catalítico é mantido e que os produtos oxigenados são reincorporados quando o reciclo da corrente aquosa é realizado. Além disso, um possível efeito dos ácidos orgânicos presentes na fração aquosa na catálise da formação do charé mitigado, o que fica evidenciado pela pequena queda na conversão.

Tabela 03

[0080] Após o teste inicial a fração sólida gerada (char) foi calcinada e o resíduo inorgânico obtido foi submetido a análise de difração de raios X de forma a verificar se os compostos do catalisador estavam sendo concentrados no resíduo sólido. Observa-se na Figura 2 que o padrão de difração do catalisador difere substancialmente daquele observado para os compostos inorgânicos presentes no char formado na reação, com a presença de catalisador. Por outro lado, o padrão de difração dos inorgânicos presentes no char é muito similar àquele obtido para os inorgânicos presentes no bagaço de cana. Tal observação leva a conclusão de que os inorgânicos presentes no char são advindos do bagaço e não do catalisador empregado no teste. Os resultados corroboram a observação de que o reciclo da corrente aquosa promove o retorno do catalisador ao meio reacional.

[0081] EXEMPLO C

[0082] No exemplo C foi utilizado mesmo procedimento detalhado no exemplo B, entretanto com o emprego de carbonato de potássio PA como catalisador. Observa-se na Tabela 04 um comportamento similar ao obtido com o catalisador preparado a partir da calcinação da casca de mamona. Os resultados devem ser comparados com os exemplos A e B.

Tabela 04

[0083] A Tabela 05 sumariza os resultados obtidos nos exemplos A, B e C. Observa-se que o processo não catalisado é o que apresenta os menores rendimentos em bio-óleo e menores conversões da matéria-prima lignocelulósica. Além disso, neste processo o reuso da fração aquosa permite a manutenção do rendimento de bio-óleo em patamar estável, entretanto a conversão sofre elevada redução, com concomitante aumento do rendimento de produto sólido (char).

[0084] Já com o uso do catalisador preparado observa-se um aumento expressivo no rendimento de bio-óleo e o reciclo da fase aquosa permite, de forma concomitante, a reintrodução do catalisador no sistema e também de compostos orgânicos, de forma que o rendimento de bio-óleo é ainda elevado em relação ao observado inicialmente. [0085] Utilizando a mesma estratégia de processo, mas com o emprego de um catalisador clássico, obtém-se resultados bastante similares aos obtidos com catalisador preparado. Entretanto, vale notar que este catalisador é um reagente de elevada pureza, diferentemente do catalisador apresentado no exemplo B, que foi preparado a partir de resíduos lignocelulósicos.

[0086] Desta forma, restam claras as vantagens da utilização de dito catalisador em conjunto com a estratégia de processo proposta, que podem promover um elevado rendimento de bio-óleo com menor custo de catalisador e menor consumo de insumos.

Tabela 05

[0087] Deve ser notado que, apesar de a presente invenção ter sido descrita com relação aos desenhos e exemplos, esta poderá sofrer modificações e adaptações pelos técnicos versados no assunto, dependendo da situação específica, mas desde que dentro do escopo inventivo aqui definido.