Refere-se o presente relatório a um modelo de utilidade para uma disposição construtiva introduzida em esteira ergométrica e, mais especificamente, para uma esteira ergométrica de uso residencial.

Como é sabido, as esteiras ergométricas foram criadas para proporcionar o treinamento físico através da simulação de caminhada e de corrida em um ambiente fechado.

Existem no mercado as esteiras profissionais, sofisticadas, para academias de ginástica, e as esteiras residenciais, para uso particular.

Essas esteiras residenciais, quando não estão em uso, ocupam um espaço razoavelmente grande, em proporção aos cómodos de apartamentos e de residências. Para atenuar um pouco o problema, algumas esteiras residenciais têm a prancha de exercício basculante, que pode ser elevada até quase na vertical, mantendo-se apoiada ao piso através de um segundo chassis fixo, de dimensão menor. Para essa condição construtiva as esteiras são montadas em chassis duplos, com mecanismos apropriados.

Mesmo essas esteiras ergométricas, dobráveis e/ou escamoteáveis de alguma forma, continuam ocupando um espaço físico que em muitos casos é significativo, quando pensamos em sua disposição em um cómodo de uma residência.

Outro inconveniente verificado nessas esteiras destinadas ao uso residencial ou doméstico refere-se ao fato de que, para ocupar um espaço físico reduzido, os fabricantes optam por limitar sua estrutura e seus mecanismos internos, o que limitam a sua utilização e tornam sua atuação nem sempre adequado aos desejos do usuário.

É, pois um dos objetivos da presente inovação prover uma disposição construtiva introduzida em esteira ergométrica que permita a sua utilização de forma adequada quando em operação e, que na condição inoperante não ocupe um espaço ocioso na residência. Esses e outros objetivos e vantagens da presente inovação são alcançados com uma disposição construtiva introduzida em esteira ergométrica compreendida por um chassi estrutural, com contorno retangular, possuindo dois eixos transversais, próximos às extremidades, nos quais estão montados rolos, cilíndricos giratórios, entre os quais é montada a lona em forma de correia larga, sobre a qual o usuário irá caminhar ou correr; sendo que essa lona apresenta sua parte superior apoiada e deslizante sobre uma prancha, que ocupa o espaço entre os rolos extremos e as laterais internas do chassi, onde se apoia diretamente ou através de coxins; sendo que um dos rolos tem concentricamente uma polia acionada por um motor eletrico através de correia, o que proporciona o movimento da lona sobre a prancha. De acordo com a inovação, o chassi apresenta uma articulação em sua extremidade transversal onde se aloja o motor, na qual é montada uma placa de contorno similar ao desse chassi sendo que na extremidade oposta a essa articulação ou dobradiça, dita placa possui uma alça, sendo que toda a face superior e externa dessa placa é revestida por um estofamento, típico de poltrona ou de cama; sendo que na face interna dessa placa é provido um braço telescópico que interliga dita placa ao chassi, próximo da linha de articulação desses últimos, para auxiliar na abertura e fechamento angular dessas partes; sendo que a placa em sua face interna e próximo da extremidade que contém a alça, provê um alojamento recuado no qual é disposto de forma escamoteável um painel de comando e de monitoração da esteira; sendo que na condição inoperante a placa é abaixada até apoiar-se sobre o chassi, fechando a esteira para se transformar em uma poltrona ou cama.

A seguir a presente inovação será descrita com referência aos desenhos anexos, nos quais:

A figura 1 representa uma vista em elevação da esteira em condição fechada e inoperante;

A figura 2 representa uma vista de topo da esteira em condição fechada e inoperante;

A figura 3 representa um corte vertical longitudinal da esteira em sua condição inoperante, tomado segundo a linha "A-A" da figura 2;

A figura 4 representa um corte horizontal da esteira, tomado segundo a linha "B-B" da figura 2;

A figura 5 representa uma vista em elevação da esteira em sua condição aberta e pronta para uso; e

A figura 6 representa uma vista em perspectiva da esteira, com o assento levantado, ou seja, em sua condição de uso.

De acordo com essas ilustrações, a disposição construtiva introduzida em esteira ergométrica, objeto da presente inovação, é compreendida por um chassis estrutural 1 , com contorno retangular, possuindo dois eixos transversais 2, próximos às bordas transversais desse chassi 1 , nos quais estão montados rolos 3, cilíndricos e giratórios, entre os quais é montada uma lona 4 em forma de correia larga, sobre a qual o usuário irá caminhar ou correr, por ocasião do uso da esteira.

Essa lona 4 tem sua parte superior apoiada e deslizante sobre uma prancha 5, que ocupa o espaço entre os rolos 3 e os laterais internos das bordas longitudinais do chassi 1 , onde se apoia diretamente ou por meio de coxins.

Um dos rolos 3 está axialmente conectado a uma polia 6, que por sua vez é acionada por um motor elétrico 7, através de uma correia 8, o que proporciona o movimento da lona 4 sobre a prancha 5, vide figura 4.

O chassi 1 , na borda extrema do lado onde se aloja o motor 7, possui uma dobradiça 9 ou articulação para uma permitir o acoplamento articulado de uma placa 10, de contorno similar ao do chassi 1 , sendo que na borda extrema e oposta à dobradiça 9 esse chassi 1 possui uma alçai 1. Assim essa placa 10 recebe em sua superfície externa um estofamento 12, típico de poltrona ou de cama. De acordo com as figuras 5 e 6, ao se levantar a placa 10, com seu estofamento 12, até próximo à vertical, fica exposta e acessível a lona 4 da esteira sobre a qual o usuário realiza seu exercício de caminhada. O levantamento dessa placa 10 é auxiliado por uma mola 13 a gás, vide figura 5, presa entre a mesma e o chassi 1.

A placa 10 possui, na extremidade próxima à alça 11 , um alojamento reentrante onde se embute o painel 14 de comando e de monitoração da esteira, vide figuras 5 e 6. O painel 14 pode ser articulado no alojamento para permitir ao usuário colocá-lo em posição mais adequada à sua visualização.

O chassi 1 pode receber pés 15 com coxins para isolar o piso de vibrações transmitidas pela caminhada do usuário.

Quando a esteira não estiver em uso para exercício, a placa 10 é abaixada até apoiar-se sobre o chassi 1 , e o conjunto se transforma em uma poltrona ou cama, vide figuras 1 , 2 e 3.

Dessa forma, a esteira ergométrica, quando desativada, não ocupa nenhum espaço no aposento, e não interfere na estética do local.