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Title:
ARTIFICIAL-RESPIRATION HELMET, METHOD FOR MANUFACTURING AN ARTIFICIAL-RESPIRATION HELMET, AND METHOD FOR MANUFACTURING A HATCH FOR AN ARTIFICIAL-RESPIRATION HELMET
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2022/016240
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to an artificial-respiration helmet (100) with a one-piece structure comprising a bubble (200), a supporting ring (300), an inner weld seam (400), a sealing film (500), an outer strap (600) and a coating and finishing layer (700). The present invention also relates to a method for manufacturing a helmet (100) according to the invention and to a method for manufacturing one or more hatches (220) for a helmet (100) according to the invention.

Inventors:
DE SOUZA GUILHERME THIAGO (BR)
AVILES JAIME EDUARDO GALVEZ (BR)
Application Number:
PCT/BR2020/050274
Publication Date:
January 27, 2022
Filing Date:
July 20, 2020
Export Citation:
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Assignee:
DE SOUZA GUILHERME THIAGO (BR)
AVILES JAIME EDUARDO GALVEZ (BR)
International Classes:
A62B17/04; A61M16/06; A62B18/04
Domestic Patent References:
WO2007128571A22007-11-15
Foreign References:
EP2548600B12019-11-13
EP2684578A12014-01-15
US20110226240A12011-09-22
ITMI20082138A12010-06-04
ITMI20090754A12010-11-05
EP3320941A12018-05-16
US20030135915A12003-07-24
CN209361566U2019-09-10
Attorney, Agent or Firm:
LICKS ATTORNEYS (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. Capacete para respiração artificial, caracterizado pelo fato de ser uma estrutura monobloco compreendendo: a. Bolha (200); b. Aro de sustentação (300); c. Tira de soldagem interna (400); d. Película de vedação (500); e. Cinta externa (600); e f. Capa de revestimento e acabamento (700).

2. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a bolha (200) compreender uma estrutura principal (210), transparente, na qual é disposta pelo menos uma escotilha de acesso

(220) dimensionalmente estável.

3. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de a escotilha de acesso (220) ser formada por um corpo

(221), uma tampa roscada (222) e, em que o corpo (221) é fixado à estrutura principal (210) por meio de uma cinta de fixação (223), sendo disposta sobre cinta de fixação (223) uma capa de revestimento e acabamento (224).

4. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 2 e 3, caracterizado pelo fato de o corpo (221) ser inserido em um recorte da estrutura principal (210), sendo o diâmetro do recorte menor que o diâmetro do corpo (221) da escotilha (220), formando-se uma manga ao redor do corpo (221) que se projeta para dentro do volume do capacete (100).

5. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a estrutura principal (210) ser uma peça tubular, preferencialmente cilíndrica, com uma de suas extremidades fechada e a outra aberta, em que o diâmetro da extremidade aberta é igual ou maior do que o diâmetro externo do aro (300).

6. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a tira de soldagem interna (400) ser disposta no perímetro interno do aro (300) realizando e compondo o fechamento e a vedação da estrutura principal (210) com o aro (300).

7. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a extremidade aberta da estrutura principal (210) ser vestida sobre o aro (300) até passar da extremidade inferior do aro (300) a uma distância suficiente para permitir a soldagem com um mínimo de folga dimensional.

8. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 1 e 7, caracterizado pelo fato de a tira de soldagem interna (400) ser soldada duplamente, formando uma solda inferior (410) que fixa a extremidade aberta da estrutura principal (210) ao perímetro inferior da tira de soldagem interna (400); e uma solda superior (420) que fixa o perímetro superior da tira de soldagem interna (400) à parede interna da estrutura principal (210).

9. Capacete para respiração artificial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a película de vedação (500) ser uma membrana troncônica flexível com diâmetro externo ligeiramente menor do que o diâmetro externo do aro (300), possuindo uma abertura central para passagem da cabeça do paciente, sendo disposta sobre a altura do aro (300), fixada pela cinta externa (600) que será coberta pela capa de revestimento e acabamento (700).

10. Método de fabricação de capacete para respiração artificial, caracterizado pelo fato de ser para a fabricação de um capacete (100) monobloco definido nas reivindicações 1 a 9.

11. Método, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de compreender as seguintes etapas de método:

I. Prover uma bolha (200) tubular com estrutura principal (210) com uma extremidade fechada e outra aberta;

II. Vestir a extremidade aberta da estrutura principal (210) sobre um aro (300), até passar da extremidade inferior do aro (300);

III. Soldar uma tira de soldagem interna (400) em uma solda inferior (410), fixando a extremidade aberta da estrutura principal (210) ao perímetro inferior da tira de soldagem interna (400);

IV. Soldar uma tira de soldagem interna (400) em uma solda superior (420), fixando o perímetro superior da tira de soldagem interna (400) à parede interna da estrutura principal (210);

V. Esticar uma película (500) e vesti-la externamente sobre a altura do aro (300);

VI. Fixar externamente sobre a película (500) uma cinta externa (600); e

VII. Dispor sobre a cinta externa (600) e o aro (300) uma capa de revestimento e acabamento (700).

12. Método de fabricação de escotilha para capacete para respiração artificial, caracterizado pelo fato de ser para a fabricação de um capacete (100) monobloco definido nas reivindicações 1 a 9 e fabricado por um método definido nas reivindicações 10 e 11.

13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de compreender as seguintes etapas de método:

I. Prover uma bolha (200) tubular com estrutura principal (210);

II. Realizar no filme da estrutura principal (210) um recorte em forma de círculo e com diâmetro menor que o diâmetro do corpo (221); III. Inserir o corpo (221) no recorte no filme;

IV. Dispor a cinta de fixação (223) ao redor do corpo (221) e apertar e/ou tracionar e/ou travar a cinta de fixação (223); e

V. Dispor a capa de revestimento e acabamento (224) sobre a cinta de fixação (223).

Description:
CAPACETE PARA RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL, MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE CAPACETE PARA RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL E MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE ESCOTILHA PARA CAPACETE PARA RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL Campo de aplicação

[001] A presente invenção pertence ao campo dos dispositivos, sistemas e meios para influenciar ou auxiliar o sistema respiratório de um paciente e, mais especificamente, ao campo dos dispositivos especialmente adaptados a outros sistemas médicos respiratórios.

Introdução

[002] A presente invenção se refere a um capacete para respiração artificial, em que dito capacete exibe construção em monobloco. A presente invenção também se refere a um método de fabricação de dito capacete para respiração artificial. Por fim, a presente invenção se refere ainda a um método de fabricação de uma escotilha para o referido capacete. Ditos capacete e métodos também são capazes de permitir uma vedação adequada a diversos usos médicos, com uso facilitado para diferentes profissionais da saúde, ao mesmo tempo em que reduzindo desconfortos aos pacientes. Além disso, o presente capacete pode compreender uma ou mais escotilhas de acesso rápido, que aumentam a segurança para o paciente, permitindo intervenções rápidas da equipe médica sem a necessidade de remoção do capacete.

Fundamentos

[003] Como já sabido, métodos e sistemas não-invasivos de ventilação e respiração artificial comumente compreendem o uso de capacetes ou de máscaras, os quais se conectam a outros dispositivos como ventiladores pulmonares e respiradores mecânicos.

[004] No caso das máscaras, estas normalmente se caracterizam por serem presas ao rosto do usuário por meio de tiras elásticas, laços ou abraçadeiras, cobrindo parcialmente o rosto do seu usuário e cobrindo, necessariamente, nariz e boca. Dentre as suas amplamente conhecidas desvantagens, destaca-se o fato de implicarem em desconforto ao usuário, especialmente após longo período de uso. Por exibirem também poucas variações de tamanho, são frequentes os casos de inadequação ao porte físico do seu usuário, resultando em ferimentos e contusões, especialmente nas regiões onde elas são fixadas e exercem maior pressão sobre a pele.

[005] Já os capacetes ou hoods possuem normalmente um corpo principal de formato substancialmente cilíndrico, cobrindo toda a cabeça do usuário, sendo vedados hermeticamente e, muitas vezes, se apoiando sobre seus ombros. Esta opção de interface costuma ter como grande benefício o fato de dispensar a respiração ou ventilação invasiva, ainda mais em pacientes estáveis, oferecendo melhor troca de oxigénio e sendo evidentemente mais confortável.

[006] Quando em comparação com as máscaras, os capacetes também oferecem melhor adequação a pacientes que sofrem de uma variedade de outras circunstâncias, como, por exemplo, de claustrofobia e que podem interagir negativamente com o uso das máscaras.

[007] Adicionalmente, estudos comprovam que o uso de dispositivos como os capacetes no lugar das máscaras oferece resultados melhores, do ponto de vista do não-uso de intubação dos pacientes. Estudos tais como o "Effect of Noninvasive Ventilotion Delivered by Helmet vs Foce Mosk on the Rote of Endotrocheol Intubotion in Potients Wlth Acute Respiratory Distress Syndrome: A Randomized Clinicai Trial " (Bhakti K. Patel, Krysta S. Wolfe, Anne S. Pohlman, Jesse B. Hall, John P. Kress, JAMA 2016. Jun 14; 315(22):2435-41), apontam inclusive um menor tempo de UTI para os pacientes tratados com sistemas de ventilação incluindo capacetes em detrimento das máscaras. [008] Nota-se, contudo, que o estado da técnica compreende diversas soluções para capacetes que ainda não satisfazem as várias demandas das diferentes ramificações da saúde. Estas incluem não só as demandas do paciente com problemas respiratórios, mas as da equipe multitarefas a tratá-lo, a exemplo de médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e assim por diante. Tais demandas incluem não só a comodidade do paciente, mas também estanqueidade da máscara para segurança dos profissionais, além de versatilidade para os diferentes tratamentos aos quais este paciente possa vir a ser submetido e total segurança para acesso à cabeça do paciente, especialmente em casos de urgência e/ou emergência.

Estado da técnica

[009] Existem diversas soluções no estado da técnica para capacetes de respiração ou ventilação. Uma solução é provida pelo documento patentário de número US 2011/0226240, intitulado "Hood para ventilação não-invasiva de pacientes" que descreve um hood para ventilação não invasiva de pacientes, compreendendo um corpo de contenção provido de pelo menos uma porção opticamente transparente e com um colarinho que pode ser acoplado hermeticamente ao pescoço do paciente cuja cabeça é acomodada dentro do corpo de contenção. Este hood compreende ainda um corpo anular, no qual uma almofada é selada a quente ou fixada e que pode ser associada ao redor do pescoço e fixada ao corpo de contenção. O corpo anular fixado ao corpo de contenção é substancialmente rígido e adaptado para atuar como um elemento de apoio, juntamente com a almofada, para o colarinho.

[010] Contudo, nota-se a solução de US 2011/0226240 exibe problemas comuns a vários tipos de capacete do estado da técnica, em que sua montagem e desmontagem não são intuitivas e exigem treinamento específico para os responsáveis pelo seu uso. [011] Além disso, não possui escotilhas de acesso rápido de construção segura e há a presença obrigatória de alguns itens como a almofada, o que resulta em problemas de adaptabilidade a diferentes tipos de paciente, com diferentes proporções físicas. Além disso, é notável a pluralidade de componentes e peças de que esta solução depende, incluindo pinos de fixação para o corpo anular, bases rígidas, pinos de articulação, dentre outros.

[012] Outro exemplo do estado da técnica é revelado pelo documento patentário de número CA2658065, intitulado "Capacete para respiração artificial sem o auxílio de máscaras faciais ou tubos traqueais, com melhor vestibilidade". Dito documento divulga um capacete para respiração artificial, sem o auxílio de máscaras faciais ou tubos traqueais, com melhor vestibilidade, que compreende um corpo para conter a cabeça do paciente e um colarinho - para formar uma vedação hermética ao redor do pescoço do paciente - feito de material plástico flexível, uma pluralidade de encaixes fixados ao corpo de contenção para a conexão de um aparelho de ventilação, de outros acessórios e para a liberação de ar. O colarinho é diretamente conectado a uma extremidade inferior do corpo de contenção, em que o corpo de contenção e o colarinho são feitos de material flexível.

[013] Nota-se que o documento patentário CA2658065 propõe novamente o uso de uma almofada fixa à estrutura, com a já discutida desvantagem de não oferecer versatilidade e adaptabilidade a diferentes tipos de paciente, com diferentes proporções físicas. A ausência de qualquer estrutura rígida no capacete também é uma desvantagem pelo peso natural dos acessórios, mangueiras e demais itens anexos ao capacete, prejudicando sua operação e o conforto do paciente.

[014] Finalmente, ainda com relação a CA2658065, nota-se duas importantes desvantagens comuns ao estado da técnica, que são as pouco versáteis escotilhas e aberturas de uso dedicado e exclusivo a determinadas válvulas e aparelhos; e a forma de fechamento do capacete no pescoço do paciente, com uso de cordas e botões. Quanto a este último item, destacamos que, além de pouco versátil e com evidentes problemas de estanqueidade e conforto no uso em crianças e pacientes de portes físico fora do padrão, a solução não vai de encontro aos melhores hábitos e protocolos de higiene hospitalar.

[015] Outros exemplos do estado da técnica pertinente que demonstram desvantagens similares são revelados e descritos pelos documentos patentários WO 2003/097145, W02011030087, US5819728, dentre outros.

[016] Como pode ser inferido da descrição anterior, existe espaço para uma solução capaz de sanar as deficiências do estado da técnica. Isto significa dizer um capacete de construção em monobloco, que dispense trabalhos de montagem para os usuários, que seja capaz de permitir estanqueidade, versatilidade de uso em pacientes de diferentes estaturas e características corporais, adaptabilidade a diversos tipos de outros aparelhos, além de oferecer conforto prover também segurança adicional ao paciente a que se destina por compreender uma ou mais escotilhas de acesso rápido mecanicamente estruturadas, permitindo intervenções rápidas da equipe médica sem a necessidade de remoção do capacete.

Objetivos da invenção

[017] O objetivo da presente invenção é, portanto, prover um capacete de respiração monobloco de acordo com as características da reivindicação 1 do quadro reivindicatório anexo.

[018] Outro objetivo da presente invenção é prover um método de fabricação de um capacete de respiração monobloco de acordo com as características da reivindicação 10 do quadro reivindicatório anexo. [019] Outro objetivo ainda da presente invenção é prover um método de fabricação de uma escotilha para capacete de respiração monobloco de acordo com as características da reivindicação 12 do quadro reivindicatório anexo [020] Demais características e detalhamentos das características são representados pelas reivindicações dependentes.

Breve descrição das figuras

[021] Para melhor entendimento e visualização do objeto da presente invenção, este será agora descrito com referência às figuras anexas, representando o efeito técnico obtido, em que, esquematicamente:

Figura 1: apresenta uma vista frontal de um capacete de acordo com a invenção;

Figura 2: apresenta uma vista frontal ampliada do detalhe A da figura 1, em corte parcial;

Figura 3: apresenta uma vista inferior do capacete da figura 1, mostrando a fixação da película ao aro;

Figura 4: apresenta uma vista frontal parcial do detalhe A da figura 1, mostrando a estrutura principal soldada à tira de soldagem interna;

Figura 5: apresenta uma vista lateral em corte parcial de uma escotilha de acesso de acordo com a invenção; e

Figura 6: apresenta a vista da figura 6 com a tampa roscada fechada e com a capa de revestimento e acabamento em posição sobre a cinta de fixação.

Descrição detalhada da invenção Copocete poro respiração ortificiol

[022] O capacete para respiração artificial, ou apenas capacete (100), é uma estrutura monobloco compreendendo: a. Bolha (200); b. Aro de sustentação (300); c. Tira de soldagem interna (400); d. Película de vedação (500); e. Cinta externa (600); e f. Capa de revestimento e acabamento (700).

[023] A bolha (200) compreende uma estrutura principal (210) transparente, pelo menos uma escotilha de acesso (220), um ou mais acessos (230), um ou mais elementos externos (240) e, eventualmente, outros elementos e acessórios adequados.

[024] A estrutura principal (210) forma a parte transparente da bolha (200) e é uma peça tubular, preferencialmente cilíndrica, com uma de suas extremidades fechada e a outra aberta. O diâmetro da estrutura principal (210) deve ser igual ou maior ao diâmetro externo do aro (300). Em caso da estrutura principal (210) não possuir diâmetro de tubo constante, pelo menos o diâmetro da extremidade aberta deverá ser igual ou maior ao diâmetro externo do aro (300). A estrutura principal (210) deve ser confeccionada em um filme ou filme laminado de material transparente, maleável, impermeável, resistente à tração e adequado ao uso hospitalar, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a PVC e podendo ainda ser de outro material ou conjunto de materiais com características similares desde que obedecendo às especificações acima.

[025] A escotilha de acesso (220) da invenção é uma estrutura dimensionalmente estável que permite o acesso rápido e seguro ao interior do capacete (100), sendo formada por um corpo (221) que pode ser, mas não se limita a um corpo (221) em forma de anel com rosca externa, uma tampa roscada (222) e, em que o corpo (221) é fixado à estrutura principal (210) por meio de uma cinta de fixação (223), feita de material resistente, preferencialmente metálico que, além da função de fixação, garante a estruturação e estabilidade dimensional da escotilha de acesso (220). Para fins de acabamento, poderá ser disposta sobre a cinta de fixação (223) uma capa de revestimento e acabamento (224), de material resiliente, resistente e adequado ao uso hospitalar, sendo preferencialmente, mas não se limitando a um material laminado e/ou adesivo laminado, podendo incluir uma ou mais opções de cobertura plástica, termoplástica, látex, silicone e demais materiais adequados, isoladamente ou em combinação.

[026] Para a construção da escotilha de acesso (220), é feito um recorte no filme da estrutura principal (210), em forma de círculo e com diâmetro menor que o diâmetro do corpo (221). O corpo (221) é inserido no recorte no filme e, como o diâmetro do recorte no filme é menor que o diâmetro do corpo (221) da escotilha (220), gera-se uma manga ao redor do corpo (221), que se projeta para dentro do volume do capacete (100). A cinta de fixação (223) é disposta ao redor do corpo (221), que abraça o filme da estrutura principal (210) e o corpo (221). A cinta de fixação (223) é, então, apertada e/ou tracionada e/ou travada e é feito o acabamento cortando-se o excesso de material tanto da cinta de fixação (223) quanto do filme e dispondo-se a capa de revestimento e acabamento (224) sobre a cinta de fixação (223). É de se notar que poderá, eventualmente, ser necessário prever um elemento de vedação entre o corpo (221) e a tampa roscada (222). [027] Os acessos (230) possuem, comumente, uma base (231) e uma tampa e/ou vedação (232) removível, e constituem interfaces entre o capacete (100) e o ambiente externo, possibilitando a fixação de mangueiras, tubos, válvulas, drenos e similares, além da passagem de elementos de monitoramento, sondas, eletrodos, cabos, mangueiras, tubos e demais elementos conhecidos do estado da técnica e comumente usados em conjunto com capacetes (100) da natureza aqui tratada. [028] Os elementos externos (240), por sua vez, são elementos conhecidos do estado da técnica que não proveem interfaces com o exterior, destinando-se à fixação ou acoplamento de cintas, presilhas, suportes e afins similares e adequados.

[029] O aro de sustentação ou aro (300) serve para a estruturação da estrutura principal (210), para garantir a estabilidade dimensional da sua extremidade aberta e evitar o colapso da estrutura maleável, sendo confeccionado em material termoplástico rígido, preferencialmente, mas não se limitando a PVC, podendo ser de outro material ou conjunto de materiais com características similares desde que obedecendo às especificações acima.

[030] A tira de soldagem interna (400) é uma tira de material maleável e soldável, preferencialmente similar ao da estrutura principal (210), sendo disposta no perímetro interno do aro (300) e, assim, realizando e compondo o fechamento e a vedação da estrutura principal (210) com o aro (300). Sua geometria pode ser variável, mas deve ser, preferencialmente, uma tira de seção transversal poligonal e extremidades livres ou um elemento sem extremidades livres, toroidal ou cilíndrico.

[031] A extremidade aberta da estrutura principal (210) é vestida sobre o aro (300) até passar da extremidade inferior do aro (300) a uma distância com a folga dimensional suficiente para permitir a soldagem.

[032] A tira de soldagem interna (400) é soldada duplamente: uma solda inferior (410) fixa a extremidade aberta da estrutura principal (210) ao perímetro inferior da tira de soldagem interna (400); e uma solda superior (420) fixa o perímetro superior da tira de soldagem interna (400) à parede interna da estrutura principal (210), envolvendo integralmente o aro (300) e vedando o conjunto. [033] A película de vedação ou película (500) é responsável pela vedação inferior do capacete (100) em relação ao pescoço do paciente, sendo uma membrana troncônica flexível com um diâmetro externo ligeiramente menor que o diâmetro externo do aro (300), possuindo uma abertura central para passagem da cabeça do paciente. A película (500) deve ser confeccionada em material maleável, impermeável, resistente à tração e adequado ao uso hospitalar, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a látex e podendo ainda ser de outro material ou conjunto de materiais com características similares desde que obedecendo às especificações acima.

[034] A película (500) é esticada e vestida externamente sobre a altura do aro (300), sendo fixada externamente por uma cinta externa (600), a qual é confeccionada em material resiliente, resistente à tração e adequado ao uso hospitalar, sendo, preferencialmente, mas não se limitando a polipropileno, poliácido lático, aço inox e outro material ou conjunto de materiais com características similares desde que obedecendo às especificações acima.

[035] Por sobre a cinta externa (600) e o aro (300) é disposta ainda uma capa de revestimento e acabamento (700), que cobrirá a cinta externa (600), promovendo acabamento e evitando o contato dos usuários esta parte do capacete (100). A capa de revestimento e acabamento (700) deve ser fabricada em material resiliente, resistente e adequado ao uso hospitalar, sendo preferencialmente, mas não se limitando a um material laminado e/ou adesivo laminado, podendo incluir uma ou mais opções de cobertura plástica, termoplástica, látex, silicone e demais materiais adequados, isoladamente ou em combinação.

[036] É de se notar que o capacete (100) da invenção forma uma estrutura de construção em monobloco, que pode ser fornecida pronta para a utilização, dispensando trabalhos de montagem e fixação, garantindo estanqueidade, versatilidade de uso em pacientes de diferentes estaturas e características corporais, adaptável a diversos tipos de outros aparelhos, além de oferecer conforto e segurança ao paciente a que se destina.

Método de fabricação de copocete poro respiração ortificiol [037] O método de acordo com a invenção é um método de fabricação de um capacete (100) de acordo com a invenção, sendo que este capacete (100) uma estrutura monobloco compreendendo bolha (200), aro (300), tira de soldagem interna (400), película (500), cinta externa (600) e capa de revestimento e acabamento (700).

[038] O método de fabricação de um capacete (100) compreende as seguintes etapas de método:

I. Prover uma bolha (200) tubular com estrutura principal (210) com uma extremidade fechada e outra aberta;

II. Vestir a extremidade aberta da estrutura principal (210) sobre um aro (300), até passar da extremidade inferior do aro (300) a uma distância de sobreposição longitudinal;

III. Soldar uma tira de soldagem interna (400) em uma solda inferior (410), fixando a extremidade aberta da estrutura principal (210) ao perímetro inferior da tira de soldagem interna (400);

IV. Soldar uma tira de soldagem interna (400) em uma solda superior (420), fixando o perímetro superior da tira de soldagem interna (400) à parede interna da estrutura principal (210);

V. Esticar uma película (500) e vesti-la externamente sobre a altura do aro (300);

VI. Fixar externamente sobre a película (500) uma cinta externa (600); e

VII. Dispor sobre a cinta externa (600) e o aro (300) uma capa de revestimento e acabamento (700).

[039] É de se notar que o método acima parte da disponibilidade de todos os componentes para a construção do capacete (100) e pressupõe a utilização de materiais, ferramentas, moldes, dispositivos, gabaritos e equipamentos conhecidos do estado da técnica.

[040] Também é de se notar que a sequência de etapas acima listada pode fazer parte de uma ou mais sequências de etapas, anteriores ou posteriores, podendo ainda ser intercalada com uma ou mais outras etapas pertinentes, como etapas de fixação de elementos externos (240) por meio de soldagem, cola e outros meios adequados.

[041] Por fim, as etapas acima podem ser executadas em sequência diferente da indicada, podendo haver alternância e até mesmo agrupamento de etapas, por exemplo, as etapas III e IV podem ser invertidas sequencialmente ou até mesmo agrupadas em uma mesma e/ou única etapa.

[042] O termo solda, no contexto da presente invenção, inclui sem restrições os processos de solda convencional, ultrassom, atrito e demais usuais para a fixação dos materiais aqui listados, isoladamente ou em conjunto, podendo também o processo de solda ser substituído por colas, adesivos e outras formas adequadas, sem, contudo, afastar-se do escopo da presente invenção.

[043] O versado na técnica notará que o capacete (100) da invenção não demanda acoplamento ou separação de suas partes quando do uso, evitando a necessidade de treinamentos complexos da equipe que for utilizá-lo, permitindo foco imediato no acoplamento de equipamentos e periféricos.

[044] Diferente de outras soluções do estado da técnica, sua película de vedação (500) permite estanqueidade e respeita os mais rigorosos protocolos de estanqueidade e higiene. Adiciona-se a isso o fato de que o problema do estado da técnica do desconforto do paciente quando o capacete (100) está em uso é superado, evitando ferimentos e contusões como efeitos colaterais por conta da pressão de laços e cordas utilizados por outras soluções.

Método de fabricação de escotilha poro copocete poro respiração ortificiol [045] O método de fabricação de uma escotilha (220) de acordo com a invenção é um método de fabricação de uma escotilha (220) para um capacete (100) de acordo com a invenção, sendo a escotilha (220) formada por corpo (221), tampa roscada (222), cinta de fixação (223) e capa de revestimento e acabamento (224).

[046] O método de fabricação de uma escotilha (220) de acordo com a invenção compreende as seguintes etapas de método:

I. Prover uma bolha (200) tubular com estrutura principal (210);

II. Realizar no filme da estrutura principal (210) um recorte em forma de círculo e com diâmetro menor que o diâmetro do corpo (221);

III. Inserir o corpo (221) no recorte no filme;

IV. Dispor a cinta de fixação (223) ao redor do corpo (221) e apertar e/ou tracionar e/ou travar a cinta de fixação (223); e

V. Dispor a capa de revestimento e acabamento (224) sobre a cinta de fixação (223).

[047] É de se notar que as escotilhas de acesso (220) de acordo com a invenção permitem acesso rápido em caso de emergências e possuem estruturação mecânica suficiente para evitar travamentos ou problemas de vedação, garantindo estabilidade dimensional e estanqueidade.

Considerações finais

[048] Resta claro que todos os componentes do capacete (100) podem ser fabricados em materiais adequados às devidas aplicações médicas, incluindo, adicionalmente aos já citados, mas sem se limitar a materiais termoplásticos, termofixos, polímeros de um modo geral, diferentes tipos de silicones além de aços cirúrgicos, aço inoxidável, titânio cirúrgico, diversos materiais autoclaváveis.

[049] É evidente que as medidas e relações entre medidas descritas para a presente invenção podem variar de acordo com o dimensionamento do capacete (100). Exaustivos testes práticos, porém, demonstraram que as referidas dimensões e suas relações são altamente eficientes e eficazes na confiabilidade e segurança providas pelo sistema (100) e seu respectivo método. Conclusão

[050] Será facilmente compreendido por aqueles versados na técnica que modificações podem ser realizadas na presente invenção sem com isso se afastar dos conceitos expostos na descrição acima. Essas modificações devem ser consideradas como compreendidas pelo escopo da presente invenção. Consequentemente, as concretizações particulares descritas em detalhe anteriormente são somente ilustrativas e exemplares e não limitativas quanto ao escopo da presente invenção, ao qual deve ser dada a plena extensão das reivindicações em anexo e de todos e quaisquer equivalentes da mesma.