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Title:
POLYURETHANE-COATED, EXPANDABLE STENTED VALVE PROSTHESIS DESIGNED WITH ANATOMIC CUSPS FOR IMPLANTING BY CATHETER IN THE PULMONARY POSITION IN PEDIATRIC AND ADULT PATIENTS, AND METHOD FOR PRODUCING EXPANDABLE STENTED VALVE PROSTHESIS
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2023/060330
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention pertains to the fields of medical applications, engineering and chemistry and, more specifically, to the field of human necessities, since it relates to the development of a prosthesis designed as an expandable stented valve (2) coated with polyurethane (3) with anatomic cusps (C1), (C2) and (C3) and respective leaflets (2c) without sutures for implanting by cathether in pediatric patients, and implanting by catheter by the double-stent technique, using for that purpose a cylindrical stent (5), when operating on adult patients.

Inventors:
ANGEL MALUF MIGUEL (BR)
Application Number:
PCT/BR2022/050139
Publication Date:
April 20, 2023
Filing Date:
April 26, 2022
Export Citation:
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Assignee:
ANGEL MALUF MIGUEL (BR)
International Classes:
A61F2/24; A61F2/07
Domestic Patent References:
WO2018049492A12018-03-22
Foreign References:
US20170189175A12017-07-06
US9833314B22017-12-05
US8216631B22012-07-10
US10660745B22020-05-26
BR102015029539A22016-06-07
FR2591100A11987-06-12
Attorney, Agent or Firm:
A PROVINCIA MARCAS E PATENTES (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS ”, mais precisamente trata-se de uma prótese (1 ) na forma de Stent Válvula Expansível (2) e Stent Cilíndrico (5) confeccionados em tubos de Cobalto-Níquel de pelo menos 8 mm recoberto de poliuretano (3), caracterizado por

- O Stent Válvula Expansível (2) o tubo de cobalto-cromo (Co-Ch) de diâmetro cortado a laser computadorizado configurando peça única compreendendo setor anelar (2a) e três hastes flexíveis (2b) ou folhetos; o Stent Válvula Expansível (2) sendo revestido por película de poliuretano (3) que recobre o setor anelar (2a) e as três hastes flexíveis ou folhetos (2b) conformando três cúspides (C1 ), (C2) e (C3); dita película de poliuretano (3) apresentando espessura de 150 micras na sua região anelar (2a) e espessura crescente de 180 micras até atingir 200 micras nas bordas livres (2c) das cúspides (C1 ), (C2) e (C3); ditas bordas livres (2c) da prótese ultrapassam os ápices dos folhetos (2b) em altura (x) de 1 a 3 mm; nos folhetos valvares (2b) é preservado um ângulo de 120° desde o local de coaptação central até a base de implantação no anel valvar (2a); e

- o Stent Cilíndrico (5) variando de pelo menos 3 a 4 cm de comprimento ser revestido de poliuretano de 150 micras.

2 “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO”, de acordo com a reivindicação 1 e em construção preferencial, caracterizado por o Stent Válvula Expansível (2) compreender um corpo com pelo menos 8 a 10 mm de diâmetro, passível de ser expandido com cateter balão (B1 ) em aproximadamente 3 vezes o seu diâmetro, alcançando diâmetros de pelo menos 24 a 30 mm; o stent compreende uma prótese de baixo perfil de pelo menos 26 mm de altura.

3 “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO”, de acordo com as reivindicações 1 e 3, caracterizado por a coaptação das cúspides (C1 ), (C2) e (C3) compreender o fechamento hermético da valva cardíaca no “ponto central” (2d) compreendido pela presença de uma formação nodular entre as bordas livres (2c) dos ditos folhetos valvares (2b).

4. “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO”, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por as três cúspides (C1 ), (C2) e (C3) do stent (2) equivaler às cúspides das valvas pulmonares humana.

5 “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO”, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por o poliuretano (4) aplicados no Stent Válvula Extensível (2) e Stent Cilíndrico (5) ser do tipo Carbothane TPU 3585 A - Lubrizol.

6 “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO”, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por o Stent Válvula Expansível (2) e o Stent Cilíndrico (5) serem conformados originalmente com diâmetro de 8 mm.

7 “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO”, de acordo com a reivindicação 1 , caracterizado por o Stent Válvula Expansível (2) e o Stent Cilíndrico (5), quando expandidos, alcançarem diâmetro máximo de até, pelo menos, 24 mm.

8. “MÉTODO” de obtenção do Stent Válvula Expansível (2) revestido de poliuretano (3) da reivindicação 1 , caracterizado por compreender as seguintes etapas:

- Disposição do Stent Válvula Expansível (2) na superfície da base inferior de um molde macho/fêmea (20), base inferior esta configurada por um suporte cilíndrico de aço inoxidável (10), de pelo menos 22 mm de diâmetro, revestido internamente de material desmoldante Níquel químico e hiposulfito de sódio; a base inferior do molde (20) possuindo três canais equidistantes (21 ) para entrada do poliuretano líquido (3), enquanto que a base superior do molde (20), a porção macho, é conformada por três relevos (22) e um orifício superior (23) de escape do ar;

- Fechamento hermético do molde (20) com Stent Válvula Expansível (2) em seu interior e aquecimento das superfícies internas por meio de resistor elétrico com range de 15 °C a 35 °C durante a injeção de 50ml de poliuretano líquido (3) a baixa pressão mediante bomba pneumática de infusão (30) e correspondentes cateteres de injeção de calibre de 1/8”;

Revestimento de toda superfície do Stent Válvula Expansível (2) pelo poliuretano líquido (3) conformando as três cúspides (C1 ), C2) e (C3) ao redor dos três folhetos (2b) e ao redor do setor anelar (2a), destituídos de suturas;

- Resfriamento do molde (20) à temperatura ambiente e abertura para retirada da prótese (1 ) na forma de Stent Válvula Expansível (2) de pelo menos 8 mm de diâmetro revestido pelo poliuretano líquido (3);

- Secagem (40) da prótese (1 ) Stent Válvula Expansível (2);

- Realização de provas de expansão (50), por exemplo, de 8mm para 24mm;

- Crimpagem (60) por exemplo, de 24mm para 5mm;

- Acondicionamento (70) da prótese (1 ) crimpada em balão (B1 ) e posterior embalagem plástica dupla(E1 ), seguindo à etiquetagem e identificação; e

- Esterilização (80) da prótese (1 ) mediante Radiação Gama (em Câmara de Cobalto), utilizando uma dosagem de 20 kilograys. A preservação da prótese embalada é a seco.

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REIVINDICAÇÕES MODIFICADAS

Recebidas pela Secretaria Internacional no dia 23 de dezembro de 2022 (23.12.2023)

1 - PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS caracterizada por tratar-se de uma prótese (1 ) na forma de Stent Válvula Expansível (2) fabricado por injeção pneumática em molde de aço inox, dito Stent válvula expansível composto por uma rede estrutural tubular formada por losangos simétricos, recoberto de poliuretano (3) com a formação de cúspides anatômicas (4), além de um Stent Cilíndrico (5), composto também por uma rede estrutural tubular formada por losangos simétricos.

2 - PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS segundo a reivindicação 1 , caracterizado pelo fato de que o Stent Cilíndrico (5) é obtido a partir de tubos de liga Cobalto - Cromo de 8mm e 12 mm de diâmetro projetados em Auto CAD, e cortado a laser. Fabricado com dimensões que variam de comprimento, dito stent personalizado, variando de pelo menos 3 a 4 cm de comprimento e pelo menos 24 mm de diâmetro. Podendo ser expandido em três vezes seu dimensional original de pelo menos 8 mm, com cateter balão (B1 ), atingindo diâmetro máximo de até pelo menos 24 a 36 mm

3 - PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS segundo a reivindicação 1 e 2 caracterizado pelo fato de que o Stent Válvula Expansível (2) é revestido por película de poliuretano (Carbothane TPU 3585 A - Lubrizol) (3) que recobre o setor anelar (2a) e as três hastes flexíveis ou folhetos (2b) conformando três cúspides (C1 ), (C2) e (C3)

FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19) equivalentes às cúspides das valvas pulmonares, dita película de poliuretano (3) que apresenta espessura de 150 micras na sua região anelar (2a) e espessura crescente de 180 micras até atingir 200 micras nas bordas livres (2c) das cúspides (C1), (C2) e (C3), ditas bordas livres (2c) da prótese ultrapassam os ápices dos folhetos (2b) em altura (x) de 1 a 3 mm dispensando a utilização de suturas para fixação.

4 - PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE

POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS segundo a reivindicação 1 ,2 e 3 caracterizado pelo fato de que nos folhetos valvares (2b) foi preservado um ângulo de 120° desde o local de cooptação central até a base de implantação no anel valvar (2a). O mecanismo de fechamento valvar é realizado no “ponto central” (2d) facilitado pela presença de uma formação nodular entre as bordas livres (2c) dos ditos folhetos valvares (2b), permitindo o fechamento hermético da valva cardíaca, ou seja, melhor cooptação das cúspides, sem insuficiência valvular.

FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19)

Description:
PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS E MÉTODO DE OBTENÇÃO DA PRÓTESE

STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL

CAMPO DE APLICAÇÃO

[001] A presente invenção se insere no campo de aplicação da Medicina, Engenharia e Química e mais especificamente, na área de necessidades humanas uma vez que se refere ao desenvolvimento de prótese na forma de Stent Válvula Expansível recoberto de poliuretano com a formação de cúspides anatómicas para implante por cateter em pacientes pediátricos e implante por cateter mediante a técnica do Duplo Stent, utilizando, para tanto, um Stent Cilíndrico quando do procedimento em pacientes adultos.

FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA

[002] Como é de conhecimento dos habilitados, válvula pulmonar é a válvula que separa o ventrículo direito cardíaco do tronco da artéria pulmonar. Se encontra aberta na sístole cardíaca, permitindo a passagem do sangue do ventrículo para a circulação pulmonar. Quando ocorre o relaxamento do ventrículo, na diástole cardíaca, esta válvula se fecha, impedindo o refluxo do sangue. A válvula pulmonar é composta de um anel de sustentação, que fixa três cúspides. A insuficiência ou regurgitação pulmonar (RP) é a incompetência da valva pulmonar que provoca fluxo sanguíneo da artéria pulmonar para o ventrículo direito durante a diástole.

[003] O uso clínico inicial das próteses valvares se fez por absoluta necessidade a partir de 1960. Os testes experimentais com as próteses valvares eram pouco encorajadores e não permitiam inferências sobre seu comportamento a médio e longo prazo. Elas eram grandes, trombogênicas e seus anéis de fixação eram espessos, sempre produziam resistência ao fluxo sanguíneo e, por conseguinte, mantinham gradientes pressóricos transvalvar elevados. Mesmo assim, válvulas de folhetos plásticos, de bola e de disco foram implantadas em pacientes cuja gravidade de suas lesões valvares, aórticas ou mitrais, impunha a indicação da troca valvar como único meio para sua sobrevivência. [004] Entre 1960 e 1965, algumas próteses valvares de folhetos plásticos, ainda em testes experimentais, foram usadas para a substituição de valva mitral de uns poucos pacientes. Nesta época 25 pacientes tiveram sua valva mitral substituída por uma válvula monocúspide. Uma válvula monocúspide de silicone foi implantada em três pacientes, enquanto uma válvula tricúspide foi usada para a troca da valva mitral de um paciente. Dez pacientes receberam uma válvula contendo dois folhetos flexíveis, de "Dacron" coberto por silicone, inseridos em uma estrutura de "Exan" 34. Válvulas constituídas por folhetos flexíveis de poliuretano e cordas tendinhas de "Teflon" foram implantadas em onze pacientes.

[005] Porém, todas estas válvulas de folhetos, como já indicavam seus testes experimentais, mostravam-se trombogênicas, funcionalmente deficientes e pouco resistentes. Assim sendo, seu uso clínico foi logo abandonado.

[006] As primeiras próteses usadas para a substituição da valva aórtica humana caracterizavam-se por folhetos de "Teflon" recoberto por borracha de silicone, semelhantes aos folhetos aórticos naturais, que eram suturados diretamente no anel valvar, (Harken e col, 1960). Estes folhetos plásticos, no decorrer de um ou dois anos, rompiam-se em decorrência da pressão exercida pelo fluxo sanguíneo.

[007] Antes que ocorresse, a partir de 1960, a utilização clínica da válvula de bola de Starr-Edwards, que representou o maior e o principal avanço do tratamento cirúrgico das doenças das valvas cardíacas, Hufnagel, em 1952, já havia implantado sua válvula de bola de "lucite" na aorta descendente de pacientes portadores de insuficiência valvar aórtica.

[008] A rápida aceitação da valva de bola de Starr resultou em sua progressiva e constante utilização, embora a mortalidade dos pacientes alcançasse, por vezes, índices de 10 a 20%.

[009] O surgimento dos primeiros inconvenientes inerentes a válvula de bola, seu alto perfil, sua trombogenicidade, as dificuldades de sua fixação e alguns fatores funcionais adversos, observados fundamentalmente nas substituições da valva mitral, fez com que algumas modificações de suas características originais fossem logo propostas. Surgiram, então, dentre outras, a válvula de bola dotada de gaiola dupla, a válvula de bola oca de silicone com gaiola de titânio aberta na junção apical de suas hastes e envolvida por tecido de “Teflon”.

[010] Tais quais as válvulas de bola e de disco, homoenxertos e heteroenxertos frescos de valva aórtica foram testados e experimentados, desde o início dos anos 50, para a substituição das valvas aórtica e mitral.

[011] Alguns homoenxertos mantinham-se preservados durante meses ou anos após suas implantações, porém, seus folhetos tornavam-se espessados e infiltrados por fibroblastos enquanto seus anéis sofriam distensão e, além disto, eram altamente susceptíveis a infecção, mesmo que os pacientes fossem submetidos a antibioticoterapia.

[012] Cinco anos após terem sido implantados em pacientes, acompanhamento dos homoenxertos permitiram verificar que sua esterilização e sua preservação inadequadas causavam intensificação de sua degeneração, de sua calcificação e de suas roturas. Os homoenxertos aórticos usados na substituição da valva mitral tinham mais complicações que os usados na aorta. Só a metade dos homoenxertos se mantinham adequadamente funcionando dez anos após terem sido implantados.

[013] No final dos anos 60 e início dos anos 70, surgiu ainda um novo tipo de substituto valvar que, paulatinamente, modificado e melhorado, iria se constituir no modelo valvar dos anos 80. Eram as válvulas de disco pivotante, disco este preso a um anel rígido através presilhas laterais que permitiam, para abertura do estio valvular, sua báscula a ângulos variáveis, de 50 a 80 graus em relação ao plano do anel. São exemplos destas válvulas a de Bjork-Shiley, a de Lillehei- Kaster, a Omnicience, a Medtronic-Hall e a de Hall-Kaster, todas elas atualmente em uso clínico.

[014] Os anos oitenta foram anos de muitas trocas valvares e de muita análise do desempenho clínico dos diversos substitutos valvares modernos. Algumas conclusões foram estabelecidas, umas definitivas, outras transitórias.

[015] Atualmente, iniciados os anos noventa, meio século após as primeiras tentativas de tratar os refluxos valvares, 30 anos após o advento do uso clínico das próteses valvares, iniciado com a válvula de bola de Starr e prosseguindo com os homoenxertos, com os heteroenxertos e com as válvulas biológicas de pericárdio bovino, já foram resolvidas quase todas as dúvidas existentes sobre o tratamento cirúrgico das lesões das valvas cardíacas. No entanto, persistem ainda algumas incertezas sobre qual seja o substituto valvar mais conveniente para a substituição das valvas cardíacas.

[016] Sabe-se hoje que a decisão de trocar uma valva cardíaca ou submetê-la a uma reparação plástica depende, forçosamente, da análise das condições clínicas, radiológica e hemodinâmica de cada paciente e do estado evolutivo de sua doença e, particularmente, de sua disfunção valvar. Mesmo assim, a avaliação definitiva do aspecto morfológico e funcional da valva lesada implica em sua visão direta durante o ato cirúrgico.

[017] As técnicas destinadas a correção plástica das valvas insuficientes evoluíram e passaram a permitir que um grande número de valvas lesadas pudesse ser conservado e recuperado funcionalmente.

[018] Tem-se como certo que a insuficiência valvar e a dupla disfunção das valvas cardíacas, cujos folhetos possuam acentuadas calcificação e retração fibrótica ou sejam afetados por endocardite, exigem quase sempre a troca valvar. [019] Apesar de toda a evolução por que passaram as próteses valvares mecânicas e as válvulas biológicas, nenhuma delas está livre de problemas estruturais ou funcionais. Complicações maiores ou menores são inerentes a cada modelo de válvula, mecânica ou biológica, manifestam-se cedo ou tarde durante a evolução pós-operatória dos pacientes, ora de maneira abrupta, ora crônica.

[020] As próteses valvares mecânicas têm, sobre as válvulas biológicas, a vantagem de sua longa durabilidade, porém, os pacientes que as possuem estão ainda sujeitos à trombose e ao tromboembolismo, mesmo que sejam convenientemente tratados com anticoagulantes e agentes antiagregantes plaquetários, que algumas vezes podem ocasionar sangramentos orgânicos ou teciduais de difícil controle.

[021] Estudos comprovam que aproximadamente 30% dos pacientes com doença cardíaca congênita têm envolvimento com válvula pulmonar, exigindo cirurgia de reparo ou substituição da válvula.

[022] Nos últimos 60 anos, dois problemas estruturais em próteses cardíacas pediátricas ainda não foram resolvidos: (i) Estrutura rígida da válvula, responsável pelo fenômeno mismatch ((incompatibilidade entre o anel valvar/superfície corpórea) ou disproporção entre o diâmetro da prótese e a superfície corporal do paciente em crescimento, pois as próteses não são expansíveis; e (ii) Calcificação das bordas da válvula. Trata-se de um processo frequente que ocorre em tecidos biológicos, como pericárdio bovino ou outros tecidos, que foram fixados com glutaraldeído ou formaldeído. A migração de cálcio para os ossos é facilmente depositada nas bordas da válvula, comprometendo sua abertura e fechamento, progredindo para insuficiência de válvulas.

[023] Estudos experimentais comparando próteses biológicas e próteses de poliuretano, tem mostrado vantagens desta última: ausência de calcificação, trombose e resistência ao desgaste de suas cúspides.

[024] Nos últimos anos a classe médica especializada tem observado o crescimento das indicações de novas próteses cardíacas, ocupando um lugar de destaque, nas intervenções de substituição valvar. Trata-se de novos stents válvula, implantados por cateter, com abordagem minimamente invasivo, em pacientes adultos com doença valvular. Estes stents válvula, são ideais para pacientes adultos, devido ao diâmetro de seu ostium valvular, havendo poucos recursos para pacientes pediátricos, ou seja, com diâmetros menores que possam ser expandidos em forma programada, evitando assim, múltiplas e sucessivas intervenções cirúrgicas até que o paciente alcance a vida adulta.

[025] A durabilidade das próteses cardíacas biológicas em pacientes pediátricos mostra que apenas 20% (Atik et al. [1 ]) ou 30% ( Turrentine et al. [2]), não necessitam de substituição após 9 anos de implantação. Em casos excepcionais e isolados, próteses biológicas implantadas em crianças podem exceder 15 anos de vida operacional (Maluf et al. [3]). A primeira substituição da válvula cardíaca transcateter humana foi relatada com sucesso em 2000 [4], A válvula Melody® foi aprovada para uso nos Estados Unidos da América em 2010 [5].

[026] Muitos estudos clínicos relataram desfechos precoces e leves e mais de 6.000 válvulas foram implantadas em todo o mundo [6], [7], [8], [9], [10], [11 ], [12], [13], [14], [15],

[027] As restrições na escolha dos grupos pediátricos [17], e a observação da degradação do tecido biológico após o enrugamento, indicam que a vida para próteses operacional é indesejavelmente curta [17], Publicação recente [18] mostrou que é possível implantar stent valvar em posição pulmonar em pacientes com peso inferior a 20 kg, mas com a recusa de casos considerados desfavoráveis ou o registro de complicações da via de acesso da válvula do stent, fez-se necessário reconsiderar a indicação. Enquanto as próteses biológicas evoluem para a mineralização precoce (calcificação), 5 a 6 anos após o implante, os folhetos em poliuretano (PU) mostraram-se livres de calcificação. Essas são algumas das razões pelas quais o poliuretano (PU) é usado para uma variedade de dispositivos médicos [20], [21], [22], [23], [24], [25], [26],

[028] A técnica convencional de aplicação do poliuretano no stent é geralmente realizada por “dip coating" (revestido por imersão) para a formação das cúspides da prótese. Essa técnica não permite obter uma espessura uniforme das membranas que deveriam oscilar entre 150 e 200 micras, para evitar a sua ruptura (<150 micras), ou resistência ao fluxo hídrico (> de 200 micras).

[029] Apesar de ser uma técnica imprecisa (“dip coating’’) para a manufatura das cúspides do Stent Válvula, o resultados dos testes da ISO 5840-3/2015, exigidos pela ANVISA (BR) e FDA (US), têm sido aprovados, mostrando: (i) Resistência da membrana a crimpagem, para seu condicionamento no cateter balão; (ii) Desempenho hemodinâmico e teste de fadiga, no duplicador de pulsos; (iii) Estudo de ultraestrutura com integridade da prótese e ausência de calcificação, com 24 meses de follow-up, de implantes em posição pulmonar, em carneiros [28],

[030] Avaliações recentes, baseadas em 2 grupos de pacientes submetidos a correção de Tetrade de Fallot, obteve-se o seguinte resultado: um Grupo sem reconstrução da válvula pulmonar (alargamento do anel pulmonar com tecido biológico) e outro Grupo com reconstrução do anel pulmonar (prótese bicúspide suína). Um estudo da Ressonância Magnética Nuclear realizado num seguimento de 15 a 30 anos, mostrou diâmetros diastólicos menores e sistólicas e fração de ejeção ventricular direita preservada em pacientes com reconstrução da válvula pulmonar na infância. Os dados coletados neste estudo estão sendo publicados e podem significar uma mudança na conduta cirúrgica no futuro. Os procedimentos de implante de próteses por cateter são indicados para o tratamento da Insuficiência Pulmonar com disfunção do ventrículo direito.

[031] Este procedimento em grupos pediátricos encontra as seguintes dificuldades ou controvérsias: (i) Durabilidade da válvula stent: Os stents válvula, com cúspides biológicas, quando submetidas a crimpagem, sofrem degradação do tecido, com queda da resistência física, até em 50%. As modificações observadas no material do stent podem comprometer a durabilidade a longo prazo do dispositivo; (ii) Calcificação do tecido biológico: A mineralização (calcificação) de folhetos de tecido biológico profético em crianças com uma durabilidade média de 9 anos, é um fenômeno conhecido e documentado [1 ], [2]; (iii) Efeito incompatibilidade: Não há referências bibliográficas ou práticas proféticas da válvula de stent implantada na infância que possam acompanhar o crescimento do paciente, que requer reoperações até chegar à idade adulta. Relatos isolados de implantação de cateteres proféticos em pacientes menores foram relatados [19], mas não estão isentos de comorbidades no acesso vascular [16],

ESTADO DA TÉCNICA

[032] Os documentos WO 2005044138, BR 1120120143166, BR 1120130051809, EP 2986256, WO204166939, WO2015081175, EP2918248, BR 102015032289-5 A2, WO 2016098073 A2, WO 2018049492, US 2019216605, descrevem Stents Válvula e referem-se a protótipos anteriormente desenvolvidos, porém bem diferentes, quando comparados com a presente invenção.

[033] Estes documentos não entram em conflito com o presente pedido, pois o protótipo pleiteado apresenta importantes diferenças e evoluções no que tange ao desenho de Stent Válvula e Stent Cilíndrico, manufatura e implante, utilizando a técnica do “duplo stent”, descritas detalhadamente a seguir e que lhe conferem novidades substanciais e atividade inventiva, frente ao estado da técnica, para o implante em humanos e a entrada no mercado, com produção em série.

BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[034] O Requerente é médico especialista em cirurgia cardiovascular e há anos, junto a equipes multidisciplinares, vem se dedicando ao desenvolvimento de prótese cardíaca na forma de válvula pulmonar que possa ser facilmente expansível, bem como ao estudo de materiais sintéticos para a formação de cúspides de válvulas, refratárias a depósitos de cálcio.

[035] É inventor e titular de pedidos de patentes junto ao IN PI, quais sejam BR 102015032289-5 e BR 10 2016 021508-0 relacionados ao presente assunto e, por ser um constante pesquisador, desenvolvimento o novo Stent Válvula Expansível de Poliuretano, implantado por cateter em pacientes pediátricos ou adultos, que pode ser uma opção para as próteses biológicas, pois mostrou-se eficiente quanto ao problema de calcificação ou incompatibilidade de diâmetro valvar (mismatch) no desenvolvimento da criança, aumentando a durabilidade e reduzindo, consideravelmente, o número de intervenções cirúrgicas.

[036] Assim, a presente invenção se refere a um Stent Válvula Expansível de Poliuretano que busca reproduzir a anatomia e o funcionamento de uma válvula humana sigmoide, compreendendo um anel e três hastes móveis para reduzir a fadiga mecânica dos folhetos, representando uma diferença fundamental em relação aos modelos de válvula stent no mercado atual. O Stent Válvula Expansível de Poliuretano foi produzido por Angio Tomografia computadorizada da válvula aórtica. Estas imagens 3D computadorizadas são impressas na superfície de um tubo de material de cobalto-cromo (Co-Ch) que é então exposto a um raio laser controlado por computador, cortando o tubo ao longo do padrão impresso para produzir o stent com 8 a 10 mm de diâmetro, passível de ser expandido com cateter balão, em aproximadamente 3 vezes o seu diâmetro (24 a 30 mm) e apresentando, em sua finalização, a parte superior padronizada com geometria em forma de três folhetos. O stent fabricado é uma prótese de baixo perfil, ou seja, de 26 mm de altura.

[037] Um segundo Stent Cilíndrico é fabricado com dimensões que variam de comprimento, a serem colocadas no tronco pulmonar, entre o anel da válvula pulmonar e a bifurcação das artérias pulmonares. Este Stent destina-se a corrigir irregularidades (estenose/dilatações), lesões frequentemente observadas no acompanhamento tardio de pacientes submetidos à correção cirúrgica com a implantação de próteses biológicas ou sintéticas. É um Stent personalizado, variando de 3 a 4 cm de comprimento e 24 mm de diâmetro e que é revestido de poliuretano líquido pela técnica convencional “dip coating".

[038] O Stent Válvula Extensível é submetido à um molde térmico e recebe a injeção de poliuretano (Carbothane PC 3585A, Lubrizol®) líquido, de maneira a formara as três cúspides anatómicas da prótese, sem sutura. A espessura das cúspides em poliuretano do Stent Válvula inovado é igual às cúspides da valva sigmoide aórtica ou pulmonar humanas, apresentando, para tanto, uma espessura menor na base dos folhetos (150 micras) e maior espessada na borda livre (200 micras), permitindo melhor coaptação hermética das cúspides, imitando a morfologia da válvula aórtica humana, sem sutura, de tal forma que a membrana funcione como válvula pulmonar sem insuficiência valvular.

[039] A injeção de poliuretano é feito dentro de uma cápsula metálica, recoberta no seu interior por material desmoldante: Níquel químico e hiposulfito de sódio e é utilizado um resistor elétrico que permite aquecer o poliuretano para obter maior aderência ao Stent e a formação de uma válvula de folhetos em poliuretano.

[040] Pela sua característica de ser uma prótese “expansível”, é possível fazer alargamento do seu diâmetro, em forma programada, utilizando um cateter balão. O Stent Válvula é indicado para implante por cirurgia convencional em crianças cujos vasos femorais tenham diâmetro maior de 14 FR (French) e indicado com dilatação programada da prótese com o desenvolvimento do paciente.

[041] A abordagem da válvula pulmonar, para o implante de um Stent Válvula, tem características próprias devido à várias circunstâncias relacionadas a seguir:

- Trata-se de pacientes com cardiopatias congênitas;

- Apresentam hipodesenvolvimento do anel pulmonar e uma valva pulmonar rudimentar ou às vezes ausente;

- O procedimento cirúrgico inclui ampliação do anel pulmonar, geralmente com tecido biológico ou sintético; - Em alguns casos a ampliação do anel e tronco pulmonar é realizado com o implante de prótese pulmonar biológica de anel aberto para acompanhar o desenvolvimento do paciente.

[042] O implante de um Stent Válvula é realizado por abordagem trascateter e, como já mencionado, é possível quando os vasos femorais têm diâmetro maior de 14 FR (French), trazendo benefícios para o paciente, por ser um procedimento menos invasivo, além de ser bem aceito pela estrutura hospitalar e Saúde Pública devido à custos reduzidos do procedimento, reduzindo gastos públicos e aumento do número de cirurgias, além de não agredir o médio ambiente, devido ao fato de não utilizar material biológico, nem soluções químicas para a sua preservação. A prótese é esterilizada com Radiação Gama. [043] O inovado Stent Válvula Expansível recoberto pela técnica de injeção de poliuretano líquido em um molde especialmente desenvolvido para tal, visando obter a formação de três cúspides anatômicas para implante por cateter requer um processo de precisão na confecção das cúspides da prótese e ajustes de medidas para que a mesma prótese implantada em crianças se adapte à anatomia e superfície corpórea do paciente.

[044] Em pacientes com abordagem por procedimento de cirurgia convencional, por não ter diâmetro adequado de vasos femorais (<14 FR), a ampliação do anel pulmonar foi seguido de implante do “Stent Válvula Expansível” isolado, com diâmetro ajustado para o peso do paciente.

[045] E m pacientes com abordagem por procedimento Hemodinâmico, por ter diâmetro adequado de vasos femorais (>14 FR), a ampliação do anel pulmonar ou implante de próteses pulmonar biológica, durante o procedimento cirúrgico corretivo, se acompanham de irregularidades no anel e tronco pulmonar: Presença de estenose ou dilatações aneurismática, acompanhado de fibrose e calcificação. Nestes casos e aplicada a técnica do “Duplo Stent” para corrigir as irregularidades do tronco pulmonar seguido do implante do Stent Válvula Expansível no interior do Stent Cilíndrico, ajustado para o peso do paciente.

OBJETIVO E VANTAGENS DA INVENÇÃO

[046] A presente invenção tem por objetivo o desenvolvimento de um Stent Válvula Expansível em Poliuretano que pode ser aplicado para uso pediátrico, com diâmetros de vasos femorais (<14 FR), a ser implantado por cirurgia convencional em Centro Cirúrgico, enquanto se realizam as correções dos defeitos associados intra e extracardíacos. Os diâmetros utilizados acompanharão o peso e a superfície corpórea do paciente e pelo tamanho do cateter balão.

[047] Para pacientes adultos, com diâmetros adequados de vasos femorais (> 14 FR), a ser implantado por cateter em Sala de Hemodinâmica. O implante do stent cilíndrico ou stent pulmonar nestes casos é realizado pela técnica do “Duplo Stent” devido às irregularidades, tais como fibrose e/ou calcificação do tronco pulmonar submetido à correção cirúrgicas anteriores com a utilização de tecido biológico. Neste caso, inicialmente será colocado o Stent Cilíndrico no tronco pulmonar, para corrigir a estrutura do tronco pulmonar. A seguir, é implantado o Stent Válvula Expansível no seu interior, facilitado por já ter uma armação metálica para a sua ancoragem.

[048] Uma das principais vantagens para o paciente, decorre do fato que o Stent Válvula poder ser expandido, acompanhando o desenvolvimento do paciente, iniciando os implantes a partir de 1 ano de idade e reduzindo o número de reoperações.

[049] Outra vantagens reside na credibilidade da prótese devido aos testes aprovados pela ISO 5840-3/2015, exigidas pela ANVISA (BR) e FDA (US), tais como: Testes Físicos, Testes Hidrodinâmicos, Testes de Fadiga, Testes Experimentais e Testes de Ultraestrutura das próteses explantadas, dos carneiros.

[050] Também podem ser consideradas vantagens para o Meio Ambiente, tais como: o material de poliuretano é resistente à calcificação, esterilizado com Radiação Gama, sem a utilização de soluções químicas para preservação.

[051] A invenção também apresenta vantagens para a Economia, pois a prótese em questão apresenta-se com baixo custo de produção e alto valor agregado, com rápida recuperação dos pacientes implantados e consequente curto tempo de internação hospitalar.

[052] Também há vantagens para o Médico Cirurgião, pois a prótese em questão já foi avaliada e aprovada pelo Método Científico e permite várias opções de implante: Por cirurgia convencional e/ou por acesso de vasos femorais, com implante por cateter.

[053] Há, também, vantagens em relação à manufatura das cúspides de poliuretano, pois as mesmas são realizadas por mecanização, por processos de injeção do poliuretano líquido temperado em cápsula ou molde metálico, onde é alojado o Stent Válvula com anel e três folhetos. O poliuretano líquido é aplicado no Stent Válvula resultando em três cúspides destituídas de sutura.

[054] O processo de desmoldagem e secagem da prótese em questão é facilitado pelo tratamento de revestimento do interior do molde por material desmoldante, mais precisamente Níquel químico e hipofosfito de sódio.

[055] Ao final da moldagem, as cúspides de poliuretano do Stent Válvula apresentam-se equivalentes às cúspides sigmoides aórtica ou pulmonar humanas, ou seja, configuram-se com espessura crescente, iniciando com 150 micras no anel inferior da prótese até 200 micras na borda livre superior, permitindo maior resistência ao desgaste e melhor coaptação das cúspides, além de perfeito fechamento valvar, evitando o indesejado refluxo do sangue.

[056] Uma das principais vantagens é para o paciente, pois a simplicidade e eficiência da prótese em questão representa redução das filas daqueles que aguardam a sua oportunidade de implante da prótese. Outra substancial vantagem é que a prótese inovada é mais confortável para o paciente, devido a ser um procedimento minimamente invasivo e com menor risco de morte.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[057] Muitos aspectos da invenção podem ser melhor entendidos com referência aos desenhos a seguir. Os componentes nos desenhos não são necessariamente desenhados em escala, ao invés disso, a ênfase sendo colocada em claramente ilustrar os princípios da invenção.

[058] As Figuras 1 e 1 A ilustram respectivamente, o Stent Válvula com os três hastes obtidos por corte a laser e o Stent Cilíndrico, ambos confeccionados a partir de tubo de cromo-cobalto, de 8 mm e 10 mm.;

[059] As Figuras 2 e 2A representam o Stent Válvula com os três folhetos e o Stent Cilíndrico, ambos revestidos por poliuretano líquido, sendo o Stent Válvula Expansível revestido por poliuretano líquido por meio de injeção térmica, objeto desta invenção;

[060] A Figura 3 ilustra esquematicamente, por meio de ilustração e fotografias, o método de injeção de poliuretano líquido no Stent Válvula, utilizando, para tanto, um molde metálico onde é alojado o Stent Válvula à montante do citado molde com o formato das 3 cúspides sigmoides. Uma bomba de injeção pneumática, preenchida com poliuretano líquido, é injetado no molde por três pontos equidistante na base do Stent Válvula. O poliuretano aquecido nas paredes do molde cobre o Stent Válvula com forte aderência e sem emprego de suturas, formando-se 3 cúspides de poliuretano;

[061] A Figura 4 ilustra, por fotografias, o processo de crimpagem do Stent Válvula Expansível. O diâmetro da prótese de 24 mm (dimensão original) é reduzido para 5 mm, com o equipamento ‘crimpador’, permitindo o acondicionamento do Stent Válvula no cateter balão, ou seja, no formato a ser introduzido no paciente ;

[062] A Figura 5 mostra outra sequência de fotografias da radioscopia durante o processo de implante do Stent Válvula em posição pulmonar, durante teste experimental. Observa-se a fase de insuflação e desinsuflação e a prótese implantada no anel pulmonar;

[063] A Figura 6 mostra a análise da Ultraestrutura das próteses explantadas, em posição pulmonar, entre 20 dias e 24 meses de follow-up. Chama a atenção que a curva de depósito de cálcio, nas cúspides de poliuretano é praticamente zero;

[064] A Figura 7 ilustra, simbolicamente, o coração de um paciente adulto, portador de cardiopatia congênita, já operado na infância, mostrando a implantação da prótese biológica entre o Ventrículo Direito e Tronco Pulmonar, calcificado e estenótico. Mostra se a simulação da técnica do “Duplo Stent” a ser implantado por cateter; e

[065] A Figura 8 mostra, ainda simbolicamente, o coração de paciente adulto, portador de cardiopatia congênita, já operado na infância, mostrando prótese biológica implantada entre o Ventrículo Direito e Tronco Pulmonar, calcificado e estenótico. Mostra se a simulação da técnica do “Duplo Stent”, já implantada: Stent Cilíndrico corrigindo as deformidades da prótese tubular e implante do Stent Valvular, no seu interior.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[066] A presente invenção refere a “PRÓTESE DE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL RECOBERTO DE POLIURETANO COM A FORMAÇÃO DE CÚSPIDES ANATÓMICAS PARA IMPLANTE POR CATETER EM POSIÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS E MÉTODO DE OBTENÇÃO DA PRÓTESE STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL”, mais precisamente trata-se de uma prótese (1 ) na forma de Stent Válvula Expansível (2) recoberto de poliuretano (3) com a formação de cúspides anatômicas (4) para implante por cateter (CT) em pacientes pediátricos e, quando do procedimento em pacientes adultos, o implante é realizado por cateter (CT) mediante a técnica do “Duplo Stent”, utilizando, para tanto, um Stent Cilíndrico (5).

[067] O Stent Válvula Expansível (2) (Figs. 1 e 1 A) é obtido a partir de um tubo de Cobalto-Cromo (Co-Ch) cortado a laser computadorizado configurando uma peça única formada por setor anelar (2a) e três hastes flexíveis (2b) ou folhetos. O Stent Válvula Expansível (2) compreende um corpo com pelo menos 8 a 10 mm de diâmetro, passível de ser expandido com cateter balão (B1 ) em aproximadamente 3 vezes o seu diâmetro, alcançando diâmetros de pelo menos 24 a 30 mm. O stent produzido é uma prótese de baixo perfil, ou seja, de pelo menos 26 mm de altura.

[068] O Stent Válvula Expansível (2) (Figs. 2 e 2A) é revestido por película de poliuretano (Carbothane TPU 3585 A - Lubrizol) (3) que recobre o setor anelar (2a) e as três hastes flexíveis ou folhetos (2b) conformando três cúspides (C1 ), (C2) e (C3) equivalentes às cúspides das valvas pulmonares. A película de poliuretano (3) apresentando espessura de 150 micras na sua região anelar (2a) e espessura crescente de 180 micras até atingir 200 micras nas bordas livres (2c) das cúspides (C1 ), (C2) e (C3). Ditas bordas livres (2c) da prótese ultrapassam os ápices dos folhetos (2b) em altura (x) de 1 a 3 mm.

[069] Nos folhetos valvares (2b) foi preservado um ângulo de 120° desde o local de coaptação central até a base de implantação no anel valvar (2a). O mecanismo de fechamento valvar é realizado no “ponto central” (2d) facilitado pela presença de uma formação nodular entre as bordas livres (2c) dos ditos folhetos valvares (2b) (nódulo de Arâncio), permitindo o fechamento hermético da valva cardíaca, ou seja, melhor coaptação das cúspides, sem insuficiência valvular.

[070] O Stent Cilíndrico (5) (Fig. 1A) também é obtido a partir de tubos de Cobalto - Cromo de pelo menos 8 mm de diâmetro e é fabricado com dimensões que variam de comprimento, a serem introduzidas no tronco pulmonar, entre o anel da válvula pulmonar e a bifurcação das artérias pulmonares. Citado Stent cilíndrico (5) destina-se a corrigir irregularidades (estenose/dilatações), lesões frequentemente observadas no acompanhamento tardio de pacientes submetidos à correção cirúrgica com a implantação de próteses biológicas ou sintéticas. É um stent personalizado, variando de pelo menos 3 a 4 cm de comprimento e pelo menos 24 mm de diâmetro. Pode ser expandido em três vezes seu dimensional original de pelo menos 8 mm, com cateter balão (B1 ), ou seja, atingindo diâmetro máximo de até pelo menos 24 mm. A superfície o Stent cilíndrico (5) é revestido de poliuretano (Carbothane TPU 3585 A - Lubrizol) líquido pela técnica convencional “dip coating”, configurando um revestimento de 150 micras.

[071] O método de obtenção do Stent Válvula Expansível (2) revestido de poliuretano (P1 ) segue as seguintes etapas (Figura 3):

- O Stent Válvula Expansível (2) é alojado no interior de um molde (20) (macho / fêmea), mais precisamente na superfície da base inferior do molde configurada por um suporte cilíndrico de aço inoxidável (10), de pelo menos 22 mm de diâmetro, revestido internamente de material desmoldante Níquel químico e hiposulfito de sódio; a base inferior do molde (20) possui três canais equidistantes (21 ) para entrada do poliuretano líquido (P1 ), enquanto que a base superior do molde (20) ou seja, a porção macho, é conformada por tres relevos (22) e um orifício superior (23) para saída do ar;

- Fechamento hermético do molde (20) com Stent Válvula Expansível (2) em seu interior e aquecimento das superfícies internas por meio de resistor elétrico (não ilustrado) num range de 15 °C a 35 °C durante a injeção de 50ml de poliuretano líquido (3) a baixa pressão mediante bomba elétrica de infusão (30) e correspondentes cateteres de injeção de calibre de 1/8”; Revestimento de toda superfície do Stent Válvula Expansível (2) pelo poliuretano líquido (3) conformando as três cúspides (C1 ), C2) e (C3) ao redor dos três folhetos (2b) e ao redor do setor anelar (2a), destituídos de suturas;

- Resfriamento do molde (20) à temperatura ambiente e abertura para retirada da prótese (1 ) na forma de Stent Válvula Expansível (2) de pelo menos 8 mm de diâmetro revestido pelo poliuretano líquido (3);

- Secagem (40) da prótese (1 ) Stent Válvula Expansível (2);

- Realização de provas de expansão (50), por exemplo, de 8mm para 24mm;

- Crimpagem (60) por exemplo, de 24mm para 5mm (Figura 4);

- Acondicionamento (70) da prótese (1 ) crimpada em balão (B1 ) (Figura 4) e posterior embalagem plástica dupla (E1 ), seguindo à etiquetagem e identificação; e

- Esterilização (80) da prótese (1 ) mediante Radiação Gama (em Câmara de Cobalto), utilizando uma dosagem de 20 kilograys. A preservação da prótese embalada é a seco.

TÉCNICA DE IMPLANTE DO STENT VÁLVULA EXPANSÍVEL Condicionamento da prótese no cateter balão

[072] O balão (B1 ) determina o diâmetro de expansão da prótese (1). Para o seu condicionamento, o Stent Válvula (2) é posicionado no meio do balão (Ver Figura 4) e é submetido à crimpagem para reduzir o seu diâmetro de 24mm até 5mm. Uma bainha cobre o stent para navegar com facilidade pelo interior dos vasos sanguíneos (Figura 6).

[073] O procedimento de implante do Stent Válvula Expansível (2) em posição pulmonar, foi testado com sucesso em animais de experimentação. Trata se de um procedimento que precisa do auxílio de Equipamentos que fornecem imagens Radioscópicas e Eco-Dopplercardiográficas. A avaliação do diâmetro do anel valvar e do posicionamento do cateter balão com o Stent Válvula Expansível (2) crimpado, são fundamentais na hora de entrega da prótese, com a expansão do balão (B1 ) e o ajuste da prótese no anel valvar (Figura 5)

[074] As próteses em posição pulmonar, explantadas dos carneiros, entre 20 dias e 24 meses de follow-up e submetidas a estudo de Morfologia de superfície

- Microscopia Eletrônica de Varredura- Análise Química - Raio-X de Energia Dispersiva -Aderência de átomos e moléculas - Espectroscopia de fotoelétrons de raios-X (University of Texas - Dallas), mostrou a integridade da prótese e ausência de depósito de cálcio, trombos ou fibrina, nos folhetos de poliuretano (Figura 7).

[075] O Stent Válvula (2), por ser expansível e seu implante é indicado em pacientes pediátricos, a partir de 1 ano de idade.

[076] A possibilidade de ser expandido em forma programada, com cateter balão de diâmetros crescentes, por abordagem femoral, permite acompanhar o desenvolvimento do paciente, até a idade adulta, evitando o ‘mismatch’ (desproporção do diâmetro da prótese / superfície corpórea do paciente) e reduzindo o número de reintervenções (Figura 5).

[077] A abordagem de pacientes adultos, com a técnica do duplo stent, ou seja, com a introdução do Stent Cilíndrico (5) é indicado aos pacientes portadores de cardiopatias congênitas, operados e agora evoluindo com insuficiência pulmonar, podem se apresentar com múltiplas lesões estenóticas no tronco pulmonar, devido a calcificação, fibrose ou dilatação aneurismática dos enxertos utilizados na sua correção cirúrgica, dificultando a escolha do local de implante do Stent Válvula. O emprego do Stent cilíndrico (5), customizado, respeitando a anatomia do local e sendo implantado no troco pulmonar, permitirá corrigir a suas irregularidades, para receber o Stent Válvula Expansível (2), no seu interior, com fácil aderência a suas paredes (Figura 7).

[078] A técnica do duplo stent permite realizar um procedimento seguro, corrigindo as irregularidades da artéria pulmonar e implantado uma prótese customizada com ajuste seguro e com mínimo de intercorrências (Figura 8).

[079] Deve ser entendido, embora as informações e vantagens das presentes realizações foram estabelecidas na descrição precedente, junto com os detalhes das estruturas e funções das presentes realizações, a revelação é somente ilustrativa; as alterações podem ser feitas em detalhes, especialmente em questões de formato, tamanho e arranjo de partes dentro dos princípios das presentes realizações na medida máxima indicada pelo significado simples dos termos nos quais as reivindicações anexas são expressas. REFERÊNCIAS:

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