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Title:
BUILDING CONSTRUCTION SYSTEM WITH PREFABRICATED BLOCKS AND GUIDES AND A CAST-IN-SITU STRUCTURE
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2023/159286
Kind Code:
A1
Abstract:
The invention relates to a wall construction system, applicable in the technical field of civil engineering, more specifically in the construction of dividing, structural or containment walls, using cable guides (CAH) and pre-cast blocks (BL) that allow the formation of frames (PO) (skeletons) with the application of mortar or concrete into the openings, wherein the main elements include: the possibility of achieving an optimized structural design, according to the design loads; the use of guide cables (CAH) to facilitate the laying of blocks (BL); the possibility of integrating cable guides (CAH); the use of prefabricated blocks (BL) with specific designs for the formation of the frame (PO); the use of vertical or horizontal reinforcing steel bars (BA) after the laying of the blocks (BL); the formation of frames (PO) with the application of industrial mortar (or concrete); and the possibility of raising walls with cladding boards (PR).

Inventors:
VITAL ANDRE LUIZ FRANCISCO DA SILVA (BR)
Application Number:
PCT/BR2023/050040
Publication Date:
August 31, 2023
Filing Date:
February 06, 2023
Export Citation:
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Assignee:
VITAL ANDRE LUIZ FRANCISCO DA SILVA (BR)
International Classes:
E04B2/02; E04B2/14; E04B2/16; E04B2/18; E04B2/20; E04B2/28; E04B2/30; E04B2/32; E04B2/34; E04B2/42; E04B2/44; E04B2/46; E04B2/48; E04C1/00; E04C1/39; E04C1/40; E04C1/41
Domestic Patent References:
WO2017197853A12017-11-23
Foreign References:
US20130205703A12013-08-15
CN209907664U2020-01-07
CN212405573U2021-01-26
US9909303B22018-03-06
CN201593265U2010-09-29
Attorney, Agent or Firm:
SILVA, Eduardo Pereira Da (BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES

1. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, caracterizado por, ser um conjunto dotado de blocos retos (BL), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato prismático retangular, contendo cavidade com formato prismático retangular na face lateral esquerda alinhada com a aresta inferior, com saliência com formato prismático retangular na face lateral direita alinhada com a aresta inferior, com canal com formato prismático retangular centralizada na face inferior, com saliência com formato prismático retangular centralizada na face superior, com canais centralizados nas faces frontais e traseiras, desde a parte inferior até a parte superior; de blocos de canto (BUC), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato poligonal em formato em “L”, com saliência de formato prismático retangular na face da extremidade de maior tamanho e alinhada com a aresta inferior, com cavidade de formato prismático retangular na face da outra extremidade centralizada e alinhada com a aresta inferior, com recorte de formato prismático quadrado centralizado em ambas as faces das laterais de maior tamanho; de blocos retos fêmea (BLF), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato prismático retangular, contendo cavidade de formato prismático retangular na face lateral esquerda alinhada com a aresta inferior, com saliência de formato prismático retangular na face lateral direita alinhada com a aresta inferior, com canal de formato prismático retangular centralizada na face inferior, com canal de formato prismático retangular centralizada na face superior, com canais de formato prismático quadrado centralizados nas faces frontais e traseiras, desde a parte inferior até a parte superior; de pórtico (PO), composto formado pelo preenchimento dos vãos formados pelos blocos retos (BL) ou blocos retos fêmea (BLF) e/ou blocos de canto (BUC), e formado por barra de aço (BA), com formato cilíndrico e com diâmetro variável de acordo com o projeto, formado por cabo guia vertical (CAV), de aço com espessura variando de acordo com a especificação de cada projeto; dotado de cabo guia horizontal (CAH) de aço com espessura variando de acordo com a especificação de cada projeto; formado por união de travamento (ITC) de arame ou cabo metálico, com formato de oblongo, disposta nos nichos dos blocos (BL) e unindo barras de aço (BA) de faces opostas de uma parede ou unindo cabos guias verticais (CAV) ou guias horizontais (CAH).

2. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos blocos retos (BL), blocos de canto (BUC) e blocos retos fêmea (BLF) serem fabricados de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, com o miolo constituído de espuma elastomérica; lã de Rocha; Lã de Vidro; fibra cerâmica; Isopor; poliuretano e poliisocianurato; silicato de cálcio ou outros materiais;

3. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, de acordo com a reivindicação 1, para ser montado a partir de pilares pré existentes (VG) ou baldrames ou vigas, caracterizado por, conjunto dotado de de blocos retos (BL), de blocos retos fêmea (BLF), de pórtico (PO); dotado de cantoneira vertical (CV), metálica com formato de “L” de baixa espessura e com furos ao longo das duas faces, disposta nas extremidades laterais das paredes e fixadas nos pilares pré existentes (VG); dotado de cantoneira horizontal (CH), metálica com formato de “U” de baixa espessura, disposta na parte inferior e na parte superior da parede.

4. SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, descrita na reivindicação 1, caracterizado pelos blocos retos (BL), blocos de canto (BLF) e blocos fêmea (BUC) criarem espaços onde se aloca o cabo guia vertical (CAV), cabo guia horizontal (CAH), a barra de aço (BA) e a argamassa, a fim de formar o pórtico (PO).

5. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, descrita na reivindicação 1, caracterizado pelos blocos (BL), (BLF) e (BUC) conterem chanfros nas arestas verticais que formam o pórtico (PO), como ilustrado no bloco reto chanfrado (BLC).

6. “PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE PAREDES” de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas seguintes etapas: pl) Assenta-se um bloco de canto (BUC) em uma das extremidades laterais da parede; p2) Fixa-se no piso, alinhando paralelamente ao bloco de canto (BUC), uma cantoneira horizontal (CH); p3) Assenta-se uma linha de blocos retos (BL), encaixando no bloco de canto (BUC), e utilizando a cantoneira horizontal (CH) como guia, até atingir o comprimento total da parede que se deseja construir, respeitando o tamanho do bloco de canto (BUC) final e também respeitando os vãos de portas do projeto; p4) Insere-se o bloco de canto (BUC) utilizando o sistema de encaixe dos blocos (BL) e (BC); p5) Insere-se 4 barras de aço (BA), duas nos primeiros vãos formados pelos encaixes dos blocos (BL) e BUC) de uma extremidade da parede, e outras duas na outra extremidade da parede, as barras de aço ficam dispostas verticalmente do lado interno e experto da parede; e são fixadas nos vãos dos blocos (BL) e (BC) com argamassa; p6) Após a secagem total da argamassa, estica-se os cabos guias horizontais (CAH) sobre a primeira fila de blocos (BL), com leve tensionamento, ancorados nas barras aço (BA); p7) Encaixa-se as demais fiadas de blocos (BL), sempre com observância do alinhamento dos cabos guias horizontais (CAH), até a borda inferior do vão de janelas; p8) Instala-se os quadros provisórios nos vão de janelas e portas; p9) Conclui-se o fechamento de toda a parede; plO) Insere-se as demais barras de aço (BA) pelos nichos dos blocos (BL); fazer a interconexão entre os cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA) de uma face na outra com o uso de uniões de travamento (ITC). Inserindo-as nos vãos formados nas pontas dos blocos (BL); pl l) Preenche-se os nichos com argamassa industrial ou concreto; pl2) Instala-se a ancoragem dos cabos nas bordas dos vãos; pl3) Corta-se os cabos guias horizontais (CAH) excedentes nos vãos; e pl4) Instalação dos contramarcos.

7. “PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE PAREDES COM VIGAS PRÉ EXISTENTES” de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelas seguintes etapas: fl) Fixa-se nos pilares pré existentes (VG) as cantoneiras verticais (CV)para a instalação dos cabos guias horizontais (CAH); f2) Fixa-se no piso, alinhando paralelamente à cantoneira vertical (CV), uma cantoneira horizontal (CH), f3) Estica-se os cabos guias horizontais (CAH), com leve tensionamento, ancorados nos furos das cantoneiras verticais (CV); f4) Assenta-se a primeira linha de bloco (BL) encaixando os blocos na cantoneira vertical (CV) seguindo a primeira linha de cabos-guias horizontais (CAH), respeitando os vãos de portas do projeto; f5) Encaixa-se as demais fiadas de blocos (BL), sempre com observância do alinhamento dos cabos guias horizontais (CAH), até a borda inferior do vão de janelas; f6) Instala-se os quadros provisórios nos vão de janelas e portas;

17) Conclui-se o fechamento de toda a parede; f8) Insere-se as barras de aço (BA) pelos nichos dos blocos (BL); fazer a interconexão entre os cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA) de uma face na outra com o uso de uniões de travamento (ITC). Inserindo-as nos vãos formados nas pontas dos blocos (BL); f9) Preenche-se os nichos com argamassa industrial ou concreto; flO) Instala-se a ancoragem dos cabos nas bordas dos vãos; fl 1) Corta-se os cabos guias horizontais (CAH) excedentes nos vãos; e f 12) Instalação dos contramarcos.

REIVINDICAÇÕES MODIFICADAS

Recebidas pela Secretaria Internacional no dia 29 junho 2023 (29.06.2023)

1. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, caracterizado por, ser um conjunto dotado de blocos retos (BL), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato prismático retangular, contendo cavidade com formato prismático retangular na face lateral esquerda alinhada com a aresta inferior, com saliência com formato prismático retangular na face lateral direita alinhada com a aresta inferior, com canal com formato prismático retangular centralizada na face inferior, com saliência com formato prismático retangular centralizada na face superior, com canais centralizados nas faces frontais e traseiras, desde a parte inferior até a parte superior; de blocos de canto (BUC), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato poligonal em formato em “L”, com saliência de formato prismático retangular na face da extremidade de maior tamanho e alinhada com a aresta inferior, com cavidade de formato prismático retangular na face da outra extremidade centralizada e alinhada com a aresta inferior, com recorte de formato prismático quadrado centralizado em ambas as faces das laterais de maior tamanho; de blocos retos fêmea (BLF), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato prismático retangular, contendo cavidade de formato prismático retangular na face lateral esquerda alinhada com a aresta inferior, com saliência de formato prismático retangular na face lateral direita alinhada com a aresta inferior, com canal de formato prismático retangular centralizada na face inferior, com canal de formato prismático retangular centralizada na face superior, com canais de formato prismático quadrado centralizados nas faces frontais e traseiras, desde a parte inferior até a parte superior; de pórtico (PO), composto formado pelo preenchimento dos vãos formados pelos blocos retos (BL) ou blocos retos fêmea (BLF) e/ou blocos de canto (BUC), e formado por barra de aço (BA), com formato cilíndrico e com diâmetro variável de acordo com o projeto, formado por cabo guia vertical (CAV), de aço com espessura variando de acordo com a especificação de cada projeto; dotado de cabo guia horizontal (CAH) de aço com espessura variando de acordo com a especificação de cada projeto; formado por união de travamento (ITC) de arame ou cabo metálico, com formato de oblongo, disposta nos nichos dos blocos (BL) e unindo barras de aço (BA) de faces opostas de uma parede ou unindo cabos guias verticais (CAV) ou guias horizontais (CAH).

2. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, de acordo com a reivindicação 1,

FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19) caracterizado pelos blocos retos (BL), blocos de canto (BUC) e blocos retos fêmea (BLF) serem fabricados de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, com o miolo constituído de espuma elastomérica; lã de Rocha; Lã de Vidro; fibra cerâmica; Isopor; poliuretano e poliisocianurato; silicato de cálcio ou outros materiais;

3. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, de acordo com a reivindicação 1, para ser montado a partir de pilares pré existentes (VG) ou baldrames ou vigas, caracterizado por, conjunto dotado de de blocos retos (BL), de blocos retos fêmea (BLF), de pórtico (PO); dotado de cantoneira vertical (CV), metálica com formato de “L” de baixa espessura e com furos ao longo das duas faces, disposta nas extremidades laterais das paredes e fixadas nos pilares pré existentes (VG); dotado de cantoneira horizontal (CH), metálica com formato de “U” de baixa espessura, disposta na parte inferior e na parte superior da parede.

4. SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, descrita na reivindicação 1, caracterizado pelos blocos retos (BL), blocos de canto (BLF) e blocos fêmea (BUC) criarem espaços onde se aloca o cabo guia vertical (CAV), cabo guia horizontal (CAH), a barra de aço (BA) e a argamassa, a fim de formar o pórtico (PO).

5. “SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL”, descrita na reivindicação 1, caracterizado pelos blocos (BL), (BLF) e (BUC) conterem chanfros nas arestas verticais que formam o pórtico (PO), como ilustrado no bloco reto chanfrado (BLC).

6. “PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE PAREDES” de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas seguintes etapas: pl) Assenta-se um bloco de canto (BUC) em uma das extremidades laterais da parede; p2) Fixa-se no piso, alinhando paralelamente ao bloco de canto (BUC), uma cantoneira horizontal (CH); p3) Assenta-se uma linha de blocos retos (BL), encaixando no bloco de canto (BUC), e utilizando a cantoneira horizontal (CH) como guia, até atingir o comprimento total da parede que se deseja construir, respeitando o tamanho do bloco de canto (BUC) final e também respeitando os vãos de portas do projeto; p4) Insere-se o bloco de canto (BUC) utilizando o sistema de encaixe dos blocos (BL) e (BC); p5) Insere-se 4 barras de aço (BA), duas nos primeiros vãos formados pelos encaixes dos blocos (BL) e BUC) de uma extremidade da parede, e outras duas na outra extremidade da parede, as barras de aço ficam dispostas verticalmente do lado interno e experto da parede; e são fixadas nos vãos dos blocos (BL) e (BC) com argamassa;

FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19) p6) Após a secagem total da argamassa, estica-se os cabos guias horizontais (CAH) sobre a primeira fila de blocos (BL), com leve tensionamento, ancorados nas barras aço (BA); p7) Encaixa-se as demais fiadas de blocos (BL), sempre com observância do alinhamento dos cabos guias horizontais (CAH), até a borda inferior do vão de janelas; p8) Instala-se os quadros provisórios nos vão de janelas e portas; p9) Conclui-se o fechamento de toda a parede; plO) Insere-se as demais barras de aço (BA) pelos nichos dos blocos (BL); fazer a interconexão entre os cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA) de uma face na outra com o uso de uniões de travamento (ITC); inserindo-as nos vãos formados nas pontas dos blocos (BL); pl l) Preenche-se os nichos com argamassa industrial ou concreto; pl2) Instala-se a ancoragem dos cabos nas bordas dos vãos; pl3) Corta-se os cabos guias horizontais (CAH) excedentes nos vãos; e pl4) Instalação dos contramarcos.

7. “PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE PAREDES COM VIGAS PRÉ EXISTENTES” de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelas seguintes etapas: fl) Fixa-se nos pilares pré existentes (VG) as cantoneiras verticais (CV)para a instalação dos cabos guias horizontais (CAH); f2) Fixa-se no piso, alinhando paralelamente à cantoneira vertical (CV), uma cantoneira horizontal (CH), f3) Estica-se os cabos guias horizontais (CAH), com leve tensionamento, ancorados nos furos das cantoneiras verticais (CV); f4) Assenta-se a primeira linha de bloco (BL) encaixando os blocos na cantoneira vertical (CV) seguindo a primeira linha de cabos-guias horizontais (CAH), respeitando os vãos de portas do projeto; f5) Encaixa-se as demais fiadas de blocos (BL), sempre com observância do alinhamento dos cabos guias horizontais (CAH), até a borda inferior do vão de janelas; f6) Instala-se os quadros provisórios nos vão de janelas e portas;

17) Conclui-se o fechamento de toda a parede; f8) Insere-se as barras de aço (BA) pelos nichos dos blocos (BL); fazer a interconexão entre os cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA) de uma face na outra com o uso de uniões de travamento (ITC); inserindo-as nos vãos formados nas pontas dos blocos (BL); f9) Preenche-se os nichos com argamassa industrial ou concreto; flO) Instala-se a ancoragem dos cabos nas bordas dos vãos; fl 1) Corta-se os cabos guias horizontais (CAH) excedentes nos vãos; e f 12) Instalação dos contramarcos.

FOLHA MODIFICADA (ARTIGO 19)

Description:
SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ- FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL

Campo da invenção

A presente invenção se refere a um sistema de construção de paredes, com aplicação no campo técnico da engenharia civil, mais especificamente na construção de paredes divisórias, estruturais ou de contenção, trazendo vantagens na construção, aumentando a economia de matéria prima, reduzindo peso estrutural, aumentando isolamento térmico e acústico, além de facilitar e deixar a construção mais rápida.

Fundamentos da invenção

Como é de conhecimento dos meios ligados à construção de paredes na construção civil, existem vários sistemas de elevação de paredes tais como: as alvenarias “convencionas” (com tijolos ou blocos de concreto); paredes de concreto; sistema Steel Frame e Wood Frame e, mais recentemente os sistemas com o uso de “painéis sanduíches”.

Há problemas técnicos que ainda não foram solucionados pelo estado da técnica em cada um dos sistemas citados acima.

As alvenarias (convencional ou estrutural) com tijolos cerâmicos, tijolos prensados ou com blocos de concreto são sistemas tradicionais que têm como desvantagens a dificuldade em manter uma obra limpa, o elevado tempo de execução, o elevado peso próprio da parede (o que requer fundações mais caras) e a geração de resíduos (cimentícios); além disso, há um elevado consumo de argamassa para o assentamento de cada bloco e também para a posterior regularização da superfície da parede formada pela união dos tijolos. Trata-se de um processo moroso, desde o alinhamento do primeiro tijolo/bloco até a aplicação da camada final de acabamento.

As paredes de concreto, por sua vez, têm elevado peso próprio, demandando mais despesas com fundações, não oferecem bom isolamento térmico e acústico. Além disso, tais paredes não são viáveis em pequena escala, tendo em vista o elevado custo das formas utilizadas para a sua execução.

O Steel Frame, que é um sistema construtivo formado por perfis de aço cobertos por placas (cimentícias, de madeira ou gesso acartonado), tem limitações quanto ao número de pavimentos (por ser autoportante) e pela dificuldade de se encontrar mão-de-obra treinada para a sua montagem. Além disso, o custo desse sistema é alto, pois está diretamente relacional ao valor do aço, insumo esse consumido em grande quantidade para a sustentação estrutural e fixação dos painéis.

O Wood Frame, por sua vez, se diferencia do Steel Frame pelo material de estruturação, pois utiliza a madeira no lugar dos perfis de aço. Tal sistema também tem limitações quanto peso, inviabilizando a construção de múltiplos pavimentos (por ser autoportante), bem como quanto à falta de mão-de-obra treinada para a sua instalação. Além disso, pode-se citar como desvantagem a manutenção periódica do sistema ao longo dos anos para evitar a deterioração da madeira empregada, valendo destacar que a necessidade de manutenção é desconhecida por muitos usuários, o que gera sérios riscos à integridade das edificações. As paredes com “painéis sanduíches” são relativamente recentes dentro da construção civil. “O princípio dos painéis sanduíche consiste na combinação de (i) duas lâminas finas exteriores, constituídas por um material rígido e resistente e (ii) um material de enchimento interior, de reduzida densidade e menor resistência e rigidez” (Allen 1969, apud ALMEIDA, I. A. et. al. Comportamento estrutural de painéis sanduíche compósitos para aplicações na indústria da construção. Revista da Associação Portuguesa de Análise Experimental de Tensões - Mecânica Experimental, v. 19, p. 79-90, 2011. Disponível em: http://www-ext.lnec.pt/APAET/pdf/Rev 19 A8.pdf. Acessado em 22/1/2022, às 16:00h). Vale citar que os painéis de concreto leve com EPS têm ganhado relevo por proporcionar propriedades térmicas e acústicas satisfatórias (CARBONARI et al, 2012).

No grupo dos painéis sanduíches se destaca o sistema de construção com painel monolítico com malha (popularmente conhecido como “parede de isopor”), em que as paredes são construídas da seguinte maneira: i) painéis mistos de EPS (poliestireno expandido ou “isopor”) e malhas de aço (malha POP) são colocados verticalmente, formando o alinhamento das paredes; ii) projeta-se (lança-se) uma primeira camada de chapisco; iii) lança-se uma segunda camadas de argamassa industrial (reboco); iv) realiza-se a regularização do reboco. Desse processo resulta um conjunto monolítico autoportante. (Figuras la, 1b e lc). O sistema consiste, portanto, em sobrepor malhas de aço (malha POP) em cada face do painel de EPS e rebocar as superfícies com argamassa industrial, formando um conjunto integrado.

Apesar das vantagens em relação à alvenaria convencional, o sistema de construção com painel monolítico com malha apresenta algumas desvantagens. Há elevado consumo de argamassa industrial no processo de chapisco e reboco, pois as malhas de aço, dispostas em toda a parede, devem receber um recobrimento de 2 centímetros ou mais. Requer também mão-de-obra treinada, pois o processo de alinhamento e prumo dos painéis é trabalhoso, sendo necessário posicionar, provisoriamente, réguas horizontais nas duas faces dos painéis, transpassando o EPS com arame para solarização de uma régua na outra. Além disso, são necessárias escoras na diagonal, de modo a garantir o prumo (verticalização dos painéis). O consumo de argamassa é ainda maior para a correção das falhas no alinhamento e no prumo (verticalidade) dos painéis, problemas praticamente inevitáveis na fase de montagem in loco. A interconexão das malhas de uma face com a outra (formando um sanduíche) também apresenta falhas, colocando em risco a estruturação do conjunto. Falhas no dimensionamento, na colocação de aditivos na argamassa, e falta de reforços nos pontos críticos podem levar a patologias nas edificações erigidas com esse sistema, tais como o descolamento da argamassa do painel, trincas e a flexão das paredes.

Fazendo-se buscas nos bancos de patentes brasileiro e internacional, foram encontradas as seguintes revelações.

A patente francesa de número FR2952660B 1 revela um método de construção utilizando blocos com materiais isolantes na parte interna e com um canal central na parte superior para incorporar um reforço estrutural. Esta patente possui a desvantagem de não ter a versatilidade de interligar o reforço estrutural tanto na vertical como na horizontal, além de que não existe elementos que facilitem o alinhamento entre os mesmos, fazendo com que a construção tenha uma dificuldade maior. A Patente francesa EP2029827 revela um sistema construtivo utilizando o conceito de sanduíche, com blocos de material leve de alta densidade, com ranhuras na horizontal para abrigar possíveis elementos de reforço, preferencialmente metálicos. A desvantagem desta tecnologia revelada é que necessita cortar externamente os blocos para abrigar elementos estruturais de reforço, formando uma cinta horizontal, além de que necessita de uma malha revestindo internamente e externamente o bloco com cimento ou argamassa em toda a face da parede.

A patente chinesa CN105507452 apresenta um sistema de sanduíche com um bloco de isopor (EPS), com cavidades horizontais para abrigar elementos de reforço, também revela rasgos ortogonais para a conexão entre as duas faces da parede. Nestes é inserido elementos de reforço para formar uma estrutura. Esta patente possui a desvantagem de não possuir elementos de encaixe entre blocos, aumentando o tempo de construção, além de ter que utilizar malhas de aço com cimento para revestir as paredes, tanto internamente quanto externamente.

“SISTEMA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES COM BLOCOS E GUIAS PRÉ- FABRICADOS E ESTRUTURA MOLDADA NO LOCAL” objeto da presente patente de invenção representa uma alternativa aos métodos de construção existentes, superando as desvantagens, inconvenientes e limitações existentes. O novo sistema apresenta simplicidade na montagem; utilizando-se de blocos estruturais com sistemas de encaixe, que além de agilizar a construção formam canais (vertical, horizontal e outro ortogonal aos dois), que são transpassados por guias, evitando erros de alinhamento e para a estruturação da parede; estes canais após serem preenchidos, formam um esqueleto estrutural e com a possibilidade de variar a composição do conjunto (variando as espessuras das barras, cabos, vigas e pilares formados); possibilidade de executar, na mesma etapa, uma parede com acabamento/revestimento.

O sistema ora proposto, pois, traz benefícios por ser mais eficiente, ser fácil de executar e não gerar resíduos poluidores ao meio-ambiente. Ademais, estimula a sustentabilidade e a reciclagem.

Quanto à eficiência, pode-se destacar que o consumo de argamassa industrial é reduzido, na medida em que os painéis são pré-moldados e o preenchimento na obra se limita aos espaços (nichos pré-definidos no projeto) de formação dos pórticos de sustentação, cujas ferragens receberão o recobrimento mínimo definido em norma (2 cm, no caso brasileiro). Há baixa complexidade na montagem, pois o sistema usa cabos-guia, que serão posteriormente integrados à estrutura dos pórticos. Também utiliza blocos, no lugar de grandes painéis verticais, dispensando o uso de réguas horizontais nas duas faces dos painéis ou de escoras na diagonal. A montagem dos blocos com auxílio das guias diminui o problema de desalinhamento e falta de prumo, reduzindo o consumo de argamassa para a correção das falhas na verticalidade e alinhamento das paredes. A interconexão das malhas de uma face com a outra (formando um sanduíche) também é facilitado, uma vez que o desenho dos blocos permite a formação de espaços (vazados) específicos para essa ligação. O dimensionamento da estrutura pode ser realizado com diferentes bitolas de ferros, sem a limitação de utilizar somente as malhas POP disponíveis no mercado (como ocorre no caso das paredes com painéis monolíticos). O sistema permite a instalação de reforços nos pontos críticos do pórtico, podendo o conjunto se tornar uma parede autoportante ou mesmo uma parede de contenção, associada ou não a estruturas convencionais de concreto armado ou de aço eventualmente existentes.

Há grande versatilidade no sistema ora proposto, que poderá ser utilizado em pequenas ou em grandes estruturas, uma vez que o dimensionamento dos pórticos pode ocorrer de maneira diferenciada em cada face, a depender dos esforços. Além disso, as guias de aço (posteriormente integradas à estrutura) poderão trabalhar comprimidas ou tracionadas (inclusive protendidas).

Vale citar que também é possível formar os pórticos com estrutura metálica fixa ou removível (no lugar de argamassa industrial ou concreto). Essas estruturas com perfis de aço, portanto, permite a construção de obras provisórias, as quais poderão ser desmontadas e remontadas em outros locais, com o aproveitamento dos materiais, tanto os blocos quanto o pórtico.

Ainda sobre a versatilidade, é possível realizar o assentamento de revestimentos (cerâmica, fórmica, pedras, madeira, gesso, etc) diretamente sobre os blocos, antes do preenchimento dos nichos, formando formas fechadas para o preenchimento do pórtico. Desse modo, a parede pode ser construída já com o acabamento final.

Os miolos dos painéis podem ser feitos com material reciclado, estimulando o reaproveitamento de resíduos oriundos da indústria da construção civil, especialmente as sobras de EPS e entulhos em geral.

Vale destacar que o miolo dos blocos oferece as propriedades de isolamento térmico e acústico, se constituído por materiais tais como: Espuma Elastomérica; Lã de Rocha; Lã de Vidro para Isolamento Térmico; Fibra Cerâmica; Isopor; Poliuretano e Poliisocianurato; Silicato de Cálcio ou outros materiais. O material do bloco também traz como vantagens não permitir a percolação da água por capilaridade (causa comum de infiltração nas das paredes de alvenaria).

Breve descrição dos desenhos

Para a melhor compreensão do invento são anexadas as seguintes figuras:

A Figura 1 apresenta representa um exemplo de parede contendo as guias de aço (tanto com a opção na posição vertical quanto horizontal) instaladas e o início do assentamento dos blocos (BL);

A Figura 2 ilustra a vista em perspectiva de uma construção com várias etapas do processo em andamento;

A Figura 3 ilustra a vista superior e a vista frontal de uma parede em formação com os blocos, detalhando os nichos gerados pelos formatos dos blocos (BL) e blocos de canto (BUC), estas cavidades por onde passam os cabos guias verticais (CAV), cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA), e posteriormente são preenchidos por argamassa e barras de ferro formando o pórtico (PO);

A Figura 4 ilustra a vista superior do pórtico (PO) em formação e com adição de argamassa;

A Figura 5 Ilustra o espaço gerado pela acomodação dos blocos que originam o pórtico (PO);

A Figura 6 apresenta um exemplo ampliado de como o pórtico (PO) vai sendo formado nos espaços entre os blocos (BL); A Figura 7 Ilustra a vista isométrica dos cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH), que formam os guias que orientam a formação de uma parede;

A Figura 8 Ilustra a vista superior dos blocos, dos cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH), que formam os guias que orientam a formação de uma parede;

A Figura 9 Ilustra a vista lateral dos blocos, dos cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH), que formam os guias que orientam a formação de uma parede;

A Figura 10 apresenta as vistas ortogonais e uma vista isométrica de bloco (BL);

A Figura 11 apresenta as vistas ortogonais e uma vista isométrica de bloco de canto (BUC);

A Figura 12 apresenta as vistas ortogonais e uma vista isométrica de bloco reto fêmea (BLF);

A Figura 13 apresenta as vistas ortogonais e uma vista isométrica de bloco reto com chanfros (BLC);

A Figura 14 apresenta a vista isométrica da formação de uma parede com pilares pré existentes (VG);

A Figura 15 apresenta um detalhe da vista isométrica da formação de uma parede com pilares pré existentes (VG);

A Figura 16 apresenta uma vista lateral da formação de uma parede com pilares pré existentes (VG); e

A Figura 17 apresenta uma vista superior ilustrando as placas de revestimento (PR) revestindo os blocos (BL).

Descrição da invenção

A invenção refere-se a um sistema de construção de paredes utilizando: cabos-guias (podendo ser disposto na vertical e nomeado de cabo guia vertical (CAV) ou ser disposto na horizontal, chamado de cabo guia horizontal (CAH)) e blocos pré-moldados (podendo ser blocos (BL) ou blocos de canto (BUC)); que permitem a formação de pórticos (PO), comumente chamados de esqueletos, a partir da aplicação de argamassa ou de concreto nas aberturas.

Constituem os principais elementos da invenção: i) O dimensionamento estrutural otimizado dos pórticos (PO) de acordo com as cargas de projeto; ii) O uso de cabos guias horizontais (CAH) e cabos guias verticais (CAV) para facilitar o assentamento dos blocos (BL); iii) O uso de blocos (BL) pré-moldados cujo desenho leva à formação de nichos e espaços vazados para a formação do pórtico (PO); iv) Possibilidade de execução de reforços com barras de aço (BA) após o assentamento dos blocos (BL); e v) pórticos (PO) otimizados constituídos de estrutura de concreto armado ou estrutura metálica, integrado aos cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH) utilizados na montagem da parede.

O Sistema construtivo de uma parede é dotado de blocos retos (BL), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato prismático retangular, contendo cavidade com formato prismático retangular na face lateral esquerda alinhada com a aresta inferior, com saliência com formato prismático retangular na face lateral direita alinhada com a aresta inferior, com canal com formato prismático retangular centralizada na face inferior, com saliência com formato prismático retangular centralizada na face superior, com canais centralizados nas faces frontais e traseiras, desde a parte inferior até a parte superior; de blocos de canto (BUC), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato poligonal em formato em “L”, com saliência de formato prismático retangular na face da extremidade de maior tamanho e alinhada com a aresta inferior, com cavidade de formato prismático retangular na face da outra extremidade centralizada e alinhada com a aresta inferior, com recorte de formato prismático quadrado centralizado em ambas as faces das laterais de maior tamanho; de blocos retos fêmea (BLF), de cimento, ou concreto convencional, ou placas cimentícias ou qualquer outro material denso, fabricados com o miolo constituído de material leve, isolante térmico e acústico, podendo ser composto também de sobras de EPS e entulhos em geral com formato prismático retangular, contendo cavidade de formato prismático retangular na face lateral esquerda alinhada com a aresta inferior, com saliência de formato prismático retangular na face lateral direita alinhada com a aresta inferior, com canal de formato prismático retangular centralizada na face inferior, com canal de formato prismático retangular centralizada na face superior, com canais de formato prismático quadrado centralizados nas faces frontais e traseiras, desde a parte inferior até a parte superior; de pórtico (PO), composto formado pelo preenchimento dos vãos formados pelos blocos retos (BL) ou blocos retos fêmea (BLF) e/ou blocos de canto (BUC), e formado por barra de aço (BA), com formato cilíndrico e com diâmetro variável de acordo com o projeto, formado por cabo guia vertical (CAV), de aço com espessura variando de acordo com a especificação de cada projeto; dotado de cabo guia horizontal (CAH) de aço com espessura variando de acordo com a especificação de cada projeto; formado por união de travamento (ITC) de arame ou cabo metálico, com formato de oblongo, disposta nos nichos dos blocos (BL) e unindo barras de aço (BA) de faces opostas de uma parede ou unindo cabos guias verticais (CAV) ou guias horizontais (CAH).

O Sistema construtivo de uma parede quando há pilares pré existentes (VG) é dotado de blocos retos (BL), de blocos retos fêmea (BLF), de pórtico (PO); dotado de cantoneira vertical (CV), metálica com formato de “L” de baixa espessura e com furos ao longo das duas faces, disposta nas extremidades laterais das paredes e fixadas nos pilares pré existentes (VG); dotado de cantoneira horizontal (CH), metálica com formato de “U” de baixa espessura, disposta na parte inferior e na parte superior da parede.

Opcionalmente em regiões que possuem condições climáticas severas, os blocos retos (BL), blocos retos fêmea (BLF) e blocos de canto (BUC), podem conter chanfros nas arestas verticais que formam o pórtico (PO), como ilustrado no bloco reto chanfrado (BLC).

O dimensionamento estrutural otimizado dos pórticos (PO), de acordo com as cargas de projeto, permite um aumento da eficiência, pois não é necessário o uso de argamassa industrial para cobrir toda face de uma parede, mas somente os pórticos (PO), uma vez que o desenho do bloco (BL) (que pode ser um painel sanduiche) deixa os espaços necessários e suficientes para as barras de aço (BA) (ou cabos tracionados, dependendo da situação) e para a argamassa estrutural. Ou seja, o preenchimento limita-se aos espaços (pré-definidos no projeto) de formação dos pórticos (PO) de sustentação, cujas ferragens receberão o recobrimento mínimo definido em norma (2 cm).

O uso de cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH) para facilitar o assentamento dos blocos (BL) representa uma menor complexidade na montagem. Uma vez instalados os cabos, esticados entre as cantoneiras verticais (CV) nos extremos da parede ou ancorados nas barras de aço (BA) dispostas nas extremidades da parede, dispensa-se o uso de prumo e nível a cada fiada de bloco (BL), bastando seguir o alinhamento das guias. Tais cabos-guia serão posteriormente integrados à estrutura dos pórticos (PO).

O uso de reforços de barras de aço (BA) verticais ou horizontais após o assentamento dos blocos (BL) significa que o dimensionamento da estrutura pode ser realizado com diferentes bitolas de ferros, sem a limitação de utilizar somente as malhas POP disponíveis no mercado. Desse modo, o sistema permite a instalação de reforços nos pontos críticos do pórtico (PO), podendo o conjunto se tornar uma parede autoportante ou mesmo uma parede de contenção, associada a estruturas convencionais de concreto armado ou de aço.

A formação dos pórticos (PO) com a aplicação da argamassa industrial (ou concreto) e integração dos cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH) e das barras de aço (BA) à estrutura significa, por um lado, o uso otimizado da argamassa e de ferragem (reforçando somente nos locais demandados). Por outro lado, os cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH), inicialmente usados para a montagem da parede, diminuindo o custo de mão-de-obra, se integram à estrutura, como reforço estrutural.

Os pórticos (PO) também podem ser feitos com estrutura metálica, no lugar de argamassa industrial ou concreto, portanto, permitindo a construção de obras provisórias, as quais poderão ser desmontadas e remontadas em outros locais, com o aproveitamento dos materiais, tanto os blocos (BL) quanto os perfis.

A reprodução da invenção é relativamente simples. A parede pode ser independente de elementos estruturais pré-existentes. Nesse caso, são instaladas cantoneiras verticais (CV) nas extremidades do que será a parede, devidamente aprumadas. Essas cantoneiras verticais (CV) possuem furos para ancorar os cabos guias horizontais (CAH). Com as cantoneiras verticais (CV) devidamente fixados no pilar pré existente (VG), realiza-se o leve tensionamento dos cabos guias horizontais (CAH), os quais poderão ser novamente tensionados, com o uso de esticadores convencionais, após a montagem da parede com os blocos (BL).

Vale destacar que os cabos de aço já são amplamente utilizados em guarda-corpos de escadas, com a finalidade de vedação. O invento em comento, portanto, utiliza técnicas semelhantes às usadas em guarda- corpos para a instalação dos cabos, dessa vez para serem utilizados como guia para o assentamento dos blocos (BL) e construção dos pórticos (PO). Pode haver um único cabo guia horizontal (CAH), centralizado na parte central superior do bloco (BL), ou dois cabos guias horizontais (CAH) que tangenciam a saliência superior do bloco (BL).

Os contramarcos para as esquadrias (portas e janelas) são posicionados nos vãos previamente definidos, após o assentamento dos blocos (BL). Nesses vãos, os cabos serão cortados, após devidamente ancorados no pórtico (PO), com o auxílio de “prensa cabo”, presilhas ou dispositivos semelhantes.

A parede pode ser construída paulatinamente com a execução de estruturas de concreto convencionais, inclusive o novo sistema pode ser associado a diversos tipos de formas ou blocos vazadas, situação em que os cabos guias verticais (CAV) e cabos guias horizontais (CAH) são fixados diretamente nos elementos estruturais da edificação, por meio de ancoragem com ganchos ou chumbadores.

Exemplos de concretizações da invenção

O processo da construção de uma parede, obedecerá a seguinte sequência: pl) Assenta-se um bloco de canto (BUC) em uma das extremidades laterais da parede; p2) Fixa-se no piso, alinhando paralelamente ao bloco de canto (BUC), uma cantoneira horizontal (CH); p3) Assenta-se uma linha de blocos retos (BL), encaixando no bloco de canto (BUC), e utilizando a cantoneira horizontal (CH) como guia, até atingir o comprimento total da parede que se deseja construir, respeitando o tamanho do bloco de canto (BUC) final e também respeitando os vãos de portas do projeto; p4) Insere-se o bloco de canto (BUC) utilizando o sistema de encaixe dos blocos (BL) e (BC); p5) Insere-se 4 barras de aço (BA), duas nos primeiros vãos formados pelos encaixes dos blocos (BL) e BUC) de uma extremidade da parede, e outras duas na outra extremidade da parede, as barras de aço ficam dispostas verticalmente do lado interno e externo da parede; e são fixadas nos vãos dos blocos (BL) e (BC) com argamassa; pó) Após a secagem total da argamassa, estica-se os cabos guias horizontais (CAH) sobre a primeira fila de blocos (BL), com leve tensionamento, ancorados nas barras aço (BA), respeitando a distância horizontal de acordo com a altura da formação dos vãos; p7) Encaixa-se as demais fiadas de blocos (BL), sempre com observância do alinhamento dos cabos guias horizontais (CAH), até a borda inferior do vão de janelas; p8) Instala-se os quadros provisórios nos vão de janelas e portas; p9) Conclui-se o fechamento de toda a parede; plO) Insere-se as demais barras de aço (BA) pelos nichos dos blocos (BL); fazer a interconexão entre os cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA) de uma face na outra com o uso de uniões de travamento (ITC). Inserindo-as nos vãos formados nas pontas dos blocos (BL); pl l) Preenche-se os nichos com argamassa industrial ou concreto; pl2) Instala-se a ancoragem dos cabos nas bordas dos vãos; pl3) Corta-se os cabos guias horizontais (CAH) excedentes nos vãos; e pl4) Instalação dos contramarcos.

O processo da construção de uma parede quando já existir vigas (VG), obedecerá a seguinte sequência: fl) Fixa-se nos pilares pré existentes (VG) as cantoneiras verticais (CV) para a instalação dos cabos guias horizontais (CAH); f2) Fixa-se no piso, alinhando paralelamente à cantoneira vertical (CV), uma cantoneira horizontal (CH); f3) Estica-se os cabos guias horizontais (CAH), com leve tensionamento, ancorados nos furos das cantoneiras verticais (CV); f4) Assenta-se a primeira linha de bloco (BL) encaixando os blocos na cantoneira vertical (CV) seguindo a primeira linha de cabos-guias horizontais (CAH), respeitando os vãos de portas do projeto; f5) Encaixa-se as demais fiadas de blocos (BL), sempre com observância do alinhamento dos cabos guias horizontais (CAH), até a borda inferior do vão de janelas; f6) Instala-se os quadros provisórios nos vão de janelas e portas;

17) Conclui-se o fechamento de toda a parede; f8) Insere-se as barras de aço (BA) pelos nichos dos blocos (BL); fazer a interconexão entre os cabos guias horizontais (CAH) e barras de aço (BA) de uma face na outra com o uso de uniões de travamento (ITC). Inserindo-as nos vãos formados nas pontas dos blocos (BL); f9) Preenche-se os nichos com argamassa industrial ou concreto; flO) Instala-se a ancoragem dos cabos nas bordas dos vãos; fl 1) Corta-se os cabos guias horizontais (CAH) excedentes nos vãos; e f 12) Instalação dos contramarcos.

A invenção pode ser concretizada, por exemplo, na construção de uma residência unifamiliar, cujo processo construtivo siga, essencialmente, as etapas descritas acima.

A superfície da parede será regular e permitirá a execução da camada final de acabamento ou aplicação de revestimentos.

E possível realizar o assentamento de placas de revestimentos (PR) (cerâmica, fórmica, pedras, madeira, gesso etc.) diretamente sobre os blocos (BL), antes do preenchimento dos nichos, o que criará “formas” fechadas para o preenchimento do pórtico (PO). Esse preenchimento poderá ser feito por etapas (preenchendo os vãos em cada linha de blocos levantada) ou feito em uma única etapa, conforme descrito no parágrafo abaixo. Considerando que a parede terá uma relativa rigidez com a montagem dos blocos (BL) com as suas saliências contidas nos cabos-guia, é possível a elevação de toda a parede sem o preenchimento parcial dos nichos, ou seja, com os pórticos (PO) contendo apenas a ferragem. Estando a parede elevada e realizando- se o fechamento dos nichos com placas de revestimento (PR) será criado um sistema de vasos comunicantes, o que permitirá o preenchimento com concreto fluido, de todos os espaços do pórtico (PO), em uma só etapa. Desse modo, a parede pode ser construída já com o acabamento e o pórtico poderá ser preenchido posteriormente, por meio de aberturas específicas deixadas para essa finalidade.

Ainda sobre a versatilidade, é possível variar a dimensão dos blocos (BL) e (BUC) de tal forma que varie também o tamanho do vão dos encaixes, possibilitando a utilização de maiores tamanhos de barras de aço (BA) ou outros elementos estruturais. Com essa flexibilidade na construção de blocos (BL) e (BUC), é possível criar paredes com maior robustez ampliando a gama de modelos construtivos.




 
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